20 DE MARÇO DE 2014
20/03/2014
Eu sou
Anael, Arcanjo.
Eu venho a vocês, nesse dia, para,
sobretudo, responder às suas questões.
Mas, antes disso, eu lhes proponho
desenvolver a noção de conhecimento.
Vocês têm, há muito tempo, procurado
conhecer, procurado saber.
Todos esses conhecimentos,
cuidadosamente ordenados em vocês, que vocês conquistaram desdobrando,
frequentemente, muitos esforços.
Todos esses conhecimentos levam-nos
ao mesmo ponto: levam-nos à ignorância.
Ignorância do que vocês são,
ignorância de sua Eternidade, ignorância que os leva a viver a separação e os
sofrimentos que ali estão cravados.
Vocês não podem encontrar o que vocês
são.
Vocês são a Verdade,
vocês são o Conhecimento.
Voltar a tornar-se como uma criança é
colocar para fora de vocês todos os conceitos e conhecimentos sobre os quais
vocês construíram falsas crenças, falsas estratégias que levam a verdadeiros
sofrimentos, pelo menos vocês acreditam e experimentam assim.
Eu estou pronto, agora, a responder
às suas questões concernentes ao que eu acabo de desenvolver.
Questões?
Q.: De acordo com os ensinamentos, dizem que a
ignorância era uma causa de sofrimento.
Pode-se
compreender que o conhecimento é como a ignorância, seu polo oposto, mas que,
também, causa de sofrimento?
O que vocês chamam conhecimento nesse
mundo é, na realidade,
a ignorância porque, o que vocês conhecem, realmente?
O que vocês podem construir, quando vocês não sabem quem vocês são?
A humanidade tem construído todas as
espécies de teorias, cada uma buscando, a cada vez, reunir as outras à sua
causa, mas, a cada vez, trata-se, apenas, de conceitos que se esquecem da base
de todos os conhecimentos, ou seja, quem vocês são.
Quem é aquele
que desenvolve o conhecimento?
Em qual
objetivo ele o desenvolve?
Vocês sabem?
Eu nada ouço...
Q: É
para atrair para si os outros.
É para tomar o poder sobre os outros.
Mas quem atrai
para si?
Q.: A personalidade?
Minha questão
foi: quem procura o conhecimento, quem o desenvolve?
Vocês sabem?
Q.: O
ego.
O que é o ego?
Q.: É o
que se crê ser.
É um conceito, efetivamente.
É uma construção na qual você fecha
alguns conceitos para deles fazer um novo conhecimento.
Mas vocês
encontraram o ego?
Vocês
encontraram a fonte disso?
Ou você
esconde sob o termo ego ações que vão em tal ou tal sentido, de preferência,
não o seu?
Eu volto,
então, à minha questão: quem procura o conhecimento? Quem o desenvolve?
Q.: O
observador.
É o observador
que pensa?
É a
consciência que pensa?
E minha
questão não é saber qual palavra pôr nisso, mas quem é?
Há uma fonte
que procura o conhecimento?
Q.: Não se pode procurar o conhecimento, uma vez que
ele É conhecimento.
Isso é um
conceito porque você é a fonte?
Q.: Eu
não sei quem eu sou.
Então, voltamos à questão de origem: quem conhece alguma coisa?
Q.: Ninguém.
Aí está, efetivamente, o fundamento
da ignorância, porque os conhecimentos acumulam-se, escondendo o fato de que vocês não responderam a
essa questão: quem acumula os conhecimentos?
E esse monte de conhecimentos, de
conceitos é realçado, sem saber quem o realça e em qual objetivo.
Vocês não podem empilhar
conhecimentos quando vocês são Conhecimento.
Mas isso é, ainda, um conceito.
Então, sim, a ignorância ou o
ignorante, aquele que não sabe quem ele é, empilha conhecimentos que são ignorância
e que leva ao sofrimento.
Há outras
questões?
Q.: Qual é a definição de conceito?
O conceito é o que vocês põem por
trás de uma palavra.
Você está, agora, deitada ou sentada
sobre a terra.
