CRÔNICAS DA ASCENSÃO
(PARTE V)
O.M. AÏVANHOV
07/05/16
CADERNOS DE ABRIL DE
2016
Agora, o que é que se
produz, precisamente,
nesses momentos?
É a dissolução de todo elemento histórico e
pessoal.
Preâmbulo
Crônicas dos
Melquisedeques - O Masculino Sagrado -
A espontaneidade é a regra.
A humildade e a simplicidade.
É claro, isso não o impede de fazer seus estudos, não o impede de interessar-se
pela escrituras, por exemplo, mas será que você é tributário disso, ainda?
E eu o repito, como disse na última vez: tudo está pronto.
(Continuação - Pate
V - Ultima)
Isso pode ser em uma hora, pode ser em um ano, pode ser em dez anos.
Mas se você observa os sinais –eu não falo de datas que vocês imaginam ou que damos, mas olhem o que acontece em vocês–, será
que muitos de vocês pensaram que poderão
manter uma vida normal
durante esses anos, mesmo sendo jovens?
Com lapsos de memória, os pensamentos que desaparecem, o corpo que desaparece?
É impossível.
As datas foram importantes após as Núpcias Celestes, e
durante as Núpcias Celestes, para as
descidas da Luz, para os encontros vibratórios,
que foram as abordagens da Luz.
Vocês foram, aliás, chamaram-nos de ancoradores de Luz, os semeadores de Luz e os portadores de Luz.
Mas ancorador de Luz, semeador de Luz, pouco
importam os nomes, ou semente de estrela, isso
quer dizer que havia alguma coisa que não estava,ainda, atualizada.
Mas, hoje, o que é que lhes dizemos já há dois anos?
Vocês são a integralidade da Luz, e que nada mais existe.
E se sua vida não está em
adequação com isso, isso quer dizer o quê?
Isso quer dizer que em algum lugar, nas estruturas efêmeras, nos casulos, quer seja o corpo físico, fisiológico, quer
seja no mental, quer
seja nas emoções ou no causal..., mas não é uma condenação o que
eu digo, é um convite para ver onde vocês estão, e para aceitar, do mesmo modo, quer
você seja uma pessoa no ego ou um
ser liberado vivo, real e concretamente, é a mesma coisa.
Tudo isso são apenas
jogos.
E se você vive a Liberdade, é claro que o corpo vai chamar-lhe a atenção para os alimentos, que os impostos vão
chamar-lhe a atenção, que o
banco vai telefonar-lhe, se você estiver descoberto.
Mas a que você está sujeito?
Para que alguns de vocês, entre os irmãos e irmãs, estão, ainda, submissos ao tempo?
Porque esse mundo está
inscrito no tempo.
Questão: eu sei que eu estou na pessoa, mas
há momentos de cansaço, incluindo para os Liberados.
Então, você compreende que há momentos em que há vontade de que isso pare.
Eu compreendo, sobretudo, que isso concerne a você consigo mesmo.
Questão: sim, mas eu não sou o único.
Mas é claro, vocês são milhares a viver isso.
Questão: e eu lhe digo, diga à Fonte:
«Mas acelere, porque isso vai agora!».
Mas caro amigo, nada
há a acelerar, uma vez
que tudo é perfeito.
Se tudo é perfeito, isso quer dizer o quê?
Que se há essa espécie de impaciência, de fulminação interior, e é o
caso para muitos de vocês, vocês
viveram o contentamento e vivem
os tormentos da pessoa, isso quer dizer o quê?
Isso quer dizer que há, ainda, uma
pessoa.
Eu não te peço para saber, uma vez que você já sabe, mas o
que é que você faz para não mais
ser uma pessoa?
A questão está aí.
Questão: a pessoa nada pode fazer...
Eu sou uma pessoa,
eu nada faço uma vez que a pessoa nada pode fazer. Então, isso está claro.
Não, caro amigo, não foi isso o que eu disse.
