quinta-feira, 12 de setembro de 2013

AS QUATRO REGRAS DA RAIVA - 13.08.2013

AS QUATRO REGRAS DA RAIVA
13.08.2013
MUITO INTERESSANTE ESSAS REGRAS
Uma funcionária sofria muitas vezes com o nervosismo do seu chefe.
Ao menor erro cometido, seu chefe se irritava e soltava altos brados contra ela.
O temperamento da moça também não era fácil.
Assim que ela ouvia os gritos do chefe, ela berrava de volta e ambos acabavam sempre vivendo dentro desse clima de tensão e raiva no trabalho.
Por ser ela funcionária pública efetiva, não podia ser demitida pelo chefe.
Certo dia, a moça se cansou de tudo isso, chorou muito e desejou parar de viver esse inferno.
Uma colega de trabalho, vendo seu desespero, foi consolá-la.
A moça disse: - Não aguento mais viver assim.
Ele sempre me ofende na frente dos outros, e eu não aguento e acabo gritando de volta.
Mas tudo isso está me fazendo muito mal.
Não sei mais o que fazer para não sofrer com isso.
 - Posso te dar uma palavra sobre essa situação?
Perguntou a colega de trabalho.
 - Sim, claro.
Já cheguei ao meu limite e quero que isso pare. – disse a moça.
 - Meu avô me ensinava, desde a infância, o que ele chamava de as
“Quatro regras da raiva”.
E essas quatro regras servem para quase todos os casos parecidos com o seu.
 – Quatro regras?
Perguntou a moça.
 – Que regras seriam essas?
A colega respondeu:
 - Preste atenção, pois você pode levar isso para toda a sua vida, assim como eu levei.
A primeira regra é bem simples e ela diz o seguinte: “a raiva bloqueia teu raciocínio”.
Isso significa que os momentos em que explodimos de raiva são os piores para se tomar decisões, posto que as fortes emoções restringem nossa razão e nosso pensamento.
Sempre que você fica com raiva e explode em intenso fervor emocional, você pode fazer escolhas que depois farão você se arrepender, e que podem até te prejudicar.
Muitas vezes, tomados que estamos pela fúria, escolhemos, dizemos ou fazemos coisas que depois, na tranquilidade, pensamos “se estivesse calmo, não faria aquilo”.
A trajetória de uma vida inteira pode ser modificada e destruída em apenas alguns minutos de ira.
A moça ouvia atentamente… -
A segunda regra diz o seguinte:
“Quem está nervoso muitas vezes deseja que outros fiquem como ele”, ou seja, todos aqueles que estão num estado de tensão,
nervosismo e que vivem nas trevas da raiva e irritação compulsiva desejam que outras pessoas compartilhem do mesmo sentimento e descontrole.
Quem está na escuridão quer que todos estejam na escuridão, pois assim eles sentem que há muitas pessoas como ele, e não se sente tão mal caso fossem os únicos
Apagar a luz dos outros é a melhor maneira de não enxergar sua própria escuridão.
Em outras palavras, quem está na lama, quase sempre quer trazer os outros para a lama, pois assim eles têm “companhia”.
O raivoso deseja ter alguém com quem compartilhar sua raiva, pois a raiva sozinha perde seu “combustível”, e muito frequentemente se transforma em depressão.
Toda raiva não compartilha com outros acaba tornando o raivoso depressivo, com sentimentos de carência e vazio.
 –E a terceira regra?
Perguntou a moça, agora bem mais interessada.
 - A terceira regra é a seguinte:
“Não dê poder a quem não tem”.
Quando você se deixa levar pelos berros e deixa a raiva te dominar,
você está dando poder àquela pessoa e permitindo a ela te desestabilizar.
Mas esse poder de desorganização emocional é a própria pessoa que confere ao outro.
No momento em que você pára de dar poder a quem não tem poder,
você não mais se envolve pelas ofensas e agressões alheias e passa a ser mais neutro e menos vulnerável.
 - E por fim, a quarta regra também é simples, mas pode parecer difícil de ser aplicada para algumas pessoas:
“Não responda a uma ofensa, apenas silencie”.
Quando, por exemplo, algum parente está envolto pela ira e começa a agredir a todos, a melhor resposta é o silêncio.
Por que o silêncio?
Pois é apenas no silêncio que aquela pessoa conseguirá ouvir a si mesma.
Ela passará a ouvir seus próprios gritos, suas ofensas, suas agressões e terá a chance de se perceber, se sentir e se tocar do mal que está emanando.
A quarta regra diz: apenas silencie e deixe a pessoa ouvir a si mesma.
No momento em que não correspondemos a raiva, a pessoa perde sua energia, fica sozinha e passa a perceber a si mesma, e assim, ela pode enxergar-se como é.
Dessa forma, a chance dela se ver e procurar se modificar é bem maior.
Após ouvir estas explicações, a moça sentiu uma grande transformação interior, e não se deixou mais levar pela raiva.
Por Paulo Henrique Bassani

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