quinta-feira,
9 de maio de 2013
Blogagem Coletiva
Antigamente a coisa mais importante para a família era a própria
família!
Então, antes de mais nada, pergunte a qualquer pessoa o que
significa família...
...começa por aí a nossa conversa.*
Família no meu tempo {e isso
faz tempo} era:
pai, mãe e filhos.
Ponto.*
IMAGEM DAQUI
*
Claro que em muitos casos reunia os avôs e as avós, os tios e as
tiascunhados e cunhadas, primos e primas, sobrinhos e sobrinhas.
Cachorros, gatos, periquitos e papagaios...muitos almoços e
jantares regadoscom grandes conversas e enormes alegrias.
*
Perguntei ao meu netinho de sete anos o que significava para ele
a palavra família:
"-é o caminho da evolução humana", me
respondeu de imediato!!!
Pedi que me explicasse este conceito:
"- tudo começou com um pai, uma mãe e um filho.
Antigamente ficavam todosjuntos.
Hoje já não é mais assim.
Nem todos moram juntos.
Nem todos são filhos do mesmo pai nem da mesma
mãe embora sejam irmãos.
Assim a humanidade vai mudando...
Lembra do empo da Caverna Vó?"
{dei uma risada gostosa aqui}
*
Hoje em dia eu gostaria de me referir à família
moderna como apenas um grupo social...porque neste modelo não enxergo mais
a proximidade que havia entre os membros de uma família "tradicional"...
E nesse mundo veloz é muito importante definirmos os conceitos,
pois como podemos conversar se cada um sente, conhece, vive diferente, não é?
Eu falo uma coisa, fulano compreende outra, sicrano outra
ainda...e aí???
*
Por isso que hoje a comunicação se limita a um gostei, curti.
Muito mais fácil e descomplicado.
*
E assim a família que começou unida foi atropelada primeiramente
pela TV.
*
Como ficar sentado à mesa do jantar se havia uma novela "interessantíssima"
rolando na sala ao lado... todos mudaram para o sofá, claro.
Passado um tempinho tudo estava bem novamente.
Acabaram-se os jantares de família, ou almoços, as conversas, as
trocas, mas via-se TV....
Até um dia quando aconteceu uma rebelião...cada membro da
família queria ver um programa...quem pode comprou mais TVs...quem não pode
geralmente foi até o vizinho ou até a casa de um amigo...
Enquanto isso, chegavam de mansinho os telefones celulares.
*
Bom, isso tudo até a chegada triunfal do computador... computadores
que evoluíram numa velocidade estonteante e que de mãos dadas com oscelulares
modificaram mais uma vez o cenário.
Agora as famílias que estavamsentadas no sofá, na sua grande
maioria, migraram para o quarto, pois os aparelhos exigiam um canto apropriado para
navegar pela internet.
*
Agora
pense num salto quântico:
Basta um click e voilá ... um
mundo de infinitas possibilidades se apresenta para nós aonde quer que
estejamos.
Luz, Camera,
Ação....em versão solo!
E assim a evolução da humanidade vai se transformando com os
impactos tecnológicos.
Desde sempre.
Se é bom se é ruim, depende.
Não podemos criar o novo baseado no velho modelo.
O novo deve ser novo.
E isso sempre abala as estruturas; divide para depois somar.
O importante é aproveitarmos a viagem, apreciando a paisagem,
usufruindo de tudo.
*
Um texto
para encerrar da Mariana
Teodoro
"Você já imaginou sua vida sem internet ou
celular?
Se há 20 anos nem se sonhava com a
popularização dessas tecnologias, nos dias atuais é difícil pensar em viver sem
elas.
O problema é que a necessidade de estar sempre
ligado transformou as relações familiares.
"Já vi caso de pessoas da mesma família
que trocavam e-mail dentro do carro. Isso mostra, por mais paradoxal que
pareça, que os aparelhos criados para agilizar a comunicação estão fazendo as
pessoas perderem a comunicação",
afirma a terapeuta familiar e diretora do
colégio Winnicott, Elizabeth Polity.
*
De fato, hábitos como sentar-se à mesa na hora
do jantar ou de se reunir na sala para conversar estão perdendo espaço nas
famílias modernas para os tablets, notebooks ou celulares.
Mas, como aproveitar as facilidades da era digital
sem se tornar refém dos danos afetivos causados por ela?
*
Para a psicopedagoga e editora do blog
Educa Já, Cybele Meyer,
a resposta pode estar na educação infantil.
“Os pais de hoje acabam atribuindo a culpa das
suas falhas à TV e à internet.
Mas, a tecnologia não veio para substituir o
diálogo, nem o amor.
Ela veio para servir.
No entanto, nos falta limite”, diz.
*
Deixar a criança passar horas do dia no
videogame ou assistindo à DVDs, por exemplo, é um erro comum que deve ser
evitado pelos pais.
Segundo Elizabeth,
as máquinas entorpecem as crianças e, assim, prejudicam o desenvolvimento de
competências importantes para a convivência em grupo.
“O diálogo, o toque, os gestos e o olhar ficam
em segundo plano”, afirma.
*
Contudo, só orientar não resolve.
É preciso dar o exemplo dentro de casa.
“De nada adiante repreender, se você faz o
contrário”, diz Elizabeth.
A psicóloga afirma que é importante acompanhar
os filhos em outras atividades além da internet, como brincar fora de casa,
praticar esportes e ler livros.
“A tecnologia não veio para roubar o amor da
família.
Quem não está valorizando isso são os próprios
integrantes.
Basta ter bom senso e encontrar um meio termo
para usufruir das maravilhas que ela proporciona.”
*
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Ainda dá tempo.
*ASTRID ANNABELLE / MA JIVAN PRABHUTA*
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