Eu expliquei bem que havia uma superposição do corpo de Existência e fusão no corpo de Existência.
Se ele se manifesta em você, e isso se manifesta em cada um de vocês, em alguns momentos: «Estou cansado, é longo, quando
isso termina?», e outros estão, ao contrário, encantados por
terem, ainda, a chance, se posso dizer, de viver, por exemplo, uma maternidade, uma criação
artística, relações entre irmãos e irmãs, ou de
reencontrar os dragões ou de
divertir-se, se a Luz lhes permite, mas isso nada muda no processo final.
É seu ponto de vista ou o
ponto de vista de alguns irmãos e irmãs.
E quanto mais você entrar, como você mesmo diz, em qualquer coisa mais monstruosa nesse Face a Face, mais
você estará aborrecido com a
matéria, e mais você será fortalecido em seu masculino sagrado.
E isso é típico dos irmãos e irmãs que viveram os processos das Coroas,
de uma das Coroas, mesmo que não todas, um
processo vibratório, qualquer que seja, mas que não viveram, totalmente, como dizer, o
feminino sagrado.
E isso se vê, sobretudo, junto aos homens.
Portanto, isso quer dizer que a pessoa está à frente.
Você poderá saber que o Absoluto é a Verdade, enquanto não é vivido,
isso para nada serve.
Você poderá saber suas
origens estelares, sua origem galáctica, você
poderá ter vivido a Onda
de Vida, mas, se você não deu esse último
passo, que ninguém pode
dar, bem
você vai correr atrás da
alegria ao invés de ser a alegria.
E, portanto, o tempo vai tornar-se insuportável, e ele vai tornar-se cada
vez mais insuportável, tanto no corpo como na
sociedade.
Você vê bem, de qualquer forma, o que se desenrola em seu país.
Você vê bem os tournicoti-tournicota
da política, de todos os sistemas,
quaisquer que sejam.
O homem não sabe mais para onde virar-se.
Há, é claro, os que nem mesmo são tocados por tudo isso, mas eles,
também, ali passarão, pelo buraco da agulha.
Então, o que é que você tem a fazer em relação a isso?
É encontrar a paz.
Enquanto você está na busca de uma data ou na projeção de uma
data,
que ela seja dada por mim, verdadeira
ou falsa, isso nada mudará.
Você crê, sinceramente –a menos que seja um verdadeiro sábio– que, se
lhe dissessem que você vai
morrer em três semanas, que é capaz de superar isso?
Exceto os grandes seres, que superaram, justamente, a pessoa.
Vocês sabem, há alguns seres, no século XX, que
enviaram seu anúncio de morte
antes de sua morte, porque
seu anjo guardião lhes
havia dito que eles iam morrera tal
hora e em tal dia.
Essas pessoas estavam
em paz, porque elas não eram mais uma
pessoa.
Há uma negação fantástica
do ego –e eu não falo de
uma pessoa em especial– de tudo o que toca a imortalidade, porque o ego considera-se como imortal e ele não pode considerar-se de outro
modo que não como imortal.
Caso contrário, é sua morte.
Mas a imortalidade do ego
é um engano, quer
seja através dos filhos,
através das obras de arte, através
de uma história ou uma descendência,
tudo isso nada quer
dizer.
Como nesse mundo, você
tem obrigações, por
exemplo, você é pai ou mãe, você
tem irmãos e irmãs, filhos
ou pais, você se encarrega deles.
Mas isso não é a Luz que o decidiu.
Será que isso quer dizer que aquele que é liberado vai afastar de si todas as responsabilidades?
Não.
Ele não as
viverá do mesmo modo, é
o que nós nos matamos de chamá-los e nomeá-los «as mudanças de pontos de vista».
A dificuldade é que esse sozinho desse Face a Face é ligado
apenas à preeminência da
pessoa.
