quinta-feira, 15 de agosto de 2013

A VIRTUDE ESTÁ NO MEIO

Terça-feira, 2 de Julho de 2013
A VIRTUDE ESTÁ NO MEIO
O dia 2 de Julho é o 183º dia do ano.
Hoje estamos exactamente a meio do ano de 2013 por existirem 182 dias antes e 182 dias depois, que totalizam os 365 dias do ano.
Quando nos perguntam porque fizemos isto ou aquilo, porque decidimos ou optamos de determinada maneira, podemos responder de duas maneiras:
Ou dizemos as verdadeiras razões ou, para preservá-las, podemos responder simplesmente que a maioria das pessoas tendem a optar pelo comportamento mediano e não extremista perante as situações,
que ainda caracteriza o que nós chamamos de normalidade
Ou seja, não devemos adoptar uma postura demasiado passiva, nem demasiado agressiva.
Por isso, o meio é a virtude de quem analisa as situações e opta por uma discreta presença, mas suficiente para demonstrar as suas ideias e fazer valer a sua opinião.
"A virtude está no meio." dizia Aristóteles.
A virtude envolve escolha racional: trata-se de escolher ponderadamente, invocando razões.
E consiste num meio-termo relativo a nós: ou seja, consiste em evitar o que, relativamente a nós, ao que somos, peca por excesso ou por defeito.
Do mesmo modo que a mesma quantidade de alimento pode ser um excesso para uma pessoa e insuficiente para outra, sendo o
meio-termo relativo a cada pessoa, também a virtude é relativa a cada pessoa.
Por exemplo, para uma pessoa pobre, é virtuoso dar cinco euros para ajudar outra pessoa em dificuldades; mas para uma pessoa muito rica esse não é o meio-termo virtuoso da ajuda, dado dispor de bastante mais riqueza.
Aristóteles defende, pois, que a virtude consiste num meio-termo relativo a nós.
Mas como se determina, em cada caso, o que é o meio-termo relativo a nós?
O que isto significa é que a razão que determina o meio-termo não emana da teoria de Aristóteles ou das regras estabelecidas pela sociedade, mas antes, em cada caso, da pessoa de sabedoria prática.
É ela que determina qual é o meio-termo, invocando uma razão ou justificação.
E é isso que conta.
Assim, o melhor que temos a fazer para sermos virtuosos é desenvolver a excelência das nossas capacidades humanas para o raciocínio prático, responsável por determinar como agir.
Num certo sentido, é virtuoso quem se esforça genuinamente por ser virtuoso, desenvolvendo as suas capacidades para o raciocínio prático ponderado, e procurando assim atingir a excelência.
Bem, função e excelência são, pois, conceitos profundamente ligados entre si.
Acontece que o termo grego para excelência é aretē, que significa também “virtude”.
Assim, a virtude de algo é a sua excelência, e algo é tanto mais excelente quanto melhor desempenhar a sua função, ou a função que lhe atribuirmos.
Há quem esteja no começo do percurso, há quem esteja a meio, há quem já tenha estado quase a atingir um objectivo e “caiu”.
O viver segundo o nosso coração e os valores correctos ajudam a alcançar a nossa divindade e a chegarmos mais rapidamente à perfeição.
Uma vez que hoje é exatamente o meio do ano, que tal fazer uma análise ponderada sobre os seus objetivos e metas e dar um passo em frente num qualquer aspecto da sua vida?
Muita Luz,
Filomena Silva
Sete Ideias Filosóficas (que toda a gente devia conhecer) de Desidério Murcho - Adaptado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Por favor leia antes de comentar:
1. Os comentários deste blog são todos moderados;
2. Escreva apenas o que for referente ao tema;
3. Ofensas pessoais ou spam não serão aceitos;
4. Não faço parcerias por meio de comentários; e nem por e-mails...
5. Obrigado por sua visita e volte sempre.