AS
10 HISTÓRIAS MAIS ESTRANHAS SOBRE CIENTISTAS FAMOSOS
DOMINGO, 18 DE AGOSTO DE 2013
Os cientistas são um grupo notoriamente diferente.
Afinal, ser um pouco diferente ajuda a perseguir ideias que
outros não acreditam, e isso fez com que muitos tivessem personalidades
excêntricas, ou fossem complexos demais para níveis intelectuais mais
limitados.
E um bom número deles passou a extremos em sua busca por
conhecimento, com resultados às vezes terríveis, às vezes hilários.
Aqui estão 10 dos mais estranhos fatos sobre cientistas e
matemáticos dos mais famosos do mundo:
10. Não aos feijões!
Você pode agradecer ao matemático grego
Pitágoras pela contribuição à geometria básica, o teorema de Pitágoras.
Mas algumas de suas ideias não resistiram ao teste do tempo.
Por exemplo, Pitágoras
defendia uma filosofia vegetariana, mas um dos seus princípios era uma
proibição completa de tocar ou comer feijão.
Diz a lenda que feijões eram parcialmente culpados pela morte de
Pitágoras.
Depois de ser expulso de sua casa por invasores, ele se deparou
com um campo de feijão, onde supostamente decidiu que preferia morrer do que
entrar no campo – e assim os invasores cortaram sua garganta.
(Os registros históricos não mostram uma razão clara para os
ataques)
9. Quando você tem que ir, mas não vai…
O astrônomo dinamarquês Tycho Brahe,
do século 16, foi um nobre conhecido por sua vida e morte excêntricas.
Ele perdeu o nariz em um duelo na faculdade e usava uma prótese
de metal permanente.
Adorava festas: teve sua própria ilha, e convidou amigos para ir
a seu castelo e depois partir em aventuras selvagens.
Ele fez com que os hóspedes vissem um alce que ele tinha
domesticado e um anão chamado Jepp que manteve como um “bobo
da corte”, fazendo-o se sentar permanentemente debaixo da mesa, onde
Brahe ocasionalmente lhe dava restos de comida.
Mas a sua paixão por postura política pode ter sido
inadvertidamente a causa de sua morte.
Em um banquete em Praga, Brahe insistiu em ficar na mesa quando
precisava muito ir ao banheiro, porque deixá-la seria uma violação de regras de
etiqueta.
Isso foi uma má jogada; Brahe desenvolveu
uma infecção renal e sua bexiga estourou 11 dias mais tarde, em 1601.
8. O herói desconhecido
Nikola Tesla foi um dos heróis desconhecidos da
ciência.
Ele chegou à América vindo da Sérvia em 1884 e rapidamente
passou a trabalhar para Thomas Edison,
fazendo avanços importantes em rádio, robótica e eletricidade, alguns dos quais
Edison tomou o crédito por.
(Tesla realmente inventou a lâmpada, não Edison).
Mas Tesla
não era obcecado apenas em sua busca científica.
Ele provavelmente tinha transtorno obsessivo compulsivo (TOC),
recusando-se a tocar em qualquer coisa suja, mesmo que apenas um
pouquinho.
Também não tocava em cabelos, brincos de pérola ou qualquer
coisa redonda.
Além disso, ele se tornou obcecado com o número 3.
E em cada refeição, ele usava exatamente 18 guardanapos para
polir os utensílios até que brilhassem.
7. Professor distraído
Werner Heisenberg pode ser um brilhante
físico teórico, mas com a cabeça nas nuvens.
Em 1927, o físico alemão desenvolveu as famosas equações de
incerteza envolvidas na mecânica quântica, regras que explicam o comportamento
em pequenas escalas de minúsculas partículas subatômicas.
No entanto, ele quase não conseguiu seu doutorado, porque não
sabia quase nada sobre as técnicas experimentais.
Quando um professor particularmente cético em seu comitê de
exame perguntou-lhe como uma bateria funcionava, ele não tinha nem ideia.
6. Prolífico polímata
O físico Robert Oppenheimer era
um polímata (aquele com conhecimento muito amplo em mais de uma área),
fluente em oito idiomas e interessado em uma ampla gama de assuntos,
incluindo poesia, linguística e filosofia.
Como resultado, Oppenheimer
às vezes tinha dificuldade para entender as limitações das outras pessoas.
Por exemplo, em 1931 ele pediu a seu colega da Universidade da
Califórnia em Berkeley, Leo Nedelsky,
para preparar uma palestra para ele, observando que seria fácil, porque tudo
estava em um livro que Oppenheimer
indicou.
Mais tarde, o colega voltou confuso porque o livro estava
inteiramente em holandês.