Você poderá saber que a pessoa é uma ilusão, enquanto você não tenha vivido o Coração do Coração–eu não falo de
vibrações aí, hein?
Eu não falo das Coroas
radiantes, da Onda do Éter ou do Canal Mariano, eu falo de mecanismos os mais
íntimos da consciência, que se situam no momento da extinção da consciência–,
enquanto você não tenha se
alimentado do que você é nesse nível, você
continuará não na ambivalência, mas –é válido para todos os irmãos
e as irmãs –nas tralhas que
oscilam, que não são estáveis.
A verdadeira paz é algo que é eterno, que não depende nem do tempo nem desse
mundo, nem desse corpo nem de qualquer história que seja.
Então, como você pode aguardar, esperar ou temer–é o mesmo princípio– ou negar, aliás,
um evento final, e ser livre desse evento final?
Você vê, através do que é pronunciado nessas frases, mesmo o apego ao fim, se posso dizer.
Mas jamais houve início nem fim, são
histórias nas quais nós temos trabalhado, vocês todos e nós todos, para dar as condições as mais
adequadas, se
posso dizer, à Liberação da Terra, que já
se realizou, e à sua Liberação
coletiva.
E, ainda uma vez, eu o repito a cada vez, jamais foi questão de uma Ascensão coletiva, é uma Ascensão do Sistema Solar, mas,
quando vocês reencontram sua
liberdade, vocês são livres de ir onde
quiserem, em função do
que vocês são, naquele momento.
Ninguém lhes impõe
limites, apenas vocês mesmos, Arcontes ou não Arcontes, maus rapazes ou não maus rapazes.
Faça a experiência.
Quanto mais você desaparece
da pessoa, mais você
deixa a Luz emanar, menos você estará, como
dizer..., na expectativa do
que quer que seja.
A expectativa é algo
de terrível porque, mesmo para
alguns seres despertos, isso induz projeções, isso induz uma adesão ao tempo.
É paradoxal para
alguém, que não quer mais
viver o tempo, e é, no
entanto, o que se produz.
Eu disse, há algum tempo: é aquele que diz que é.
Isso, é para o que lhes
acontece, mas é a
mesma coisa para esse mundo.
Todo o trabalho foi realizado.
As diferentes obras alquímicas, a Obra no Branco,
a Obra no Negro, a Obra no Amarelo, a Obra no Vermelho, as Núpcias Celestes, as
Etapas, as múltiplas reversões
da garganta, as
estruturas do corpo de Existência.
E sim, você vê, esse mundo ainda existe.
Certamente, ele está moribundo, mas ele
continua aí, aos seus olhos.
Seu corpo continua
aí, há, sempre, o banco que o chama, é
preciso continuar a levantar-se pela manhã, se você está na idade de trabalhar.
Bem, sim, porque você acredita nisso.
Mas se você é livre, será que você se preocuparia, mesmo,
de ter mulher,
filhos, teto ou alimento?
A Graça, realmente, aportará isso a você, e há irmãos e irmãs que vivem
assim.
Mas, agora, não há escapatória.
Ser liberado da pessoa é
encontrar o Coração do Coração, o momento da Última Presença, da Infinita Presença
ou de Shantinilaya, se quiserem.
É o momento do último basculamento, mas isso concerne à consciência,
isso não concerne às
vibrações ou à sua vida como
pessoa.
É um momento íntimo, que não pode ser desencadeado por ninguém,
exceto por você – quando você se reconheceu no que você é.
Portanto, o tempo, é claro que você vive momentos em que o tempo pode
parecer-lhe muito longo, ou
muito curto, aliás, mas tudo
isso são apenas ilusões.
Outra questão.
Questão: qual é o mecanismo que quando se
encontra em um automóvel e não se sabe mais quem se é, aonde vai, o que se faz ali?
Mas isso é ótimo.
Isso prova o desaparecimento do efêmero.
E, aliás, se você pode desaparecer em um acidente de carro terrível, você será liberado imediatamente,
não é?
