sexta-feira, 1 de setembro de 2017

SIRIUS: POR QUE O BRASIL PRECISA DE UM ACELERADOR DE PARTÍCULAS Publicado em 16/08/2017 por Rodrigo Romo

SIRIUS: 
POR QUE O BRASIL PRECISA DE UM ACELERADOR DE PARTÍCULAS
Publicado em 7 por Rodrigo Romo
Amigos,
Compartilho com vocês um artigo positivamente surpreendente sobre o avanço brasileiro na pesquisa e desenvolvimento científico, mais especificamente sobre o acelerador de partículas que está sendo construído em Campinas – SP, Sirius, um acelerador de elétrons de quarta geração.
Elevar o patamar da ciência produzida no Brasil.
É esse o objetivo do Sirius, uma nova fonte de luz síncrotron que está sendo construída em Campinas, há quase 100 km da capital São Paulo, dentro do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais, o CNPEM.
Pouco sabem, mas hoje Campinas responde por pelo menos 15% de toda a produção científica nacional graças a uma outra fonte de luz síncrotron, o UVX, existente desde a década de 1990, sendo o terceiro maior polo de pesquisa e desenvolvimento do País.
Com a chegada do Sirius, um acelerador de elétrons de quarta geração, a tendência é só melhorar.
O Sirius é um acelerador de partículas no qual um campo elétrico é responsável pela aceleração das partículas e um campo magnético é responsável pela mudança de direção das partículas, resultando na fonte de luz síncrotron.
Projeto do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), que integra o CNPEM — organização social ligada ao governo federal — o Sirius deve ficar pronto em 2018.
A construção do Sirius está custando mais de R$ 1,3 bilhão ao governo federal,
mas deve ser a ferramenta experimental com o maior número de aplicações e de maior impacto do Brasil.
O que é um acelerador de partículas de luz síncrotron?
O Sirius é composto por um conjunto de aceleradores de elétrons, por estações experimentais, as chamadas linhas de luz, e por um prédio em formato circular que abrigará todo esse complexo.
Fontes de luz síncrotron como o Sirius são equipamentos de grande porte que produzem uma luz de amplo espectro (infravermelho, ultravioleta e raios X) e que permitem o estudo da matéria em suas mais variadas formas.
De uma forma bem resumida, pode-se dizer que o Sirius é um um enorme microscópio com luz própria que permite ver muito mais do que conseguimos em um equipamento tradicional que cabe em cima de uma mesa.
Com ele, os pesquisadores conseguem ver a matéria numa escala atômica.
Técnicas como espectroscopia do infravermelho ao raio X, espalhamento de raios X, cristalografia, tomografia e outras só são possíveis com esse tipo de equipamento.
Cientistas que buscam soluções para problemas nas áreas de energia, saúde,
alimentação e meio ambiente precisam fazer análises em uma escala de átomos e moléculas que só é possível com esse tipo de acelerador.
Materiais mais leves e resistentes, melhores fármacos, equipamentos de iluminação mais eficientes e econômicos, fontes de energia renováveis e instrumentos menos poluentes: tudo nasce do estudo da matéria e por isso a luz síncrotron é essencial.
Diferente de outros aceleradores em que o objetivo é entender a origem do universo por meio da Física Nuclear, como o LHC,
famoso pela Partícula de Deus (ou Bóson de Higgs), o Sirius tem como objetivo estudar a matéria e com isso impactar diretamente a sociedade.

Obras de construção do Sirius em 19 de Julho de 2016


https://www.youtube.com/watch?v=R0sJ41M8nJM
Publicado em 1 de ago de 2016
Filmagem aérea da construção da nova fonte de luz síncrotron brasileira, realizada em 19 de julho. Sirius será uma máquina de última geração, que terá em seu núcleo um dos aceleradores de elétrons mais avançados de todo o mundo.
Ele abrirá novas perspectivas de pesquisa em áreas como ciência dos materiais, nanotecnologia, biotecnologia, física, ciências ambientais e muitas outras.
Chefe da divisão de engenharia do LNSL e responsável técnico pelos aceleradores do Sirius, Ricardo Rodrigues diz que é difícil imaginar tudo que o equipamento pode fazer pelo o Brasil, e contesta até mesmo aqueles que só vislumbra um prêmio Nobel.
Em 2013, o belga François Englert e o britânico Peter Higgs ganharam o prêmio por causa da teoria que explica como as partículas adquirem massa após comprovarem a existência da partícula com ajuda do LHC.
Um Nobel, segundo ele, é uma medalha, um reconhecimento,
mas o essencial para a ciência brasileira é o processo, o avanço conquistado pelos pesquisadores nacionais, estudos saindo do papel e mudando a vida das pessoas.
Alguns vídeos interessantes sobre este assunto:

Fonte de luz síncrotron: para que serve e como funciona?


https://www.youtube.com/watch?v=AkQEZsTr-KQ
Publicado em 26 de ago de 2015
O síncrotron é uma das mais poderosas fontes de raios-X à disposição dos cientistas.
Essas grandes máquinas circulares podem ter até alguns quilômetros de circunferência.
A luz é emitida quando elétrons acelerados a velocidades muito altas têm sua direção desviada pela ação de ímãs.
Existem aproximadamente 70 fontes de luz síncrotron no mundo.
O único síncrotron da América Latina fica em Campinas, no Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS). Atualmente está em construção uma segunda máquina com 500 metros de circunferência, o Sirius, que estará entre as mais avançadas do mundo.
A luz emitida pelos síncrotrons como o Sirius vai desde o infravermelho até os raios-x duros.
Os síncrotrons têm várias estações de pesquisa montadas ao longo do círculo por onde os elétrons giram.
Cada estação funciona como uma super lanterna, que permite aos cientistas “enxergar” o interior da matéria e obter informações sobre a distribuição dos átomos e moléculas e suas ligações químicas.
A pesquisa realizada nessas grandes máquinas são fundamentais para as mais diversas áreas, como medicina, agricultura, óleo e gás, eletrônica, biotecnologia, nanotecnologia, arqueologia e até artes.

Luz Síncrotron - Episódio 2 - Brasil Ciência l Discovery Channel


https://www.youtube.com/watch?v=HzgsB_uXNmU
Publicado em 21 de mar de 2017
A luz síncrotron é gerada a partir de um enorme acelerador de partículas e é uma ferramenta que permitirá ampliar o conhecimento sobre átomos e moléculas, a base de tudo que existe na Natureza.
Mais em:
Neste episódio conheceremos a trajetória científica de Mateus Borba Cardoso, pesquisador brasileiro que dedica-se a utilização da cúrcuma e da tecnologia de nanopartículas para combater o câncer de próstata. Para essa pesquisa,
Mateus usa umas das mais modernas ferramentas científicas, a Luz Síncrotron.
Gerada a partir de um grande acelerador de partículas, a luz é fundamental para se investigar a estrutura da matéria em seu nível mais fundamental, o nível atômico.
Com o auxílio da luz síncroton, importantes pesquisas são desenvolvidas no Laboratório Nacional de Luz Síncrotron.
A nova série de documentários BRASIL CIÊNCIA aborda temas como ciência, tecnologia e a pesquisa brasileira na fronteira do conhecimento mundial.
Patrocinada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), os cinco episódios abordarão temas como a torre Atto, a luz Síncrotron, supercomputadores, satélites e muito mais.
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https://rodrigoromo.com.br/2017/08/16/sirius-por-que-o-brasil-precisa-de-um-acelerador-de-particulas/

Um comentário:

  1. Sem sombra de duvida o maior avanço da história da ciência brasileira o que prova que este país tem tudo para ser grandioso!

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