MONADA, SER AUTÔNOMO, LIVRE
- Parte 1B
29/11/2017
"O
mundo nada mais é do que
uma cena de teatro de má
qualidade, mas já esqueceram isso".
"O UM ficou dois, o dois
retorna ao UM".
"Podemos
falar assim das Mônadas".
-
BIDI -
http://semeadorestrelas.blogspot.com/2017/08/bidi-ser-livre-parte-1a.html
Questão:
bom dia Bidi...
Bom dia.
Questão
de E. : ... e um grande obrigado por tudo.
Não
tenho perguntas, mas se você tiver qualquer coisa para me dizer,
agradeço.
...Silêncio...
Também tu, neste momento, podes observar a tua
própria vida, tal como M. na questão anterior, Tu te colocas, espontaneamente e cada vez mais, no testemunho e no observador.
A única observação a fazer, a retificar, é que essa
observação deve dizer respeito apenas ao momento presente.
O
passado é um peso, está morto;
o futuro
é uma projeção.
a
sua consciência, mesmo a
efémera, sobre o instante presente.
É assim que podes recuperar a graça do teu corpo (eu não disse gordura),
a graça do teu corpo, a harmonia, o movimento adequado.
De momento, está
desequilibrada, como observadora, sobre o passado.
É
a memória, são os automatismos.
Acaba
com isso.
Quando isso chega na tua consciência, nunca faças comparação entre agora e ontem.
Torna virgem o instante presente.
O
instante presente não deve ser colorido com qualquer passado nem com
qualquer experiência, mesmo
se por vezes se encontram analogias
fulgurantes e patentes entre o que é dado a ver agora e o que foi vivido na infância.
Mas se
o revives é justamente porque foi ultrapassado.
Não
serve para nada fazer uma ligação entre os dois pois já estão ligados.
É preciso que te afastes disso, colocando a consciência
no que vives,
sem referencia ao passado,
pois sem
isso vais desestabilizar o observador que és e fazes reviver o passado no teu corpo, com formas diferentes,
nomes diferentes, mas é a mesma coisa, e isso não estás a ver.
Então, tu
te apoias, mesmo na tua observação, sobre o passado.
O presente deve ser livre de todo o passado.
Não
procures ligar qualquer acontecimento que seja ao que te é conhecido,
sem isso não podes ficar disponível para o Desconhecido.
Se compreenderes isso, se aceitares isso e procederes dessa forma, serás Absoluto
instantaneamente.
És tu mesma que pões
véus no teu
presente; não há nenhum culpado no exterior.
És tu mesma que te agarras ao teu passado e o fazes reviver.
Não há aí nenhuma
Liberdade.
Já é muito bom te colocares como observador,
mas tal
como digo sempre, quando observais,
quando
estais no testemunho ou no
observador do que se desenrola na
vossa vida ou no vosso corpo,
nunca disse para se apoiarem no
passado ou para
antecipar o futuro, bem ao contrário.
Fiquem virgens e disponíveis, totalmente livres de ideias, de conceitos, para viver o que está no
momento presente, o que quer que seja.
É o que tenho para te dizer.
Questão
de I. D. : Quando vivemos a Liberação, o mental
e os hábitos voltam, mesmo quando são observados.
Tendes
algum conselho a dar?
Sim, o conselho é válido para todos e para cada um.
Claro que têm
hábitos e
automatismos, e isso é precisamente porque vocês são o observador.
Antes, vocês não conseguiam mesmo ver isso, isso acontecia automaticamente, mas é precisamente o fato
de ver isso que vos mostra que
mesmo estando presente, isso não é o que vocês são.
Então, não
serve de nada lutar contra os hábitos, contra os movimentos involuntários, ou as crenças espontâneas.
Se os tentas expulsar vais dar-lhes peso.
Simplesmente, observa.
Creio
que tinha já dito : "Atravessai isso"
Isso quer dizer simplesmente ser o testemunho
imóvel, silencioso, que observa, como dizes.
