SATÉLITE
DE COMUNICAÇÃO QUÂNTICA PRONTO PARA SER TESTADO
segunda-feira, 12 de maio de 2014
Representação artística de um link de
comunicação quântica entre uma estação terrestre e um satélite.
À direita, desenho esquemático do satélite
experimental QEYSSat. [Imagem: Thomas Jennewein et al./SPIE]
Criptografia quântica
Já demonstrada na prática em redes ópticas
reais, e prestes a ir parar em telefones celulares, a criptografia quântica
parece estar pronta também para ir ao espaço.
Este é um passo essencial para a aplicação
prática da tecnologia, já que a grande maioria das comunicações é feita com a
intermediação dos satélites de comunicação.
Pesquisadores canadenses anunciaram estar na
fase final de preparação de um satélite de demonstração do primeiro link de
criptografia quântica espacial.
Embora a data do lançamento ainda não esteja
marcada, a Agência Espacial Canadense (CSA) já incluiu entre suas próximas missões o QEYSSat (Quantum
EncrYption and Science Satellite, ou satélite científico e de criptografia
quântica, em tradução livre)
A parte científica incluirá o primeiro teste do
fenômeno do entrelaçamento quântico a "distâncias espaciais" - chamado de "ação fantasmagórica à distância" por Einstein, esse fenômeno estabelece que, entre partículas
entrelaçadas, tudo o que acontecer a uma delas afetará imediatamente a outra,
mesmo que elas estejam em lados opostos da galáxia.
Ação fantasmagórica à distância é 10.000 vezes
mais rápida que a luz
Fóton no alvo
Para distribuir uma chave criptográfica com
segurança, a rede A se comunica com o satélite através de um link quântico (QLA) e, a seguir, a rede de destino B usa outro link
similar (QLB).
[Imagem: Thomas Jennewein et al./SPIE]
Os sistemas atuais de criptografia quântica
cobrem apenas distâncias de poucas centenas de quilômetros porque os fótons
acabam sendo absorvidos nos cabos de fibra óptica - os sistemas de distribuição
de chaves quânticas (QKD) trabalham com fótons
individuais.
No futuro espera-se que a distância possa ser
aumentada com o uso de repetidores quânticos, mas esses equipamentos ainda
estão em estágio de pesquisa.
Em teoria, sistemas de comunicação quântica com
base em satélites podem eliminar esse problema de necessidade de reforço do
sinal - desde que se consiga detectar fótons individuais entre a órbita e o
solo com grande confiabilidade.
O conceito proposto por Thomas Jennewein e seus colegas da Universidade de Waterloo é manter as
tecnologias de geração do código de segurança no chão para garantir que o
satélite seja simples e de baixo custo - uma ideia muito similar à proposta da
Nokia para o uso da criptografia quântica em telefones celulares.
O principal equipamento do satélite será a "antena óptica", um receptor óptico com 40 centímetros de
abertura com lentes capazes de detectar os fótons gerados na superfície e
disparados para o espaço.
FONTE: SITE INOVAÇÃO TECNOLOGICA
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