DOMINGO, 30 DE MARÇO DE 2014
Conta-se que nas ilhas Salomão, no Pacífico
Sul, os nativos descobriram um jeito inteiramente diferente de derrubar
árvores.
Se algum tronco é grosso demais para ser
abatido com os seus machados, eles o derrubam no grito.
Isso mesmo, no
grito.
Lenhadores sobem na árvore toda manhã bem
cedinho e se põem a gritar.
Repetem o ritual durante trinta dias.
A árvore morre e cai por terra.
Segundo eles, o método nunca falha e a
explicação, também segundo os nativos,
é que, gritando, eles matam o espírito da árvore.
Os civilizados logo pensam que se eles
dispusessem de tecnologia moderna, poderiam simplesmente derrubar a árvore com
máquinas poderosas, rapidamente e de forma mais eficiente.
Entretanto, a técnica desses nativos nos leva a
pensar em como nós ainda utilizamos o grito em nossas vidas.
Gritamos no trânsito, quando um motorista
desatento executa alguma manobra infeliz, dificultando a nossa livre
circulação.
Gritamos no jogo de futebol, com o juiz, o
bandeirinha, o jogador, e até mesmo com a bola que parece desviar do gol só
para nos provocar.
Falamos alto com o segurança do banco porque a
porta giratória nos impede a entrada.
Xingamos o caixa do supermercado porque é muito
lento, porque não empacota a mercadoria, porque nos fornece o troco errado.
Brigamos com os aparelhos eletrodomésticos
porque não funcionam direito.
Em casa, muitas vezes, ao chamarmos a atenção
para o que está errado, esquecemos de controlar o volume da voz e falamos alto
demais com nossos filhos, com a esposa, com nossos irmãos.
Quase sempre gritamos com as crianças quando
estão fazendo alguma traquinagem.
Contudo, o grito, além de não educar, assusta.
Podemos imaginar os
distúrbios provocados no organismo frágil dos pequenos,
com um grande susto?
Com os colegas de trabalho, é comum exagerarmos
no tom da voz apenas para dizer que determinada tarefa deve ser refeita.
Em locais públicos, como restaurantes,
lanchonetes, quando em grupos, nos esquecemos do respeito que devemos às
pessoas, e nos permitimos gargalhar,
falar alto demais.
E nem nos damos conta do quanto a nossa
algazarra perturba os ouvidos alheios.
Tudo isso nos faz reflexionar.
Se os nativos das ilhas Salomão descobriram que
as árvores são sensíveis aos gritos, que dizer dos seres humanos!
Pensemos: com gritos e gargalhadas,
perturbamos ambientes e pessoas.
Com palavras grosseiras, ditadas pela nossa
impaciência, podemos partir corações que nos amam ou criar inseguranças em
filhos pequenos, que passam a nos temer, em vez de respeitar.
No trato pessoal, a fala desempenha papel
importante.
A magia da voz é daquelas que não deve ser
esquecida por todos os que se acham envolvidos nas lides humanas, escutando os
diversos corações.
Por isso, utilizemos a palavra para construir,
edificar, com o objetivo de fazer a vida brilhar.
Falemos com valor, falemos com amor, para que
sejamos felizes e façamos os demais também felizes.
Não nos esqueçamos de que a gentileza e o
respeito no trato pessoal também significam caridade.
Por favor, respeite todos os creditos ao
compartilhar
Grata
Rose Kareemi Ponce!
LUZ!STELA
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