SE
A PORTA NÃO ESTÁ ABRINDO, ESSE NÃO É SEU CAMINHO
domingo, 27 de maio de 2018
Se a porta não abre,
simplesmente não é a porta certa, muito menos o caminho.
Em algumas ocasiões, no entanto,
investimos muito tempo e esforço buscando chaves para abrir uma porta que não
poderá nunca ser aberta. Às vezes nem há porta.
Porque há destinos impossíveis,
pessoas que não se encaixam em nossas fechaduras e caminhos pelos quais é
melhor não transitar.
É certo, no entanto, que nenhum de nós acerta nosso destino pessoal logo
no primeiro momento.
Cabe dizer também que não é errado perder-se de vez em quando. Abrir
portas que logo fechamos de novo é bom para adquirir experiência, para saber
quem está e quem não está entre o que vale a pena o investimento.
Nesses casos ganhamos experiência e devemos ir sem medo, mas com
equilíbrio e uma atitude correta.
Quando uma porta que um dia nos
deu felicidade se fecha, geralmente outra se abrirá.
Mas nem sempre podemos vê-la de
imediato, porque acabamos passando grande parte do tempo lamentando pela porta
que não pode mais ser aberta, sendo que para essa não temos mais a chave,
então de nada adianta...
Os psicólogos e sociólogos se perguntaram durante muito tempo o que faz
com que nós escolhamos um determinado caminho e não outro.
Costuma-se dizer que nossas escolhas nos definem muito bem, mas na
realidade muitos dos mecanismos que nos fazem ir em uma determinada direção e
não em outra seguem não sendo conscientes. Convidamos você a pensar sobre isso.
Uma porta fechada às vezes pode
ser um muro a ser derrubado
A voz popular sempre nos diz que
quando uma porta se fecha outra se abre.
Também costumamos ouvir outra
frase que diz que a felicidade é como as borboletas… se a perseguimos, nos
escapa.
Se ficamos quietos, ela vem até
nós.
Agora, se levássemos esses
dizeres ao pé da letra chegaríamos à conclusão de que as oportunidades aparecem
sozinhas, como que por arte ou por magia.
Quando uma porta se fecha costumamos ficar bastante tempo lamentando a
impossibilidade de seguir aquele caminho.
Ninguém reage tão rapidamente para poder ver outra saída, outra escolha
que poderia ser melhor, um caminho melhor.
Por outro lado, e como exemplo, vale a pena conhecer um interessante
livro “The art of choosing”, da psicóloga Sheena Iyengar, que na tradução para o português se chama “A arte de escolher”.
A doutora Ivengar é cega.
Quando chegou ao Canadá vinda da
Índia, sabia que sua família, tal como pedia sua cultura, iria decidir com quem
se casaria no momento certo.
Sua cegueira lhe dava a ideia de
que não conseguiria sair desse círculo, dessa prisão pessoal.
Graças, porém, a seus dias na
universidade, tornou-se consciente de que as mentes alheias não têm direitos
para escolher por nós, seja lá o que for.
As portas que outros fecham para
nós são também muros que podemos e devemos derrubar.
Atualmente, Sheena Iyengar é uma grande referência na psicologia das escolhas pessoais.
Voltar e recomeçar quando muitas
portas se fecham para nós
Talvez, em algum momento de nosso ciclo vital, não tenhamos tomado as
melhores decisões.
Ou pode ser, inclusive, que isso aconteça durante um período de tempo
longo.
Tempo suficiente para nos fazer acreditar que é isso que temos para nós
para sempre.
Mas não se pode esquecer que por trás das portas fechadas fica conosco o
vazio e a tristeza constantemente remoída.
Talvez estejamos falando de uma relação, de um trabalho ou de uma
amizade que não terminou muito bem.
O destino não é algo que
deveríamos ver, o destino devemos criar por nós mesmos, com determinação e
valentia, abrindo as portas mais adequadas.
Agora que já sabemos que nem sempre as portas que escolhemos se abrem de
forma imediata, vamos falar das portas de emergência com as quais podemos
encontrar uma nova saída em direção à verdadeira felicidade.
Vale a pena refletir sobre essas questões para entendermos que a vida,
na realidade, é um labirinto de portas pelas quais podemos transitar, cruzar,
aproveitar, aprender e sem dúvida… fechar.
Chaves para encontrar o caminho
mais adequado
Nenhum caminho escolhido ao
longo de sua viagem existencial foi em vão.
Longe de nos arrependermos por
ter cruzado uma porta, por ter, por exemplo, mantido um relacionamento, por ter
iniciado um projeto e não concluí-lo, simplesmente por termos frustrações no
lugar de alegrias, é necessário assumir tudo que foi vivido como oportunidades
de aprendizado.
Porque toda cicatriz ensina, e
todo caminho errado supõe também um convite ao recomeço.
Entenda que quando algo termina, a felicidade não se reinicia sozinha
automaticamente.
É necessário passar por um tempo no qual reconstruímos a nós mesmos, nos
conectamos conosco de novo e fechamos adequadamente as portas, as etapas.
Chegará um momento em que nos
sentiremos preparados.
Longe de olhar pra trás,
sentiremos de novo o convite de olhar para a frente, de voltar a imaginar e a
caminhar agora com mais segurança e mais sabedoria.
Entenda que além de não existir um caminho ideal, nenhuma porta tem a
chave da felicidade eterna ou da solução de todos os nossos problemas.
É a própria viagem que nos dá as respostas, e as alegrias vêm e vão.
A única coisa que precisamos é ser mais receptivos e, antes de tudo,
corajosos para cruzar os caminhos desconhecidos maravilhosos que estão
aí para serem descobertos por nós…
http://www.sementesdasestrelas.com.br/2018/05/se-porta-nao-esta-abrindo-esse-nao-e.html
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