Eis a resposta de Oppenheimer:
“Mas holandês é tão fácil!”
5. Documentado até a morte
O arquiteto e cientista Buckminster Fuller
é mais famoso por criar a cúpula geodésica, visões sci-fi de cidades futuristas
e um carro chamado Dymaxion em 1930.
Mas Fuller também
foi um pouco excêntrico.
Ele usava três relógios que mostravam o tempo em vários fusos
horários quando voava por todo o mundo, e passou anos a dormir apenas duas
horas por noite, atitude que ele apelidou de sono
Dymaxion (ele finalmente cedeu porque os seus colegas não podiam fazer o
mesmo, ou seja, manter-se sem dormir).
Mas o gênio também passou muito tempo narrando sua vida.
De 1915 a 1983, quando ele morreu, Fuller
manteve um diário detalhado que ele atualizava religiosamente em
intervalos de 15 minutos.
O registro resultante está em pilhas de 82 metros de altura e
está alojado na Universidade de Stanford.
4. Matemático sem-teto
Paul Erdös era um teórico matemático húngaro
tão dedicado ao seu trabalho que nunca se casou.
Vivia apenas com uma mala.
Muitas vezes, aparecia na porta de seus colegas sem aviso
prévio, dizendo:
“Minha mente está aberta”, e divagava
sobre problemáticas numéricas nas quais iria trabalhar a seguir.
Em seus últimos anos, ele bebia café e tomava pílulas de cafeína
e anfetaminas para ficar acordado, trabalhando de 19 a 20 horas por dia.
Erdős usava o termo “partir”
para pessoas que tinham morrido,
e o termo “morrer”
para pessoas que tinham parado de fazer matemática.
Seu foco único parece ter valido a pena: o matemático publicou
cerca de 1.500 documentos importantes, recebeu vários prêmios e a comunidade de
matemáticos que trabalhou com ele criou em sua honra o Número de Erdős.
3. O físico brincalhão
Richard Feynman foi um dos físicos mais
prolíficos e famosos do século 20, envolvido no Projeto Manhattan, o esforço
americano ultrassecreto para construir uma bomba atômica.
Mas o físico também foi um grande brincalhão.
Se entediado do Projeto Manhattan, em Los Alamos, Feynman
supostamente passava seu tempo livre abrindo fechaduras e cofres
para mostrar a facilidade com que os sistemas podiam ser quebrados.
No caminho para o desenvolvimento de sua teoria vencedora do
Prêmio Nobel em Eletrodinâmica Quântica, ele saiu com showgirls de Las Vegas,
tornou-se um especialista na língua maia, aprendeu canto gutural tuvano (Tuva
é um Estado da Rússia) e explicou como anéis de borracha
levaram a explosão da nave espacial Challenger, em 1986.
2. Móveis pesados
O matemático e engenheiro elétrico britânico Oliver
Heaviside desenvolveu técnicas matemáticas complexas para analisar
circuitos elétricos e resolver equações diferenciais.
Mas o gênio autodidata foi chamado de “esquisito
de primeira linha” por um de seus amigos.
O engenheiro mobiliou sua casa com blocos de granito gigantes,
pintava suas unhas com cor rosa brilhante, passava dias bebendo
apenas leite e pode ter sofrido de hipergrafia, uma condição que causa no
cérebro um impulso irresistível de escrever.
1.A guerra dos ossos
Durante a grande corrida de dinossauros dos anos 1800 e início
de 1900, dois homens usaram uma série de táticas cada vez mais sombrias para
superar um ao outro em busca de fósseis.
Othniel Charles Marsh, um paleontólogo do
Museu Peabody, da Universidade de Yale, e Edward Drinker Cope,
que trabalhava na Academia de Ciências Naturais da Filadélfia, Pensilvânia,
começaram de forma amigável o suficiente, mas logo tornaram-se
inimigos.
Em uma viagem de “caça aos fósseis”,
Marsh subornou os guardas do sítio arqueológico para desviar qualquer
descoberta potencial do caminho do rival.
Em outra expedição, Marsh enviou espiões ao longo de uma das
viagens de Cope.
Corriam rumores de que eles dinamitaram camas um do outro para
evitar suas descobertas.
Eles passaram anos publicamente humilhando um ao outro em
artigos acadêmicos e acusando-se mutuamente de crimes financeiros e inaptidão
nos jornais.
Ainda assim, os dois pesquisadores fizeram grandes contribuições
para o campo da paleontologia: dinossauros emblemáticos como os estegossauros,
tricerátopos, diplódocos e apatossauros foram todos descobertos graças aos seus
esforços.
Jonatas Almeida da Silva
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