terça-feira, 26 de setembro
de 2017
Um
dia, conversando com uma amiga em um bar, ela
me fez a seguinte pergunta:
"como
você consegue ser tão confiante?"
Eu ri,
pois até aquele momento não me achava nenhum pouco confiante.
E ela continuou: - "olha, faz tempo que tenho reparado.
Em todo lugar que vamos a
maioria das mulheres é muito mais nova que você. E muitos homens nem olham para
elas.
Olham para você."
E
então veio aquela famosa pergunta: -
"Você
tem mel?"
E
novamente eu ri da situação, pois isto jamais ocorreria há uns anos atrás,
quando
eu estava casada.
Você
deve estar se perguntando agora: - será que ela vai falar que o problema da auto-estima é o relacionamento?
Não,
bem longe disso.
Conheço
mulheres lindas e bem resolvidas, casadas, com a auto-estima lá em cima.
Vou contar o que aconteceu comigo:
Não
foi meu ex-marido, não foi o casamento, fui eu.
Eu que
me entreguei à rotina, à preguiça, ao descaso comigo e posso apostar que estava
em depressão e nem sabia.
Aos
poucos fui deixando de fazer o que eu gostava, me entregando à cansativa rotina
de um relacionamento de mais de uma década.
E ele
também.
Não
nos reinventamos, não nos desafiamos, simplesmente aceitamos e fomos nos
adaptando um ao outro.
Ele
era mais caseiro.
Eu
sempre gostei de sair, viajar, dançar, tomar minha cervejinha e conversar com
os amigos.
Faltava
dinheiro para sair, dançar se restringia ao espaço da minha casa, eu sozinha
com minhas músicas.
A
cerveja rolava de vez em quando também em casa e os amigos que não iam a nossa
casa quando a gente convidava acabaram se afastando.
Por
outro lado, ele também tinha suas preferências antes do casamento.
Mas
tornou-se mais fechado, mais caseiro, parou de fazer exercícios, também deixou
de fazer o que gostava.
Uma
jogada de poker aqui ou ali o relaxavam.
Eu reclamava
pelo fato de termos um bebê e ele usar os sábados para jogar.
Pedi
que mudasse o dia para nos adaptarmos.
Ele
não me impedia de sair jantar fora com minhas amigas casadas, mas sinalizava
reprovação.
Para
evitar brigas desnecessárias, fomos nos fechando para o mundo.
Ficamos
no nosso mundinho medíocre em que nem o lar era doce.
Cada
um em um canto, fazendo o que gostava em casa, isolados do mundo e um do outro.
Eu
sentia que tinha um mundo lá fora me chamando, que eu precisava descobrir,
conhecer, mas não o via me acompanhando nisso.
Meu
caminho teria que ser sozinha.
Ele
não queria o mesmo que eu.
Na
verdade nem sabia o que ele queria.
Não
perguntei.
Ele
também não me contou.
Fui
espiar o mundo.
Fim do
relacionamento.
Agora
vamos voltar ao início de tudo isso aqui.
À pergunta
da minha amiga.
Depois
de muitos tropeços, algumas experiências na bagagem, pude aprender algumas
coisas sobre mim que podem ajudar outras mulheres a aumentar sua auto-estima ou
evitar que deixem de lado sua essência para viverem uma rotina sem sentido e
cansativa.
Aqui estão minhas descobertas:
1 – Evite comparações
Para
mim, o que define auto-estima é a diferença do tempo em que você passa
prestando atenção nos outros e o tempo que você passa prestando atenção em
você.
Se
você presta mais atenção em você, no que você quer, em quem você é, nos seus
desejos, seus objetivos, suas necessidades, no que você precisa melhorar, com
certeza você já está com uma auto-estima maior do que outras mulheres que
comparam seus relacionamentos, suas roupas, sua beleza, seus bens materiais ou
o sucesso na profissão.
O
momento do bar do qual minha amiga falou explica exatamente esta questão.
Decidi
parar de me comparar.
Desenvolvi
uma técnica própria em que não conseguia nem enxergar as mulheres de um bar.
Só os
homens.
Não
que eu quisesse nada com eles.
Mas
não perdia meu tempo dizendo que eu estava gorda, falando das meninas bonitas
que estavam ali, das roupas que eu queria poder usar...eu simplesmente
aproveitava a boa música, me permitia conversar com as pessoas, mulheres ou
homens, e não me comparava com ninguém.
2 – Sorria com verdade
Quando
sorrimos, nos tornamos, além de simpáticas, pessoas magnéticas.
Quem
não quer estar perto de alguém que sorri, que parece feliz apesar do mundo estar
desabando?
Eu
tenho uma cara carrancuda por natureza e posso passar de sem graça a linda em 1
minuto só por causa do meu sorriso.
É
claro que seus dentes precisam estar bonitos e saudáveis, mas o sorriso
espontâneo é o que nos torna mais bonitas e confiantes.
Mas
sorrir somente para o self não vale.
Experimente
conversar sorrindo, caminhar sorrindo, cumprimentar sorrindo.
Você
vai notar a diferença.
Isto
passa uma imagem de alguém seguro de si, alguém agradável de se estar perto.
3 – Faça mais do que te faz bem (tenha reservas)
Para
sorrir você precisa ter motivos não é mesmo?
