*QUESTÃO 1*
SATSANG DO COLETIVO DO UM
12.10.2013
- por ALTA
ÁUDIO mp3 ORIGINAL:
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(colaboração do Sr. Louis Geary)
Questão 1
Olá Alta,
Na semana passada, eu acordei durante a noite com a minha cama e
o meu corpo tremendo muito
Eu pensei que era um terremoto.
Eu fiquei com muito medo.
Poderia explicar o que isso significa?
Era um tipo de vibração?
Obrigada.
Layssa
C.
Resposta de Alta
Os mecanismos de tremores ou de Vibrações, que podem por vezes
ocorrer à noite, têm diversas origens, se excluirmos, é claro,
os tremores de terra e as causas exteriores.
É preciso já saber que todas as pessoas que vivem experiências
fora do corpo, o que chamamos de ‘out of body experience’,
descrevem, no momento do retorno, essa sensação de estar
comprimida, de estar apertada, por vezes com Vibrações intensas,
acompanhadas de sons ou não, que podem dar a impressão,
efetivamente, de que a cama treme, ou não.
Existem também mecanismos, ocorrendo nesse momento, onde os
afluxos da Luz Adamantina, da Radiação do Ultravioleta, da Radiação d’A FONTE, são
efetivamente muito fortes durante a noite, em todo caso, na posição deitada.
Trata-se provavelmente de um desses processos, sem poder lhe
dizer qual desses dois processos estaria envolvido.
Por outro lado, eu insisto neste conceito de “eu tenho muito medo”.
De fato, durante o sono, ou se estivermos despertos, é preciso
compreender que, assim que abrimos os olhos (exceto se o Absoluto já
estiver presente e revelado de algum modo, já que ele sempre esteve aí), o que
se revela é aquilo que estava adormecido,
ou seja, o ego-mental-personalidade que, evidentemente, nas
primeiras vezes, está sujeito a este conceito de medo do Desconhecido porque,
justamente, isso não tem explicação.
A melhor coisa, talvez, para sugerir a você e aos outros, é que,
quando esse processo acontecer pela primeira vez, o mais
importante, naquele momento, é não buscar a explicação, exceto se, é claro, for
um tremor de terra que esteja acontecendo. Permanecendo no processo Interior,
aí também, há algo que parece bastante eficaz e que é para se colocar na
posição do observador,
que vai observar, de alguma forma, este medo que se expressa
pelo ego-mental-personalidade-corpo, mas que não tem substrato.
Isso é quase, se vocês quiserem, como para a Onda da Vida
quando, a um dado momento, o observador terminou de observar essas
manifestações Vibratórias, que partem dos pés e por vezes do sacro.
O importante é distanciar-se, não para se separar, não para
negá-lo, mas, bem mais, para adotar um outro olhar onde cessamos de observar o
que acontece neste corpo ou na periferia deste corpo, a fim de tornar-se si
mesmo este estado Vibratório, esta Dança Vibratória, como
diria OSHO, esta Onda da Vida, este Charan Amrita, como
dizia Nisargadatta, que não é um objetivo em si,
obviamente.
Uma imagem que eu poderia lhes dar, ainda mais específica, é
como se houvesse uma aproximação, uma justaposição, de duas Entidades,
aparentes, que começam a entrar em Ressonância, em Comunhão.
Isso é preliminar, eu lembro a vocês, conosco também e não
unicamente com os outros Irmãos e Irmãs ou com o Sol, antes da Dissolução.
Ou seja, quando há uma ressonância que se cria no ego-mental que
sente medo, como você o descreve nesse processo, é preciso compreender que é
algo que se aproxima de vocês.
Esta aproximação é uma aproximação das Dimensões da Eternidade
da nossa dimensão efêmera do corpo-mental-personalidade.
