sábado, 18 de maio de 2013
Já escrevi aqui no blog sobre uma característica
apresentada por pessoas de “mente fechada”: desacreditar de tudo
aquilo que não vai ao encontro de suas crenças.
Outro dia encontrei num blog uma excelente matéria que trata do
assunto mais detidamente.
O que eu chamo de “ceticismo burro” é
chamado de pseudoceticismo.
Vejamos então o que diz a matéria mencionada:
“Os pseudocéticos são pessoas que tem uma crença profunda, um
dogma,
uma ideologia preferida, e que por conta disso rejeita de
imediato qualquer coisa que vá a contestar essa visão de mundo predileta.
Não
é uma questão de fatos, nem de ciência.
Não estão preocupados com a verdade, ou pelo que seja justo.
O
pseudocético quer apenas manter a sua ideologia a qualquer custo,
como
se sua vida dependesse disso.
É como um torcedor fanático, não importa o quanto o jogador do
outro time é talentoso, inteligente, ou carismático, não... o adversário é
simplesmente classificado como “inimigo”, e
deve ser hostilizado.
Ponto final...
Marcello
Truzzi [Sociólogo, professor universitário dos EUA] define o que é um
Pseudocético, como identificá-lo, e refutá-lo.
Uma vez que "ceticismo" corretamente
se refere à dúvida em lugar da negação, não-crença em lugar de crença, críticos
que tomam a posição negativa em lugar da agnóstica, mas ainda se chamam "céticos", são
de fato pseudo-céticos e têm, creio eu, ganhado uma falsa vantagem usurpando
esse rótulo.
Em
Ciência, o ônus da prova recai no alegador; e quanto mais extraordinária uma
alegação, mais pesado é o ônus da prova exigido.
Em sua análise, Marcello Truzzi
argumentou que os pseudocéticos apresentam a seguinte conduta
(1) - A tendência de negar, ao invés de
duvidar.
(2) - Utilização de padrões de rigor
acima do razoável na avaliação do objeto de sua crítica.
(3) - A realização de julgamentos sem uma
investigação completa e conclusiva.
(4) - Tendência ao descrédito, ao
invés da investigação.
(5) - Uso do ridículo ou de ataques
pessoais.
(6) - A apresentação de evidências
insuficientes.
(7) - A tentativa de desqualificar
proponentes de novas idéias taxando-os pejorativamente de “pseudo-cientistas”, “promotores” ou “praticantes de ciência patológica”
(8) - Partir do pressuposto de que
suas críticas não tem o ônus da prova, e que suas argumentações não precisam
estar suportadas por evidências.
(9) - A apresentação de contra-provas não
fundamentadas ou baseadas apenas em plausibilidade, ao invés de se basearem em
evidências empíricas.
(10) - A sugestão de que evidências
inconvincentes são suficientes para se assumir que uma teoria é falsa.
(11) - A tendência de desqualificar “toda e qualquer” evidência.”
Um dos mais conhecidos pseudocéticos atuais é Richard
Dawkins
(o Rottweiler de Darwin rsrs) que depois de batalhar
ferrenhamente por sua crença na Teoria da Evolução finalmente admitiu o
conceito de Design Inteligente.
Muitas vezes os pseudocéticos utilizam-se de fontes não
concludentes para defender suas ideias/crenças.
O afã em provar seus pontos de vista acaba por impedi-los de
refletir mais profundamente na validade ou confiabilidade das suas fontes de
argumentos.
Acompanhando um debate entre ateus e um crente cristão, chamou-me
a atenção a citação, pelos ateus, de provas de sua alegação baseadas em
conteúdos históricos (livros).
O crente dá a bíblia como prova.
Nenhum deles parece que parou para pensar que pelo fato de um
autor ser célebre não significa que tenha sido honesto (conscientemente
ou não) em suas obras.
História não é ciência (concreta),
grande parte dela é relatada pelo lado vencedor em alguma disputa, bélica ou
não.
Quanto à bíblia, sabe-se que é um livro que teve alterações
devidas às traduções e interpretações de várias pessoas ao longo do tempo.
Eu aprendi na escola que o “homem das cavernas”
vestia-se de peles,
pois bem, já adulta descobri em um livro de um pesquisador independente
que:
“O homem
pré-histórico usava como todos os homens civilizados do Ocidente:
chapéu,
casaco, calças, sapatos.
Este fato
é incontestável porque está provado pelos desenhos gravados nas lajes da
biblioteca sequestrada no Museu do Homem, em Paris”.
(O
Livro dos Segredos Traídos, Robert Charroux)
Para dar um exemplo bem simples, de nossa história oficial,
durante 48 anos o Barão do Serro Azul foi considerado traidor já
que “Os seus atos foram
banidos da história oficial do estado do Paraná, documentos foram arrancados,
referências apagadas, e qualquer discussão sobre a execução sumária dele e seus
companheiros era evitada”
(Wikipédia).
Só em 1942 é que um livro foi editado contando o que aconteceu realmente lá em 1894 e hoje
o Barão é considerado “herói da pátria”.
Portanto, não podemos confiar cegamente no que dizem os
historiadores,
eles também são seres humanos e como tal sujeitos a erros,
enganações,
meias verdades, além de usarem e abusarem das inferências e não
ficarem restritos só aos fatos.
Há os que só aceitam o que a ciência diz, como se esta fosse
sinônimo de verdade.
Já há aqueles que juram que o homem não pisou na lua...
Aff!
Refletir sempre e com consciência.
Ter mente aberta.
Este é o caminho para evoluir.
Imagem: www.caritasinveritate.teo.br
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