domingo,
14 de abril de 2013
E os rápidos olhos do sonho como fontes de forças ocultas
voltam, e nos trazem algo que precisava ser lembrado.
Precisava ser reconhecido, para que tivéssemos tempo para estar
às voltas com os padrões definitivos de nossa condição de sonhadores.
Caminhamos sobre campos de cultivo de almas.
Caminhamos e nossas almas são os campos onde cultivamos a
certeza de poder prosseguir, para realizar maravilhas em relação ao universo do
que é possível.
Somo magos, somos deuses, e nem mesmo conhecemos nossos poderes,
que se vão fluindo enquanto escorre o tempo e não vemos.
Pois muitos preferem não enxergar a si mesmos e continuam apenas
se distraindo.
Mas eu sou um ponto chave de exceção que decidiu se lançar sobre
os abismos da procura, a fim de tentar descobrir o que minha verdadeira
natureza tem a oferecer, o que minha mente tem a oferecer, o que o universo
está escondendo de mim mesmo.
São momentos de entressafra entre o antes e o depois, quando as
decisões precisam ser tomadas,
porém existe o tempo de plantar e o de colher.
Existe o tempo de atuar e o de esperar que algum resultado possa
surgir de nossas ações para que possamos ver como queremos agir a partir
daquilo.
Ou talvez, um ser dotado de uma excepcional filosofia possa
insistir em agir sem esperar resultado,
simplesmente porque aprendeu a amar as ações e isto é o
resultado daquilo que se pode chamar de convicção numa proposta de ação
contínua.
Também a natureza tem seus momentos de silêncio.
Também a brisa para de soprar por alguns momentos, mas mesmo
quando tudo parece parado algo está em movimento de alguma forma.
Outra expressão do Ilimitado está em ação subterraneamente,
enquanto contemplamos o silêncio.
Eu sou a fonte de onde tudo brota.
Eu sou o improviso no qual a vida decide se lançar para o
futuro.
Eu sou a razão pela qual existe o pensamento e o coração que
continua insistindo para que estas idéias continuem aflorando.
É tempo de dizer o que se pensa sem temer que o resultado seja a
repulsa, ou o desprezo, porque o importante é que se continue a querer que
aquilo em que se acredita possa continuar existindo.
Como eu continuarei existindo, como a fonte das fábulas
continuará existindo porque é feita desse material da continuidade.
E então um povo calmo chegará.
Olhará em silêncio para tudo isto que aconteceu e a tudo
compreenderá silenciosamente.
Porque são antropólogos do universo.
Porque são encarregados de observar, registrar,
compreender e seguir adiante, conduzindo esta compreensão.
Arrastando para distâncias de anos-luz a lembrança de algo que
aconteceu em determinado mundo.
É assim que o universo continua registrando sua própria
existência de múltiplas maneiras.
É assim que o Akasha vive e respira.
E as potências do antes e depois continuam a se alimentar do
infinito agora, para ter em que se apoiar.
Para ter com que sorrir.
Para ter em que existir.
Como existimos tendo tanto tempo para abrir novos caminhos do
pensamento.
Novas estradas da alma, novas fronteiras da razão.
Porque queremos ver o que há por trás deste véu.
Porque compreendemos e aceitamos que a mente com seus infinitos
devaneios tem novidades que se repetem, mas são muito mais interessantes que o
vazio repassado para as mentes fracas, que se acovardam diante da contemplação
das possibilidades.
Para mim as palavras são meditação.
Os antigos do oriente disseram que é preciso contemplar as
palavras e deixar que elas passem sem chamá-las ou expulsá-las, eu prefiro
nelas fazer um prolongado mergulho e disto fazer minha atitude contemplativa.
É apenas um método a mais, uma atitude que se adapta a mim, como
pode haver a atitude daquele que se aventura a ler, e disto fazer sua meditação
também.
É sabido que quando adentramos a verdadeira fronteira entre o “eu exterior” e o “eu
divino” surge um profundo silêncio.
Nesse estado, de tudo se sabe, tudo se vê ao mesmo tempo, e a
pessoa não tem vontade de falar,
ou de pensar, apenas enxerga esta infinita luz.
Minha pergunta aqui agora, meu questionamento é como podem as
palavras se tornarem uma estrada que me leva exatamente nesta direção do
silêncio...
Difícil de compreender, mas lá no fundo perfeitamente possível.