Dessa aproximação, que irá se tornar um Encontro, evidentemente,
vai nascer uma espécie de Alquimia onde a consciência irá viver
esse famoso ‘Switch’, esse famoso Basculamento, este famoso Clique que vai permitir,
no espaço de um instante (a partir do momento em que vocês tiverem se distanciado do
medo, e se distanciado até mesmo do processo que é ainda vivenciado e sentido),
colocá-los em um estado de coincidência.
Ou seja, da justaposição de algum modo perfeita, chegando sob
diferentes formas, quer seja no Canal Mariano, quer seja na Onda da Vida, quer
seja pelo Despertar da Kundalini, quer
seja, até mesmo, por um sentimento de Vazio que contrasta com a Alegria
posterior que resulta disso.
Isso é, acima de tudo, deixar Trabalhar.
É aqui que se situa esse famoso nada fazer (não intervir),
colocando-se, posicionando-se si mesmo em meio ao Ser.
Ou seja, em meio a algo que é ao mesmo tempo o observador, mas
que ultrapassa o observador.
Esse é o conceito de “sacrifício”, sacrifício
da testemunha,
sacrifício do observador, sacrifício de tudo o que não é esta
Eternidade.
Há outros momentos que são adequados para isso, mas, esses, nós
próprios os escolhemos, quer seja uma meditação, como um satsang, como um
encontro com os intervenientes de outros planos Dimensionais.
De qualquer modo, é preciso compreender que há, nesse momento,
de maneira cada vez mais perceptível, cada vez mais nítida, para
muitos, esta Aproximação da Multidimensionalidade.
Ou seja, da Eternidade que vem irromper no nosso conhecido, no
nosso ego-corpo-mental-personalidade.
Esta irrupção, é claro, como um salto no Desconhecido, vai, em
um primeiro momento, desencadear mecanismos de reflexo de sobrevida do
ego-corpo-mental-personalidade, que projeta e que secreta, real e
concretamente, os hormônios do medo (que estão ligados à
noradrenalina, à adrenalina, a tudo o que está situado no cérebro reptiliano, à
serotonina, é óbvio), um conjunto de neurotransmissores que vão inundar o corpo e o
cérebro de uma sensação de mudança.
Ora, o corpo, o mental, o ego, a personalidade, gostam muito
deste conceito de linearidade, deste conceito de controle.
Mas, justamente, nesse processo de irrupção do Desconhecido em
meio ao sono, ou em meio a uma meditação, há muitas vezes esse reflexo de se
conter, de não se soltar, e então de não se Abandonar, que vem criar e manter
este medo, que vem criar e manter uma falsa distância.
Aí, eu falo de uma verdadeira distância para colocar entre esse
processo, a Eternidade, o encontro Multidimensional (quer
seja com MARIA, com um
Vegaliano, com Si-mesmo, com o Sol, com tudo o que pertence à Eternidade), que
dá, às vezes, uma impressão de dificuldade.
Este primeiro encontro aconteceu para muitos.
Ele irá acontecer para um número cada vez maior de pessoas e de
indivíduos sobre esta Terra.
Basta olhar a quantidade de locais onde as pessoas se comunicam
entre elas, quer seja na internet, quer seja nos Estados Unidos ou em outros
lugares.
Há uma multidão impressionante de pessoas que vivem fenômenos
elétricos nas pernas, zumbido nos ouvidos, percepções magnéticas que estão
ligadas à Liberação da Terra e do Sol, como foi dito,
desde algum tempo.
Mas essas pessoas não têm a informação, é claro, e ao invés de
nada fazer (de não intervir), elas entram em um mecanismo
de compreensão, de elucidação, a fim de relatar isso ao seu conhecido, a uma
experiência ou a um saber, a um conhecimento.
Esse é um erro que não deve ser cometido porque, deixar instalar
esse processo, esse famoso Abandono à Luz, necessita, naqueles momentos, e
especialmente naqueles momentos, de uma espécie de silêncio, interior como
exterior, de uma espécie de rendição onde a cabeça, o mental, nada deve fazer,
onde somente o Coração, o Núcleo do Ser Eterno, está implicado.
