por Richard Barrett
SEGUNDA-FEIRA, 7 DE OUTUBRO DE 2013
Artigo
extraído do manual da auto liderança
– “O
Novo paradigma da Liderança” – de Richard Barrett
Para compreender o que motiva cada um de nós seres
humanos, é necessário compreender alguns conceitos e características de como
processamos informações,
pensamentos, emoções, experiências
físicas e espirituais,
e que juntos formam a chamadaconsciência humana.
Neste artigo, você poderá compreender
o que motiva uma determinada pessoa e quais são os dispositores para gerar cada
vez mais motivação pessoal.
Boa leitura!
O Ego
O ego é o aspecto da nossa
personalidade que está associado ao corpo físico.
Ele acredita que vive num mundo
exclusivamente material, e tem uma quantidade limitada de tempo para alcançar
os seus objetivos.
O ego acredita na escassez, considera
a vida um jogo sem finalidade, e é impulsionado pela necessidade de sobreviver.
Ele está enredado numa experiência
diária no plano físico, e está totalmente focado em satisfazer as necessidades
de sobrevivência, relacionamento e auto-estima.
A Alma
A alma é o aspecto da personalidade
que está associada à dimensão energética (ou sutil) do corpo humano.
A alma acredita em abundância e
suficiência.
Ela se sente confortável com a
incerteza e se sente expandida com a mudança.
Ela vive num mundo sutil, energético.
Por ser constituída da energia básica
da existência, ela não pode ser criada nem destruída, mas simplesmente muda a
sua expressão dependendo da forma que ela assume.
A alma habita uma realidade quântica
governada por probabilidades.
Para a alma, tudo é possível.
A alma procura o significado da
existência e quer fazer a diferença para estar a serviço do mundo
Necessidades Básicas e de Crescimento
Assim, existem duas dimensões da personalidade tentando
satisfazer suas necessidades: o
ego e a alma.
Quando o centro de gravidade da nossa
consciência está na dimensão do ego, nós focamos em suas necessidades.
Três tipos de necessidades estão no centro das motivações do
ego: a necessidade de segurança física (sobrevivência),
a necessidade de amor e pertencimento (relacionamentos) e a necessidade de respeito e reconhecimento (auto-estima)
Quando essas necessidades são
satisfeitas, não sentimos uma satisfação duradoura, mas ficamos ansiosos (estresse causado por medos de baixa intensidade) se eles não são satisfeitos.
Abraham Maslow chamou essas necessidades de básicas ou de deficiência.
Elas são essenciais para manter a
estabilidade interna do ego.
Quando o centro de gravidade da nossa
consciência está na dimensão da alma, nós focamos na satisfação das suas
necessidades.
Três tipos de necessidades estão no
centro da motivação da alma:
a necessidade de encontrar significado
ou propósito em nossa existência (coesão interna),
a necessidade de realizar esse
significado ou propósito (fazer a diferença)
e a necessidade de servir plenamente o
seu propósito (servir).
Quando essas necessidades são
satisfeitas, elas não desaparecem.
Elas produzem níveis cada vez mais
profundos de motivação e comprometimento.
Abraham Maslow as chamou de necessidades de crescimento.
Elas são fundamentais para manter a
estabilidade interna da alma.
Nós buscamos satisfazer essas
necessidades durante o processo de autorealização.
O processo pelo qual nós mudamos o
centro de gravidade de nossa consciência, partindo da satisfação das necessidades
do ego e indo em direção à satisfação das necessidades da alma, é chamado de
transformação.
Transformação
A transformação ocorre quando
aprendemos a dominar as necessidades do ego e começamos a incluir as
necessidades da alma.
Os fatores mais importantes que
impedem a transformação são os medos do ego.
Existem três tipos de medos:
Medos baseados na crença de que não
existe suficiente dinheiro/segurança/proteção para satisfazer nossas
necessidades físicas de sobrevivência;
Medos baseados na crença de que não
temos suficiente amor/amizade/relacionamentos para satisfazer nossas
necessidades emocionais de pertencer;
Medos baseados na crença de que não
somos bons/importantes/perfeitos o suficiente para satisfazer nossas
necessidades emocionais de auto-estima.
Essas crenças são aprendidas durante a
infância, quando nossas mentes absorvem tudo à sua volta.
Entre as idades de dois a sete anos, nós desenvolvemos fortemente a imaginação e as
emoções, mas ainda não desenvolvemos nossa capacidade cognitiva de pensar de
forma lógica.
Sem o apoio da cognição, nós
formulamos nossas crenças pessoais a partir de nossas experiências emocionais,
e adotamos as crenças culturais e familiares sem questioná-las.
Quando chegamos à adolescência, nossas experiências, ambiente familiar e a cultura
na qual crescemos, condicionaram profundamente a nossa mente.
Nossos medos podem ser conscientes ou
subconscientes.
Um medo consciente é um medo do qual
temos conhecimento
Um medo subconsciente é um medo do
qual não temos conhecimento, mas que pode tornar-se consciente e ser examinado
uma vez que nós tenhamos descoberto a sua existência.
Quando medos subconscientes dirigem a
nossa motivação, nós reagimos emocionalmente às situações,
ao invés de responder de forma ponderada e refletida.
A reação precede ao pensamento.
Ela geralmente é acompanhada de um
sentimento de impaciência,
irritação ou raiva.