Mas se observas e ficas na observação, sem te quereres opor, lutar contra ou resolver, ao fim de algumas
observações deixarás de ver isso.
Agora se a tua consciência se sente implicada pelo que observas, isso irá sempre voltar.
No momento em que o testemunho vê os
automatismos, os erros,
aceitai-os,
porque, à
vez, vocês não são isso nem aquilo, e ao mesmo tempo vocês são isso e aquilo.
Durante a minha vida eu dizia “ neti
neti “, nem isto nem aquilo.
Hoje,
graças à vossa permeabilidade, acrescento:
vocês são também isso e aquilo, mas é justamente por serem o observador que já não
estão implicados, que já não
se identificam com o que
se passa.
Mas
não fiquem fixados no que se
passa senão ficam presos na Ilusão.
Então, é normal, é mesmo essencial para o Liberado vivo, quer seja de hoje como de
ontem ou anteriormente,
observar
isso claramente.
Os
automatismos não são para erradicar,
alguns são
importantes.
É preciso ver e
não se sujeitar a eles, então eles desaparecerão.
A partir do momento em que tu observas sem querer interagir, desaparecerão por si mesmos.
É assim que descobres o silêncio,
a
imobilidade, a tranquilidade, e que és liberado.
Não é querendo acabar com os hábitos,
não é
querendo erradicar tal comportamento, é observando, aceitando, não para ficar a eles submetido mas para
demonstrar a ti mesmo quem é o chefe.
É
o hábito?
É
a mente?
É
a crença?
Ou
é a Liberdade?
O testemunho ou o observador são a localização ideal
nos dias de hoje, para aqueles que não
estão liberados.
Observem os hábitos, observem os automatismos, sem julgar, sem condenar, sem rejeitar.
Também não se trata de aceitá-los mas de observar.
É a clarificação do testemunho, da Luz, do Coração
do Coração, da Infinita Presença, como
vocês dizem,
que irá agir.
Não
é a vossa consciência que poderá aí
agir, senão é a que preço?
O que querem vocês controlar?
A maior mudança, na hora atual, para aqueles que
vivem o estado de testemunho ou de observador, o Si, se
assim quereis,
o “ Eu Sou “, é antes de tudo
magnificar o "Eu Sou "
Ora vocês estagnam esse estado quando o vosso “ Eu Sou “
é dirigido
para o comportamento, para o
hábito, ou a memória que vos incomoda.
Mas quando vocês são Liberados vivos, realmente, observam os automatismos
sem nenhuma dificuldade,mas vocês sabem muito bem que não são nenhum desses automatismos.
É inútil quererem opor-se,
ou então
entram na dualidade, bem -mal,
medo– Amor sofrimento– Alegria, e vão oscilando de um a outro.
O mais importante é a imobilidade do testemunho ou do
observador, aquele que vê, aquele
que sente,
mas que se deixa atravessar, sem
interagir, sem reagir.
Nesse momento, a Liberdade se desvela e é essa
Liberdade que dissipa os automatismos,
que dissipa
as memórias.
O testemunho é essencial para a Liberação, mas não
façam do
testemunho um ator.
Vou retomar a ideia da cena de teatro que expliquei
longamente em 2012.
Como
se apresenta esse mundo?
É uma cena de teatro, vocês estão na cena de teatro e representam um papel.
Um
dia, percebem que não são aquele que representa a cena de teatro e um
papel , mas aquele que
observa, o testemunho.
E à força de observar, um dia a peça termina e vocês saem do teatro.
E aí o que é que vão descobrir?
Que
nunca existiu teatro, nunca houve testemunho,
nunca houve nenhuma cena.
São
apenas jogos que não têm
nenhuma substância aos olhos da Verdade.
Todos
os jogos, quaisquer que sejam,
irão levar
cada vez mais longe dentro do jogo.
Vocês sabem que o jogador não consegue parar de jogar, é
inútil, mesmo que tenha bons resultados.
E emprego a palavra jogador tanto para a cena de teatro como para aquele que joga a dinheiro, é
o mesmo.
