EU SOU O QUE EU SOU
...e,
relembrando...o que nós Somos...uma e outra vez...
QUINTA-FEIRA, 22 DE AGOSTO DE 2013
Não é a Verdade que liberta, mas a compreensão dela. Saibam,
então, nada menos que a infinitude constitui a natureza e o carácter, a
qualidade e a quantidade de nosso Ser
- Joel
S. Goldsmith
A Quarta
Dimensão
Joel
S. Goldsmith
Quando Jesus Cristo disse:
“Eu, de mim mesmo, nada posso; o Pai
em Mim é quem faz as obras”; e Paulo afirmou:
“Não mais eu quem vive, mas o Cristo
vive em mim”
– revelaram a quarta dimensão da
vida, na qual “não só de pão vive o homem” e nem por sua
vontade, esforços ou sabedoria pessoais.
Chega um momento, em nossa experiência, em que já não somos unicamente
nós (aspecto humano), senão que alargamos nossa consciência para a
percepção de uma Presença interna.
Este momento de transição ocorre quando esta Presença se nos torna real e
assume a direcção de nossa vida.
A partir desta experiência, não mais ficamos “cuidadosos com a nossa vida”, porque sentiremos sempre a
proximidade desse Algo – que é o Cristo ou Presença divina – que harmoniza
nossa experiência diária.
Nesta experiência de transição, deixamos de ser meramente seres humanos (que elaboram
os próprios pensamentos, planejam as próprias vidas e resolvem seus assuntos
particulares) para atingir um nível de consciência em que sentimos realmente esta Presença
interior.
Vivemos, então, como se nos houvéssemos separado um pouco de nós mesmos –
digamos, uns dois ou três centímetros – passando a observar, como simples
espectadores, o modo como estamos vivendo.
Se neste momento estamos na esfera profissional, veremos que nos chegam
outros negócios dos quais não somos responsáveis
– ou seja: sobre cuja
realização não fizemos esforços pessoais.
Se formos escritores, músicos, etc., receberemos ideias e temas com os
quais jamais havíamos sonhado e que inspiradamente nos chegam do íntimo.
Saberemos, então, que não os estamos gerando, mas que são dados por uma
Graça interna.
Estão, se empenhados num Trabalho Espiritual, de cura ou pregação,
veremos que os pacientes e estudantes nos serão encaminhados, mas será o Espírito
que os sanará e ensinará.
Compreenderemos, então:
“Vivo – mas não eu, senão que o Cristo
é Quem vive minha vida. Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também.”
Em tal estado, convertemo-nos no instrumento consciente de ação da
Consciência divina.
Então compreendemos a citação do Mestre:
“Não eu quem faz as obras, mas o Pai
que mora em mim é Quem as faz”.
Jesus queria significar que de seu próprio conhecimento ou esforço ele
nada podia fazer, senão que era a atividade da Verdade, em sua Consciência, que
tornava possíveis os milagres de cura, de conforto ou de alimentar multidões.
Vimos a ser, pois, o veículo através do qual a vida vive a si mesma ou o
mensageiro levando a divina Mensagem.
Saberemos que já não estamos vivendo a própria vida, senão que a Presença
e o Poder a estão vivendo, fazendo de nossa instrumentação humana o seu modo de
expressão ou meio de actividade.
Esta vivência nos permitirá entender claramente porque o Mestre disse:
“Eu e o Pai somos um, mas o Pai é
maior que eu”.
Não que isto sugira dualidade ou separação, pois seria um retorno à
crença passada de um Deus separado do homem.
Já aprendemos que Deus Se manifesta individualmente como Eu e Tu, o que
vem mostrar que Eu Sou, Deus, embora sendo um Princípio infinito, universal, divino,
da vida, aparece como eu e tu individual, de modo que em verdade “Eu e o Pai somos um”:
o Ser interno a exprimir-Se como o indivíduo externo.
