ASTRÔNOMOS SINALIZAM A
EXISTÊNCIA DE UM NOVO PLANETA NO SISTEMA SOLAR
RODRIGO ROMO
SATURDAY,
MARCH 12, 2016
Astrônomo que ‘matou’ Plutão vê sinal de novo planeta no Sistema
Solar
http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2016/01/astronomo-que-matou-plutao-ve-sinal-de-planeta-gigante-mais-distante.html
Astro seria 10
vezes mais maciço do que a Terra, com órbita de 15 mil anos.
Alinhamento de
objetos além de Netuno seria ‘rastro’ trilhado pelo planeta.
Do G1, em São Paulo
Concepção artística
de como seria o novo planeta.
Crédito: Caltech
Uma análise da
órbita de objetos na periferia do Sistema Solar, na zona habitada por Plutão,
sugere a existência de um planeta grande, do tamanho de Netuno, a uma distância
até 200 vezes maior que aquela entre a Terra e o Sol.
Não é a primeira vez que um astrônomo propõe a
existência de um “Planeta X”, mas desta vez a alegação parte de um cientista
altamente prestigiado no meio.
Michael Brown, do Caltech, foi o
primeiro a enxergar Sedna, o planeta-anão cuja descoberta culminou no
rebaixamento de Plutão.
Em artigo científico publicado na edição desta quarta (20) da revista “The Astronomical Journal”, Brown apresenta os cálculos para sua alegação, realizados com seu colega
Konstantin Batygin.
Segundo a dupla, a
presença de um astro desse porte, com 10 vezes a massa da Terra,
é a única maneira sensível
de explicar o alinhamento de objetos observados no cinturão de Kuiper, a zona
de planetas anões e pedregulhos gigantes que orbitam o Sol além de Netuno.
“Posições e planos
orbitais dos objetos são confinados a um espaço restrito, e tal agrupamento
possui uma probabilidade de apenas 0,007% de ocorrer por acaso”,
afirmam os cientistas no trabalho em que defendem a existência do novo astro.
“A existência de um
planeta assim explica a presença de objetos como Sedna, de grande periélio”
Brown já começou a usar o telescópio japonês Subaru, em Mauna Kea, no Havaí – um dos maiores do mundo – para tentar procurar o novo astro na zona
orbital onde acredita que ele esteja.
Sua órbita completa
ao redor do Sol duraria cerca de 15 mil anos.
Por enquanto, esse
é o único grande observatório engajado na busca.
Astrônomos que
comentaram o novo trabalho para revistas internacionais como “Science” e “Nature”, porém, afirmam que as contas apresentadas no artigo são convincentes, e
devem desencadear uma busca pelo novo planeta.
“É uma boa sacada, as estatísticas são favoráveis, mas é preciso ter
muita cautela.
A dupla usou seis objetos apenas e, com esses seis, a margem de confiança
das simulações é boa, mas se forem acrescentados os demais objetos conhecidos,
as simulações não garantem mais a existência de um novo planeta.
Pesa também o fato de o satélite Wise ter procurado pelo tipo de planeta
que eles afirmam que existe e não ter encontrado nada”,
avalia Cassio Barbosa, astrônomo e colunista do G1.
“Descobrir esse planeta será um desafio para a próxima geração de
telescópios, talvez nem mesmo o Subaru consiga ver alguma coisa.
Brown tem a obsessão em
descobrir um novo planeta.
Que isso não o cegue diante das evidências em contrário apontadas pela
academia.
Mas certamente é a pessoa certa para esse trabalho”, afirma.
Mais
detalhes no vídeo abaixo em Inglês (em configurações ligue as legendas automáticas e opte pela tradução
em Português)
http://portugueselovenlightmessages.blogspot.com.br/2016/03/rodrigo-romo-astronomos-sinalizam.html
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