quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

C/2013 A1 SIDING SPRING: UM COMETA SE APROXIMA DE MARTE quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

C/2013 A1 SIDING SPRING:
UM COMETA SE APROXIMA DE MARTE
quinta-feira, 2 de janeiro de 2014
Da mesma forma que ISON chamou a atenção em 2013, C/2013 A1 Siding Spring será a bola da vez em 2014.
O cometa ruma implacavelmente contra o Planeta Vermelho, que poderá ser envolvido pela coma e cauda que crescem a cada dia.
O cometa foi descoberto em 3 de janeiro de 2013 pelo astrônomo amador Robert McNaught e recebeu a denominação oficial de C/2013 A1 Siding Spring por ter sido descoberto no Siding Spring Observatory, na Austrália. Antes de McNaught, o objeto tinha sido detectado em 8 de dezembro de 2012 pelo telescópio do observatório Catalina Sky Survey, da Universidade do Arizona, mas na época sua orbita não pode ser determinada.
Após a descoberta os astrônomos verificaram que o caminho de Siding Spring cruzava a orbita de Marte a uma distância muito próxima do planeta, inclusive com possibilidade de colisão. Entretanto, à medida que mais observações foram feitas foi possível calcular melhor sua orbita e esse risco imediato foi afastado.
Entretanto, apesar de estar descartado um choque direto, as últimas estimativas apontam que a distância nominal de aproximação entre Marte e o cometa será de 142 mil km, prevista para acontecer em 19 de outubro de 2014 as 18h51 UTC
(15h51 pelo horário de Brasília).
A distância mínima prevista é de apenas 127 mil km, tão pequena que poderá mergulhar o Planeta Vermelho na coma e cauda, com consequências imprevisíveis.
O periastro é tão pequeno que obrigou as agências espaciais a criarem planos de manobras para os satélites na órbita do Planeta Vermelho, com o objetivo de diminuir os riscos de colisão contra as partículas cometárias.
Neste momento, Siding Spring está a 4.5 UA de distância do Planeta Vermelho ou cerca de 670 milhões de quilômetros e se desloca a 57 mil km/h em relação ao Sol.
Seu diâmetro estimado está entre 1 e 50 km, mais provavelmente de 4 km, e sua energia cinética é equivalente a 20 bilhões de megatons de TNT. Se atingisse a superfície marciana, produziria uma cratera de aproximadamente 45 km de diâmetro.
A aproximação do cometa promete ser muito emocionante e deverá ser acompanhada por cientistas e astrônomos amadores em todo o mundo.
Aqui no Brasil a observação será bastante favorecida, já que na ocasião da aproximação Marte estará facilmente visível no céu do quadrante oeste após o pôr do Sol, mas será necessário o uso de algum instrumento, mesmo que pequeno.

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