DOMINGO, 16 DE JUNHO DE 2013
E A INTEGRALIDADE
DO SER
"Querer fazer o bem é uma coisa e fazê-lo realmente é
outra.
Sim, infelizmente, o desejo de fazer o bem é insuficiente: nós
devemos também ser muito lúcidos e honestos para admitir que, crendo que
estamos a agir bem, podemos cometer erros.
Por isso, devemos estar ainda mais desconfiados em relação a nós
mesmos do que em relação aos outros.
E também pode acontecer que, agindo bem, se atraia o ódio, as
inimizades.
Ouve-se muitas vezes as pessoas dizer:
«Fazei o bem e colhereis o mal», e é
verdade.
Mas isso não deve justificar o egoísmo e a recusa de ajudar os
outros.
Então, qual é a atitude do sábio?
Ele faz o bem com conhecimento de causa e, se colher mal de
volta, não ficará surpreendido nem triste, pois sabia à partida aquilo a que se
expunha.
Portanto, aquele que quer fazer o bem deve primeiro estudar
honestamente as suas intenções e os meios que utiliza.
Depois, deve saber que, mesmo que faça realmente o bem, pode
receber o mal como retorno."
Neste texto de Omraam Mikhaël Aïvanhov,
deparamo-nos de novo com o que se chama de mente dual.
A mente típica de quem ainda não realizou a unificação do Ser, e
por isso ainda pensa no bem e no mal e efetua julgamentos sobre os seus
comportamentos e atitudes.
Há medida que procurarem ser íntegros, o que significa,
efetuarem a unificação entre a vossa mente, geralmente egoica, com o sentir da
vossa alma, a ideia do que é o bem e do que é o mal vai desaparecendo, pois vai
irá prevalecer o momento perfeito da co-criação e o que vos surgirá serão
apenas momentos de adversidade, que vós próprios atraem para poderem ir
aprendendo e evoluir em LUZ e AMOR.
De fato o mal não existe, o que apenas existe é o bem e o
afastamento dessa mesma LUZ e AMOR.
Normalmente aquilo que vos parece ser o mal não é mais do que
zonas de sombra e densidade que ainda vão existindo dentro de vós e que carecem
de ser trabalhadas ao nível do seu reconhecimento, aceitação e auto-perdão.
Com isto, não queremos dizer que se devem libertar de todo o
sentido de ética e de moral.
Não se trata de isso, pois quando se realizar a unificação do
sentir da alma com a mente física, deixa de ser necessário o auto-sentido de
ética e de moral, pois não se consegue realizar algo que vá contra o sentir da
alma.
E mesmo assim quando algo assim não acontecer, imediatamente a
alma toma conta do Ser levando-o a repor a ordem do AMOR
e da LUZ na sua atuação ou no assumir das suas responsabilidades,
tomando por isso conta da mente e da vontade.
É
simplesmente maravilhoso quando o Ser se torna Uno com a sua Alma e assim com
toda a vontade da sua essência Divina, em plena comunhão com Deus.
Por isso, tal como refere o autor deste texto, o
mais importante é a intenção que colocarem em tudo o que fazem, que vivam cada
momento no seu agora, para que a mente física opere para aquilo que ela mesmo
foi destinada e deixar que seja o sentir da alma a operar as vossas escolhas.
E vivam sempre a sentirem-se profundamente amados.
Fiquem bem
(A Mónada)
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