sábado, 15
de junho de 2013
O FUTURO SÓ A NÓS PERTENCE?
DR. RICARDO DI BERNARDI
Ao divisarmos, em horizonte próximo, o alvorecer do terceiro
milênio temos consciência de que estamos nos despedindo da noite escura do
religiosismo cego e dogmático.
De fato, ansiamos por contemplar, sob a luz de um sol amoroso e
racional, o céu azul do bom senso livre das obscuras nuvens do fanatismo.
Enfim se avizinha o milênio no qual não mais erigiremos totens
aos deuses ou espíritos mas sentiremos o "Deus em Nós"
como disse o grande mestre Jesus.
A grande procura da Verdade Externa deverá ser substituída pela
percepção da Luz que pulsa no inconsciente puro de todos nós.
A visão estreita do criacionismo cederá à compreensão do
evolucionismo espiritualista ou neo-evolucionismo.
O destino e a responsabilidade dos seres deixará de ser
atribuída a Deus para ser assumida pelos próprios indivíduos.
A concepção medieval do religiosismo institucionalizado, que
grassa qual erva daninha nos canteiros da nossa morada planetária, cederá lugar
a religiosidade sem cultos externos mas expressa no amor universal.
Na história do nosso planeta, muitos emissários do alto
renasceram em períodos críticos, ou momentos especialmente favoráveis, com o
fito de impulsionar a evolução do nosso orbe.
Comunidades inteiras também foram deslocadas para o nosso globo
vindas de outro astros e até de outras constelações, procurando acelerar o
processo evolutivo terráqueo.
Vieram conviver conosco, contribuindo, para que pudéssemos
galgar novos degraus na escada do progresso.
Anjos espirituais, ou simplesmente amigos mais sábios e
bondosos, tais como Emmanuel, assim se referem a civilização egípcia primitiva
e a judaica bem como aos arianos e hindus de épocas remotas.
Os povos citados apesar de estarem aqui renascendo como
degredados planetários, ou "expulsos de um paraíso",
cumpriram em nosso meio aspecto missionário qual seja o de sacudir os
terráqueos da sonolenta caminhada na estrada do progresso.
Sob a orientação sábia e amorosa do Cristo, entidade responsável
pelo nosso planeta, continuaram a aportar na Terra, periodicamente ao longo da
história, grupos de espíritos que se localizaram em determinadas regiões (ou países),
formando bases sólidas em terrenos propícios para edificar a construção de
sociedades mais justas e sábias no contexto de nossa humanidade terrestre.
O projeto "celestial" do
crescimento rumo a sabedoria e a felicidade é amplo, visa atingir todas as
criaturas.
Não há "povo eleito" (ou nação
privilegiada), todos que assim se consideraram ruíram fragorosa e
vergonhosamente.
O grande mestre, quando aqui esteve vestindo a roupa física do
filho de José e Maria já nos dizia: "Nenhuma das ovelhas se
perderá".
Cidades populosas do globo receberam, então, pelas vias da
reencarnação,
inúmeros homens cultos e generosos.
Filósofos, artistas e outros iluminados procuraram despertar a
sensibilidade humana em todos os recantos de nossa morada terrestre.
Brilhantes mestres do cérebro e do coração criaram assim,
diversas escolas na Grécia antiga assumindo o leme intelectual do barco
terreno.
A
Verdade Universal, que não tem conotação religiosa sectária, foi
pregada às multidões.
A partir das terras helênicas foi novamente despertada a
cultura, a democracia e os diversos valores da vida harmoniosa e fraterna foram
cantados em prosa e verso.
A Grécia antiga era, na época, a esperança de renovação da
consciência planetária.
Inúmeras verdades foram semeadas por Sócrates e outros
plantadores do verbo divino do amor e da sabedoria.
No entanto, faltaram braços para as colheitas sucessivas e os
frutos luminosos acabaram por se perder.
Séculos
mais tarde...
A família romana ergue-se cheia de tradições belas, como o
respeito a figura da mulher e a compreensão dos deveres do homem.
Aprimoram-se os vínculos familiares e os conceitos de virtude em
relação a própria Grécia.
