quarta-feira, 14 de dezembro de 2016
LEI DE SINTONIA
O cidadão comum que preserva os valores éticos e comporta-se conforme a
crença moral que lhe é agradável atrai, inevitavelmente, a presença dos bons
Espíritos que se comprazem em assisti-los.
Sendo possuidor de faculdade mediúnica,
abrem-se-lhe as portas da caridade que pode exercer mediante os sentimentos que
lhe são naturais.
No caso em tópico,
aqueles Espíritos inamistosos, a princípio zombam do seu comportamento, logo
depois, ante a natural demonstração dos atos dignificantes, sensibilizam-se,
tornam-se-lhe simpáticos e aderem aos postulados de que se contagiam.
Trata-se da lei de sintonia, através da qual os
semelhantes se atraem.
A melhor terapêutica, portanto, para os graves problemas das
desordens obsessivas é o bem proceder.
Quando examinamos a mensagem de Jesus, identificamos em todos
os momentos a superioridade do amor que inspira os pensamentos e os atos
nobres, induzindo à vivência saudável.
O amor, portanto, emite ondas de vibrações elevadas, que
ensejam a não violência, a resistência pacífica.
A tragédia do cotidiano entre as criaturas humanas deflui da
inadvertência de pessoas e grupos que optam pela dominação arbitrária dos
outros e tentam, a seu talante, submeter todos quantos se lhe acercam.
A lei de sintonia propõe a transformação
moral do ser humano e logo advêm as consequências pacíficas e pacificadoras.
No começo do século XX, Leon Tolstói, que se houvera tornado
cristão sem designação religiosa, mas conforme o Evangelho, acompanhando a
miséria que reinava na sua pátria - a Rússia - escreveu uma carta ao czar
Nicolau II, chamando-o de irmão e amigo para adverti-lo da crueldade do seu
governo sobre os cem milhões de súditos.
Advertia-o das ciladas e das manobras dos seus auxiliares,
daqueles que o cercavam, polícia e exército, informando-o ser amado e aplaudido
por aqueles miseráveis que o detestavam no abandono e na forme a que estavam
atirados ...
Falou-lhe da força inexorável do amor e do bem que lhe cabia
praticar na missão que Deus lhe confiara de conduzir o povo esfaimado e
sofrido.
Vaticinou que, por certo, não teria ocasião de vê-la sofrer
as consequências da violência na qual se apoiava, com resultados devastadores,
em razão da sua idade avançada.
Apelava para a bondade e a justiça, eliminando a pena de
morte das leis severas que mantinham nos cárceres abarrotados por mais de cem
mil prisioneiros tidos como revolucionários, porque insatisfeitos com a maneira
como eram tratados ...
De fato, mais tarde, quando estourou a revolução comunista,
ele foi deposto e enviado com a família para o exílio na Sibéria, sendo
submetido a inclementes humilhações, fuzilado logo depois, num espetáculo
doloroso.
Tolstói houvera desencarnado antes e foi sepultado humildemente
entre as árvores que ele próprio plantara, num singelo túmulo, tão humilde
quanto ele, em Yasnaya Polyana.
Deixou-nos, entre outras, a sua obra que ele considerava
prima, O reino de Deus está em vós.
Nesse ínterim, na África do Sul, um jovem advogado indiano
que lera a sua magnífica obra sobre a mensagem de Jesus em tomo do Reino dos
Céus dentro de nós, alterou a vida e dedicou-a, a princípio, a dignificar o seu
povo odiado e perseguido naquele país.
Preso e condenado por pedir igualdade para todos, iniciou a
cruzada por libertar a Índia e o Paquistão do cárcere do Império britânico.
Tratava-se de Mohandas Karamchand Gandhi.
Viveu o Evangelho em toda a sua pureza, no amor e no jejum,
na resistência pacífica, na oração e, sobretudo, em a não violência.
Assassinado por um fanático, chamou por Deus sorrindo e
imortalizou-se.
Parece difícil, nestes dias, a vivência íntegra do amor, tais
as circunstâncias e as conquistas bélicas, as forças da violência, o poder das
armas ...
No entanto, nos dias de Jesus, não eram diferentes as
condições, e por isso Ele foi crucificado.
Tolstói teve algumas das suas obras proibidas de circularem
nas terras da Mãe Rússia, e a pobreza suprema a que ele se submeteu permitiu
que fosse escarnecido e desprezado e que tivesse problemas domésticos, ao
renunciar ao título de Conde.
Gandhi, admirado e perseguido, insistiu nos objetivos a que
entregou a existência e, conforme esperava, tomou-se vítima da violência,
deixando o seu legado de paz que ainda comove o mundo.
Talvez não logres alcançar o nível desses missionários, o que
não é importante, desde que te dediques ao humilde trabalho de aplainar a
estrada, melhorar os caminhos por onde marcharão os apóstolos do amanhã que
virão pacificar a Terra.
Faze a tua parte: ama!
Exercita o não revide,
a não violência, a resistência pacífica.
Esses elementos são o alicerce sobre o qual o Senhor está
construindo o mundo melhor de amanhã.
As tremendas provações que ora se abatem sobre a humanidade: guerras,
epidemias, violência, desagregação do ser, perda de sentido
existencial,
atraem Espíritos também infelizes que se mesclam com os
indivíduos e as massas, provocando o caos.
A mesma lei de afinidade atrai os seres nobres da
Espiritualidade, os gênios, os sábios, os mártires e os santos para a
edificação da felicidade dos corações mesmo durante estes afligentes momentos
...
Pensa no amor e ascende
aos páramos da Luz Divina da qual procedes.
pelo Espírito Joanna
de Ângelis - Psicografia de Divaldo Pereira Franco, na sessão mediúnica de 3 de
fevereiro de 2016, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia.
http://terceiromilenioxplanetaterra.blogspot.com.br/2016/12/lei-de-sintonia.html
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