segunda-feira, 23 de setembro de 2013

AO EGO COM CARINHO

AO EGO COM CARINHO
SEGUNDA-FEIRA, 19 DE AGOSTO DE 2013
Por Rosam Cardoso
Agradeço ao ego tudo que, ao longo desta existência, lutou para proteger, orientar, organizar e defender.
A tudo que desde tenra idade construiu, atitude após atitude,
num comportamento fiel e dedicado de prestação de serviço para o bem comum do meu ser.
Agradeço de coração a refinada teia de medos, suspeições e receanças que compuseram o arcabouço de defesas perante o mundo externo e interno, arquitetadas junto aos sentidos e as glândulas – guardiãs do portal das ameaças e gestoras hormonais dos líquidos e emoções. 
Rendo graças a cada momento de timidez, ansiedade, sudorese,
angústia, falta de ar, taquicardia, irritabilidade, raiva,
ressentimento, constipação, ambivalência, indecisão, arrogância,
orgulho, desmaio, apatia, ciúme, controle, teimosia..., a cada estado instaurado no decorrer de minha criação e que me defendeu das consequências da falta de presença, de compreensão, de amor e de perigo nas esquinas e becos das relações
Agradeço-lhe por cingir todo preconceito, moral, preceitos e rotulações que nortearam a forma de como li o mundo e como me comportei diante dele
Compreendo que as memórias foram se acumulando uma a uma e se transformaram em sólida armadura, a ponto de me tornar previsível e rotineiro.
Agradeço também por isso.
Por saber que o ego nada mais quer do que minha segurança.
Regozijo-me por sua fidelidade em cada instante em que meus pais não tiveram paciência, disponibilidade e transferiram para mim suas dores, decepções, frustrações e projetaram seus sonhos e expectativas.
Eles só sabiam amar na dimensão de sua consciência.
E como me amaram!
Também eles não foram despertados ao amor próprio e deram o que, para eles, era o melhor.
Entre tapas e beijos, o sumo, proporcionou-me a oportunidade de continuar.
E tu, meu ego, por mais que soubesses temperar minha armadura emocional e racional, sobraram frestas por onde os fluidos do meu ser autêntico puderam almejar libertar-se como alma desnuda
Sei que sua história remonta ao primeiro instante em que comecei a ser “eu”.
Quando o real não era a realidade, mas o real de realeza, de príncipes e princesas alados na magia do devir, quando a memória ainda guardava vibrações amnióticas e tudo era mistério.
Sei que tu és a joia arquitetada pela natureza para resguardar minha sobrevivência a todo custo, mesmo que para isso tenhas que escamotear meus sonhos, desejos e vontades.
Por tudo isso, honro-te como meu parceiro destemido.
Amado amigo que suplantou todos os perigo para me trazer até aqui.
Agora, velho companheiro, despeço-me de ti como controlador absoluto e coloco-te em lugar de honra no altar de minha consciência.
Todos os ensinamentos foram assimilados e o que era ego,
transformou-se em eco de minha essência e está em estreito elo com minha alma.
Agora fazes parte, não és a parte que domina a minha mente.
Antes pensava ser complexa a maturidade, mas hoje compreendo que quanto mais maduro, mais simples, mais direto, mais aberto,
mais empreendedor, mais sincero, mais afetivo, mais compassivo,
mais intuitivo, mais livre para viver e transformar a insegurança do “eu preciso”, na assertividade do “Eu Sou”
Rosam
Faço suas minhas palavras, Rosam.
Grata ao meu ego que me trouxe até aqui.
Grata pelo força, coragem, etc... que à mim me deu quando precisei e quando ainda não sabia quem EU SOU.
E, pela Luz que EU SOU, o ilumino agora.... para ser luz e receber a devida Paz...
Incorporar na Luz.... respirar.... respirar.... :)
LUZ! STELA

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