sábado, 25 de junho de 2016

O SILÊNCIO - RAM - ABRIL DE 2016

RENDO GRAÇAS AO AUTOR DESTA IMAGEM
O SILÊNCIO
RAM - ABRIL DE 2016
Quarta-feira, 20 de abril de 2016
Eu sou RAM.
Permitam-me, irmãos e irmãs, saudá-los.
Eis-me, novamente, entre vocês, acompanhado do Espírito do Sol.
Comunguemos juntos, antes que eu me exprima sobre o Silêncio.
… Silêncio…
Como Melquisedeque, há numerosos anos – em outra época, antes da Liberação da Terra – eu vim exprimir entre vocês certo número de elementos concernentes a respiração e ao silêncio.
Eu vou, então, prosseguir, hoje, ajustando minhas palavras, meu discurso, às circunstâncias atuais de sua vida.
O silêncio de que vou falar-lhes hoje não é, simplesmente, o silêncio das palavras, mas, bem mais, o silêncio do efêmero em todos os seus componentes.
O mais importante, hoje, em seu Face a Face, apenas em face de si mesmo, o silêncio vai concorrer para estabelecer a espontaneidade.
Esse silêncio junta-se ao princípio da vacuidade e da plenitude porque, a partir do instante em que a pessoa que você é, presente nesse mundo, faz o silêncio do que é emitido nas estruturas efêmeras, é um elemento essencial no período que precede o Evento.
Encontrar o Silêncio permite fazer a paz consigo mesmo e deixa o Si e a Infinita Presença aparecerem em sua consciência.
Retenha, antes de tudo, que o Silêncio deve tornar-se evidência e facilidade.
É o silêncio não, unicamente, das palavras, não, unicamente, dos sentidos, mas, bem mais, o silêncio que acompanha a paz quando as emoções e o mental tenham-se calado.
O que eu falo hoje nada tem a ver com uma meditação ou um exercício, qualquer que seja.
O silêncio da pessoa vai permitir a manifestação a mais fácil da eternidade do Amor e da Luz, mesmo no interior de sua consciência comum.
O Silêncio é o elemento que vai permitir pôr fim à separação,
no que lhe aparece como interior e como exterior, e deixa aparecer a revelação da Vida, em sua Inteligência e em sua beleza.
O silêncio interior não é a ausência de relação, mas, bem mais, a relação verdadeira e correta, que facilita, em você, a instalação definitiva do Amor e da Eternidade.
Esse silêncio assemelha-se ao recolhimento ou à oração do coração, essa oração do coração que nada mais quer do que a emergência do belo e do verdadeiro, do que a emergência do que faz apenas passar e que está aí, eternamente.
O Silêncio de que eu falo pode ser favorecido de diferentes maneiras.
Assim, portanto, eu me proponho a dar-lhe os elementos que vão concorrer para fazê-lo encontrar, se já não foi feito, o silêncio que acompanha e precede a emergência do masculino sagrado, o retorno, também, à androginia primordial, aquela que não conhece diferenciação, nem sexo, nem polaridade.
O Silêncio não é uma reflexão, nem um trabalho.
É um estado no qual a Evidência prevalece, a evidência da Luz e do Amor, além, mesmo, de qualquer percepção preliminar, quer seja ao nível dos sentidos ou dos mecanismos espirituais.
O Silêncio permite o acolhimento incondicional da verdade do Amor, do que vocês nomeiam, no Ocidente, Cristo.
O Silêncio pode aparecer em toda circunstância de suas vidas.
É o silêncio que é o testemunho da Paz e da Alegria.
Esse silêncio, eu volto a esclarecer, é interior.
Ele nada tem a ver com o silêncio das palavras ou o silêncio do olhar, é o silêncio da pessoa que se apaga dela mesma, na majestade da beleza e na majestade do Amor.
O Silêncio vai ajudá-los a transmutar os últimos elementos do fogo vital em Fogo vibral.
O Silêncio desemboca na espontaneidade, na clareza e na precisão, não do que é visto, mas, bem mais, na intensidade do que é vivido nesses momentos.
