quinta-feira, 6 de março de 2014
Um grupo internacional de pesquisadores,
fuçando dados de arquivo de busca por planetas fora do Sistema Solar ao redor
das menores e mais comuns estrelas do Universo,
encontrou oito novos candidatos, dos quais possivelmente quatro são mundos
habitáveis.
Todos entram na categoria das “superterras” — planetas maiores que o nosso, mas mais
modestos que Netuno, o menor dos gigantes gasosos em nosso Sistema Solar.
O mais próximo está a apenas 17 anos-luz de
distância,
uma ninharia em termos cósmicos.
(Um ano-luz é a distância que a luz atravessa
em um ano,
cerca de 9,5 trilhões de quilômetros)
Ele orbita a estrela Gliese 682 e tem uma massa
mínima 4,4 vezes a terrestre — o que faria dele um planeta com 1,5 vez o
diâmetro do nosso planeta, se tivesse a mesma composição.
Ele completa uma volta em torno de seu sol a
cada 17 dias terrestres.
O sistema mais interessante dentre os
recém-descobertos,
contudo, pertence à estrela Gliese 180, a 38
anos-luz de distância.
Lá, dois planetas diferentes se encontram na
chamada “zona habitável” — a região do sistema planetário em que um
planeta do tipo terrestre seria capaz de preservar água em estado líquido na
superfície.
Trata-se da condição mais essencial para a vida
como a conhecemos.
O mais interno deles dá uma volta em torno de
seu sol a cada 17 dias, e o mais afastado completa um ano em 24 dias.
Finalmente, o quarto mundo habitável descoberto
pela equipe liderada por Mikko Tuomi, da Universidade de Hertfordshire, no
Reino Unido, gira em torno de Gliese 422 e completa uma translação em 26 dias.
Não é o caso de estranhar que todos esses
mundos, apesar de receber radiação mais ou menos equivalente à que a Terra
ganha do Sol, completem seus giros anuais tão mais depressa que nosso mundo,
que executa uma volta a cada 365 dias.
O Sol é uma estrela amarela, bem maior que as
anãs vermelhas a que o estudo diz respeito.
Quanto menor a estrela, mais perto dela fica a
zona habitável.
O estudo, feito com dados colhidos pelos
instrumentos HARPS e UVES, ambos do ESO (Observatório Europeu do Sul), no Chile, foi publicado no periódico “Monthly Notices of the Royal Astronomical
Society”
Para descobrir os oito novos planetas e
confirmar a existência de outros dois já apontados por outro grupo, a equipe
analisou dados de 41 estrelas anãs vermelhas.
Uma análise estatística sugere que planetas de
baixa massa — muitos deles possivelmente réplicas da Terra
— são extremamente comuns ao redor desses astros.
Os resultados sugerem que cada uma dessas
estrelas deve ter pelo menos um planeta de baixa massa, e possivelmente muitos
mais.
A notícia é sobretudo animadora porque as anãs
vermelhas representam 76% de todas as estrelas da Via Láctea.
Deve haver Terra para tudo quanto é lado na
nossa vizinhança.
E as atmosferas desses mundos poderão em breve
ser estudadas pelo Telescópio Espacial James Webb, que a Nasa quer lançar em
2018 para suceder o Hubble.
Talvez daí venham os primeiros sinais de vida
extraterrestre.
A busca está esquentando.
FONTE: UOL
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