Terça-feira,
2 de Julho de 2013
O dia 2 de Julho é o 183º dia do ano.
Hoje estamos exactamente a meio do ano de 2013 por existirem 182
dias antes e 182 dias depois, que totalizam os 365 dias do ano.
Quando nos perguntam porque fizemos isto ou aquilo, porque
decidimos ou optamos de determinada maneira, podemos responder de duas
maneiras:
Ou dizemos as verdadeiras razões ou, para preservá-las, podemos
responder simplesmente que a maioria das pessoas tendem a optar pelo
comportamento mediano e não extremista perante as situações,
que ainda caracteriza o que nós chamamos de normalidade
Ou seja, não devemos adoptar uma postura demasiado passiva, nem
demasiado agressiva.
Por isso, o meio é a virtude de quem analisa as situações e opta
por uma discreta presença, mas suficiente para demonstrar as suas ideias e
fazer valer a sua opinião.
"A virtude está no meio." dizia
Aristóteles.
A virtude envolve escolha racional: trata-se
de escolher ponderadamente, invocando razões.
E consiste num meio-termo relativo a nós: ou seja, consiste em
evitar o que, relativamente a nós, ao que somos, peca por excesso ou por
defeito.
Do mesmo modo que a mesma quantidade de alimento pode ser um
excesso para uma pessoa e insuficiente para outra, sendo o
meio-termo relativo a cada pessoa, também a virtude é relativa a
cada pessoa.
Por exemplo, para uma pessoa pobre, é virtuoso dar cinco euros
para ajudar outra pessoa em dificuldades; mas para uma pessoa muito rica esse
não é o meio-termo virtuoso da ajuda, dado dispor de bastante mais riqueza.
Aristóteles defende, pois, que a virtude consiste num meio-termo relativo a
nós.
Mas como se determina, em cada caso, o que é o meio-termo relativo a
nós?
O que isto significa é que a razão que determina o meio-termo
não emana da teoria de Aristóteles ou das regras estabelecidas pela sociedade, mas antes, em cada
caso, da pessoa de sabedoria prática.
É ela que determina qual é o meio-termo, invocando uma razão ou
justificação.
E é isso que conta.
Assim, o melhor que temos a fazer para sermos virtuosos é
desenvolver a excelência das nossas capacidades humanas para o raciocínio
prático, responsável por determinar como agir.
Num certo sentido, é virtuoso quem se esforça genuinamente por
ser virtuoso, desenvolvendo as suas capacidades para o raciocínio prático
ponderado, e procurando assim atingir a excelência.
Bem, função e excelência são, pois, conceitos profundamente
ligados entre si.
Acontece que o termo grego para excelência é aretē, que significa também “virtude”.
Assim, a virtude de algo é a sua excelência, e algo é tanto mais
excelente quanto melhor desempenhar a sua função, ou a função que lhe
atribuirmos.
Há quem esteja no começo do percurso, há quem esteja a meio, há
quem já tenha estado quase a atingir um objectivo e “caiu”.
O viver segundo o nosso coração e os valores correctos ajudam a
alcançar a nossa divindade e a chegarmos mais rapidamente à perfeição.
Uma vez que hoje é exatamente o meio do ano, que tal fazer
uma análise ponderada sobre os seus objetivos e metas e dar um passo em frente
num qualquer aspecto da sua vida?
Muita Luz,
Filomena Silva
Sete Ideias Filosóficas (que toda a gente devia
conhecer) de Desidério Murcho - Adaptado.
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