ESPIRITUALIDADE:
SEXO NO ALÉM
segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014
Como é natural, muitas pessoas tem curiosidade
em saber se há constituição de lares no além e, consequentemente, se há
relações sexuais entre os seres que se unem em matrimônio e, mais, se existe
gestação no mundo espiritual.
Encontrei as respostas nas mensagens que os
desencarnados enviaram a seus pais e parentes encarnados, através de Chico Xavier
Nas 500 mensagens que estudei, publicadas em
mais de uma centena de obras, encontrei as respostas que procurava e
coloquei-as no meu livro “Nossa Vida no
Além”.
No capítulo Inquietações da Libido, abordo
muitas dessas questões.
Aprendi que nas regiões mais evoluídas há
também o casamento das almas, que se unem conjugadas pelo amor puro, gerando
obras admiráveis de progresso e beleza.
No caso, porém, em que esse enlace deva ser
adiado, por circunstâncias inamovíveis, os Espíritos de comportamento superior
aceitam, na Terra, a luta pela sublimação das forças genésicas, aplicando-as em
trabalho digno.
Neste caso, não aceitam ligações poligâmicas, nem
abstenção do comércio poligâmico, tanto mais intensamente quanto mais ativo se
lhes revele o esforço no acrisolamento próprio.
Por isso vemos muitas criaturas encarnadas que,
embora separadas de sua alma gêmea, desenvolvem serviços de amor aos
semelhantes, a fim de aplicarem de forma útil suas energias sexuais, até que,
um dia, possa reencontrá-la, nas outras dimensões da vida infinita, e
integrar-se em seu halo energético, na complementação ideal.
Ivo de Barros Correia
Menezes, o Ivinho, enviou vinte cartas para sua mãe,
através do médium Chico Xavier, seis delas
estão no livro “Retornaram
Contando”, cinco outras em “Gratidão e Paz”, e
algumas esparsas.
Em 1983, cinco anos após a sua desencarnação, ocorrida aos 18 anos,
desabafou com sua mãe Neide (28):
“Continuo
desencarnado e prossigo querendo casar-me e ser pai de família.
Estimo os avós que
me favorecem aqui com os melhores ensejos de ser feliz, mas, no fundo de mim
mesmo, o que desejo realmente será formar na juventude do meu tempo e adotar
uma vida caseira, pródiga de bênçãos de paz.
Mãe Neide, é que seu
filho anda partido em dois, tamanho é o meu anseio de realizar-me na condição
de homem”.
Em sua sexta carta, psicografada em 26 de maio de 1984, Ivinho continuou a dialogar francamente com o
coração materno, expondo seus anseios mais íntimos:
“Aquele desejo de
passear com uma garota a tiracolo observando se ela nos serviria para um
casamento futuro prevalece comigo
Muitos rapazes se
desligam com facilidade desses anseios
Tenho visto centenas
que me participam estarem transfigurados pela religião e outros adotam
exercícios de ioga com o objetivo de cortarem essas raízes da mocidade com o
mundo.(…)
Meu tio Ivo fala em
amor entre os jovens, apenas usufruindo o magnetismo das mãos dadas, e até já
experimentei, mas a pequena não apresentava energias que atraíssem para longos
diálogos sobre as maravilhas da vida por aqui.
Fiz força e ela
também; no entanto, nos separamos espontaneamente, porque não nos alimentávamos
espiritualmente um ao outro
Creio que meu caso é
uma provação que apenas vencerei com o apoio do tempo. (…)
Se estivesse aí
faria 25 anos em janeiro próximo ; um tempo lindo para se erguer um lar e criar
filhos (…)
Realmente a provação,
com vistas à disciplina emotiva, parece implícita no caso de Ivinho, à semelhança
de milhares de outros jovens, como ele mesmo pôde constatar, entre seus
companheiros de Vida Nova.
Mas é interessante
anotar a sinceridade de seu coração,
abrindo a alma por
inteiro para a mãe à procura de apoio”
Nesta mesma carta, continuou:
“Mamãe Neide, por que será que o homem passa por este período de
necessidade de integração com uma outra criatura no casamento?
Sei lá…
A minha avó Celeste
considera fácil esta abstenção por aqui,
porque nos afirma
que, em nossa esfera não há possibilidade de gravidez.
Mas com gravidez ou
sem ela eu queria uma companheira loura ou morena, que se parecesse com você,
que me protegesse, que me conseguisse organizar os lugares para descanso, que
eu pudesse beijar muitas vezes para compensá-la do carinho que me consagrasse.(…)
Dizem por aqui que
os pares certos trocam emoções criativas e maravilhosas no simples toque de
mãos; no entanto, estou esperando o milagre.
Em seus
apontamentos, Ivinho lembrou que, na Terra, rapazes e moças buscam dedicar-se
aos esportes na tentativa de liberar o magnetismo do
sexo, no entanto, para ele nem mesmo isso daria jeito”
O jovem não disse, mas o esporte na
Espiritualidade tem outras modalidades uma vez que o sistema muscular estriado
ou esquelético existente no corpo físico não permanece no perispírito,
é transformado, durante a histogênese
espiritual
Lá não se utiliza senão a força mental e os
deslocamentos individuais operam-se na faixa da volitação.
Referiu-se aos estudos e trabalho que
desenvolve sob a orientação dos instrutores espirituais, e quando interrogado
por eles, não teve coragem de mentir quanto ao seu
verdadeiro estado mental em relação ao sexo:
“Enfim, esta é minha
atualidade e não podia omitir o que sinto perante você, minha mãe, minha
confidente e minha melhor amiga.
Com o tempo, vamos
regularizar tudo isso.
Esteja tranquila.
Refiro-me ao
assunto, porquanto noto que a maioria dos jovens desencarnados, que se
comunicam dão uma volta no caso e passam por cima; no entanto, sei que a
maioria deles está em posição semelhante à minha.
Mas não há de ser
nada.
Acredito que vou
entrar no cordão das mãos entrelaçadas e depois lhe darei notícias.
As cartas do jovem
Ivo à sua mãe constituíram, a nosso ver,
um esforço enorme de
seu Espírito para adaptar-se ao Plano Espiritual.
Com esse desabafo,
possibilitado, durante tantos anos, pela psicografia, ganhou forças para
resistir, contando principalmente com a compreensão da mãe e da avó.
No mundo espiritual,
seu avô Barros chegou a sugerir-lhe uma nova encarnação, mas o jovem
apavorou-se:
(…) isso é um assunto grave, porque não desejo
assumir outra personalidade esquecendo os vínculos que me ligam ao seu querido
coração
Enganam-se
lamentavelmente quantos possam admitir a incontinência sexual como regra de
conduta nos planos superiores da Espiritualidade.(…)”
Como vemos, ainda temos muito que aprender
lendo as cartas recebidas por Chico Xavier, enviadas por aqueles que partiram,
sobretudo os jovens, aos entes queridos que
ficaram na Terra
FONTE: RADIO BOA NOVA

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