Enquanto não perceberem que são aquele que observa o jogador, continua a
identificação com o jogador.
E quando vocês
passam a ser o espectador ou a testemunha, o jogo fica menos interessante e um belo dia vocês param de observar, saem do teatro então se apercebem
que nunca houve teatro nem observador, e que tudo isso apenas foi passando.
Aí está uma imagem do que quero dizer.
Continuemos.
Questão de D. G.: Pode falar-nos sobre a Autonomia?
A Autonomia é interna,
não depende de nenhum conceito , de nenhuma crença, de nenhuma
ideia, de nenhuma relação, de nenhuma projeção nem de
nenhum passado.
É
vão e ilusório considerar
a Autonomia possível neste
mundo, uma vez que vocês
são obrigados a ganhar a vida, a ter uma vida social, familiar,
a
cumprir as obrigações que fazem parte do
jogo comum.
A Autonomia é o momento em que o espectador e o testemunho decidem abandonar
a sala de espetáculo , não
para fugir ao que quer que seja mas porque está
farto de assistir ao espetáculo.
O mundo nada mais é do que uma cena de teatro de má qualidade, mas já esqueceram isso.
Então, todos
os argumentos, todos os conceitos,
todas as
energias, fazem parte da
Ilusão
Ser autónomo, é passar do testemunho à realidade.
O testemunho começa a ressentir a Liberdade.
Pelo menos, ele vê o que não é
a
Liberdade: os jogos de cena, os cenários,
as
histórias, as confrontações, as alegrias e os prazeres deste mundo.
Vocês sabem muito bem que aí tudo se deve repetir ara permanecer.
A alegria, passa.
O sexo, passa.
Numa
aquisição, do que quer
que seja, o prazer
passa, o sofrimento também passa, seja pela morte, seja pela cura.
Mas quem é que representa tudo isso
senão o ator?
Só vocês sabem se querem ser o ator,
o
espectador, ou aquele que não
depende de nenhum jogo, de nenhuma observação.
Geralmente,
há esta lógica: ator, espectador ou testemunha, observador;
de seguida vocês percebem que nunca houve ator, nem cena
de teatro e ainda
menos observador.
E aí, é o
Desconhecido, que é sempre inimaginável.
Sempre impossível
de conceitualizar.
Aí
está a Autonomia: não mais depender de conceitos, não mais depender
de ideias.
É certo que dependeis
da sociedade, da vossa
família, do vosso
marido ou da vossa mulher, dos
vossos filhos, dos impostos.
Isso durará enquanto a cena de teatro existir.
A Autonomia é interna.
Aparece assim e é por isso que vos foi proposta a
Via da Infância, a via da inocência, a via da espontaneidade.
Qual era a pergunta?
Questão:
Pode
falar-nos sobre a Autonomia?
Então está respondido.
Questão
de I.T.: Neste período de caos, tem algum conselho
para sair do medo e dos apegos, fonte de sofrimento?
...Silêncio...
O
sofrimento está sempre relacionado com o ator.
A saída do
sofrimento chega
quando és espectador.
Ora vocês são parte integrante da vossa vida, e então, estão apegados
a alguns princípios, a alguns
afetos, no sentido
moral do que é a vida: família, filhos, trabalho.
No entanto, vocês começam a ver que o que tem governado a vossa vida até agora não pode mais se manter.
Isso não é uma chamada à fuga, não é um convite para fugir das responsabilidades, mas
é, finalmente e definitivamente, passar de ator a espectador.
Enquanto fores parte integrante do jogo, da mesma maneira que quando vês um filme,
vais sentir emoções.
Podes mesmo identificar-te com os personagens do filme.
Mas se te tornas realmente o espectador,
sem tomar parte da tua própria vida,
da tua pessoa, da tua família, do teu próprio trabalho, então não terás problemas.
Não
procures resolver como ator, a
cena de teatro que te causa problemas.
Torna-te tanto quanto possível o espectador.
Observa, mas
sem julgar, tanto ao outro como a ti mesmo.