Saber disso já é de uma grande ajuda, ou seja, a informação
anterior à manifestação (e, aliás, esse foi também o objetivo dos ensinamentos a um
século, tanto através das canalizações como através do quase renascimento do
que chamamos de Advaita Vedanta, ou
seja, a doutrina da Não-Dualidade que foi transmitida por Shankara no século
VIII) nos dá a explicação antes da vivência. Isso é efetivamente um
alívio para quem leu as explicações, mas que não vive isso, porque ele está
informado sobre o momento em que isso pode ocorrer.
Convém a ele não interferir, quer seja pelo medo secretado por alguns
chakras, pelas suprarrenais, pelo cérebro, mas, sim, em deixar seguir, em nada
fazer (não intervir), a fim de entrar mais facilmente no Ser.
É efetivamente o que acontece hoje para muitos Irmãos e Irmãs,
para muitas pessoas sobre a Terra.
O que era um processo, nos anos 80 e 90, extremamente limitado
quanto ao número de pessoas, torna-se hoje cada vez mais importante, intenso,
envolvendo um número sempre maior de pessoas.
Portanto, a explicação, se vocês gostarem de fazer o jogo, com a
personalidade, será preciso ali pensar depois da experiência, mas não antes da
experiência.
A única informação para reter (na condição de que isso
não seja um tremor de terra e, então, um mecanismo exterior) é que,
quando desse processo de Vibração, de tremores, de eletricidade, de
formigamento (os sintomas são inumeráveis, particularmente quando eles
ocorrem durante a noite e nos momentos de meditação), não
procurem compreender, “deixem acontecer” pela
Eternidade.
Deixem colocá-los em Ressonância.
Vocês nada têm que fazer!
Depois vocês sempre poderão discorrer sobre o significado de tal
processo ou de tal processo, porque não há melhor maneira de parar um processo
Vibral do que ali interferir.
Então, é claro, houve tempos (isso, aliás, será objeto de
uma outra pergunta), houve momentos em que era preciso justamente se concentrar,
focar a Atenção, a Intenção, bem além da simples vontade,
nos processos que estavam acontecendo no nível da fixação desta Eternidade em
meio ao efêmero (ou, se vocês preferirem, do Corpo de Estado de Ser em meio aos
corpos sutis,
densos, deste mundo) para entrar em Ressonância, em
sintonia,
em Alquimia, e encontrar o nosso Corpo de Estado de Ser e a
Eternidade.
Hoje, quanto mais os anos passarem, mais esse processo assume
uma importância imensa no nível da consciência, e mais convém nada fazer (não
intervir) a fim de Ser.
Gradualmente e à medida disso, vocês irão constatar que o medo
faz parte de qualquer manifestação de um ser humano quando ele encontra o
Desconhecido.
Mesmo isso sendo um encontro, por exemplo, como quando vocês
encontram alguém que vocês não veem há 20 anos, há uma emoção que aflora, mesmo
se ela não for assimilável ao medo, mas à alegria, a alegria da personalidade,
são exatamente os mesmos mecanismos que se põem em funcionamento.
Eles visam criar, isso que é perfeitamente conhecido, aliás, o
que chamamos de síndrome geral de adaptação, ou, se vocês preferirem, o
estresse frente a uma situação nova.
O complexo corpo-ego-personalidade reage tentando se adaptar a
este desconhecido que está se manifestando. Isso vale para a vida cotidiana,
naturalmente.
Se vocês virem um leão vindo em sua direção e se vocês não
estiverem armados, logicamente que vocês têm vontade de correr.
Se vocês virem um ancião amoroso, que chega até vocês com os braços
abertos, vocês têm, de preferência, vontade de correr para ele.
Mas, tudo isso, são apenas reflexos condicionados que participam
da manutenção da vida do complexo inferior. Isso é perfeitamente conhecido na
fisiologia humana.
É o que chamamos de síndrome geral de adaptação ou, mais
classicamente, na linguagem atual, de estresse.
