QUAL É A CRENÇA QUE ME FREIA PARA
ABANDONAR-ME AO ABSOLUTO?
BIDI - A QUESTÃO
SEGUNDA-FEIRA, 11 DE MAIO DE 2015
Qual é a crença que me freia para
abandonar-me ao Absoluto?
A mais irresistível das crenças: você
mesmo.
Enquanto você
acreditar na menor partícula deste corpo, enquanto você acreditar no menor
elemento da história, você está inscrito no efêmero.
Nenhum efêmero irá
permitir-lhe aceder ao Absoluto.
Naturalmente,
existem condições anteriores, ligadas à própria estrutura da vida neste mundo,
inscritas, é claro, na personalidade (no ego) e, também, no Si.
Sem entrar nos
detalhes demasiadamente complexos, o que freia é a negação do Absoluto porque o
ego sempre tem, por objetivo (por
função), para apreender algo
que lhe é desconhecido, torná-lo dele,
descritivamente, em
uma vivência, em uma experiência.
Querer apreender-se,
querer conhecê-lo, é impossível.
A maior das
resistências situa-se, é claro, nesse nível e em nenhum outro lugar.
A crença em si mesmo
é o freio o mais potente.
Mas você não é,
tampouco, esse freio.
Aliás, quem freia, a
não ser o que você mesmo construiu, o que você mesmo imaginou?
Eu queria dizer-lhe
que nada mais é preciso imaginar, em qualquer futuro e em qualquer passado,
para viver o Absoluto e, portanto, ser o Absoluto.
A crença no fato de
viver o Absoluto leva ao Ser Absoluto.
Há, de algum modo,
um sinal portador (marcador ou testemunha)
da instauração de alguma coisa desconhecida: é a Onda da Vida e a
Transcendência dos centros de energias inferiores.
Mas não deem,
tampouco, peso a tudo isso porque, se vocês ali atribuírem mais peso do que o
necessário, isso vai também se cristalizar.
Isso irá também
limitá-los e contribuir para manter os limites do confinamento.
A melhor atitude,
naturalmente, é a espontaneidade da criança.
É aquele que está
totalmente imerso na experiência.
Sem julgamento, sem
ponto de referência, sem projeção.
Enquanto existir um
julgamento, uma referência, uma projeção,
você não é a
criança.
E, portanto, o
Absoluto não pode vir bater ao que você É.
É a você que
pertence criar as circunstâncias pré-requisitos ao Absoluto.
Isso é, em parte, o
que eu falei: a investigação sobre tudo o que você não é, porque isso é
efêmero.
Isso consiste em
eliminar tudo o que constitui a sua vida e este mundo.
Não para dele fugir,
eu insisto.
Mas, sim, para
refutá-lo enquanto suposição inválida (e invalidada) pela própria
lógica, além de todo mental.
O sono, a
investigação, a compreensão do que representa a testemunha, o testemunho, o
sujeito, o objeto, o experimentador e o que é experimentado, inscrevem-se, no
final, em uma futilidade.
Aceitar esta
futilidade é já um grande passo.
Não de vocês, mas do Absoluto para
vocês.
Bidi 09-04-2012
Tradução: Zulma Peixinho
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