Se você considera que não é uma liberação, ter um acidente de carro–esse não é o objetivo, hein?– do que se produz, mas eu estendo um pouco a resposta.
Se você tem medo disso, é que
você está, ainda, apegada à pessoa.
Agora, o que é que se produz, precisamente, nesses momentos?
É a dissolução de
todo elemento histórico e pessoal.
Então, de momento, você o vive de modo abrupto, cada vez mais incômodo, mas virão momentos nos
quais isso vai durar horas, dias
– antes, mesmo, da estase, talvez.
Vocês serão loucos, no
plano de observação desse
mundo.
Mas vocês não estão.
É esse mundo que está louco, não
vocês.
Vocês encontram a Verdade.
A contrapartida é o que eu exprimi anteriormente, é quando isso se produz, se vocês estão atentos, verão
que, depois, vocês estão na alegria.
O fato de que a pessoa desapareça, que
vocês não saibam mais onde
estão, aonde vão e quem vocês são libera-os.
Aliás, vocês veem que, quando não são mais essa história, essa pessoa,
que não sabem mais onde
estão, é
similar pela manhã, ao acordar,
aí vocês são livres, vocês
continuam vivos, não?
Bem ao contrário, é..., eu diria que é o único momento no qual vocês estão vivos, realmente, e na totalidade.
E eu digo, agradeçam, se posso dizer, seu coração.
Agradeçam a Luz por
terem a oportunidade de
viver isso, mesmo
se lhes pareça, como foi dito na questão anterior, absolutamente detestável e
absolutamente, cada vez mais cômico ou tragicômico, se posso dizer.
Bem, sim, mas é o único modo.
Cada um vai, se posso dizer, em seu ritmo de revelação.
Vocês são, todos, tributários de um momento coletivo.
Muitos de vocês viveram a Liberação em 2011 ou 2012, outros, mais recentemente, mas,
mesmo liberado, o mundo continua aí.
E, se vocês são, novamente, afetados por esse mundo, de uma maneira ou de outra, é que vocês não são, suficientemente, o que
vocês são.
Porque o que vocês são não pode ser alterado nem
pelo corpo, nem por essa vida, nem por
uma alegria desse
mundo, nem por uma alegria do além ou de outras dimensões.
É a imobilidade total, e é Ma Ananda Moyi em êxtase total.
E vocês acreditam que, quando se vive êxtases, tem-se, verdadeiramente,
vontade de confrontar-se às
ilusões desse mundo, além de suas próprias ilusões como pessoa?
É claro, vocês devem estar presentes e, se a Luz decide pô-los na rua, por
exemplo, ou seja, sem abrigo, sem
dinheiro, sem profissão, sem alimento, aquele que é liberado permanece
na alegria, aquele que tem medo
perde a alegria.
Tudo isso não são punições, nem bem, nem mal, é,
simplesmente, a Luz que os ilumina.
Vocês não podem mais esconder-se para si
mesmos, vocês não podem mais
mentirpara si mesmos.
Vocês podem, ainda, não ver algumas coisas, enquanto os irmãos e as irmãs veem, perfeitamente, enquanto
eles não veriam algo neles
do mesmo modo.
Portanto, tudo isso é
apenas esse jogo, se quiserem, da encarnação, da
falsificação que é bem real.
Quando vocês estão confinados, esse
mundo aparece-lhes como muito
denso, o que ele é, mas é,
justamente, essa densidade que é irreal.
Vejam, é invertido, aí
também.
Você sabe, houve épocas na Terra na quais houve o que foi nomeado de guerras mundiais.
E apesar dessas guerras mundiais, há seres
que receberam ensinamentos extraordinários.
Eles pareciam passar através
das bombas ou, então, eles
morriam, eles
tomavam a bomba sobre a
cabeça, mas isso nada mudava.