O estresse está sempre associado ao encontro com algo de novo,
porque algo de novo, ou de desconhecido, necessita de um
reequilíbrio do corpo em um novo estado.
Então, nesse mecanismo de aprendizagem, isso não é exatamente
como a história do leão ou do ancião amoroso, mas, realmente, é algo que é
desconhecido e que necessita de aceitar a ideia de que esse processo é apenas o
Encontro com a nossa Eternidade, ou com um ser Multidimensional (isso é
exatamente a mesma coisa).
O importante é vivê-lo.
O importante não é ser freado por essas emoções que afloram, não
é ser freado por essa necessidade de conceituar.
Vivam primeiramente a experiência.
Contentem-se em serem observadores e, se vocês forem capazes,
distanciem-se até mesmo deste observador, para desaparecer, a
fim de deixar aparecer o que é Eterno.
É a Revelação do Si.
É a Revelação da Presença.
É a Revelação da Infinita Presença, da Última Presença,
assim como do Absoluto.
O Clique, o Basculamento, o ‘Switch’ da
consciência, apenas pode ser realizado, completa e eficazmente, nesse
sacrifício ou nessa renúncia à identidade efêmera, ao mental efêmero, às
emoções efêmeras.
A partir do momento em que vocês aquiescerem a esta verdade,
não há qualquer razão para que isso não ocorra.
Não há mais necessidade, eu creio, exceto para alguns, de
praticar os inúmeros protocolos, de meditar em um objetivo específico.
Naturalmente, ninguém ali escapa, mesmo eu.
Em determinados dias, nesses momentos de intensas Vibrações,
vão se apresentar a vocês emoções, vão se apresentar a vocês, às
vezes, imagens, reminiscências de tudo o que estava latente no nível do
complexo inferior e que se esvazia desta maneira.
Aí também, não deem importância ali, sobretudo nesse momento.
Vejam-nas passar.
Vejam-nas nascer e viver.
É a melhor maneira de ali não dar peso, de ali não dar atenção,
de situar-se em uma espécie de neutralidade.
Aí também, não é questão de lutar, porque ao que vocês
resistirem,
isso vai se reforçar, é claro, na lei da ação-reação, mas de
passar na Ação da Graça.
A Ação da Graça é exatamente o nascimento do Néctar do Senhor
que começou, para alguns, há um ano, para outros, bem antes disso.
É esta subida da Onda da Vida que foi perfeitamente descrita por
Nisargadatta e que está descrita no Tantra da Caxemira, no Shivaísmo
É realmente aí que se encontra a chave da Liberação.
Liberação, eu lembro a vocês, que sempre esteve aí.
Simplesmente, o complexo inferior não quer isso, no sentido de ‘não vivê-lo’.
A melhor forma de vivê-lo é ver o que acontece, sem emoção, a
partir do momento em que vocês assumirem o hábito de não deixar essas emoções
invadi-los, mas de aceitar vê-las.
Não é questão de recusá-las ou de negá-las.
É o que acontece quando há ressurgimento de lembranças do
passado, seja do tipo que for, de vê-las passar, de distanciar-se, a fim de bem
compreender, antes que isso aconteça, que isso é um Trabalho de Iluminação pela
Vibração, pela Luz Vibral, por algumas Entidades Multidimensionais que chegam
pelo Canal Mariano.
Ou, recentemente, por
URIEL que vem dar a sua Tocha Vibratória no nível da Onda da Vida que
está, eu lembro a vocês, cada vez mais multiforme na sua manifestação.
Mas, o importante não é analisar a sua manifestação no momento
em que isso é vivido.
Podemos fazê-lo depois, com o jogo da personalidade.
No momento em que isso é vivido, o mais importante é nada fazer (não
intervir).
É a única maneira de Ser.
Está aí o que eu tinha que dar como esclarecimento, eu o espero,
sobre esta primeira questão.
Blog: Satsang do Coletivo
do Um – Questão 1 (12-10-2013)
Transcrição do texto (em francês): Marie-Louise
Gaston
Tradução para o português: Zulma Peixinho
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