segunda-feira,
11 de julho de 2016
Nós sabemos que os corpos dos astronautas são
muito impactados durante o tempo que eles ficam no espaço.
No entanto, conforme eles vão voltando para a
Terra, após um bom tempo sem gravidade, mais problemas vão aparecendo.
Vamos pegar como exemplo o caso do astronauta John Philips, que estava a bordo da Estação Espacial Internacional em 2005.
Segundo o Washington Post, ele começou a ter
problemas em seus olhos enquanto estava no espaço, mas estava um pouco
relutante em falar sobre o assunto.
Ele tinha a visão perfeita quando deixou a
Terra, porém, após o voo, médicos descobriram que ela deteriorou 20/100 em 6
meses.
Com o passar do tempo, pesquisadores
descobriram que cerca de 80% dos astronautas são afetados pelo que ficou conhecido
como VIIP (visual impairment intracranial pressure
syndrome, algo como síndrome da deficiência visual causada por pressão
intracranial).
Eles acreditam que isso tem relação com
problemas fisiológicos nos rostos dos astronautas, enquanto não estão na gravidade.
Pesquisadores sabem que o fluído corporal que
normalmente acumula na metade inferior do corpo (em
função da gravidade) tende a ir para cima, causando um aumento de
pressão no cérebro.
Por exemplo, dois litros de líquido mudaram de
local no cérebro de Scott Kelly durante o tempo dele no espaço.
Isso pode causar pressão extra na parte de trás
dos globos oculares, o que pode achatá-los, empurrando as retinas para frente e
distorcendo a vista.
Os nervos ópticos de Phillips estavam
inflamados e ele tinha coroides dobradas.
Isto é apenas uma teoria que ainda está sendo
desenvolvida, pois os cientistas ainda não conseguiram testá-la em condições
que não sejam as espaciais. Eles ainda também não têm certeza sobre a duração
dessa condição, ou se ela é temporária.
No entanto, estudos estão sendo feitos no
espaço para verificar se manter o fluxo normal de fluídos corporais ajuda a
combater (ou não) a miopia.
Kelly e outras astronautas usaram a Russian Chibis, que consiste em um
calça volumosa que tenta trazer fluídos da parte superior para a inferior do
corpo. Mais estudos ainda precisam ser feitos, no entanto John Charles, o cientista-chefe do programa de pesquisa humana da NASA, disse que retomar o fluxo mostrou que ele exerce um efeito no olho.
Na imagem, o cosmonauta russo Yuri Malenchenko usa a Chibis.
Crédito: Roscosmos
Esta pesquisa acaba adicionando mais um
problema a uma longa lista de problemas de saúde que astronautas têm durante o
tempo deles no espaço. Além da falta de gravidade arruinando os fluídos
corporais dos astronautas, ela também pode bagunçar o senso do que está em cima
e do que está em baixo, pois o cérebro não consegue entender onde o chão e o
teto estão.
Há também a possibilidade de que os ossos dos
astronautas se tornem frágeis e quebrem durante o impacto na volta à Terra —
ainda bem que os assentos deles são customizados para mantê-los seguros.
[Washington Post]
Foto do topo: astronauta John Philips recebe cuidados médicos ao voltar da Estação Espacial
Internacional, em 2005, na Rússia.
Crédito: AP Photo/Ivan Sekretarev
FONTE: GIZMODO BRASIL
http://ufos-wilson.blogspot.com.br/2016/07/o-espaco-tem-feito-com-que-alguns.html
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