sábado, 6 de abril de 2013
Há três
anos, Defesa descumpre decisão do governo de tornar público os documentos sobre
objetos voadores não identificados
Em 1986, o
Brasil viveu um episódio que ficou conhecido como “a noite oficial dos ovnis”.
Objetos
luminosos não identificados foram detectados por vários radares.
Veja o Vídeo
Abaixo:
Fonte:Canal
OVNI Wagner Moloch
Em 2009, o
então governo Lula iniciou um movimento para tornar públicos relatórios e
documentos sigilosos sobre a aparição de objetos voadores não identificados no
País.
Encaminhou
ao Arquivo Nacional mais de cinco mil páginas desses relatos, cujo prazo de 50
anos para manutenção do sigilo havia expirado.
Em 2010, a
Casa Civil baixou um decreto determinando que arquivos sobre o tema espalhados
em diferentes órgãos fossem reunidos para posterior divulgação.
Ainda há,
porém, uma lista enorme de inquéritos, fotos, filmagens e depoimentos mantida
em total segredo.
Apesar de
conhecida e informada nos anos 50 e 60, a existência de parte desta papelada é
negada pela Marinha, pelo Exército e pelas Forças Armadas.
Essa
situação inclui casos notórios.
Um deles
envolve a Operação Prato, que reuniu trinta militares para investigar as
constantes aparições de objetos estranhos no céu da Amazônia entre 1977 e 1978.
Os
depoimentos armazenados em quatro fitas ainda não vieram a público.
O mesmo
ocorre com a documentação sobre a Ilha de Trindade, no Espírito Santo, cenário
de uma suposta sequencia de aparições de discos voadores em 1958.
À época, a
Câmara pediu à Marinha acesso a todos os relatórios e fotografias.
O então
parlamentar Sergio Magalhães (PDT-DF) chegou
a avisar publicamente que estava com o inquérito em mãos.
Os relatórios,
entretanto, não constam entre os que foram entregues ao Arquivo Nacional.
“A Marinha não possibilitou o acesso. Sequer fazem referência ao
que foi entregue. Cobramos respostas sobre o que temos certeza que existe”, desabafa o pesquisador Marco Antonio Petit.
O Ministério
da Defesa afirma não ter em seu poder os documentos que especialistas dizem que
estão sendo omitidos.
Autor de
pelo menos dois requerimentos enviados ao ministério pedindo acesso aos dados
omitidos, o deputado Chico
Alencar (PSOL-RJ) resume o cenário:
“Ainda
persiste a nebulosa situação sobre o real tamanho dos arquivos e até onde o
Comando está disposto a abri-los”.
Mas qual seria a preocupação da Defesa?
Militares
ouvidos por ISTOÉ dizem que não existe interesse do
governo em promover novas discussões sobre a existência ou não de extraterrestres.
A não
divulgação de documentos envolvendo o assunto seria uma maneira de garantir a
ordem pública e evitar a instauração desnecessária de pânico, revelam as mesmas
fontes.
As
explicações são rasas e não justificam o descumprimento de uma decisão já
tomada pelo próprio governo.
Embora
questionável, esse controle procura imitar padrões já estabelecidos por países
como Estados Unidos e Grã-Bretanha.
“Nenhum governo ganha divulgando detalhes sobre operações desse
tipo. Há muita coisa em jogo”,
diz um militar de alta patente.
No próximo
mês, haverá um encontro entre ufólogos e os três comandos da Defesa.
O debate
será uma oportunidade de esclarecer de uma vez por todas à população a
necessidade da manutenção do sigilo das informações sobre os Óvnis no País.
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