Tudo o que se desenrola em suas vidas, a uns e aos outros, está aí apenas para mostrar-lhes onde vocês estão
nisso e deixar a atualização do masculino sagrado, ou seja, a
emanação da Luz a partir de seu coração.
É um movimento, se
vocês refletem bem, que é
um pouco ao oposto.
Até agora, a Luz chegava, ela penetrava, ela ativava estruturas, a Coroa
do Coração, o sacrum, a cabeça, o Canal
Mariano, mas tudo isso, vocês tinham a impressão de que estava no exterior, é claro.
Primeiro, você se conscientiza de que tudo isso se desenrola em você e,
depois, você vive que tudo
isso são apenas histórias.
É claro que as dimensões existem, é claro
que os Arcontes existem, é claro
que esse corpo existe, mas
existir, isso quer dizer o quê?
Existir quer dizer ter-se
fora da Verdade.
Veja a amálgama que foi feita entre a vida e a existência.
A existência não é estar na vida; existir
é ter-se fora da vida.
Pergunte a todos os seres que fizeram experiências de morte iminente o que
eles pensam desse mundo.
Eles manifestam o Amor, qualquer que seja esse mundo.
E conforme a intensidade da experiência de morte iminente que tenha sido vivida, há os que reivindicam o Amor e que
vão trabalhar no Amor nesse mundo, e
outros que sabem muito bem que tudo isso são apenas construções quiméricas que têm
apenas um tempo.
Em resumo, você encontra sua eternidade ou você continua a viver seu efêmero, eu
diria, fim do mundo ou não
fim do mundo, fim dessa dimensão ou não
fim dessa dimensão.
Isso é independente.
Se você pensa esperar
o momento do Apelo de Maria, dos
três dias de trevas, da parada da rotação da Terra, do basculamento dos polos e da Ascensão da Terra para ser liberada, eu penso que você poderá
esperar muito tempo, ainda,
depois.
Todo mundo é
liberado, e eu o repito, a
Ascensão não é para todo
mundo.
Há seres cuja alma está
presente e cuja alma tem necessidade,
independentemente de ser liberada do
confinamento, de experimentar as
dimensões.
Isso faz parte da Liberdade.
Mas vocês passam, todos, pela Promessa e o Juramento.
E quando vocês vivem, real e concretamente, a Promessa e o Juramento, não por episódios de êxtase, não por experiências transdimensionais, não, tampouco,
por um contato com os
dragões ou com os elfos ou com
o que quiserem, mas o
contato consigo mesma, não na pessoa.
Portanto, quando você vive –para voltar à questão– há momentos nos quais você desaparece, mas renda graças.
É a Verdade; é a única verdade, aliás.
A única verdade é quando você desaparece.
Todos os jogos que são levados na superfície desse
mundo, mesmo
os mais espirituais, os mais
entusiasmantes, os mais enriquecedores,
mesmo para o coração, são apenas passatempos.
Úteis, certamente, porque
lhes permitiram beneficiar-se de diferentes irradiações que chegam sobre a Terra, há mais de trinta anos agora, e
reconstruir sua eternidade.
E agora, efetivamente, vocês desaparecem.
Vocês veem bem, em
suas vidas que, em alguns momentos, vocês não sabem, mesmo, mais quem vocês são, onde
vocês estão e o que fazem.
E, em outros momentos, ao contrário, vocês
terão uma espécie de lucidez
extrema sobre sua própria pessoa com, por
vezes, mesmo, uma forma de desgosto, que
pode levá-los muito longe na
negação da própria pessoa.
Vocês não são uma pessoa, isso não quer dizer que a pessoa não exista, de
momento.
Isso quer dizer que o ponto de vista de onde vocês estão mudou.
Não é um ponto de vista mental, é a realidade da consciência e, é claro,
esses momentos vão
tornar-se cada vez mais presentes.
Antes, havia sobreposição, vocês
estavam aqui presentes e viviam as revelações de suas linhagens, os contatos com a natureza, com os
cristais,
com os irmãos e as irmãs e, depois, agora, há momentos de grande vazio.