Pare e pense em quantas vezes você já se pegou
falando uma dessas frases:
“um dia eu quero fazer isso”, “tenho vontade de fazer aquilo”, “queria fazer esta ou aquela
outra coisa”, “quando eu fazia isso eu era
feliz”...
O que
te impede de fazer agora coisas que você tem vontade ou
de voltar a fazer coisas que te faziam bem?
Tenha
sempre mais do que você gosta.
Se eu
tenho de sobra, se eu tenho abundância, eu gero uma reserva positiva de
energia.
Se
você for casada, não confunda aquela velha frase:
“num relacionamento, ambos devem
ceder..”
Isto
é, em parte, verdade.
Mas
não na totalidade.
Você
não pode ceder parando de fazer coisas que te fazem bem.
Desde
que elas não estejam desrespeitando o seu relacionamento, tudo bem você fazer o
que você gosta.
Para
descobrir isso, faça a seguinte reflexão: “se
eu fizer isso, vou prejudicar alguém?”
Se a
resposta for sim, pense se de fato vai prejudicar a outra pessoa ou se apenas
vai causar ciúmes ou desconforto.
O
ciúmes ou a insegurança do outro não é um problema seu.
Desde
que você não seja uma pessoa infiel ou de falsa moral, o problema é dele e não
seu.
4 – Desafie-se
Diariamente,
proponha-se a cumprir pequenas metas.
E
cumpra!
A cada
passo dado, você vai aumentando a confiança em si e acreditando na sua
capacidade de realizar.
5 – Identifique suas qualidades
Não
espere reconhecimento.
Se ele
vier, ótimo, é um plus.
Mas
não dependa dos outros para perceber suas vitórias.
Aprenda
a se enxergar, a reconhecer os seus sucessos, suas qualidades,
melhore
o que precisa e use as suas qualidades a seu favor.
6 – Evite a auto-crítica
Permita-se
errar.
Entenda
que o erro faz parte e reconheça que foi importante para te ensinar novos
caminhos ou novas ferramentas.
Grandes
sucessos antecedem várias tentativas de fracasso.
A
culpa, o sentimento de impotência, de negatividade em relação a algo que você
fez de errado, só te paralisam.
Se
você reconhecer que o erro faz parte e que acontece para que você aprenda onde
deve melhorar, você vai aumentar a sua tolerância à frustração.
7 – Não tenha medo da mudança
A
melhor sensação do mundo é mudar e ver que o resultado foi positivo.
A
mudança sempre dá um pouquinho de frio na barriga, pois faz você sair da zona
de conforto e ir para uma zona incerta.
Mas
encare esta zona incerta como um desafio e perceba que a mudança sempre aparece
para transformar o que não está bom.
8 – Doe-se
Por
mais que pareça o contrário, a sensação de doar seus talentos ou de ajudar quem
precisa é uma sensação de dever cumprido, de realização.
Não
cobre de volta, simplesmente ajude, divida o que você tem de bom,
multiplique
conhecimento, ensine a pescar.
Martin
Seligman, um dos idealizadores da Psicologia
Positiva, fala sobre pesquisas que confirmam que a filantropia traz mais
felicidade que momentos de diversão.
9 – Identifique Os Pensamentos
ou Crenças Irracionais
Nossa
mente é especializada em buscar todas as situações em que geramos resultados
negativos ou fizemos algo de forma errada.
Quanto
mais pensamos nestes fatores, mais
contribuímos para a construção de crenças do tipo: “eu não posso”, “não consigo”, não
sou capaz”.
Um
evento ou outro ocorrido em nossas vidas que não deu certo, uma palavra que nos
foi dita reforçando nosso fracasso, criam em nossa mente inconsciente,
afirmações equivocadas sobre nós mesmos.
Por
pior que tenha sido uma situação, você não é aquilo.
Não se
rotule.
Identifique
tudo o que te paralisa.
Daí
reconhecerá seus medos. Procure transformar as crenças negativas em positivas
para que sua mente entenda que aquilo não diz a verdade sobre você.
10 – Aprenda a Dizer Não
Não
deixe que outra pessoa invada seu espaço.
Aprenda
a identificar se o que está fazendo não é somente para agradar o outro.
Não
faça coisas que não quer simplesmente porque acha que aquilo vai te tornar uma
pessoa melhor aos olhos dos outros, faça porque quer se tornar alguém melhor
pra você mesmo.
Parti
da minha experiência pessoal para mostrar a vocês um dos vários caminhos que
existem para você melhorar a sua autoestima e se tornar uma mulher segura de
si.
O
recado que quero deixar pra vocês é que não importa como, cada uma tem um
caminho.
Existem
várias soluções para um mesmo problema.
Mas as
minhas descobertas funcionaram comigo.
Podem
funcionar com você também.
E se
você utilizar uma ou duas delas já estarei feliz por ter te ajudado.
Você
pode, assim como eu fiz, mudar o rumo das coisas!
Espero
que minhas descobertas possam te ajudar de alguma forma a aumentar a sua
autoestima e a sua confiança em si mesma.
Neste
mês escreverei artigos aprofundando cada tópico citado no texto.
Se tem
algum tópico que gostaria de saber um pouco mais, deixe seu comentário no final
do artigo.
Se
gostou, curta e compartilhe para ajudar outras mulheres que você conhece!
http://terceiromilenioxplanetaterra.blogspot.com.br/2017/09/as-10-verdades-que-descobri-sobre-auto.html
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