domingo, 2 de fevereiro de 2014
Foto:
Flickr.com/Truthout.org/cc-by-nc-sa 3.0
OBS:
VAMOS ENTENDER UM POUCO MAIS ESSA ONDA DE CALOR
Os cientistas calcularam quando vão morrer todos os seres
vivos na Terra.
No futuro, o nosso planeta, devido à subida da temperatura no Sol,
ficará tão quente que o homem ou perecerá, ou terá de ir viver para outro canto
do Universo.
Os investigadores calcularam quando é que a temperatura na
Terra atingirá níveis críticos.
Os habitantes da Terra que se preocupam com o futuro do
planeta podem não se preocupar.
Durante os próximos 1.500 milhões de anos, a Terra irá
existir e continuará a ser habitável.
Semelhante conclusão foi tirada por cientistas do estado
americano do Colorado.
Graças a um modelo por eles criado, que permite simular os
processos que ocorrem na Terra, foi possível esclarecer o seguinte: se a
temperatura no planeta aumentar, em média, 1% em cada 110 milhões de anos, será
atingido o ponto crítico de 40 graus centígrados na Terra precisamente dentro
de 1.500 milhões de anos.
Essa temperatura irá fazer com que a água se evapore.
A única coisa que poderá salvar a humanidade será a mudança
para outros planetas mais favoráveis à vida.
O futurólogo Serguey Moskalov não
exclui esse cenário de desenvolvimento da vida na Terra,
mas recorda que ele está longe de ser o único:
"Aqui há muitas
possibilidades.
Pode acontecer que faça muito calor e a água
realmente se evapore”
E visto que o homem é formado de água, se no planeta não
tiver quantidade suficiente de água para manter a humanidade, esta começará a
diminuir numericamente.
Outro cenário é o resfriamento do Sol.
Passará a fazer frio, tudo ficará coberto de gelo
Os cientistas já chegaram a conclusões semelhantes e o
prognóstico do prazo da vida no nosso planeta não ultrapassava os 650 milhões
de anos.
Mas este número também não é muito exato, assinalam os
especialistas.
Ao modelar isso teve-se em conta apenas os processos
naturais,
sem a influência do fator das mudanças globais do clima tendo
como fundo o aquecimento global.
É precisamente ele que provoca a mudança de correntes
oceânicas.
A Corrente do Golfo muda a sua direção e, segundo os
cientistas,
poderá mudar completamente de direção e deixar de chegar à
Europa. Isso provocará mudanças da temperatura do Oceano mundial, mesmo que em
décimas de grau.
Mas isso influirá na evaporação e nas condições de existência
dos territórios ribeirinhos.
O geógrafo Arkadi Tishkov
apela a não se entrar em pânico e a não fazer de fenómenos naturais da natureza
guiões de filmes apocalípticos.
Pois tudo o que acontece no planeta é cíclico e o que acontece hoje já aconteceu alguns séculos antes:
Geógrafo Arkadi Tishkov
"Situações análogas às atuais: gases de estufa e temperaturas médias do ar,
repetiram-se muitas vezes na história da Terra.
Na Europa se
observou um período glaciar curto.
Por exemplo, nos séculos
XVI e XVII, quando os canais
gelaram na Holanda, frios terríveis nas regiões Noroeste e Central da Rússia
destruíram a agricultura.
Para que tal
situação se repita são necessárias mudanças radicais do clima.
Elas podem, por
exemplo, surgir devido a uma forte erupção de um vulcão.
as isso são tudo
possibilidades hipotéticas.
Não se deve esperar
quaisquer fenómenos apocalípticos,
catastróficos num
futuro próximo na Terra"
E por muito estranho que pareça, hoje vivemos num período
glaciar
Isso significa que a temperatura no planeta e as dimensões
dos cones glaciares nos polos, que nós consideramos normais,
desviaram-se, na prática, da norma.
Hoje, na Terra domina a chamada glaciação do
Quaternário, que começou há mais de dois milhões e meio de anos atrás.
De 100 em 100 mil anos, o calor aumenta, mas, depois, vem o resfriamento.
O atual período glaciaL terminará quando os cones de gelo nos polos
começarem rapidamente a derreter
Por enquanto não se observa essa rapidez, mas já tem lugar o
aquecimento significativo no Ártico.
Isso conduz ao aparecimento de novos tipos de plantas e
animais no Norte e, ao contrário, ao desaparecimento de tipos ártico, considera
Mikhail Stichov, representante do Fundo da
Natureza Selvagem WWR na Rússia:
"Realmente o
tempo aquece.
A cobertura glaciar,
característica dos mares árticos, diminui. Todas essas consequências glaciares
atingem conhecidos e importantes tipos árticos de animais: focas, ursos
brancos.
Tudo isso preocupa.
O estado das feras
deteriora-se, começam a aparecer doenças,
desce a natalidade.
Com a diminuição da
cobertura glaciar, o aquecimento do ar e da água, começam a aparecer tipos mais
meridionais.
Aumenta a
diversidade biológica do Ártico.
Por enquanto não
existem ameaças diretas, mas tudo acontecer de mau aos tipos árticos."
Depois de somar toda a experiência do passado, os cientistas
afirmam que os habitantes da Terra, nas próximas décadas, irão viver num clima
instável.
E neste período irão ter lugar invernos anormalmente frios e meses de
verão quentes como em África em lugares onde antes não se observava tal coisa.
Irão aparecer novos tipos de plantas, mudarão os tipos de
animais e desenvolver-se-ão organismos antes desconhecidos.
No que respeita ao aquecimento crítico, tendo em conta o
caráter cíclico dos fenômenos climatéricos e a inconstância das temperaturas,
isso não ameaça o nosso planeta nos próximos milénios.
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