quarta-feira, 5 de março de 2014

OSHO: ESTRANHOS A NÓS MESMOS

Imagem por antkriz
OSHO:
ESTRANHOS A NÓS MESMOS
quinta-feira, 30 de janeiro de 2014
Nascemos sozinhos, vivemos sozinhos e morremos sozinhos.
A solitude é nossa verdadeira natureza, mas não estamos cientes dela
Por não estarmos cientes, permanecemos estranhos a nós mesmos e, em vez de vermos nossa solitude como uma imensa beleza e bem-aventurança, silêncio, paz e um estar à vontade com a existência, a interpretamos erroneamente como solidão.
A solidão é uma solitude mal-interpretada.
E, quando se interpreta a solitude como solidão, todo o contexto muda.
A solitude tem uma beleza e uma imponência, uma positividade; a solidão é pobre, negativa, escura, melancólica.
A solidão é uma lacuna.
Algo está faltando, algo é necessário para preenchê-la e nada jamais pode preenchê-la, porque, em primeiro lugar, ela é um mal-entendido.
À medida que você envelhece, a lacuna também fica maior.
As pessoas têm tanto medo de ficar consigo mesmas que fazem qualquer tipo de estupidez
Vi pessoas jogando baralho sozinhas, sem parceiros.
Inventaram jogos de cartas em que a mesma pessoa pode fazer o papel dos dois adversários.
Aqueles que conheceram a solitude dizem algo completamente diferente
Eles dizem que não existe nada mais belo, mais sereno, mais agradável do que estar só.
A pessoa comum insiste em tentar esquecer sua solidão e o meditador começa a ficar mais e mais familiarizado com sua solitude.
Ele deixou o mundo, foi para as cavernas, para as montanhas, para a floresta, apenas para ficar só.
Ele quer saber quem ele é.
Na multidão é difícil; existem tantas perturbações...
E aqueles que conheceram suas solitudes conheceram a maior das bem-aventuranças possíveis aos seres humanos, porque seu verdadeiro ser é bem-aventurado.
Depois de entrar em sintonia com sua solitude, você poderá se relacionar, o que lhe trará grandes alegrias, porque a relação não acontecerá a partir do medo.
Ao encontrar sua solitude, você poderá criar, poderá se envolver com tantas coisas quanto quiser, porque esse envolvimento não será mais fugir de si mesmo.
Agora, ele terá a sua expressão, será a manifestação de tudo o que é seu potencial.
Mas o básico é conhecer inteiramente sua solitude.
Assim, lembro a você, não confunda solitude com solidão.
A solidão certamente é doentia; a solitude é saúde perfeita.
Seu primeiro e mais fundamental passo em direção à descoberta do significado e do sentido da vida é mergulhar na sua solitude.
Ela é seu templo, é onde vive seu deus, e você não pode encontrar esse templo em nenhum outro lugar.
Osho, em "Amor, Liberdade e Solitude:
Uma Nova Visão Sobre os Relacionamentos"

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