"ASSASSINO"
terça-feira, 29 de abril de 2014
ASSASSINAR – 2. Matar (ser humano).
(Mini Dicionário Aurélio – 3a. Edição)
Dá-se este título àquele ser humano que tira a “vida” de outro.
Ele é condenado por toda uma sociedade pela prática deste ato e
passa a ser considerado como um paria por ela.
Entre os elementos que compõem a sociedade que assim agem
encontramos diversos que se dizem conhecedores das leis de Deus e dos
ensinamentos dos Mestres.
Entretanto, dentre todos os ensinamentos até hoje trazidos por
estes Mestres, sejam de que religião for, existe um que diz que não se deve
julgar o seu semelhante.
Neste caso (assassinato), será que a lei
de Deus não se aplicaria?
Dentro da “Renovação Espiritualista” aprendemos a entender a “vida” de outra
forma e não mais apenas a presença do espírito no corpo material que a este
concede os movimentos físicos.
Por este motivo, é preciso que busquemos novo entendimento
também para o título “assassino”
Para aquele que busca fazer a sua renovação, está vivo o
espírito que tem como “base de raciocino” o amor universal, independente da
matéria que o envolva (carnal ou apenas perispiritual).
Portanto, estes não darão o título de assassino àquele que
encerrar com uma encarnação, mas para todos aqueles que transferirem
sentimentos que interrompam a utilização do amor universal por outro.
Assassino é o transmissor de sentimentos negativos, aquele que
transmite estes sentimentos a outros espíritos, alterando a sua base de
raciocínio; é aquele que passa tristezas e ressentimentos, que transmite estes
sentimentos ao irmão.
Ele não utiliza armas de fogo, mas “queima” o irmão,
pois estes sentimentos possuem “temperaturas” mais elevadas que o amor
universal.
Assassino é aquele que faz críticas, acusações e condenações,
pois elimina, com estes sentimentos, a alegria dos outros.
Ele não usa armas, mas fere profundamente o próximo causando-lhe
rupturas internas que sangram abundantemente.
Assassino é aquele que transmite pessimismo, negativismo e
desilusões, pois desta forma acaba com a fé em Deus.
Ele não usa a força de suas próprias mãos, mas sufoca os outros
quando retira deles a esperança do reencontro futuro com o Pai, o ar necessário
à evolução espiritual.
Este é o real assassino: aquele que “mata” o
espírito.
O outro que serviu como agente para o fim de uma encarnação, foi
apenas um instrumento de Deus para a prática de um ato.
Ele foi utilizado pelo Pai como fonte de justiça e de amor.
Ao encerrar uma encarnação (assassinato) este
espírito cumpriu os ditames de Deus para que a Justiça Perfeita e o Amor
Sublime prevaleçam.
Não importa o grau de “crueldade” que tenha
usado para terminar com a encarnação do outro, a forma será perfeita, pois Deus
é a Inteligência Suprema do Universo.
Não estamos afirmando que o assassino de vidas materiais é um “santo”, ou seja,
uma pessoa de bons sentimentos, mas sim que o ato foi praticado na sua forma
sob o comando de Deus para que a Justiça Perfeita se pronunciasse e que este
ato visou uma melhoria para aquele espírito (Amor Sublime).
Os espíritas muito falam em “expiação”, ou seja,
“pagar” seus
débitos anteriores.
Para que este “pagamento” seja feito é necessário que
exista um agente cobrador, ou seja, o causador
aparente da situação de resgate: um destes é o assassino.
Estando escrito no livro da vida do assassinado que ele teria
que passar por isso,Deus providencia um agente para que o destino se cumpra.
Acusar o causador de mal, monstro ou cruel, é estar aplicando estes
mesmos adjetivos a Deus.
Acusar o ato como errado, amoral ou ilegal é negar o próprio
ensinamento da expiação, tido como uma das explicações lógicas para os
acontecimentos da vida.
O assassino só conseguirá matar quem precise e mereça morrer e
da forma que for melhor, objetivando a sua evolução espiritual. Porém,
Deus não pode “ferir” espíritos que não mereçam ou precisem passar
por determinadas situações.
Quando alguém recebe o título de assassino, como já falamos,
passa a ser considerado à margem da sociedade e, por este motivo, Deus não pode
aplicar esta “pena” a quem também não mereça.
Para que alguém se torne um assassino material, é preciso
que mereça: e quem merece mais do que o assassino espiritual?
Deus comanda para a prática de um ato de assassinato aquele que
tem por hábito “matar” os espíritos, ou seja, aquele que tem como base de raciocínio
sentimentos negativos.
Deus não condena o assassino, mas o torna um como condenação
pelos sentimentos que ele utiliza como base de raciocínio.
Deus não faz justiça pelo ato, mas transforma o ato em uma
Justiça Perfeita ao sentimento de cada um.
Aquele que recebe o título de assassino e é posto à parte da
sociedade mereceu esta situação pela sua constante difusão de sentimentos
negativos aos irmãos.
Portanto, não julgue para não ser julgado, pois com a mesma
moeda que utilizar para julgar, será julgado.
O assassino não precisa de condenação ou encarceramento, mas sim
de aprender sobre o amor universal para que alcance a consciência da compaixão
e não mais sirva a Deus como instrumento para a prática destes atos.
Se todos que assassinassem outro espírito, dentro da visão
renovada do termo assassino, tivessem que ficar reclusos, não existiria sobre a
face da Terra ser humano solto.
Canal: Firmino Leite
http://sementesdasestrelas.blogspot.com.br/2014/04/pai-joaquim-de-aruanda-assassino.html
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