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OSHO:
ESTRANHOS A NÓS MESMOS
quinta-feira, 30 de janeiro de 2014
Nascemos sozinhos,
vivemos sozinhos e morremos sozinhos.
A solitude é nossa
verdadeira natureza, mas não estamos cientes dela
Por não estarmos
cientes, permanecemos estranhos a nós mesmos e, em vez de vermos nossa solitude
como uma imensa beleza e bem-aventurança, silêncio, paz e um estar à vontade
com a existência, a interpretamos
erroneamente como solidão.
A solidão é uma
solitude mal-interpretada.
E, quando se
interpreta a solitude como solidão, todo o contexto muda.
A solitude tem uma
beleza e uma imponência, uma positividade; a solidão é pobre, negativa, escura,
melancólica.
Algo está faltando,
algo é necessário para preenchê-la e nada jamais pode preenchê-la, porque, em primeiro
lugar, ela é um mal-entendido.
À medida que você
envelhece, a lacuna também fica maior.
As pessoas têm tanto
medo de ficar
consigo mesmas que fazem qualquer
tipo de estupidez
Vi pessoas jogando
baralho sozinhas, sem parceiros.
Inventaram jogos de
cartas em que a mesma pessoa pode fazer o papel dos dois adversários.
Aqueles que
conheceram a solitude dizem algo completamente diferente
Eles dizem que não existe nada mais belo, mais
sereno, mais agradável do que estar só.
A pessoa comum
insiste em tentar esquecer sua solidão e o meditador começa a ficar mais e mais familiarizado
com sua solitude.
Ele deixou o mundo,
foi para as cavernas, para as montanhas, para a floresta, apenas para ficar só.
Ele quer saber quem
ele é.
Na multidão é
difícil; existem tantas perturbações...
E aqueles que
conheceram suas solitudes conheceram a maior das bem-aventuranças possíveis aos
seres humanos, porque seu verdadeiro ser é
bem-aventurado.
Depois de entrar em
sintonia com sua solitude, você poderá se relacionar, o que lhe trará grandes
alegrias, porque a relação não
acontecerá a partir do medo.
Ao encontrar sua
solitude, você poderá criar, poderá se envolver com tantas coisas quanto
quiser, porque esse envolvimento não será mais fugir de si mesmo.
Agora, ele terá a sua expressão, será a manifestação de tudo o
que é seu potencial.
Mas o básico é conhecer inteiramente sua solitude.
Assim, lembro a
você, não confunda solitude com solidão.
A solidão certamente
é doentia; a solitude é saúde perfeita.
Seu primeiro e mais
fundamental passo em direção à descoberta do significado e do sentido da vida é
mergulhar na sua solitude.
Ela é seu templo, é onde vive seu deus, e você não pode encontrar esse templo em nenhum
outro lugar.
Osho, em "Amor,
Liberdade e Solitude:
Uma Nova Visão Sobre
os Relacionamentos"
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