Não obstante, tudo isto são meras declarações da verdade, até o momento
mesmo de nossa transição, em que a experiência interna converte estas ideias em
verdade viva, em realidade palpável.
Aí estas declarações da Verdade cederão lugar à Presença interna,
que se torna uma experiência real.
Ao alçar-nos a este lugar na Consciência, em que o Cristo vive as nossas
vidas, constatamos ao mesmo tempo, que o Cristo mantém e provê nossa existência
inteira, suprindo-nos vitalidade,
iniciativa, inteligência, amor, persistência, valor e saúde,
necessários ao atingimento de nossas metas.
Ele também nos subministra recursos materiais bastantes,
reconhecimento e prestígio, já que, havendo tomado o leme de nossas
vidas, poderá manejar todas as coisas devidamente, na amplitude de nosso nível,
promovendo a realização total de nossa vida
Ele irá adiante de nós, proporcionando transportes, hospedagem,
oportunidades e êxito em tudo que empreendermos.
Aqueles que se ocupam do Ministério Espiritual logo verão que este
Infinito invisível supre tudo o que é preciso para a completa manifestação da
mensagem, posto que “o meu ensino não é meu, e sim dAquele
que me enviou”.
Tudo o que seja necessário à expressão da Mensagem e, quem quer que seja
o inspirado ou Mensageiro, tenhamos a certeza de que será apoiado, sustido e
suprido por Aquele que é a Fonte e a Inspiração da Mensagem.
Quer esteja no exercício de actividades comerciais, quer nas artes,
numa profissão liberal ou nos deveres do lar, numa profissão liberal ou
nos deveres do lar, a pessoa inspirada sente-se, de imediato, livre de toda
responsabilidade pessoal, na medida em que o Infinito Invisível se converte na
Alma e actividade de seu ser.
Compreendamos, agora, que quando Jesus fala do Pai que está nEle,
refere-se ao Poder e à Presença divina que lhe animaram o ser e que constituía
o poder curativo, o poder que multiplicou pães e peixes, o poder que apaziguou
a tempestade, o poder que ressuscitou Lázaro dentre os mortos.
Da mesma forma, compreendemos o que disse Paulo, quando fala que tudo
podia através de Cristo, aludindo ao Poder divino que chamamos o Infinito
Invisível.
Foi esse Poder que possibilitou ao “Apóstolo
dos gentios” cumprir sua missão de levar a mensagem cristã ao mundo de sua época.
Ele recebia, dessa Presença interna, a força, a inspiração, a coragem e
todo sustento.
“O Pai que mora em mim é Quem faz as
obras” (de Jesus)
e o “Cristo que me fortalece” (de Paulo) são um e o
mesmo Espírito interno, a mesma Consciência da Verdade, que supria o povo
prometido com o maná, e o guiava “como
nuvem durante o dia e coluna de fogo durante a noite”, através da
realização de Moisés; que aparecia como tortas assadas sobre a rocha, como
corvo trazendo alimento ou como uma viúva oferecendo alimento, através da
realização de Elias; na forma de cura maravilhosa, à porta do Templo, chamada
Formosa, pela realização de Pedro e João.
“O mesmo Espírito que ressuscitou
Jesus dentre os mortos, dará também a vida a vossos corpos mortais”
Isto tudo é muito claro: existe um Espírito em nós, uma Chispa divina que
denominamos o Cristo, que nos eleva à Quarta Dimensão da vida – a um estado de
Consciência em que não mais vivemos pelos esforços pessoais, pela sabedoria,
pelo poder ou pela saúde pessoais – no qual somos investidos de um Poder que
nos vem de dentro do Reino de nosso próprio ser.
Novamente repito: há um nível que atingimos neste mundo, em que já não
vivemos a própria vida, senão que o Infinito Invisível a vive por nós,
precedendo-nos no Caminho e solucionando tudo.
Ele nos acompanha como a Fonte e a actividade de nossa vida diária,
revelando-Se como água, maná, alimento, protecção,
segurança e saúde.