Mas independente de onde isto possa me levar,
como passatempo acho perfeitamente válido.
Muito melhor que noticiários, que só buscam a expressão dos
infortúnios e desgraças.
Muito melhor que novelas, que só buscam a expressão da perfídia
ou das banalidades.
Aqui a traçar estas linhas sinto que ao menos estou a me
atualizar com meu diálogo interno, e desta forma minha compreensão de mim
mesmo, ou do momento que vivo tende a se expandir.
Que não seja interpretado como egolatria.
É apenas uma forma de estudar a consciência, e reavaliar aquilo
que se acredita, ou que se tem como verdade absoluta.
De qualquer forma, a mente assim permanece em exercício.
Os neurônios, forçados a trabalhar com tamanha intensidade que
os músculos do pensamento ficam exercitados, e prontos para deliberarem
renovadas reações que se apresentarão quando mais delas houver necessidade.
Por tudo isto é que prossigo degustando o ato de pensar, e por
conseguinte o ato de escrever.
Este último talvez seja o que mais onera o vaso físico, pois o
esforço repetido começa a cansar os tendões, a posição também começa a forçar
as articulações, e se vê que escrever não é meramente um trabalho intelectual,
mas também um trabalho físico desgastante e com potencial para gerar severas
lesões.
Contudo no momento creio que ainda não escrevi o bastante para
estar a mercê destes perigos.
Mas parece que a mente, vai querendo cansar e ainda não instituí
minha épica mensagem, meu glorioso momento onde fica evidente aquilo em que
acredito.
Portanto reúno as forças para demonstrar com palavras os bens
valiosos da procura.
É assim:
O tempo escorre pelo ilimitado, enquanto por convicção e
pesquisa cheguei à conclusão de que somos seres imortais, portanto até mesmo a
ameaça de morte não ameaça porque a vida continua.
Tendo a eternidade em minhas mãos posso experimentar esta
realidade por tempo indeterminado, e já venho praticando isto há algum tempo, o
que me leva a ter uma certa prática no ato de pensar.
O pensamento expandido gera conexões.
A mente pode ser visitada por uma consciência maior.
E também há os visitantes desencarnados que se aproximam para
averiguar, e podem sugerir idéias,
sejam boas ou más, conforme a natureza de quem afirma.
Contudo dentro deste meu filtro existencial me vejo com
capacidade para permitir que aqui somente flua o que é inofensivo, e combato os
estados de espírito contraproducentes porque sei que no mundo material tudo é
passageiro, até mesmo este tempo que estou gastando aqui a escrever, e que me
faz tão bem, e que espero que possa de alguma forma ser útil a alguém, ou a
alguma civilização futura que possa encontrar isto aqui registrado no éter.
Eu sou vida.
Eu sou luz, eu sou eterno.
Bebo minha imortalidade como o néctar da maravilhosa bem
aventurança.
Descubro quanta alegria há nesta capacidade de aqui ficar
simplesmente registrando meus pensamentos.
Em outros momentos mais específicos sirvo como um canal por onde
deixo fluir mensagens de amor e paz para meus irmãos encarnados.
Em todo caso sinto que o ato de raciocinar será sempre de grande
valor, mesmo que seja um simplório exercício de pensar, sem começo ou fim,
sem tanta ordem quanto seria de se esperar, principalmente em se
tratando de uma tempestade de idéias.
Portanto de qualquer forma preparo o fim desta seção de escrita.
Nos ouvidos as freqüências bineurais se fazem ouvir
impulsionando meu querer e desligando-me do mundo.
As portas se entreabrem.
Sinto como a percepção de que estou adentrando poderosas
paisagens do espírito.
Há na dimensão interna do meu ser a sensação de que mais espaço
foi criado.
E isto me faz ver que é pelo acúmulo do pensar que se aprende a
existir.
E nesse quantum gerado descobrimos cada vez mais o poder para
gerar vida, criar dimensões,
providenciar realidades que convêm ao nosso desabrochar
espiritual.
Feliz daquele a quem a ética universal é um princípio
inquestionável, fartamente acumulado e preservado para ser sempre de serventia
diante das situações futuras.
Torna o ser alguém incrivelmente rico dentro da realidade maior
das forças cósmicas geradas e recebidas, acumuladas como um formidável gerador
que se faz vibrante novamente quando nos decidimos a utilizar estes dons
acumulados.
Eu Sou Luz.
Eu Sou. Eu Sou.
Targon Darshan
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