*QUESTÃO 5*
SATSANG DO COLETIVO DO UM
11.09.2013
- por ALTA
ÁUDIO mp3 ORIGINAL (gentileza do Sr. Louis Geary)
Questão 5
Olá,
Como podemos sentir a Luz ou a Vibração, porque acontece comigo
todas as noites na mesma hora uma forte pressão nos pontos Precisão e Clareza e de
vez em quando em Hic
e Nunc,
será que isso é a Luz e que devemos parar
as nossas atividades quando ela chega?
Ou, se não, o que podemos e devemos compreender com essas
sensações, mas eu não sinto Vibração exceto de vez em quando na cabeça, e como
encontrar pessoas no Estado de Ser, e eu quero viver essas belezas e nada
perder desta grande festa.
Muito obrigada pela sua presença maravilhosa.
Eu lhe ofereço o melhor do meu Coração.
Catherine
L.
Resposta de ALTA
Então, novamente, isso se junta um pouquinho ao que foi dado nas
respostas anteriores, ao fato de acolher como vocês dizem, e eu creio que há
alguns anos, Hildegarda de Bingen falou perfeitamente sobre este
conceito de tensão para o abandono.
Isso também foi falado de diferentes maneiras, por exemplo,
tanto por Krishnamurti, como por Ramakrishna, como
por Yogananda, e por diversos outros seres.
Isso é realmente apagar-se, ou seja, a meditação não é uma
concentração.
Todos esses seres chamaram a atenção, pelas suas palavras, e
mesmo nos seus atos diários, sobre a noção do “eu
sou”.
Porque, quando vocês dizem “eu sou”, isso
não é uma afirmação mental, isso pode ser no início, mas é a única questão que
vale a pena ser colocada, é a única questão que convém colocar-se, de certo
modo, como um disco riscado, porque, a um dado momento,
na lucidez da atenção, na lucidez da sua consciência, assim que
tudo o que não existir na Eternidade desaparecer da sua consciência, então,
naquele momento, a Eternidade está aí.
Ela sempre esteve aí, mas compreendam bem que isso não é um
caminho ou uma via para percorrer, nem as ferramentas que são
importantes, mesmo se isso puder sê-lo a um dado momento, mas o mais
importante é esta qualidade ou, justamente, não ir procurar compreender, não ir
procurar explicar, mas realmente fundir-se na manifestação.
A manifestação, quando ela está aí, ela assume diferentes
aspectos, quer isso seja a presença de um ser de outra Dimensão,
como a presença de um outro irmão, ou de uma outra irmã
encarnada, há um momento em que, para escutar, para ouvir e, sobretudo, para
viver, não é mais preciso projetar, nem emanar a mínima consciência, para o que
era antes o objeto da nossa atenção.
O objeto da nossa atenção, quer seja na vida comum ou nas
manifestações energéticas, vibratórias, ou de consciência,
apenas estão aí para modificar, de certo modo, um equilíbrio.
Mas o silêncio, o Absoluto, é ao mesmo tempo a Dança da Vida, ao
mesmo tempo a Unidade, mas bem mais do que isso.
É casar-se de novo em alguma parte com si mesmo.
É encontrar-se de novo no que nós Somos, em Verdade.
E quando nós nos encontramos realmente, concretamente,
fisicamente, carnalmente, na consciência, na cessação das
ideias,
dos pensamentos, das emoções, aí se cria uma evidência tão
importante que nunca mais a vida, qualquer que seja, poderá ser a mesma que
antes.
Eu os remeto, para isso, às inúmeras experiências do que
chamamos de estados de morte iminente, Near Death Experience (NDR), há
livros muito interessantes para aqueles que tiverem necessidade de ler, de ter
um suporte explicando perfeitamente, mesmo com uma linguagem não mística,
daquele que não conhece a energética, ou até mesmo o funcionamento da
consciência, mas mais, por exemplo, se tomarmos a última obra de Eben
Alexander,
esse neurocientista americano que teve o seu cérebro apagado,
vivenciou este Absoluto.
Então, isso não se chama Absoluto, não se
chama Parabrahman,
não se chama Ahiṃsā, isso
se chama “isso”.
Porque não há palavra, não há conceito, não há ideia a colocar
nisso, mas simplesmente quando nos conectamos com o que nós somos, há uma
evidência.
Esta evidência não se expressa em sensação, em percepção, em
Onda da Vida, em Kundalini, em conceito, em neurofisiologia, ela é
evidência.
Não há outras palavras, se vocês quiserem, se depois pudermos chamá-lo
de Si, de Infinita Presença, de Morada
da Paz Suprema,
de Êxtase, de Maha Samadhi, isso não tem qualquer importância.
É uma evidência no Interior de vocês, isto é, seja o que for que
chegar à sua história, seja o que for que chegar a este mundo, seja o que for
que chegar a este corpo, vocês não são mais afetados,
porque vocês encontraram esse coração do Coração que é, ao mesmo
tempo, o Alfa e o Ômega, o início e o fim, mas que
transcende todos os inícios e todos os fins, porque isso jamais se moveu,
sempre este aí, quer seja neste mundo como em qualquer mundo.
Isso está realmente na expressão diária, no que vocês têm que
fazer, no que vocês têm que realizar, que isso seja dirigir um carro,
que isso seja educar um filho, que isso seja preparar a sua
partida.
Isso não interfere mais, ou seja, quando o centro do Centro,
quando “isso” é
vivenciado, encontrado, reencontrado, isso é uma evidência, ou seja, todas as
questões são possíveis, mas todas elas remetem à mesma resposta, que é o “eu sou”, que é o “isso”, que é o Absoluto.
Portanto, que isso seja para esta resposta a esta questão, como
as primeiras, como as outras, como aquelas que virão, é preciso realmente,
porque é uma necessidade vital, manter presente o que nós Somos, manter
presente que há uma mudança de ponto de vista, que essa mudança de
ponto de vista não pode ser decidida pelo ego, pela pessoa.
Porque, justamente, o ego e a pessoa devem fundir-se,
desaparecer, aniquilar-se, então, não compreendam as suas palavras no sentido
do ego porque, naquele momento, o que vocês fazem é se colocarem em meditação em
uma gruta e esperarem pelo seu próprio fim.
Não, pelo contrário, é realmente estar na vida, mesmo aqui e
principalmente aqui, a fim de se tornar a vida, e não mais simplesmente uma
pessoa, uma história, um início e um fim. Porque, quando vocês vivem “isso”, naquele momento, vocês têm a verdadeira Visão Interior, que
nada tem a ver com estratos intermediários, e eu diria até mesmo, que nada tem
a ver com as manifestações, certamente magníficas, que nós vivemos, para a
maioria de nós, do contato com outros planos, com outras esferas.
O mundo está em nós, isso foi muitas vezes repetido por grandes Seres,
pelos Arcanjos, mas essa é uma verdade.
Isso significa que, mesmo se nós percebermos como um
encontro com Maria, como um encontro com alguém mais, do ponto de visto do “isso”, do ponto de vista do Absoluto, isso é um jogo.
Nada disso tem consistência, é apenas a resistência a isso que
cria a consistência e que cria a dor.
Mais uma vez, eu tento colocar em palavras o que não tem
palavras.
Blog: Satsang do Coletivo do Um – Questão
5 (11-09-2013)
Tradução para o português: Zulma Peixinho
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