Aí está a espontaneidade.
Eu diria, mesmo, que, se vocês fossem espontâneos o tempo
todo, o mundo não existiria mais, imediatamente.
Porque cada instante que vocês vivem é colorido pelos hábitos desse mundo que não são, talvez,
seus hábitos, mas que, entretanto, são os hábitos desse mundo.
Há outras questões?
Questão: por momentos, mesmo ao dirigir, eu
me sinto invadida de amor, feliz como uma criança.
Isso vem de mim ou de
outro lugar?
E por que isso não vem
mais frequentemente?
O que é um carro?
É uma gaiola de Faraday.
Há cargas elétricas que se acumulam.
Como?
Questão:… mesmo fora do carro, na
natureza, eu me sinto invadida de amor.
E por que se fala de carros, então?
Porque eu ia sair nos carros.
Questão: isso acontece mesmo ao dirigir.
Bem, isso acontece não importa quando.
Questão: isso vem de mim ou isso vem de
outros lugares, e por que não mais frequentemente?
Eu creio que vou tirar os martelos.
É o que eu acabo de falar, durante mais de uma hora.
Quer você seja invadido de amor até
perder todos os sentidos, quer esteja no transporte amoroso, quer esteja no desaparecimento, é a mesma coisa.
Tudo isso se imprime, pouco a pouco, para mostrar-lhe que todo o resto não existe.
Então, eu respondo não
sobre os carros.
Eu creio que vocês terão, em relação ao que eu introduzi hoje, vocês
terão muitos Melquisedeques que
vão, cada um, desenvolver algumas palavras que eu empreguei.
Masculino sagrado, espontaneidade, isso já
foi feito na última vez, mas,
aí, vocês terão outras
intervenções sobre a Autonomia e a Liberdade, mas vistas de outro modo, de outro ponto
de vista.
Aliás, vocês vão dar-se conta, vocês mesmos e, por vezes, detestar-se, a si mesmos, quando virem que vocês têm períodos mais sombrios, eu diria,
ou mais felizes –é a mesma coisa.
Tudo isso é para mostrar-lhes
os pontos de vista, para
fazê-los viver os pontos de vista.
Isso para nada serve saber, se não
é vivido.
É similar para os chacras; por exemplo, vocês podem aprender a energética, saber onde estão os chacras, mas,
se vocês não vivem os chacras
em si,mesmo se têm todos os conhecimentos sobre esses chacras, para que isso serve?
Isso serve para o tratamento, certamente, mas para que isso lhes serve,
fundamentalmente?
Para nada, enquanto não é vivido.
Se não é vivido, isso fica e permanece uma projeção.
Se você não viveu o fim de
sua pessoa, o evento final da
estase e dos cento e trinta e
dois dias será, para você, uma projeção.
Vocês não estarão
descondicionados do tempo, mesmo quando eles chegarem, vocês serão, aliás, certamente, os mais surpresos, que
aqueles que esperaram.
Ao passo que aqueles que
nada esperam e que nada aguardam viverão
isso do modo o mais evidente.
Os primeiros serão
os últimos.
Mas é verdade –e
vocês o constatam– que
vocês veem com mais acuidade, se posso dizer, os momentos, para falar de momentos ou de instantes, nos
quais vocês estão inscritos na
pessoa e na história, e os
momentos, quer seja por ser inundado de Amor ou desaparecendo, nos
quais vocês não são mais essa
pessoa.
E se vocês olham depois, o primeiro caso, vocês se colocam na distância e no sofrimento, no segundo caso, vocês
constatam que, quando esses momentos de desaparecimento ou de amor desaparecem, vocês continuam na Alegria e no Amor, mesmo
se não seja tão
exuberante.
E, a partir daí, você leva duas escolhas, não mais a atribuição vibral, é claro que ela está resolvida, mas a
atualização de suas escolhas aqui mesmo.
