sexta-feira, 7 de março de 2014
A Lenda e a profecia do Búfalo Branco da Nação
índigena Lakota, dos povos nativos peles vermelha dos EUA.
A “lenda” do Búfalo Branco é muito sagrada para os
Nativos norte Americanos peles vermelha.
A Nação Lakota (Sioux)
contou a história original, que agora já tem
aproximadamente 2.000 anos, em muitas reuniões de conselhos,
cerimônias sagradas e através dos contadores de
histórias das suas tribos…
“Não ande atrás de
mim, talvez eu não saiba liderá-lo.
Por favor, nem ande
em minha frente talvez eu não saiba seguí-lo. Ande ao meu lado para que juntos
possamos crescer e galgar os degraus da elevação da consciência”.
(Provérbio Sioux)
Edição e imagens: Thoth3126@gmail.com
Existem algumas variações ao se contar a
história, mas todas são importantes e tem o mesmo final: tem comunicação com o
Criador e com a Grande Mãe, através da oração, com claras intenções de Paz,
Harmonia e Equilíbrio para todos os seres viventes para e com a Mãe Terra.
A lenda conta como o Povo havia perdido a
capacidade de se comunicar com o Criador.
O Criador enviou a Mulher Sagrada Bezerra de
Búfalo Branco para ensinar ao Povo como rezar com o Cachimbo.
Com aquele Cachimbo, sete cerimônias sagradas
foram dadas ao Povo para assegurar um futuro com harmonia, paz e equilíbrio.
A lenda conta que há muito tempo, dois homens jovens estavam caçando,
quando apareceu uma linda donzela vestida com couro de gamo branco.
Um dos caçadores olhou para ela e,
reconhecendo-a como WAKAN ou um ser FEMININO sagrado, baixou seus olhos.
O segundo caçador aproximou-se dela com desejo
ardendo em seus olhos, querendo-a possuir como mulher.
À medida que ele se aproximava, foi surgindo uma nuvem de poeira ao
redor dele e quando a poeira assentou, tudo o que restou dele foi uma pilha de
ossos (o seu desejo, a sua luxúria foi atendida de um modo muito rápido, o que
o levou a se consumir em uma rapidíssima existência pois ele se auto consumiu
pelo seu próprio desejo e luxúria)
Enquanto Wakan andava em direção ao outro caçador que permaneceu silencioso
e cabisbaixo, ela lhe explicou que ela meramente havia satisfeito o desejo do
outro homem, permitindo a ele, naquele breve momento, viver uma vida, se
consumir até morrer e se decompor, miseravelmente.
Ela também instruiu o jovem caçador a voltar
para o Povo e lhes dizer para se prepararem para a sua chegada para
ensinar-lhes a maneira de orar.
O caçador obedeceu.
Quando ela chegou com o Cachimbo das Orações, ela ensinou ao Povo os
sete caminhos sagrados para orar.
Estas orações seriam através de cerimônias: a
casa do Trabalho (Suor), para
Purificação; a cerimônia de Nomeação ou dar nome às crianças; a cerimônia de
Cura, para restaurar a saúde do corpo,
mente e espírito; a cerimônia de Adoção ou
reconhecendo os parentes; a cerimônia de casamento, unindo macho e fêmea; a
Busca da Visão, comunicando-se com o Criador, para rumos e respostas para a
própria vida e a Dança do Sol, para rezar pelo bem-estar de todo o Povo.
Quando o ensinamento dos caminhos sagrados
estava completo, a Mulher Sagrada Bezerro de Búfalo Branco disse ao Povo que
retornaria pelo Cachimbo Sagrado que ela deixou com eles.
Antes de partir, ela lhes disse que nela
estavam quatro eras e que ela olharia pelos Povos em cada era, retornando (a energia feminina) no final da
quarta era, para restaurar a harmonia e a espiritualidade para a terra com
problemas.
Ela caminhou uma pequena distância, olhou para
trás, para o povo e se sentou.
Assista abaixo vídeo com depoimento do cacique Arvol Looking Horse, conhecido
como o Guardião do Cachimbo do Búfalo Branco:
Quando ela se levantou eles se surpreenderam,
pois ela havia se tornado um búfalo negro.
Caminhando uma pequena distância, o búfalo se
deitou e aí se levantou como um búfalo amarelo.
Na terceira vez, o búfalo caminhou mais um
pouco, desta vez se levantando como um búfalo vermelho.
Andando mais um pouco, ele rolou no chão e se
levantou pela última vez como um bezerro de búfalo branco, assinalando o
cumprimento da Profecia do Bezerro de Búfalo Branco.
A mudança das quatro cores desse búfalo
representa as quatro cores do homem (quatro raças), negra, amarela, vermelha e branca
Representam também as quatro direções: norte, leste, sul, oeste.
Um grupo de cavalos selvagens, mustangs,
atravessam uma curva do Rio Cheyene, em Dakota do Sul.
O Cachimbo Sagrado que foi deixado ao povo
Lakota, da Nação Sioux, ainda está com esse povo, num local sagrado na Reserva
Indígena de Rio Cheyenne, em Dakota do Sul.
O Bufalo Branco é atualmente guardado pelo cacique Arvol Looking Horse,
conhecido como o Guardião do Cachimbo do Búfalo Branco. A mulher também
profetizou que um dia ela (Wakan, a energia
feminina da Deusa) voltaria para purificar o mundo e que o
nascimento de um bezerro de búfalo branco seria um sinal de que o seu retorno
estaria próximo.
Em 12 de maio de 2011 nasceu
o último búfalo branco, Lightning Medicine Cloud, no Texas, no Lakota Ranch.
Um pouco mais de uma dezena de búfalos brancos
já nasceram no século XX e eles passaram pelas quatro cores descritas na
profecia.
O penúltimo nasceu (“Sunrise
Spirit” – Espírito do Sol Nascente) no dia 22 de maio de 2004 e recentemente nasceu o último, Lightning
Medicine Cloud em 12 de maio de 2011, no Texas, mais um claro sinal de que as mudanças
previstas em todas as profecias indígenas estão já em curso
Esta “lenda” permanece sempre prometedora nesta era de
iluminação espiritual e despertar da consciência da humanidade.
No mundo de hoje, de confusão e guerra, muitos
de nós estamos procurando sinais de paz.
CHIEF ARVOL LOOKING HORSE
SPEAKS OF WHITE BUFFALO PROPHECY
OGLALA LAKOTA
WOMEN AND BUFFALO
Canal: mihoaida·
“Com o retorno
do Búfalo Branco, há um sinal de que as orações estão sendo ouvidas, que o
Cachimbo da Paz está sendo honrado e que as promessas da profecia estão sendo
cumpridas.
O Búfalo
Branco assinala um tempo de abundância e plenitude”
(Sams
and Carson, Medicine cards)
O retorno do Búfalo Branco é mais um sinal do
mundo do espírito,
pronto e esperando para nos auxiliar a caminhar
em nosso mundo,
com sabedoria, conhecimento paz e amor.
É um presente para todos os povos.
Nós somos todos irmãos e irmãs em muitas formas,
vivendo na mesma Mãe Terra.
É tempo de respeitar e honrar a Grande Mãe
natureza e cada indivíduo, de cada espécie, da mesma maneira que nós gostaríamos de sermos
respeitados por todos.
Permitida a reprodução, desde que mantido no formato
original e mencione as fontes
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