EXISTE
HORA DE MORRER?
terça-feira, 3 de junho de 2014
Existe hora de morrer?
Existe hora certa para morrer?
A morte é predeterminada ou depende de nosso
livre-arbítrio?
Uma pergunta nesse sentido me foi feita pela
leitora Alice.
Olá, Morel!
Gostaria que me
esclarecesse, se possível, sobre o homicídio pela visão espírita.
Eu sei que ninguém
nasce para ser assassino e, consequentemente, ninguém nasce para ser
assassinado.
A questão é: se só morremos se chegada a hora, então uma pessoa que foi assassinada morreria de
qualquer maneira?
Então um bebê abortado
morreria de qualquer maneira?
Eu levei essa
discussão para o grupo de estudo que frequento e as respostas não me
convenceram.
Eu acredito que uma
pessoa pode sim ter a vida interrompida por outra antes da hora, deixando de
cumprir sua missão ou resgate…
Mas no centro
espírita que frequento, as pessoas me disseram que se você não tiver de morrer,
pode levar 10 tiros na cara que não vai morrer.
Eu creio que não caia
uma folha sem que Deus permita mas, assim como o suicida consegue interromper
sua vida, eu creio que pessoas morram antes da hora.
Acho que pessoas
sobrevivem “milagrosamente” a certos acontecimentos porque é uma reencarnação
mais complexa onde seria mais difícil reunir todos os espíritos ligados a essa
pessoa novamente.
Mas isso é reflexão
minha.
Você já leu sobre
isso, já fez algum estudo mais
profundo sobre o assunto?
Poderia me ajudar a
respeito?
Desculpa se estiver abusando
de sua boa vontade.
Se não lhe interessar
o assunto não vou ficar aborrecida.
Desde já agradeço sua
atenção.
Abraço fraterno.
Alice, não sou dos espíritas que consideram O
Livro dos Espíritos como Verdade única e absoluta.
Nossas verdades são relativas ao nosso grau de
entendimento.
Mas, nesta questão 853 a resposta é tão
enfática que, mesmo analisada em conjunto ou por comparação a outras questões
do mesmo e de outros livros da codificação, não deixa
muita margem a dúvidas:
853. Algumas pessoas só escapam
de um perigo mortal para cair em outro.
Parece que não podiam escapar da morte.
Não há nisso fatalidade?
“Fatal, no verdadeiro sentido da palavra, só o
instante da morte o é.
Chegado esse momento, de uma forma ou doutra, a
ele não podeis furtar-vos.”
a) — Assim, qualquer que
seja o perigo que nos ameace, se a hora da morte ainda não chegou,
não morreremos?
“Não; não perecerás e tens disso milhares de
exemplos.
Quando, porém, soe a hora da tua partida, nada
poderá impedir que partas. Deus sabe de antemão de que gênero será a morte do
homem e muitas vezes seu Espírito também o sabe, por lhe ter sido isso
revelado, quando escolheu tal ou qual existência.”
Esse posicionamento é reforçado na questão 738, ao
afirmar que “venha por um flagelo a morte, ou por uma causa
comum, ninguém deixa por isso de morrer, desde que haja soado a hora da
partida.”
Ao reencarnarmos, temos, devido a fatores
genéticos e energéticos, uma expectativa de vida.
Podemos alterar esta expectativa para mais ou
para menos, conforme os cuidados com o corpo físico e com as energias e
emoções.
André Luiz, um
exemplo clássico, foi considerado, até certo ponto, suicida,
pois encurtou a sua passagem pela matéria pelo
descuido.
Os principais eventos de nossa existência
estão, de certo modo, previstos pelas características de nossas
vidas:
258. Quando na erraticidade, antes de começar nova existência
corporal,
tem o Espírito consciência e previsão do que lhe
sucederá no curso da vida terrena?
“Ele próprio escolhe o gênero de provas por que
há de passar e nisso consiste o seu livre-arbítrio”
Quanto a acidentes, tragédias, homicídios, não
posso acreditar em acaso puro e simples.
Tudo e todos estão interligados.
Temos que considerar que a soma de tudo o que
pensamos, falamos e fizemos até hoje, em todas as nossas reencarnações e nos
intervalos entre elas, forma o que nós somos hoje.
Cada um de nós tem um campo energético único de
atração ou repulsão que atrai ou repele pensamentos, imagens, palavras,
intenções e ações.