Observa o que no passado te satisfazia e agora já não te satisfaz de nenhuma maneira.
A partir daí, não se trata de romper com algo ou de parar com tudo o
que possas imaginar ou pensar, mas sim de mudar o ponto de vista.
Tu
não és o ator, és o
testemunho.
Coloca-te de preferência no testemunho e o ator não terá mais nenhuma influência sobre ti.
Então, verás que as coisas se transformam,
sem que
haja necessariamente eventos dramáticos a viver.
Percebe que, como dizes, é o teu próprio apego aos valores, às seguranças
que
funcionaram até certo momento e que agora já não funcionam mais.
Não
podes mais viver nessas seguranças, não
consegues mais
viver
nessas projeções, apenas consegues viver na felicidade imediata.
E
vais privar-te dessa felicidade
imediata quando deixas livre curso
ao
ator mais do que observas sem aí te investires.
Não te convido a uma desresponsabilização mas bem ao
contrário, a uma tomada
de responsabilidade.
Porque apenas existes tu, não
há marido, nem mulher, nem trabalho–
tudo isso
diz respeito à pessoa.
Instala-te no sofá e observa.
Não
tentes reagir, nem lutar, nem te opor, nem confrontar,
como fazes
sistematicamente, pois a cena que está a passar é falsa.
É preciso de algum modo mudar o cenário,
mas não
pela tua vontade,
nem
pelo desejo, nem mesmo pelo Amor – o Amor não se ocupa disso-,
mas simplesmente pelo testemunho,
pelo observador,
pela
Infinita Presença.
Enquanto estiveres preso a um ideal,
dentro de
uma relação, num trabalho, dentro de
uma necessidade de ganhar a vida, o que é de fato necessário, tornar-se autónomo,
não mais sofrer, é já em si um fazer sendo mais do que um fazer para querer ser.
Contenta-te em ser
e tudo se fará,
a partida
se recreará, não precisas de mudar o ator ou modifica-lo.
Ao fim de tanto e tanto tempo, isso faz toda a diferença entre viver experiências de Luz e ser a Luz, Ser Luz não
pode se acomodar com nenhuma personagem, com nenhuma
missão, com nenhum papel, com nenhuma função,
porque quem
diz missão, quem diz
função, quem diz
papel, diz projeção e aí dualidade.
A solução é observar,
não para julgar ou avaliar a situação, mas para ver claramente e tu não a podes ver claramente sem que toda a tomada de posição e toda a reivindicação da pessoa parem.
Não
podes ficar implicado no jogo de um papel e querer mudar o jogo.
É preciso ficar a observar o jogo.
É assim que ele muda.
Então privilegia o silêncio,
o momento presente, a imobilidade.
Confia no
que és e não na tua pessoa.
Confia na Liberdade.
Considera isso como um jogo,
mesmo que
esse jogo seja cansativo.
Não
te coloques como ator, pois senão estarás sempre na
resposta, quer dizer
na dualidade.
Uma
peça de teatro é dual por natureza, quer te faça rir ou chorar.
A Alegria
nada tem a ver com isso.
A Alegria não depende de nenhuma circunstância, de nenhum ganho, de
nenhuma perda, de nenhuma vantagem.
Ela é espontânea.
Mas se te posicionas como ator, não podes ser espontâneo,
pois todas
as tuas reações,
todas as tuas ações, vão estar coloridas,
condicionadas pelo passado e pela cena anterior.
Como queres encontrar assim a Liberdade?
Precisamente neste período de caos,
como dizes,
não há melhor oportunidade para deixar de
jogar o jogo do caos.
Olha, observa.
Não
sejas o jogador, aceita o jogo que olhas mas
não te confundas com ele.
Tudo isso
são conceitos mentais daquilo que para ti representou durante a tua vida, a família, o casal, a casa, os filhos, a tradição, mas isso está inscrito nesse mundo.
Acreditas que, no dia em que desapareceres desse mundo, irás encontrar os elementos que conheces agora?
Poderás criá-los,
na imaginação, mas jamais serão reais,
ainda menos reais do que o que agora vives.
