O QUE PENSAMOS SER
CONSCIÊNCIA NÃO É SUFICIENTE
O
estado de inconsciência é como as raízes de uma árvore.
As
raízes da árvore permanecem debaixo do solo, você não as vê.
Assim
é nosso inconsciente, é subterrâneo.
Não o vemos, mas ele afeta tudo:
afeta os galhos, as folhas, as flores.
Nossas
raízes estão ocultas, mas são muito importantes — são a parte mais importante
da árvore.
E,
se você não compreende suas próprias raízes, não pode realmente
experimentar sua
existência total.
Os galhos da árvore são como nossa assim chamada consciência:
Uma
camada frágil, muito fina, que pode ser facilmente destruída por
um acidente.
Um
acidente pequeno e ela é destruída.
Alguém
o insulta e você não é mais consciente; alguém diz algo e você esquece tudo
sobre meditação, sobre sua percepção.
Você
fica louco!
E
é capaz de fazer qualquer coisa nesse estado de loucura.
Só
uma fina camada de consciência circunda nosso inconsciente.
É
suficiente para nosso trabalho de rotina; ir ao escritório,
trabalhar
numa máquina de escrever, dirigir um carro, conversar com o marido ou a mulher
— os mesmos clichês que você sempre diz.
E
você os repete sem a menor consciência.
Mas
isso é o que pensamos ser a consciência; ela é mais ou menos, é só morna, não
é suficiente para um voo até o desconhecido, até o supremo.
É
preciso usar esse pequeno fragmento de percepção como
uma semente e
começar a cultivá-lo, alimentá-lo, ajudá-lo de todas as formas possíveis,
cooperar com ele.
Coopere com ele cada vez mais, com esse pequeno fragmento de seu
ser que é consciente.
E
coopere cada vez menos com a parte maior de seu ser que é
inconsciente.
Escolha
sempre o consciente, evite o inconsciente.
Aquilo que o deixa inconsciente é errado, e o que o ajuda a se
tornar consciente é certo.
Lentamente,
lentamente, se você cooperar com o consciente, ele cresce; e, se parar de
ajudar o inconsciente, este murcha.
O
território do consciente fica cada vez maior, e o inconsciente vai murchando,
desaparecendo.
Por
fim, todo o território inconsciente é tomado pela consciência.
Esse é o momento em que você começa a florescer; pela primeira
vez sua árvore floresce.
Osho,
em "Meditações Para o Dia"
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