Você experimenta o contato com a
terra, mas a palavra terra é um conceito que permite tentar levar com você a
experiência.
Mas a terra
nada tem a ver com a palavra terra, não é?
Por trás de cada palavra coloca-se
uma compreensão, frequentemente diferente, aliás, em função de cada um de
vocês, e por trás dessa palavra há o sentido que vocês ali colocam,
eventualmente, mesmo de lembranças, de emoções que podem ressurgir,
simplesmente, ao ouvir a palavra.
Quando vocês colocam sua compreensão
por trás de uma palavra,
vocês sabem que a compreensão que
vocês têm dela foi reduzida ao seu mais simples elemento, porque poderíamos
dizer muitas coisas sobre o simples contato de seus pés com a terra.
Há as sensações, as impressões de
umidade, a própria ligação com a Terra-Mãe.
Por trás de cada palavra que vocês
utilizam e, frequentemente, as palavras que utilizam há muito tempo, vocês
colocaram um sentido,
mas não sabem, na realidade, tudo o
que ela significa.
Tomemos um exemplo muito simples.
Quando você está cansado, você diz:
eu estou cansado.
Mas, se você
observa, atentamente, o cansaço é ligado ao corpo físico?
Ligado ao
corpo mental?
Ligado ao
corpo emocional?
Ligado à
consciência?
Tente encontrar o cansaço.
Você ficará surpreso.
Há outras
questões?
Q: Por que você aborda esse tema do conhecimento ou da ignorância agora?
Por que
procurar colocar um cenário, uma cronologia?
Isso leva, inevitavelmente, ao
conhecimento.
Mas, obviamente, nós estamos, hoje,
nos tempos em que é possível sair, inteiramente, da ilusão.
Essa ilusão é, obviamente, mascarada
por uma floresta de conceitos, uma floresta de conhecimentos que os mantêm fora
do alcance da Verdade que sempre esteve aí.
Há um tempo para transmitir o que se
poderia chamar a tomada de consciência, o que os leva a perceber que algo não
funciona funcionamento comum.
Isso os leva a procurar a Verdade, a
procurar, talvez, o que vocês não veem, mas, em definitivo, chega um momento no
qual convém definir, claramente, sua busca.
Você busca o
exótico?
Você busca o
saber espiritual?
Ou você busca
a Verdade?
Esse momento é o momento no qual,
depois de ter afrouxado o funcionamento comum da pessoa, no qual convém ir
observar a Verdade que sempre esteve aí, mas que era incompreensível para a
pessoa comum.
Quando nós
dizemos que nada há a procurar, então, o que acontece?
Frequentemente, vocês se dizem: tudo
está aí, nada há a fazer, e vocês continuam o desenvolvimento na pessoa, porque
nada há a fazer ali.
Efetivamente, nada há a fazer, porque
tudo está aí.
Então, parem de fazer barulho.
Parem de deixar os conhecimentos
empilharem, as experiências tornarem-se conceitos.
Aí, vocês estarão tranquilos.
Aí, será possível e fácil ver emergir
a Verdade.
Então, nesses tempos de dissolução,
nós os convidamos,
efetivamente, a dissolver o que os
mantêm separados.
Há outras
questões?
Q.: Como é possível sair dessa ilusão, quando se percebe que o observador
está colado ao que ele observa?
Deixe o observador observar, deixe o
corpo mover-se, deixe os pensamentos pensarem e permaneça aí, onde você está.
Fique tranquilo.
Não se envolva.
Se você pôde constatar que esse mundo
era ilusório, então, porque ali
envolver-se?
E, se você não
pôde constatar isso, então, por que chamá-lo ilusão?
Procure um método para funcionar no
que você pôde observar, seja o corpo, o mental, a consciência, as emoções, a
alma, pouco importa.
Procure um método para funcionar com
essas ferramentas.
É tentar encontrar um conhecimento a
acrescentar a todos aqueles que você já colecionou.
Isso pode aparecer como muito
simples, soltar o conjunto de conhecimentos, mas, vocês sabem, o mental humano
é assim feito para que ele não possa impedir-se de procurar colecioná-los,
procurar colocar um sentido.