O Silêncio tem a capacidade, também, de fazer desaparecer a testemunha ou o observador.
O Silêncio permite ultrapassar os limites inerentes à história de sua pessoa e inerentes à sua condição.
O Silêncio facilita a revelação da Luz a partir do coração-centro, que vocês nomeiam o Coração do Coração.
No Silêncio, a respiração modifica-se, o ritmo cardíaco muda,
o corpo relaxa.
Quando o silêncio interior instala-se, há perda dos marcadores habituais, tanto do posicionamento de seu corpo como do posicionamento de sua consciência.
Ela não é mais localizada nem no corpo, nem em uma parte do corpo, nem mesmo em um centro de energia.
A Morada de Paz Suprema, a Alegria, que precede a a-consciência, é, muito exatamente, o que já se produz em suas vidas, nos momentos de amor intenso ou nos momentos de desaparecimento.
Se você já o viveu ou se vai vivê-lo, você observou ou observará que, nesses momentos, não pode existir questão, não pode existir interrogação nem, mesmo, dúvida do que é vivido, tanto mais que o contraste é surpreendente entre o estado habitual de sua consciência e o estado do silêncio interior.
O Silêncio não é o apanágio de uma Estrela, de um Arcanjo ou de um Ancião, o Silêncio é inerente à Vida.
Do mesmo modo que a semente germina sob a terra, na alquimia de sua obra no escuro, o silêncio interior vai conduzi-los, neste período propício, a deixar emergir a manifestação tangível do Coração do Coração, de sua paz e da alegria do Amor.
O Silêncio não é a observação da observação, mas o desaparecimento do observador.
No desaparecimento do observador, a observação pode permanecer, mesmo se não haja ninguém para, realmente,
observar.
O Silêncio, como eu disse, é, portanto, Evidência.
Evidência da Vida, evidência do Amor.
O silêncio interior é o momento no qual, além da cessação dos pensamentos, das emoções e da percepção do corpo, abre-se um espaço diferente, um espaço no qual vocês não podem apoiar-se sobre qualquer marcador, sobre qualquer experiência passada e sobre qualquer projeção de um ideal ou de um objetivo.
O Silêncio esvazia-os de seu efêmero, ele pacifica o Face a Face e os faz descobrir, na solidão, a plenitude e a multiplicidade.
O Silêncio propicia uma acuidade e torna tangível, em seu mundo, sua eternidade.
No silêncio interior, a consciência não tem mais desejo nem vontade de agarrar-se a qualquer manifestação que seja.
Paradoxalmente, o Silêncio revela-lhes sua Essência, anterior a toda manifestação e, no entanto, em seu mundo, nessa Terra, faz manifestar, por ela mesma e para ela mesma, a Luz e o Amor.
Não há, propriamente ditas, regras ou técnicas para observar, mas existem, entretanto, elementos facilitadores ao aparecimento do silêncio interior; isso lhes foi longamente explicitado, em especial, no papel do observador.
O silêncio interior propicia a paz e a alegria sem esforço.
Esse silêncio interior pode ser percebido pela pessoa, e o corpo que o vive, como um buraco negro no qual não há qualquer marcador possível, no qual não pode existir a mínima demanda, o mínimo objetivo.
O Silêncio acompanha a revelação do instante presente.
Progressivamente e à medida que esse silêncio interior crescer em vocês, pela repetição dessas sequências de silêncio interior,
emergirá, do Coração do Coração, a Graça em ação, visível, perceptível e sensível.
O silêncio interior não pode ser obtido lutando contra seus próprios pensamentos ou contra seu próprio mental, ou contra suas próprias emoções.
O silêncio engloba tudo isso, ele é, aliás, o suporte das emoções, dos pensamentos e do corpo.
Esse silêncio interior vai amplificar, na paz, o Face a Face.
É, portanto, o momento no qual a consciência não pode agarrar-se a qualquer identidade, a qualquer história, a qualquer lugar, a qualquer suposição.
Chegar a isso pode ser facilitado por técnicas muito simples,
que vão, de algum modo, favorecer a eclosão do silêncio interior.
