A MILITARIZAÇÃO DO
ESPAÇO
quinta-feira, 5 de dezembro de 2013
Nos últimos
anos, o grupo espacial em órbita cresceu visivelmente.
Só no âmbito
do Programa de Armamento do governo federal para 2013, o conjunto já ganhou
cinco naves espaciais e, até o final do ano, estão programados o lançamento de
mais cinco.
Para 2014, a
expectativa é colocar em órbita mais seis naves, bem como iniciar os testes com o veículo de lançamento
Angará e realizar os primeiros lançamentos das naves espaciais militares,
adiados por questões técnicas.
As naves
espaciais aparentemente inofensivas, que por si só não são sistemas de ataque,
devem se tornar parte integrante das principais armas do século 21.
“A criação de sistemas militares para o futuro é impensável sem
sua adaptabilidade às condições de preparação de sistemas de defesa aérea de
alta envergadura, inclusive com plataformas espaciais”,
justifica o
diretor do Instituto de Termotécnica de Moscou,
Iúri Solomonov.
A doutrina
russa para defesa nacional vem assumindo um viés militar-espacial, de modo que
as tecnologias espaciais modernas deverão determinar a segurança do país.
De acordo
com os especialistas no setor, como objetivo das guerras do futuro não será
conquistar o território inimigo, a utilização massiva de tropas terrestres perderá
terreno.
Hoje em dia,
mesmo os antigos sistemas de mísseis nucleares não são suficientemente eficazes
sem o suporte de informação à base de satélites e sistemas de alerta de ataques
por mísseis.
REGRA DE TRÊS
Iniciativa
russa de aprimorar defesa no espaço parte de três princípios:
Uma potência
nuclear tem que possuir um potente conjunto de satélites de suporte de
informação;
É preciso
distribuir os recursos ativos de defesa antiaérea.
Todos os
elementos da defesa devem funcionar como um organismo único, cujo objetivo é
garantir a segurança nacional de ataques estratégicos.
O analista
militar Vladímir Sliptchenko
prevê que, ao longo desta década, o número de armas de alta precisão das
potências mundiais vai saltar para 50 mil e, até 2020, chegará a 90 mil
unidades.
Desse modo,
a ênfase em armamento estratégico sai da clássica “tríade
nuclear” para os recursos não nucleares à base de
sistemas de armas de alta precisão.
Para tanto,
mostram-se cada vez mais necessários equipamentos como satélites de
reconhecimento,
prevenção,
previsão e indicação de alvo.
Fonte: Gazeta Russa
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