Se você responde de forma raivosa
quando alguém ou uma situação te chateiam, então você reage com base numa
crença baseada no medo.
O domínio pessoal é o processo pelo
qual nós investigamos nossos medos subconscientes utilizando a nossa
consciência.
Assim, aprendemos como gerenciá-los,
tanto quanto as emoções que estão associadas a esses medos
O primeiro estágio da transformação implica aprender a gerenciar,
dominar ou liberar os seus medos
conscientes e subconscientes,
para que você possa iniciar o processo
de mudança do centro de gravidade de sua consciência centrada no ego para a
alma.
Isso é chamado de processo de domínio
pessoal
O segundo estágio de transformação envolve descobrir a sua verdadeira e autêntica
identidade.
Essa identidade está além do
condicionamento familiar e cultural.
Tem relação com aprender quem você
realmente é, o que tem significado para você, o que te motiva e como adotar os
valores da sua verdadeira identidade.
Esse processo é chamado de
individuação.
O psicoterapeuta Carl Jung usou o
termo “individuação” como uma maneira de explicar como nós integramos os
elementos do inconsciente com o consciente, com o objetivo de nos
autorealizarmos.
O terceiro estágio da transformação
inclui descobrir o propósito de sua
alma: quais são as suas paixões, e o que
você quer fazer no mundo, que gera um senso de significado para a sua vida e
aumenta o potencial de realização pessoal.
Esse é o início da
autorealização.
Dessa maneira, toda mente humana tem
dois “donos”: o ego, que está
buscando satisfazer suas necessidades físicas e emocionais, e a alma, que está
tentando satisfazer suas necessidades de realização – expressar plenamente o seu propósito no mundo.
Se compreendermos que somos almas num corpo humano, teremos que reconhecer que
precisamos não apenas ser capazes de satisfazer as necessidades do nosso ego e
alma, mas também as necessidades do nosso corpo
Sem que as necessidades desse último
sejam preenchidas, não temos um veículo através do qual nosso ego e alma possam
se expressar.
Nós alcançamos uma consciência de espectro total (valores positivos nos sete níveis de consciência) aprendendo a dominar as necessidades do ego e da
alma
Alguém que demonstra essa habilidade é
chamado de indivíduo
autorealizado.
Nos sete níveis da motivação humana, a
autorealização se inicia no nível de
transformação, o quarto nível de motivação humana; no nível de satisfação das
necessidades mentais.
Apenas quando a atenção da nossa mente
é dirigida para as grandes questões da existência – quem sou eu, porque estou aqui,
e qual é o propósito da
vida – é que criamos uma abertura para que
a alma seja capaz de influenciar as nossas vidas.
Geralmente, nós apenas questionamos
quem nós somos e qual é o nosso propósito quando atingimos um ponto em nossas
vidas em que temos tudo o que é necessário em termos materiais e
relacionamentos de apoio; mas lá no fundo, ainda não nos sentimos plenos,
realizados; ou se encaramos um evento crítico,
como o confronto com a morte, que nos
leva a reavaliar a nossa relação com a vida.
Também existem aqueles, uma minoria em
minha opinião, que tem facilidade para buscar o significado da vida: eles
nascem com uma predisposição natural para compreender o significado de suas
vidas.
Para o resto de nós, é necessário um
confronto com uma situação crítica para que essa reflexão possa acontecer.
Os sete níveis de motivação humana são
descritos na tabela seguinte, e explicados com mais detalhe no texto abaixo:
A Personalidade alinhada com a Alma
Um indivíduo de espectro total é
alguém que aprendeu a equilibrar as necessidades do ego com as necessidades da
alma.
As pessoas que seguem a paixão de suas
almas sem conectá-las com as necessidades do ego são ineficientes no mundo.
Elas são incapazes de criar as
condições físicas necessárias para apoiá-las na realização do propósito de suas
almas.
É importante reconhecer que a alma apenas faz sentir a sua presença em nossas vidas se formos capazes
de dominar nossos medos conscientes e subconscientes, e dispostos
a aceitar nossa verdadeira natureza ou identidade.
A alma é uma semente.
Ela contém a essência de quem você é
de quem você pode se tornar.
Desde o início ela está presente em
nossas vidas, mas como a semente de uma flor ou de uma árvore, ela irá crescer
e florescer somente se for nutrida de forma apropriada.
A jornada da consciência “do ego para a alma” nos leva
da dependência para a independência, e da independência para a
interdependência.
Ao seguir o seu próprio interesse
próprio, você aprende como conectar o seu ego com a sua alma, e cooperar com
outras almas para apoiarem-se mutuamente no processo de compartilhar seus
talentos e tornarem-se quem vocês realmente são.
Estamos todos envolvidos nessa
jornada, estejamos conscientes disso ou não.
É o caminho da evolução, tanto
individual quanto coletiva.
Vai depender de você o quanto for
capaz de evoluir nessa jornada.
Para mais
informações sobre este assunto acessar no site da
Evolução Humana:
Textos relacionados:
Liderança Integral
– o Novo Paradigma da Liderança
valores pessoais*– ver artigo:
valores limitantes*– ver artigo:
cultura vivenciada*– ver artigo:
Evolução Humana trabalha a favor da “Expansão
da Consciência”
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Mais informações:
QUEM SOMOS:
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Humana é uma Consultoria em Desenvolvimento Humano e
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