E ainda que o templo de nosso corpo ou o nosso lar fossem destruídos e
nossos negócios desfeitos, esse Infinito Invisível os reconstruiria
rapidamente, “restituindo os anos que foram
consumidos pelo gafanhoto”
Mesmo que defrontemos dificuldades, temores e discórdias
– servirão para mostrar ao mundo
que dentro de nós há um poder que supera as vicissitudes e tentações:
“Maior é Aquele que está em mim, do
que o que está no mundo”
Pois bem, neste exaltado estado de Consciência Crística,
avançamos sem barreira material, sem impedimentos físicos,
emocionais, mentais ou financeiros.
Em tal estado de Consciência divina, que é o Céu, as realidades do mundo
de Deus se nos tornam tão reais quanto o plano sensorial, porque as limitações
dos sentidos se desvaneceram.
Aos poucos, vamos entendendo que esta Presença e Poder são atemporais,
pois, independentemente de quando se revelem à nossa Consciência, em verdade
sempre existiram dentro de nós,
sem que o soubéssemos.
Em outras palavras, embora este Infinito Invisível esteja connosco agora,
só chegará a ser marcantemente real e poderoso em nossa experiência – como o
foi para os profetas hebreus e aos cristãos iluminados de outras épocas –
através do desenvolvimento da Verdade em nossa Consciência; através da
conscientização da Verdade em nossa Consciência; através da actividade da
Verdade em nossa Consciência.
Agora dediquemos um momento à natureza ou função deste Poder que chamamos
o Cristo.
O Cristo é a actividade, a substância e a lei invisível de tudo quanto
aparece como efeito.
É por isso que não devemos deixar-nos hipnotizar pelas aparências.
Com isso quero dizer que, se humanamente temos saúde ou riqueza, isso não
significa havermos alcançado a imortalidade, a segurança.
Mesmo que tenhamos um refúgio antiatômico na montanha, não pensemos haver
encontrado segurança.
Não ponhamos nossa fé ou dependência em nada, em nenhum efeito, em
nenhuma pessoa.
Doutra parte, não tenhamos temor ao pecado, à enfermidade ou à carência.
Eles não têm poder nenhum.
“Ainda que eu tenha de atravessar o
vale das sombras da morte, não receio mal algum, porque Tu estás comigo”
Ao encarar as condições humanas do bem e do mal aparentes,
lembremo-nos sempre de tomar consciência de que todo efeito espiritual,
harmonioso, é produzido pela actividade do Cristo.
A atividade do Cristo manterá e sustentará todos os acontecimentos e
experiências felizes e harmoniosas.
Ainda que estes sejam momentaneamente perturbados ou destruídos, não nos
deixemos alarmar.
Não nos preocupemos com os órgãos ou funções de nosso corpo,
nem pela situação económica ou política, posto que a actividade do Cristo
é a lei de Ressurreição de tudo isso.
O propósito de nosso Ministério Espiritual é o de nos elevar à Quarta
Dimensão, onde não mais vivemos de efeitos, nem só de pão, ou vitaminas ou sais
minerais; onde vivemos mercê da actividade do Cristo, do Infinito Invisível.
Nesta Quarta Dimensão da vida, que é Consciência Espiritual,
todo efeito que surgir em nossa experiência, será na medida de nossa
necessidade, para suprir-nos abundantemente
Recordemos, sem lugar a dúvidas, que o Cristo é o fundamento, a lei ou o
desabrochar de nossa experiência.
A Quarta Dimensão é esse estado de consciência em que toda a nossa
confiança, fé, dependência e compreensão estão firmadas no Infinito Invisível,
no Qual aprendemos a usufruir as conquistas do Espírito e as harmonias de viver
diariamente na Graça.
Ainda que não O contemplemos com nossos olhos, sem dúvida alguma, na
câmara secreta, interna, de nosso ser, descobriremos espiritualmente, em nossa
meditação, a actividade do Cristo em nossa vida!
http://ocaminhoinfinito.blogspot.pt/
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