... Silêncio...
Se ainda não estás a dormir, outra pergunta.
Questão
de Ma...:O Espírito do Sol poderá dar-nos um duche de Luz?
Se sim, devemos ficar em contato com o
Sol?
Hoje em dia o Sol se transforma,
os véus foram
descerrados, na sua maioria.
O sol da manhã, os primeiros raios, são um duche de Luz.
O Comandante praticou isso toda a sua vida.
Se vocês precisam de um objeto exterior, o Sol
é o ideal mas recordo que vocês são
também o Sol.
Durante este período de facilitação tomem um duche do vosso próprio coração.
Para quê se preocupar com algo que é exterior se isso já está em vocês?
É ainda ter necessidade de uma projeção.
Está certo, isso é útil,
não estou
com isto a dizer que não serve para nada, apenas estou a propor algo de mais direto.
Vós
sois o Sol, ele está em vocês.
E se tomas um duche de Luz com o Sol que vês, tu
vais recomeçar.
Como eu dizia, o Comandante (Aivanhov) fez isso a vida toda.
Mas o Sol, ele está em ti, então banha-te com o teu coração.
Para de imaginar que é algo de exterior.
Na verdade, isso é o que disse Cristo,
certo?
"Mantém a tua casa
limpa"
"Como é que podem lavar a vossa casa
por dentro"?
"Pelo coração".
Mas, é certo que a forma mais próxima desse duche de Luz, é o sol da manhã,
quer fiquem
de frente para ele ou de costas.
Mas podem também, e penso que o Comandante já tinha
dito isso, ficar na vossa cama pensando no sol da manhã.
Mas esse sol da manhã levanta-se
em
determinado local, então, logo que aí colocam o pensamento, ele é exterior, há projeção.
Coloquem o sol onde ele está realmente e aí sereis banhados em permanência pela Luz.
Seguinte.
Questão
de V.:Bom dia, Bidi, e um grande obrigado por tudo. Não
tenho perguntas mas se tem algo para me dizer, fico agradecida.
...Silêncio...
Aqui
está o que tenho para te dizer:
encontra o silêncio,
todos os
silêncios possíveis, instala-te aí.
Não
estou a falar de meditação,
não estou a
falar de vibração, estou a referir-me ao verdadeiro silêncio, não apenas das palavras mas também dos pensamentos, dos estímulos sensoriais quaisquer que sejam.
Nesse silêncio irás encontrar-te com mais clareza.
Já não precisas de contatos, já os viveste com os
povos da natureza, com
as entidades, com tudo o que podes
imaginar; tu precisas de te
encontrar a ti mesma, e de agora em diante vais poder reencontrar-te no
silêncio.
Não estou a
pedir isolamento mas simplesmente para observar
o silêncio de cada estímulo, sem
meditar, sem querer encontrar um objectivo,
mas pelo
contrário, ficar plenamente consciente, na consciência efémera.
Observa e deixa correr o que emerge,
não afastes nada, qualquer que seja o número de coisas que irá passar, pois serão muitas.
Deixa-as passar, deixa-as
atravessar, não te afastes, nada retenhas.
Silêncio dos sentidos, silêncio das palavras.
Se realmente há silêncio,
isso é
alcançado na totalidade no momento.
Penso que Maria chamou isso, várias vezes, “ acolhimento ”, "acolher".
O silêncio é o posicionamento ideal para acolher a
Verdade e a viver.
A Verdade não
precisa de nenhum álibi deste mundo, apenas é.
Não
depende de nenhum conceito,
de nenhuma ideia, de nenhuma evolução,
de nenhum
personagem.
A Verdade desvela-se quando não
há mais nenhuma projeção.
É acolher o Desconhecido.
Sê o silêncio, é o que te posso dizer.
Não peço para
ficares muda toda a
vida, mas sê o silêncio.
Coloca a ti mesma a questão do que quer dizer "ser o silêncio", e vive isso.
... Silêncio ...
Questão
de E.: O que acontece com a fusão das mônadas?
