domingo, 7 de janeiro de 2018

O AMOR VERDADEIRO - Parte 1C BIDI 13/12/2017

O AMOR VERDADEIRO - Parte 1C
BIDI
13/12/2017
"O Amor não pode ser agarrado, pois se estagna é alterado".
"Ele apenas pode ser tocado, experimentado, estabilizado, e ser vivido de forma permanente, no silêncio".
"O Amor verdadeiro não é nem uma projeção, nem uma posse, nem um relacionamento, de casal, de família".
BIDI
(Continuação da parte 1B)
http://semeadorestrelas.blogspot.com/2017/11/bidi-monada-ser-autonomo-livre-parte-1b.html
Perguntas/Respostas
Questão de I. D- L. não tenho perguntas mas tem alguma coisa a me dizer ?
Tu vivenciaste e descobriste, em menos de um ano, pela tua sensibilidade à energia, às emoções, ao mental, e também à tua sensibilidade física, descobriste um novo estado de ser.
Sabes de forma incontestável que este é verdadeiro mesmo que ainda não vejas todas as suas facetas.
Só te resta, para viveres todas as facetas e a Unidade, seres um pouco menos ganancioso, neste sentido não é um termo pejorativo.
Essa avidez a que me refiro, é a necessidade, não de acumular riquezas mas de acumular experiências, pois efetivamente, no teu caso, as experiências que vivenciaste, através da tua sensibilidade, dirigem-te para o coração, que já atingiste.
Precisas simplesmente de ser, aí também, um pouco menos o ator e um pouco mais o espectador.
Ou seja, ir mais além dessa avidez, que mais uma vez digo que não é pejorativa, ir indo cada vez mais com menos avidez e mais silêncio, quer dizer, aceitar deixar-se atravessar pelos sentidos, pela energia, pela consciência,
sem querer reter nada.
Deixa passar o que passa, não te fixes em nada, pois ao reter, fixas, e fechas a porta, novamente,
ao Desconhecido.
No entanto, o essencial é que já conheces a Verdade.
Ela está presente, não precisas de a agarrar, deixa-a viver normalmente.
... Silêncio ...
Estou a escutar.
Questão de N. : numa noite, depois da afirmação
“ Eu sou Paz, Amor, Luz “ , percebi o quanto o Amor é o essencial.
Pode falar sobre o Amor?
Falar de Amor? 
Vai ver um poeta.
O Amor descrito deixa de ser o Amor, já foi adaptado a esse mundo.
O Amor verdadeiro é o silêncio, porque a partir do momento em que é descrito em palavras, mesmo pelo Verbo, de alguma maneira o Amor já foi traído.
O Amor nunca precisa de palavras, ele é.
Assim, falar de Amor já é disfarçá-lo.
É claro, pode falar-se de vibrações, do coração, das Coroas, dos canais de energia, que são os testemunhos do Amor.
Mas o Amor é indescritível.
É o momento em que vocês se reencontram, é o momento em que não é preciso projetar esse Amor numa forma,
num conceito, na adesão a uma ideia, é um fogo inextinguível que arde em permanência sem nada consumir.
Isso é chamado entre vocês, creio, a consumação do Amor, tal com algumas Estrelas o descreveram.
Mas se eu falar de Amor, faço-te sair do Amor.
O Amor não é uma palavra, a não ser para os poetas, para os músicos, para os artistas, para os escritores, mas esse amor vem desse mundo.
O Amor verdadeiro, que vocês chamam “incondicionado”, relacionado com o Fogo Ígneo, o Amor é o Fogo Ígneo, essa queimadura de Amor que não queima a vossa pessoa, mas que vos abrasa em chamas. 
O seu testemunho é a Luz, não a da cabeça mas a Luz chamada vibral.
O Amor é sem fim, sem limite, sem início e sem forma.
O Espírito, tal como o Absoluto, tal como a Infinita Presença, são o testemunho direto desse Amor verdadeiro
Ele apenas pode ser tocado, experimentado, estabilizado, e ser vivido de forma permanente, no silêncio. 
O Amor não pode ser agarrado, pois se estagna é alterado.
O Amor que é descrito deixa de ser incondicionado e ainda menos incondicional.