Há entre vocês os que são liberados vivos, real e concretamente, e que, entretanto,
aceitarão encarnar nas dimensões superiores sem qualquer dificuldade.
Há outros entre vocês que não sabem, mesmo,
o que é a Liberação, porque
eles não a viveram, e que
serão Absolutos, instantaneamente.
Não é isso o
importante.
O importante é viver
as coisas nesse momento.
E viver as coisas, eu diria, hoje, é
independente de toda história como de
todo tempo, e como
de toda circunstância também.
Vocês veem bem, há os que desaparecem ao volante, outros que estão em êxtase ao volante, e outros
que estão no Face a Face com seu
automóvel.
Questão: você pode falar da gaiola de
Faraday, porque acontece, frequentemente, de viver momentos específicos no
carro.
Perfeitamente, é muito simples.
Vocês se lembram da última
camada isolante, é a ionosfera; há
cargas elétricas que estão na atmosfera.
Essas cargas elétricas são cargas elétricas negativas, com uma carga positiva no solo.
Aliás, há a eletricidade estática nos carros; em meu tempo, havia um
pedaço de plástico que vinha ao solo para descarregar a eletricidade estática.
Concorda?
A Luz acompanha e envolve, também, os elétrons.
Quando a ionosfera é
rompida, o gradiente menos-mais entre o céu e a Terra inverte-se.
As cargas negativas põem-se
no lugar das cargas positivas.
Os buracos abrem-se, formatados, como vocês sabem, pelos dragões.
E o carro é de metal.
Ele acumula as cargas elétricas e acumula a Luz também.
Então, muitos de vocês podem viver processos específicos no carro.
Eu vejo daqui os que vão passar uma semana em seu carro.
Beber, comer e fazer suas necessidades no carro.
É perfeitamente lógico.
Além disso, o carro, o veículo é, também, o símbolo do corpo.
Seu corpo é o veículo de sua consciência, o carro é o veículo de seu corpo,
quando você deve deslocar-se muito tempo, ou na bicicleta, se você
vai de bicicleta, pouco importa.
Mas o carro, ao nível do arquétipo, é o que permite transportar.
E é normal que, em um meio de transporte como o carro, devido a ser um carro, física
e simbolicamente, há esses efeitos um pouco bizarros no carro.
Mais facilmente, em todo caso, do que nas casas.
Do mesmo modo que é mais fácil viver, eu diria, a Luz ao
reencontrar seres da natureza do que ao reencontrar, não sei, homens políticos, por
exemplo.
Aliás, é um jogo de
palavras, eu não sei se poderá fazê-lo, mas os homens políticos são, justamente, aqueles que estão no masculino alterado
Arcôntico.
Eles acreditam que podem dirigir a vida dos outros com leis.
Eles acreditam que podem dirigir os humanos aportar-lhes o dinheiro ou a pobreza por suas decisões.
Mas isso é um jogo, também.
Há outras questões?
Porque eu creio que vocês vão ter necessidade de ir fazer pipi.
Questão: o que é do ponto central do Triângulo sagrado do
peito?
Então, eu tento compreender.
O que é do ponto central..., ele está onde, no centro?
Questão: ao centro do Triângulo do peito.
O Triângulo constituído pela nova Tri-Unidade?
Questão: sim.
Que é constituído entre o chacra do coração, o chacra da alma e o chacra
do Espírito.
É isso?
Questão: é isso.
E esse ponto, ele está onde?
Questão: ao centro do Triângulo.
Hei, é um ponto que está, portanto, entre o chacra do coração e o nono
corpo.
E por que você coloca a questão em relação a esse ponto?
Questão: eu não sei porque...
É a Luz então, que fez colocar a questão.
É o Coração do Coração.
Eu creio que você chama isso –minhas lembranças são muito velhas– não é a noção de
baricentro?