Em que momento irá acontecer?
As Mônadas, é o que vocês chamam as "almas gémeas" , creio, a Mônada
que se separou em duas na
primeira projeção do Espírito.
Isso irá acontecer quando houver o retorno ao
Espírito.
A fusão não
é realizada... mesmo se isso for vivido na esfera sexual, ou da comunicação, isso é ainda uma fusão dos corpos que desembarca no Absoluto, pelo vibral, pelo ato em si mesmo, pelo afeto que é colocado.
Mas a fusão das Mônadas tal como dizes, apenas se
pode realizar a partir
do
corpo de Eternidade, uma vez que esses corpos
de Eternidade são exatamente
os mesmos, mesmo se a sua forma nesse mundo seja diferente.
Isso não será mais a pequena morte da sexualidade mas a grande morte.
O UM ficou dois, o dois retorna ao UM.
Podemos falar assim das Mônadas.
Mas, uma vez mais, não falo apenas para ti mas de um modo geral, uma
Mônada que se encontra na matéria, nesse corpo, nessa vida, significa o quê?
Que mesmo quando há diferença na aparência, no funcionamento, o Amor está sempre presente, não
como uma ideia ou uma projeção,
mas como
uma vivência, aqui, mesmo quando há
antagonismos, e tudo o que há sempre, mesmo entre as Mônadas.
Um quer ir para um lado, o outro quer ir para outro
lado.
Isso faz parte do jogo das pessoas.
A Mônada diz respeito ao corpo de Eternidade, ao
corpo do Ser.
A fusão da Mônada separada será feita no corpo de Eternidade.
Mas a particularidade desse Espírito comum que se dividiu em dois, essas duas Mônadas, enfim,
essa
Mônada, esses dois seres têm o mesmo corpo de Eternidade.
Lembro que o corpo de Eternidade é o mesmo para toda
a consciência, mas nas Mônadas, nas
particularidades relacionadas
com as
origens estelares, com
as linhagens, têm exatamente os mesmos códigos de Luz.
Há
uma sintonia total, quaisquer que sejam as distorções ligadas com esse mundo.
A vivência do coração das mônadas não pode dar lugar a nenhuma interrogação sobre a realidade do que
é vivido, nem a nenhuma
dúvida sobre a verdade dessa Mônada.
Repito que a pequena morte será substituída pela
grande morte, em termos iniciáticos.
Isso quer dizer o quê?
Que o que acontece, quando há possibilidade de união sexual, na condição de estarem ambos em fase de atividade, é que isso dará a vibração do Fogo do Coração, o
Fogo Ígneo como lhe chamais.
Há uma alquimia com uma circulação de energia,
da vibração e da consciência, que seguem, como exemplo,
os grandes
princípios do tantrismo, ou da
sexualidade taoista, onde a partilha não é apenas física mas uma partilha de almas pela circulação num
determinado sentido, em
certos meridianos, e em
certos circuitos.
A sexualidade das mônadas é uma união mística que nada tem a ver com
o
uso dos genitais, eles servem apenas de
instrumentos.
Essa fusão, que utiliza o instrumento da sexualidade no corpo de Eternidade, é
uma fusão de dois corações, uma vez que são o mesmo, que se tinha separado em
dois.
O que vou dizer pode causar problemas de compreensão
nesse mundo, mas eu vos recordo que quando vocês não estão encerrados aí, nem
nas esferas astrais intermediárias, quando são realmente livres, vocês podem
fusionar com não importa qual coração, salvo que aí, é uma fusão permanente,
mas não priva de nada. O que eu poderia aí dizer mais é difícil de imaginar no
estado atual da vossa capacidade de compreensão.
Continuemos.
Questão
de I. D- L.: não tenho perguntas mas tem alguma coisa a me dizer ?
Continua
- Parte 1C -
(em formatação)
Tradução
do Francês: Maria Beatriz Pires
Origem
francesa – Recebida do site Les
Transformations
Áudio
da Leitura da Mensagem em Português - por Noemia
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