SOLSTÍCIO
DE INVERNO, 21 DE JUNHO
O Solstício é um
fenômeno astronômico usado para marcar o início do inverno e do verão.
Ocorre normalmente
por volta do dia 21 de
Junho no hemisfério sul (Solstício
de inverno no sul e verão no norte) e 22 de
Dezembro (Solstício de inverno no norte e verão no sul) no hemisfério norte.
A palavra solstício vem do latim; (Sol), e sistere (que não se move)
Na astronomia, o solstício é o momento em que o Sol,
durante seu movimento aparente na esfera celeste, atinge a maior declinação em latitude,
medida a partir da linha do equador.
Os solstícios ocorrem duas vezes por ano: em
dezembro e em junho.
O dia e hora exatos variam de um ano para
outro.
O Solstício de inverno para nós do
hemisfério sul acontece às 10:51 horas pelo horário de Brasilia, do próximo
dia 21 de junho,
sábado, quando se
inicia o inverno no Brasil e temos a noite mais longa do ano.
Quando ocorre no verão em dezembro, significa
que a duração do dia é a mais longa do ano.
Analogamente, quando ocorre no inverno, significa que a duração da noite
é a mais longa do ano.
O Trópico de Capricórnio
O solstício de inverno ocorre
quando o Sol atinge a maior distância angular em relação ao plano que passa
pela linha do equador.
Embora sua data não seja a mesma em todos os
anos, pode-se dizer que ocorre normalmente por volta do dia 22 de Dezembro no hemisfério
norte e 21 de Junho no
hemisfério sul.
Esse momento não é fixo no calendário
gregoriano em função do ano tropical da Terra não ser um múltiplo exato de
dias.
Devido à órbita elíptica da Terra ao redor do
sol ao longo do ano, as datas nas quais ocorrem os solstícios não dividem o ano
em um número igual de dias.
Isto ocorre porque quando a Terra está mais
próxima do Sol (periélio) viaja mais
velozmente do que quando está mais longe (afélio), em conformidade com a segunda lei de Kepler.
Os trópicos de Câncer e Capricórnio são definidos
em função dos solstícios.
No solstício de verão do hemisfério sul, os raios solares incidem perpendicularmente à superfície da
Terra no Trópico de Capricórnio (linha imaginária que passa próximo à cidade de Itaí, no
estado de São Paulo).
No solstício de verão do hemisfério norte, ocorre o mesmo fenômeno no Trópico de Câncer
Indicação da linha imaginária do Trópico de
Capricórnio na rodovia SP-255, próximo a Itaí, estado de São Paulo.
Esta data tinha grande importância para
diversas culturas antigas que geralmente realizavam celebrações e festivais
ligados às suas crenças religiosas.
Em várias culturas ancestrais à volta do globo,
o solstício de inverno era festejado com comemorações que deram origem a vários
costumes hoje relacionados com o Natal das religiões pagãs.
O solstício de inverno, o menor dia do ano, a
partir de quando a duração do dia começa a crescer, simbolizava o início da vitória da luz sobre a escuridão.
Festas das mitologias persa e hindu referenciavam
as divindades de Mitra como um símbolo do “Sol Vencedor”, marcada pelo
solstício de inverno, nesse caso em dezembro no
hemisfério norte
A cultura do Império Romano incorporou a
comemoração dessa divindade através do Sol Invictus.
Com o enfraquecimento das religiões pagãs, a
data em que se comemoravam as festas do “Sol Vencedor” passaram a
referenciar o Natal, numa apropriação destinada a incorporar as festividades de
inúmeras comunidades recém-convertidas ao cristianismo.
Chineses
No calendário chinês, o solstício de inverno
chama-se dong zhi
(em português: chegada do inverno) e é considerado uma data de extrema importância, visto ser aí festejada
a passagem de ano.
A Roda do Ano da passagem do tempo na cultura Celta, no hemisfério
norte.
Cultura Celta
A Roda do Ano é o
calendário que simboliza a concepção de tempo dos Celtas e que era um tanto
quanto diferente da atual,
semelhantemente ao zodíaco.
Eles não viam a passagem do tempo de forma
linear, mas circular,
cíclico.
Seus calendários levavam em conta não só o ciclo
solar, como é o nosso calendário atual, mas também o ciclo lunar.
Originários da tradição celta, os Sabbats ocorriam oito vezes ao ano, levando-se
em conta a posição da Terra com relação ao Sol:
Nos Equinócios e Solstícios.
Nessas ocasiões, eram homenageadas
duas divindades:
A Deusa Mãe, ou simplesmente a “Deusa”, que simboliza
a própria terra (o princípio feminino), e o Deus Cornífero, O Gamo Rei, o protetor dos animais, dos
rebanhos e da vida selvagem (o princípio masculino).
Já em outros ramos do Paganismo, outros Deuses
eram adorados,
pois que nem todos tem essas duas únicas
figuras centrais.
Roma antiga
Entre os romanos os festivais eram muito
populares.
O período marcava a Saturnália, em homenagem ao deus Saturno
O deus persa Mitra, também cultuado por muitos
romanos, teria nascido durante o solstício.
Divindades ligadas ao Sol em geral eram
celebradas no solstício também.
Com a criação do catolicismo e a igreja de Roma em 325 d.C no Império
Romano houve, por parte da Igreja Católica, uma tentativa de cristianizar os
festivais “pagãos”
Stonehenge na Inglaterra, monumento
perfeitamente alinhado com os solstícios e equinócios.
Há indícios de que a data de 25 de Dezembro foi escolhida
para representar o nascimento de Jesus Cristo já no século IV
(a data foi determinada pelo imperador romano
Constantino).
Há evidência bíblica de que Jesus não teria
nascido durante o inverno, no oriente médio, pois no momento do nascimento,
pastores estavam cuidando de seus rebanhos nas
vigílias da noite, e o período do solstício, visto como o renascimento do Sol,
carrega forte representatividade.
Além disso, conseguiu se aproveitar a
popularidade das festividades pagãs de Roma.
Neopaganismo e Europa
pré-cristã
Hoje esta data é revivida na celebração do Sabbat
Neopagão Yule.
Que revive algumas antigas tradições religiosas
dos povos europeus pré-cristãos.
Os povos da Europa pré-cristã, chamados pelos
católicos de pagãos, tinham grande ligação com esta data.
Segundo alguns, monumentos como Stonehenge eram
construídos de forma a estarem orientados para o pôr do sol do solstício de
inverno e nascer do sol no solstício de verão
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