O que é nomeado baricentro em geometria.
Um ponto de equilíbrio, é tudo o que eu posso dizer disso.
Não é um chacra, nem
um vórtice, nem um corpo, nem outra coisa.
É um baricentro.
Seria, se você pensa no triângulo que foi descrito, ele estaria a meio caminho entre o
centro do chacra do coração e da linha horizontal, ele estaria sobre um ponto
que não é, mesmo, eu creio, um ponto energético.
É o Coração do Coração, é aí, justamente, que não há mais marcador.
Não é o nono corpo, que é o corpo de Irradiação do Divino, eu os lembro, não é o chacra do coração, está
entre os dois.
E não é um ponto de emissão de energia, é um ponto no qual, justamente,
não há mais energia.
É a resolução de todos os contrários e todos os antagonismos.
É assimilável ao Coração do Coração.
É o lugar em que todos os pontos de vista apagam-se, e é o
lugar do equilíbrio inicial e final, é tudo de que nós temos falado.
Mas não imagine um ponto específico como, por exemplo, o oitavo ou o nono
corpo, ou o chacra do coração.
É, também, a Infinita Presença, na qual todos os possíveis são vistos.
Vá.
Última questão
Questão: se colocamos os dois triângulos,
aquele dos Arcanjos e aquele das Estrelas...
Aquele da nova Eucaristia também.
Sim, e então?
Questão:… isso faz uma estrela de seis pontas.
Se a fazemos girar, acontecem coisas interessantes.
Sim, você se aproxima do que foi nomeado o tetrakihexaedro, ou
seja, o Coração de diamante com as vinte e quatro facetas, obviamente.
A estrutura elementar do tetrakihexaedro não é o hexágono de Luz,
é o triângulo, que é
meio hexágono, se você prefere –enfim, há mais do que isso de triângulos no interior– mas
digamos que é um tijolo elementar.
Portanto, obviamente, a nova Tri-Unidade, a Nova Eucaristia, como foi nomeada após as
Núpcias Celestes, é exatamente o que permitiu, pelo impulso de luzes nessas
zonas e nesses corpos, realizar a alquimia do coração.
E o triângulo é a estrutura elementar com o hexágono.
Aliás, o tetrakihexaedro é constituído de certo número de triângulos, há
vinte e quatro deles.
Não se esqueça de que você tem a possibilidade, através do que você exprimiu, vocês
mesmos, de sentir e viver as energias e o vibral.
Aí onde você porta sua atenção manifesta-se
a vibração, sobretudo se é próximo das Portas e das Estrelas, ou dos chacras.
Mas, além de tudo isso, há esse famoso baricentro, de que acabamos de
falar, o Coração do Coração, que
está no coração do tetrakihexaedro.
É aí, se podemos dizer, se posso exprimir isso assim, que se encontra
a Verdade.
É o ponto da passagem entre o universo manifestado, é o buraco negro, se você
prefere, na astrofísica.
É o momento em que você passa da sombra à Luz.
Então, eu creio que vamos liberá-los um momento e, depois, vocês
acolherão os Melquisedeques, hoje e nos outros dias, na ordem em que eles
decidirão.
Portanto, não há programa, isso
será uma surpresa.
Não se esqueçam de que há os que vocês não conhecem, que não se
apresentarão sob seus nomes, porque
eles decidiram não ser afetados por um nome ou, mesmo, por sua história.
Nós jamais demos os nomes dos Melquisedeques, mesmo se alguns de vocês puderam aceder à
embarcação dos Anciões ou comigo, e ver alguns rostos familiares.
Mas esses seres não
darão o nome, mesmo se alguns deles virão intervir durante esses próximos dias.
Com isso, eu lhes apresento todas as minhas bênçãos.
Até breve.
Tradução e Divulgação.Céia G.
http://semeadorestrelas.blogspot.com/2016/05/om-aivanhov-cronicas-da-ascensao-parte-v.html
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