O primeiro modo é voltar a inclinar-se no que eu pude dizer,
há numerosos anos, concernente à resposta do Silêncio.
O próprio Verbo, que está no começo, baseia-se no Silêncio.
O silêncio interior, quando aparece, vai dar uma densidade,
um peso ao Amor e à Luz, e torna-os palpáveis.
Respirar, por exemplo, e estar consciente de sua respiração, é uma boa ajuda.
Portar sua própria consciência no Nada ou canto da alma percebido em seus ouvidos pode ser, também, um vetor importante, que permite ao Silêncio aparecer.
Um segundo ou um terceiro modo de favorecer o silêncio é realizar uma forma de investigação, de que eu já havia falado em minha vida como em minhas intervenções – e que foi, também, evocada por Bidi – vai consistir em executar à noite, na posição deitada e, portanto, antes do sono, investigar, ao invés de fazer uma retrospectiva de seu dia que acaba de escoar, não para julgá-lo, não para apreciar as felicidades ou as dores, mas, simplesmente, para preparar seu sono para ser fonte de Silêncio.
No Silêncio há evidência da Luz e do Amor.
O silêncio interior acompanha-se de uma imobilidade percebida, tanto do corpo como do pensamento e das emoções.
Se emoções e pensamentos chegam, eles ficam como suspensos e fora do tempo.
Isso constitui as premissas do silêncio interior.
O silêncio interior permite-lhe aumentar a paz que você já tocou por experiência, por momentos ou de modo mais duradouro.
O Silêncio alimenta, também, a espontaneidade e a simplicidade, elas o tornam disponível – disponível a si mesmo, além de qualquer pessoa.
O Silêncio conduz, de maneira natural, à extinção dos jogos da consciência, o que lhe dá, talvez, a ver esses jogos, mas não o leva a eles.
No silêncio interior, a revelação e as manifestações da consciência aparecem pelo que elas são, mas não implicam o movimento de sua consciência nessas manifestações da vida e da consciência.
Silêncio e imobilidade caminham juntos.
Eles dão, de algum modo, uma base firme para a Luz e para o Amor que não são, então, condicionados nem por qualquer resultado, nem por sua história, nem por qualquer objetivo.
O Silêncio concorre, portanto, para estabelecer a visão do Coração, a visão sem ver, na qual nada tem necessidade de ser visto, justamente, porque tudo é evidente.
O silêncio interior dá-lhe acesso às engrenagens da própria consciência, que desemboca em uma paz maior e um equilíbrio maior.
Isso lhe dá uma base no coração, em seu ser eterno.
… Silêncio…
No silêncio interior, tudo pode ser visto em suas engrenagens e seus mecanismos, não, unicamente, da consciência, mas, também, o que é nomeado de emoção, pensamento e mental.
O Silêncio, enfim, é o estado adequado no qual a Luz pode circular livremente, atravessá-lo e ser emitida a partir do Coração do Coração.
Em definitivo, o silêncio interior extirpa-o, literalmente, dos sofrimentos efêmeros ligados à atividade das estruturas efêmeras.
Esse silêncio interior estabilizará, enfim, tudo o que pode parecer-lhe sofredor no interior de sua pessoa – que você não é.
As estruturas efêmeras que os constituem nesse mundo no qual vocês ainda estão encarnados existem apenas pelo jogo do Yin e do Yang ou, se preferem, das forças alternantes da dualidade, quer seja na escala do átomo, da célula, dos órgãos,
dos corpos sutis ou, ainda, da própria consciência.
É, justamente, na imobilidade do silêncio interior, que os jogos da consciência aparecem-lhes, com mais nitidez, pelo que eles são.
Os jogos da consciência são, de fato, apenas movimentos de vai e vem, movimentos que permitem ver-se, a si mesmo, nos jogos da Criação, qualquer que seja essa criação, original ou falsificada.
O Silêncio é, portanto, a solução para o alvoroço dos pensamentos, das emoções e das interações com esse mundo, que põe fim, assim, ao jogo de vai e vem que abole, portanto, toda distância entre as noções de exterior e de interior.
É nesse silêncio que se produz a alquimia do masculino e do feminino ou das forças antagonistas e complementares.