A lei de atração e repulsão, que Allan Kardec, utilizando-se de um vocabulário científico de meados do século XIX, chamava de Lei de assimilação e repulsão dos
fluidos, age invariavelmente.
Nós exteriorizamos, invariavel e continuamente o
reflexo de nós mesmos,
nos contatos de pensamento a pensamento, sem
necessidade de palavras para as atrações ou repulsões essenciais.
É claro que temos que considerar os atentados
contra o livre-arbítrio, como o aborto, mas, mesmo aí, a hipótese de ele se
concretizar já existia antes da concepção
Reencarnamos com um conjunto de possibilidades
a desenvolver.
As condições em que reencarnamos – tempo, lugar, meio, pessoas – somadas às nossas características, já deixa quase
estabelecido o que pode ou não pode acontecer.
Nos exemplos que você citou, o bebê tinha uma
grande probabilidade de ser abortado, mas não uma certeza.
Onde há livre-arbítrio não há certeza.
Ninguém nasce pra ser assassino ou assassinado,
mas a tendência que o espírito tem de tirar a vida alheia, somada ao meio e às
influências que há de sofrer, faz dele um assassino em potencial; do mesmo modo
que há grande probabilidade de alguém com histórico semelhante ao do assassino,
mas em estágio de arrependimento e regeneração,
ser assassinado.
Em seu subconsciente há a culpa, e o sentimento
de culpa atrai para si irresistivelmente o alvo da culpa que nutre.
Isso sem contar a influência direta dos
espíritos, que, conforme nos indicam as questões 459 e 461, é muito maior do que costumamos imaginar.
“Influem a tal ponto, que, de ordinário, são
eles que vos dirigem”.
Influenciamos e somos influenciados
continuamente, e muitos dos pensamentos e ideias que passam por nossas cabeças
são sugeridos pelos espíritos, “dando a impressão
de que alguém nos fala”.
Tratei, no meu site, há pouco mais de um ano,
da tragédia de Santa Maria, em que muitos jovens morreram em decorrência de um acidente.
Para mim é evidente, dadas as características
que envolveram o fato, que se trata de um resgate coletivo.
Nem precisamos imaginar que haja um
planejamento para que isso aconteça
Sabemos que os semelhantes se atraem e que isso
se dá, antes de mais nada, pelo pensamento.
As condições que uniam estes espíritos os
reuniram automaticamente,
assim como dentre milhões de espermatozoides,
um é atraído para o óvulo.
O que determina a seleção do espermatozoide é a
natureza do espírito, um determinado espermatozoide, o mais adequado, sintoniza
com ele.
Entre os jovens vitimados provavelmente havia
espíritos que não pertenciam ao mesmo “carma”, que foram vitimados pela fatalidade de outros;
mas, ainda assim, algo em seu passado, algum traço de sua natureza os impeliu
para este episódio.
Não posso acreditar em acaso.
Não creio que tudo que se relacione à morte
esteja escrito, pois há o livre-arbítrio, mas há forças muito maiores que a
nossa pequena consciência.
A maior parte de nossos pensamentos, palavras e
ações são comandadas pelo nosso subconsciente.
Agimos com consciência plena uma mínima parte
de nossas vidas.
Tente concentrar-se numa palavra qualquer deste
texto por um minuto.
Um minuto apenas…
Você não consegue, porque não tem o domínio dos
seus pensamentos.
É o seu subconsciente que faz quase tudo por
você.
O controle sobre as nossas vidas pela nossa
consciência é muito menor do que queremos aceitar.
Não somos apenas o que aparentamos ser; temos
outros níveis de consciência sobre os quais o nosso controle é muito menor ou
nulo.
Uma evidência disso são os sonhos em que, mesmo
com algum grau de lucidez, agimos de forma bem diferente do que agiríamos em
estado de vigília.
"Cidadão de bem é aquele que respeita os
direitos dos outros,
como gostaria que os seus fossem
respeitados!!!"
Irene Ibelli
Empreendedora Digital, Humanista e
Espiritualista
Eleita Cidadã Planetária Pelo Projeto
Vôo da Águia
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Por favor leia antes de comentar:
1. Os comentários deste blog são todos moderados;
2. Escreva apenas o que for referente ao tema;
3. Ofensas pessoais ou spam não serão aceitos;
4. Não faço parcerias por meio de comentários; e nem por e-mails...
5. Obrigado por sua visita e volte sempre.