Institui-se a liberdade religiosa sendo o Panteão o exemplo
clássico da tolerância; no seu templo chegam a existir estátuas de trinta mil
deuses diferentes.
Patrícios e plebeus após agitadas desavenças conseguem
equilibrar-se no respeito mútuo em leis que expressavam avanço na área dos
direitos humanos.
A Lei Canuléia
passa a permitir casamentos entre patrícios e plebeus.
A harmonia se desenvolve chegando até a Lei Ogúlnia que possibilitaria aos
plebeus, também, exercerem funções sacerdotais.
As falanges de luz, em todas as épocas da história, exerceram
intenso trabalho junto a comunidades e povos visando implantar, em inúmeros
projetos, núcleos de paz, harmonia, justiça e sabedoria.
Voltemos os olhos
para o Egito atual.
Há neste respeitável país muito pouco do brilho proveniente da
luz intelectual e moral do seu passado que assombrou a humanidade.
A saudosa Grécia de Péricles, que teve em Sócrates seu expoente
maior,
hoje se nivela a inúmeros países do nosso globo terrestre.
Nossa querida Roma de tempos remotos, também, desviou-se do
planejamento elevado que os espíritos de luz lhe oportunizaram.
Da administração enérgica, plena de sabedoria e justiça, a
antiga água cristalina esvaiu-se na sede do poder e poluiu-se na corrupção mais
vil.
O Panteão democrático cedeu lugar a Inquisição de triste
memória.
"Brasil, Coração do Mundo e Pátria do Evangelho",
mais uma das tentativas em se estabelecer um núcleo de fraternidade,
tolerância, amor e sabedoria.
Diz o adágio popular: "O destino só a Deus
pertence".
Pobre ilusão!
Se o destino só a Deus pertencesse, com certeza não haveria estupros,
torturas, crimes
hediondos ou suicídios.
É preciso que acordemos do sono medieval no qual ainda vemos
Deus como um ser emocional passível de ser agradado ou desagradado por atos
humanos.
Deus é imutável!.
A Força Universal ou o Amor Onipresente não se entristece nem se
alegra,
não pune nem premia.
Seus atributos de onipresença e imutabilidade não interferem nos
atos humanos.
O destino só a
nós pertence.
Faremos do Brasil, aquilo que nosso livre arbítrio quiser.
Já se faz hora de não transferirmos para Deus nem para os
espíritos o destino nem do país nem de nós mesmos individualmente.
Naturalmente, as emanações de luz sobre todos nós são contínuas.
São inúmeros os mensageiros do amor e da sabedoria que renascem
em nossas terras propagando a paz e estimulando o exercício saudável da razão.
Tomemos cuidado para não infantilizarmos conceitos maiores nos
acreditando melhores do que nossos vizinhos de fronteira ou de outros
continentes.
Qualquer olhadela mais lúcida e atenta aos jornais demonstra que
por aqui não são raros desvios graves em todos os sentidos do bom senso e da
ética universal.
Projetos são projetos não são ainda fatos.
Abandonemos
qualquer idéia que nos recorde, mesmo que de longe, a concepção absurda de povo
eleito ou terra santa.
Na matemática do destino é preciso somar trabalho e bom senso
sem subtrair as percepções da realidade, evitando divisões desnecessárias para
multiplicar os resultados na tabuada do amor.
Dr. Ricardo Di Bernardi
Presidente da AME SC
---==II==---
Sobre Dr. Ricardo Di Bernardi
Dr. Ricardo Gandra Di Bernardi, natural de
Florianópolis SC, é médico homeopata e pediatra.
Há
alguns anos, efetua também Terapia Regressiva a Vidas Passadas.
Estudioso
de temas ligados à espiritualidade, têm elaborado inúmeros trabalhos,
realizado
seminários e conferências em diversos Estados do Brasil, bem como em Portugal,
Itália, Inglaterra e outros países, tendo recebido convites para executar
seminários até na Oceania.
Autor
de vários livros, dentre eles Gestação: sublime intercâmbio.
Saiba mais sobre o Dr. Ricardo Di
Bernardi
Irene Ibelli
Empreendedora Digital, Humanista e
Espiritualista
Eleita Cidadã Planetária Pelo Projeto
Vôo da Águia
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