Eu poderia dizer, também, que, em certa medida, o Silêncio é a antecâmara do Absoluto.
É a experiência que um número sempre mais importante de irmãos e de irmãs humanos encarnados nesse mundo vive, em graus diversos, quando de experiências transcendentes ou experiências de morte iminente: após o túnel, após o reencontro de formas que foram importantes em suas vidas, após a travessia da luz do Sol, há o que está além da Luz – é o Silêncio, o Absoluto.
O Silêncio é, certamente, uma das últimas percepções que podem manifestar-se na consciência expandida.
O Silêncio vai permitir-lhes magnificar a escuta e o acolhimento de tudo que emerge, de vocês ou em vocês.
Assim como o afluxo de Luz é capaz de regenerar e de curar o que deve sê-lo, o Silêncio assinala a rendição do efêmero à Eternidade.
No silêncio interior vocês fortificarão o eixo vertical da coluna vertebral e darão uma base à emergência da Luz em seu mundo e em sua encarnação.
… Silêncio…
Nesse silêncio interior, vamos instalar-nos, juntos, sem objetivo e sem finalidade do que, simplesmente, ser, não, unicamente, onde vocês estão, mas em cada consciência, como em cada ponto dessa Terra e do universo, com a mesma clareza e a mesma precisão.
E aí, onde nada mais há a ver nem a perceber, a identidade de ser uma pessoa funde-se no ser, o que deixa aparecer a própria fonte da consciência.
… Silêncio…
No silêncio interior, o jogo da dualidade não pode manter-se e não pode perturbar sua pessoa.
… Silêncio…
No silêncio interior, o silêncio das palavras não está presente,
porque as palavras espontâneas apoiam-se nesse Silêncio.
Então, a língua dos anjos pode ser emitida, do mesmo modo que a Fonte ou o Último fizeram-no.
… Silêncio…
No silêncio interior, o sentido de ser uma pessoa aparece, realmente, pelo que ele é: uma ilusão.
No silêncio interior, o Amor desvenda-se e revela-se em vocês,
como no mundo.
… Silêncio…
No silêncio interior, o Fogo vibral torna-se sua fonte principal de sua vida.
Paralelamente, esse silêncio interior vai prepará-los, da maneira a mais adequada, para viver o Evento.
Retenham que no silêncio interior não é necessário, mesmo se seja útil, fazer o silêncio das palavras.
No silêncio interior, a conexão ao Coração do Coração aparece-lhes, o que realiza, de algum modo, em vocês, uma invulnerabilidade incondicionada, que não depende de nada nem de ninguém.
No silêncio interior, o que pode restar, em vocês, de impulsos,
de obsessões, de freios, desvanece-se por si só.
Vocês observarão, aliás, se já não foi feito, que, em algumas circunstâncias a atravessar na pessoa que vocês são – na aparência – nesse mundo, o Silêncio é uma grande ajuda, porque ele deixa lugar para a Luz e para Sua Inteligência.
… Silêncio…
Assim é o silêncio interior, no qual tudo é resposta, no qual tudo é Um.
… Silêncio…
No silêncio interior, enfim, instala-se a Morada de Paz Suprema.
… Silêncio…
Aí estão, portanto, as algumas palavras e os alguns silêncios que eu tinha a dar-lhes sobre o silêncio interior.
Eu saúdo e abençoo sua Presença, ao mesmo tempo permanecendo com vocês ainda alguns instantes, onde quer que vocês estejam, no silêncio interior ou às suas portas.
… Silêncio…
Eu sou Mestre RAM, permitam-me depositar, em seus corações, nossa comunhão Una, e eu saúdo sua beleza e sua eternidade.
Até mais tarde.
CADERNOS DE ABRIL DE 2016
CRÔNICAS DA ASCENSÃO
Crônicas dos Melquisedeques – O Masculino Sagrado
Mensagem de RAM Abril de 2016 
Agradecimento especial:
Traduzido para o Português por Célia G.
http://amorporgaia.blogspot.com.br/2016/04/o-silencio-ram-abril-de-2016.html

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