quarta-feira, 10 de abril de 2013
O conceito
do motor a fusão nuclear para impulsionar espaçonaves será testado até meados
deste ano em laboratório.
[Imagem:
University of Washington/MSNW]
Além da
Terra
Vários
experimentos vêm tentando transformar a fusão nuclear em uma fonte de energia
limpa que liberte a Terra dos danos impostos por fontes sujas e poluentes, como
petróleo e usinas nucleares a fissão.
Mas o Dr. John Slough quer libertar é o homem da própria
Terra, criando mecanismos de levá-lo às profundezas do espaço.
"É quase impossível para os humanos explorar muito além da
Terra usando os atuais foguetes químicos.
Nós esperamos criar uma fonte de energia para o espaço muito
mais poderosa, que eventualmente tornará as viagens interplanetárias uma coisa
comum," disse o pesquisador da Universidade de
Washington, nos Estados Unidos.
Para isso,
ele idealizou um novo tipo de foguete movido a fusão nuclear, a mesma energia
que alimenta as estrelas.
A ideia ganhou o
apoio da NASA, através de seu Programa de Conceitos Inovadores
Avançados, que pediu ao
pesquisador o detalhamento do que seria necessário para uma viagem a Marte,
incluindo uma simulação para avaliação dos resultados do motor a fusão.
Slough
calculou o que seria necessário
- e os riscos envolvidos - de
uma missão a Marte que durasse 30 dias, e outra com duração de 90 dias.
Motor a
fusão nuclear para foguetes
O grupo de
Slough desenvolveu um tipo de plasma encapsulado em seu próprio campo
magnético.
A fusão
nuclear deverá ocorre quando este plasma for comprimido a uma alta pressão.
O projeto
consiste em fazer com que um forte campo magnético imploda anéis metálicos - a
proposta é usar anéis de lítio - ao redor desse plasma, fazendo-o atingir uma
pressão suficiente para iniciar a fusão.
Os anéis se
fundem para formar uma concha que dá a ignição para a fusão nuclear, mas esta
dura apenas alguns poucos microssegundos, devido à pequena quantidade de
combustível.
Ainda que a
própria compressão seja muito curta, quase instantânea, a energia liberada é
suficiente para gerar calor e ionizar a concha metálica a temperaturas
altíssimas.
É este metal
ionizado que é ejetado em alta velocidade pelo bocal do foguete,
impulsionando
a nave.
O processo
deverá ser repetido de minuto em minuto, um tempo que poderá variar, dependendo
da velocidade que se deseja desenvolver, criando um motor a fusão nuclear
pulsado.
Quando
estiver próximo ao destino, bastará virar a nave ao contrário, para que o motor
funcione como um freio.
O principal elemento do processo - a
fusão dos anéis metálicos para formar uma concha ao redor do plasma - já foi
demonstrado experimentalmente no laboratório de plasma da Universidade de
Washington.
[Imagem:
University of Washington/MSNW]
Fusão nuclear com data marcada
A diferença
em relação aos experimentos tradicionais de fusão nuclear é que,
para gerar o
impulso necessário para movimentar um foguete, é necessária uma quantidade
muito pequena de energia.
Segundo os
cálculos, uma quantidade do plasma magneticamente autocontido do tamanho de um
grão de areia teria a mesma energia contida em 3,8 litros de combustível
químico para foguetes.
"Eu acredito que todo o mundo ficou feliz em ver a
confirmação do principal mecanismo que nós estamos usando para comprimir o
plasma.
Esperamos poder atrair o interesse do mundo com o fato de que a
fusão nuclear não está mais a 40 anos no futuro e não vai custar bilhões de
dólares," disse Slough.
Embora ainda
estejamos longe de domar a fusão nuclear para geração de energia, a equipe de
Slough afirma já ter testado em laboratório, separadamente, cada uma das etapas
do motor a fusão nuclear -
o que é necessário agora é juntar tudo para ver se funciona de verdade.
Segundo o
pesquisador, com o financiamento recebido da NASA, ele espera testar o sistema
inteiro de propulsão a fusão nuclear a partir de Julho ou Agosto deste ano.
FONTE: SITE
INOVAÇÃO TECNOLOGICA
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