Noutras línguas diferentes da vossa, há várias palavras para o amor.
Há o amor comum, o fato de amar, que é sempre uma projeção mesmo em relação ao ser amado.
O Amor incondicionado e incondicional não é uma projeção, é um estado, o verdadeiro estado.
... Silêncio ...
Em geral, nós o nomeamos, vocês o nomeiam em todas as línguas “amor", mas em geral, esse amor apenas pode ser identificado com o que vocês conhecem sobre o amor, através dos laços afetivos, primeiro com a mãe, que vos alimenta, depois com o ser amado, com os filhos, com a vossa profissão.
O Amor verdadeiro não pode ser definido como qualquer um desses amores, ele é anterior a isso.
O Amor traduz-se para vocês, quando ele é incondicionado, pela beatitude, pela felicidade, Shantinilaya como nós dizemos, nós os Orientais.
... Silêncio ...
Então posso dizer sem qualquer trocadilho, que amar não é o Amor, nesse mundo, porque o que vocês amam, mesmo o ser amado, mesmo os vossos filhos, não o podeis conceber senão como sendo vosso, o vosso amado, o vosso filho.
O Amor não conhece a pessoa, não conhece a posse, ele é livre.
O seu único testemunho, no limite podemos dizer, é
a beatitude, são os êxtases, tais como Ma Ananda os viveu, que se podem ver ainda hoje através das fotografias.
É isso, o Amor.
Tudo o resto não é senão fragmentação, desvio, e no entanto felizmente que existe, porque não poderia haver a menor experiência de consciência se não houvesse Amor, se não houvesse o facto de amar, em seu oposto, neste mundo.
Além disso, vocês dizem, na vossa linguagem, "fazer amor"
Mas vocês não podem fazer o que já são.
Podem ver como as palavras traem a mensagem.
Vocês não podem fazer o que já são.
Então, noutras línguas, há outras expressões que são da mesma natureza.
Por exemplo, na expressão ficar enamorado”, não se pode ficar enamorado, é a mesma coisa que para
“fazer amor “
Ficar enamorado, é cair em, é ficar pesado.
Ser Amor é ficar leve.
Vocês consideram sempre o amor como algo exterior, os filhos, a ocupação, a profissão, os amigos, a sexualidade.
Mas enquanto vocês não tiverem feito Amor com vocês mesmos, e não me refiro aqui a masturbação, é claro, fazer Amor consigo mesmo é ser Amor, é a beatitude, é a felicidade, é o olhar das irmãs Estrelas quando o vivenciaram.
É um êxtase que se basta a si mesmo.
Ora, enquanto vocês não tiverem feito Amor convosco mesmos, como quereis amar de forma incondicionada e incondicional, se não sabeis o que isso é?
A melhor aproximação é o Fogo Ígneo, a Coroa ascensional do vosso coração, assim como a Onda de Vida com os seus formigamentos de êxtase, ou ainda as Teofanias com Maria.
O Amor verdadeiro não é nem uma projeção, nem
uma posse, nem um relacionamento, de casal, de família.
O que se poderia aproximar mais, neste mundo ilusório, é o amor maternal, na condição desse amor maternal não ser exclusivo, possessivo ou predadorpois o Amor torna livre.
Se vocês amam alguém e esse amado se sente preso, isso não é Amor, quaisquer que sejam as palavras que vocês expressam.
O Amor torna sempre livre, liberta o outro interiormente.
Outra.
Questão de C.: Não tenho nenhuma pergunta mas tem alguma coisa para me dizer?
... Silêncio ...
Esquece-te a ti mesmo, põe férias de ti e sê livre.
A única coisa a que te deves agarrar firmemente, deixando todo o resto, é o teu coração.
Quando digo "agarrar" não quero dizer controlar, mas quero dizer ficar no coração, não em conceito, não em comportamento, mas na verdade.
A vibração que tu vives, onde quer que se situe, é um incentivo.
Seria preferível, a partir de agora, deixar ir tudo o que vives, a nada se apegar, colocar-te a nu, a fim de poderes amar-te, não enquanto uma pessoa de tal idade, de tal vida, mas amar o Desconhecido, o que chamei o Irreal", que é a única realidade.