E eu volto à
questão anterior: se você deseja dissolver a ilusão, por onde você pensa
começar?
Reconhecê-la pelo que ela é,
efetivamente, pode contribuir para dissolvê-la porque, naquele momento, você
para de aderir e de envolver-se.
Parar de ali envolver-se é parar de
desenvolver estratégias,
justamente, baseadas nesses
conhecimentos.
Quando você se instala no Aqui e Agora, quando você não se preocupa com o amanhã, para que lhe servem todos os seus
conhecimentos?
Q: Anael,
você, cujas palavras, frequentemente, vieram estabelecer a passarela, a
passarela entre nossos passos lançados e que são, nós sabemos, essa ignorância
de nossos «nãos», você, que estabeleceu a passarela entre esses «nãos»,
nessa ilusão que é, de algum modo, o
único livro de vida no que é dito estar em nossas mãos, que nós podemos
refletir,
sem ali apegar-nos, certamente, nesse
momento em que, no ponto de pausa, nós não somos mais do que,
inacreditavelmente...
– que não é uma crença –, mas que é a
única fé de nossa renúncia a tudo o que, supostamente, era a trama de nosso
pertencimento, você não sente que além, além dessa desordem, você não sente ressoar nossa Unidade?
Não se prenda ao que não é, e veja no
círculo de meus irmãos e irmãs reunidos, apenas a faísca da qual o Fogo jorrará
para tudo dissolver...
Querida Amada, esse é, efetivamente,
o sentido de minha intervenção.
Porque, por
que eu viria intervir junto a vocês, se eu não visse as Unidade?
Nós somos Um.
Nós já
dissemos isso, mas você o vê?
A questão não é saber se eu o vejo.
A questão é saber se você o vive.
Porque, uma vez que você o viva, você
vive com o Amor, o reconhecimento, o êxtase.
É isso que nós viemos trazer junto a
vocês.
Então, nós os encorajamos, nós os
empurramos, por vezes, um pouco, mas isso para levá-los para onde vocês sempre
estiveram.
O Amor não é olhar sofrer o que nós
somos, é vir trazer-lhe a Alegria.
Os sofrimentos são inumeráveis em seu
mundo, sejam aqueles que vocês infligem em sua humanidade, aqueles que infligem
a si mesmos, aqueles que são infligidos à natureza, sejam os animais ou, mesmo,
a Terra-Mãe.
Tudo isso demonstra uma grande
originalidade, poderíamos dizer.
Mas tudo isso tem um único e mesmo
ponto de origem, que é a ilusão da separação.
Então, nós viemos a vocês, há anos
agora, para abrir bem as portas que lhes permitem extrair-se da ilusão, ilusão
de separação, antes de tudo.
Outra questão?
Q.: Para
não mais aderir à ilusão é não mais colar nem sentir-se concernido por essa
ilusão, precisamente, é um movimento pessoal.
Será que, de
um ponto de vista coletivo, há outro movimento?
O movimento pessoal leva ao movimento
coletivo.
Convém extrair-se dos pensamentos, do
conhecimento, da ilusão.
E, quando vocês estão nesse mundo sem
mais aderir à separação dele, ao seu isolamento, então, vocês levam ao
desenvolvimento coletivo essa abertura a manifestar-se.
Nisso nós trabalhamos juntos, eu poderia
dizer, dos dois lados do Véu.
Mas, em definitivo, não há trabalho a
realizar por qualquer um de vocês para levar o coletivo a bascular.
Isso se faz por sua simples Presença
nesse mundo, liberada de todo apego, de toda adesão.
Assim É, simplesmente.
As manifestações em seus Céus, as
manifestações sobre a própria Terra são numerosas e, obviamente, são levadas a
intensificar-se.
Mas, hoje, o que lhes é proposto é
instalar-se na Unidade para além da ilusão da separação.
Há apenas muito pouco esforço a fazer.
Simplesmente, renunciar ao que jamais
os levou para a Liberdade.
Outras
questões?
Não há mais questões.
Então, Filhos do Um, recebam todo o
meu Amor.
Eu lhes digo até breve.
Transmitido par Air.
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