sexta-feira, 4 de abril de 2014
Para os amantes da astronomia, o mês de abril traz boas surpresas.
Logo no início do mês, o planeta Marte estará em sua distância mínima
da Terra, fenômeno que acontece a cada dois anos, aproximadamente.
Segundo o astrônomo Jair Barroso, do Observatório Nacional,
mesmo longe, o planeta vermelho poderá ser observado sem utilização de
qualquer instrumento.
Ele explica que, no dia 8 de abril próximo, Marte estará em oposição ao
Sol e alinhado com a Terra.
“Poderá ser visto a olho nu desde o começo da
noite ao leste, ou seja, no nascente. Estará ‘perto’ (angularmente) da estrela Espiga (ou
Spica) da constelação da Virgem”, diz.
- A distância entre os planetas será de 93 milhões de quilômetros.
E o seu brilho “rivalizará” com o da
estrela Sirius do Cão Maior, a mais brilhante do céu noturno – diz.
Outro fenômeno instigante do mês acontecerá no dia 15:
o eclipse total da Lua.
Barroso diz que sua visibilidade será ampla, mas irá favorecer os locais
situados mais para o oeste do Brasil e do continente,
principalmente quanto à sua parte final.
Segundo o pesquisador, os dados de suas fases mais importantes,
em relação ao horário de Brasília são: início
aproximadamente às 3h da madrugada (no lado poente), meio
do eclipse total às 4h46min (já próximo ao clarear do dia no Rio de
Janeiro, por exemplo) e final às 6h33min.
“A duração do eclipse total, ou seja, a Lua
imersa no cone de sombra da Terra será de 78 minutos”,
relata.
O astrônomo João Batista Garcia Canalle, coordenador
da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), destaca
que, durante a evolução do fenômeno, a Lua estará entre a estrela Espiga e
Marte.
“E por estar mais próximo da estrela, fará do
evento algo particularmente atraente”
- A tonalidade alaranjada que o nosso satélite natural costuma apresentar
durante a fase de totalidade é uma característica desses eclipses.
A luz proveniente do Sol que atinge a atmosfera da Terra é desviada sobre
a Lua eclipsada, porém a atmosfera da Terra retém o lado azul do espectro de
cores do Sol, resultando na cor alaranjada – explica.
Imagem: hipescience.com
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