... Silêncio ...
Quando digo “põe férias de ti “, isso é equivalente, em certa medida, ao que chamei para outra irmã
fazer silêncio".
Pôr fim também à avidez, não a avidez material mas a uma forma de avidez espiritual que põe uma distância.
Sê mais espontânea e menos reflexiva.
A reflexão é útil para as ocupações desse mundo, aí ainda é mesmo indispensável, mas esquece isso a partir do momento em que se refere ao que tu és.
... Silêncio ...
Outra pergunta.
Questão de J.: O que poderá dizer-me?
... Silêncio ...
A ti é oferecido, na cena de teatro, ser livre, quer dizer,
não depender da matéria, quer dizer, da casa, da mãe,
da esposa, e de tudo o que está ligado a essa noção de segurança.
Não para te privar da segurança, mas para te fazer viver o que vocês chamaram, eu creio, o Feminino Sagrado.
E podes aliás ver, no teu caminho, na tua vida, o que não podes de momento nomear, mas o teu lado observador faz-te ver que muitas coisas vão mudando, sem que seja pela tua vontade.
E eu digo bravo, aí está a Verdade.
As circunstâncias da tua vida, o que quer que possas julgar a partir da tua pessoa, apenas são as condições ideais para ti, de momento, para viver a tua completude e a tua eternidade.
... Silêncio ...
Creio que há uma expressão que diz :
“ Há males que vêm para bem “
... Silêncio ...
Outra pergunta.
Questão de F. D.: O que pode dizer-me?
... Silêncio ...
Tenta observar-te.
A tua experiência do agora é sempre colorida pela experiência anterior.
Isso não quer dizer que tu não és espontânea, mas que te falta ainda mais espontaneidade e liberdade.
Aí também, poderia dizer :
"Silêncio" . 
Vive o momento livremente, não precisas agarrar-te a uma lógica, a um passado, a um futuro.
Isso não quer dizer que o fazes voluntariamente, mas que é um automatismo, provavelmente relacionado com a tua profissão, e com o que sempre fizeste ao longo da vida.
Vocês sabem que os hábitos apanham-se muito facilmente, todos os hábitos, porque os hábitos correspondem a uma cessação do medo, vocês entram num terreno conhecido.
Não há nada pior do que o hábito porque vos bloqueia,
vos endurece, vos escleroseia.
É preciso que vocês se tornem novos e virgens para o que é preciso viver no momento sem que isso seja colorido de outra coisa mais do que esse instante.
Ser você mesmo, ser verdadeiro, ser espontâneo,
ser autónomo, é a Via da Infância.
É ficar totalmente imerso no instante presente, mesmo na Ilusão desse mundo, mas não na expectativa de jogar,
de reagir, de se mexer.
É um ato de benevolência para consigo mesmo.
E se for gentil consigo mesma, esse saco de comida irá funcionar de forma mais livre.
O Amor, tal como o Agora, não precisam de regras, não precisam de moralidade, não precisam de técnicas, nem mesmo de preparação.
Vê isso, observa isso, e deixa ir.
Podeis ver através do que disse, a alguns de vocês, à maioria de vocês, é muito simples.
É a pessoa e o personagem que complicam tudo.
O corolário é: se não é simples, então não é verdadeiro.
O Amor é, sempre foi e será sempre simples.
Então, é claro, quando falei entre vocês ou quando estava encarnado, fui obrigado a tomar algumas referências,
o menos possível, dentro do que conheciam os meus interlocutores.
Agora faço o mesmo.
Outra pergunta.
Questão de M-M.: há cerca de três semanas depois de ter vivido na vossa presença a Liberação,
vivenciei, durante uma tarde inteira, a Alegria.
Era insuportável.
O que se passou?
Continua - Parte 1D -
Post. e Formatação Semeador de Estrelas
Tradução do Francês: Maria Beatriz Pires
Origem francesa – Recebida do site Les Transformations
Áudio da Leitura da Mensagem em Português -por Noemia
Clique aqui para fazer o download do áudio
http://semeadorestrelas.blogspot.com/2017/12/bidi-o-amor-verdadeiro-parte-1c.html

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