SABEDORIA DE UMBANDA
(REVISTO E AMPLIADO)
segunda-feira, 2 de julho de 2018
“Este trabalho é reedição.
Postei-o em
partes aqui no Arca de Ouro em 2009.
Foi
reproduzido em alguns sites e agora resolvo postar aqui de novo, revisto e
ampliado, numa só condensação”.
A vida objetiva de Umbanda em nosso mundo é conduzida através de um especial
desenvolvimento mediúnico, sob aplicativos da magia prática milenar. A Umbanda,
nas sementes de seu surgimento nos planos espirituais, deteve a formulação dos
necessários simbolismos e o desenvolvimento de inteligente metodologia de
trabalhos, coordenados e dirigidos para a implantação de giras ou rituais no
plano físico.
De maneira
geral, a Umbanda é muito mal compreendida por grande percentual dos adeptos de
religiões e por certas camadas de nossa sociedade, que a priori a julgam um
monte de primitivas crendices permeadas com pajelanças fetichistas.
A Umbanda
não é nada disso, é, sobretudo, aplicação da sabedoria mágica do passado, de
culturas que já se foram ou se transformaram no cenário terreno.
Hoje
aos cuidados de uma hierarquia espiritual da magia branca, através de falanges
de obreiros, submete-se a um trabalho edificante em auxílio à humanidade sob a
égide das leis naturais da evolução, segundo os princípios reguladores de
causas e efeitos.
O escopo principal de Umbanda é a caridade
desinteressada.
No entanto, existem grupamentos mediúnicos que
se dizem umbandistas em que a ausência da caridade e o uso da magia negra são
claramente observados.
Nesses casos, a Umbanda ali não está e nem
poderia estar presente.
O
que posso afirmar por minha conta e visão, sem entrar nos méritos das teses dos
muitos e gabaritados estudiosos das raízes da magia africana, é que a Umbanda
simboliza a mudança cíclica das práticas milenares fetichistas e anímicas, cuja
concepção e acurada preparação começaria muito antes do continente africano ter
existido como reduto das raças negras.
As formas
da magia começariam a ser descobertas há mais ou menos 16 a 18 milhões de anos
pelos lemurianos, concomitantemente ao recente surgimento no mundo terreno
daquela primeira raça física.
A
magia dos lemurianos, evidentemente, não tinha
a elaboração que teriam todas as práticas das futuras raças.
Tudo o que os lemurianos faziam nesse sentido
eram realizações naturais com as combinações dos elementos da natureza,
porquanto seu desenvolvimento físico estava somente começando.
Mais tarde, os demais modelos raciais que se
espalhariam pela Terra, - representando etnias no sentido evolutivo, no
estacionário, e no involutivo,
-
descenderiam dos embrionários lemurianos, após laborioso trabalho
de progênie dos mentores das raças, chamados de manús.
Os milhões de anos decorridos entre o
surgimento e evolução da raça lemuriana, não lhes seriam ainda suficientes ao
desenvolvimento de seus cérebros a fim de que conseguissem aquilatar certas
práticas, revelações e teorias adstritas aos princípios mais aprofundados e
permeantes da magia.
A
definição de magia não é tão simples como se pensa e diz.
Se a magia
está implícita nas leis da natureza, e as leis da natureza não atuam somente no
plano físico, suas bases fundamentais se encontram, justamente, nas relações
das causas invisíveis.
O homem,
por conta de longuíssimas tradições dos povos, foi descobrindo como manobrar
com as forças duais ocultas, magnetizando-as e polarizando-as às formas
materiais para efeitos mais duradouros e eficientes.
E como as
relações de almas e formas humanas não cessassem definitivamente, permanecendo
envolvidas nos grupamentos étnicos após os desenlaces físicos, e os encarnados
também convivessem com os entes da natureza, aprenderam a atraí-los e a
mantê-los pelas cercanias, através de rituais, trabalhos e fórmulas de
invocação.
Com isso,
submetiam tanto almas, formas espirituais humanas, inumanas, animais ou entes
da natureza aos serviços dos seus objetivos segundo suas necessidades, bem
como, em muitos casos, dissolviam-lhes as atrações com a Terra, libertando-os
da servidão ou de obrigações cármicas.
Todas
essas ações e muitas outras viriam conformar-se em resultados parciais onde a
magia funcionasse segundo as tradições culturais, devido à inclusão dos
elementos mentais e emocionais dos povos nas formulações de seus atos mágicos.
Dessa maneira, a magia passou a ser um agente
intermediário entre as culturas humanas e o lado invisível da vida, forçada
pelos seus elementos ritualísticos, ritos, oferendas e sacrifícios a se
manifestar objetivamente ou não, em trocas relativas de causas e efeitos, em
geral para premiar ou punir.
Nas
civilizações mais adiantadas a magia avançou de um plano de crenças e práticas
sistemáticas - anímicas e mediúnicas - para um entendimento mais aprofundado
das leis da natureza, como elemento revelador da fenomenologia da criação.
As raças
que vieram após o desaparecimento do continente lemuriano,
formaram na
Atlântida culturas mais avançadas, justamente porque o aparelho físico humano e
suas estruturas espirituais eram exercitados no sentido de desenvolver maiores
potencialidades ao homem com o objetivo de que ele pudesse alcançar uma forma
de manifestação mais unificada.
Ou seja, o
homem de Atlântida partia para outra fase de um planejamento evolutivo adrede,
de sete raças raízes, onde a ênfase antes dada na Lemúria ao aperfeiçoamento
físico, avançasse para um plano mais elevado e abrangente em que os elementos
emocionais e mentais viessem integrar a manifestação-vida como entidade mais
implementada. Portanto, a ênfase na Atlântida seria dada aos aspectos
emocionais-mentais.
A
Atlântida foi de fundamental importância ao desenvolvimento da magia em suas
mais diversificas práticas que até hoje subsistem.
A tônica emocional dos povos atlantes
veiculava-se às forças astrais com incomparável poder e eficácia.
Os atlantes mantiveram conscientemente maiores
e mais significativos contatos mediúnicos com o mundo astral do que a maioria
dos médiuns bem desenvolvidos hoje consegue.
Por milhões de anos os atlantes construíram
suas culturas de modo indissociado dos elementos da magia, muito embora o culto
à magia negra houvesse também lá surgido, evoluído e se misturado às práticas
da magia branca.
E de tal forma a magia negra se alastrou nas
vidas dos povos atlantes que obrigou os mais elevados mentores das raças e
diretores do processo evolucionário da Terra, a provocar prematuramente a
destruição daquele continente.
As diversidades de práticas da magia em todo o
planeta se devem ainda hoje à memória dos grupamentos étnicos e povos que
restaram após o afundamento do continente de Atlântida.
Entretanto, muitas coisas se modificaram e
muitos fundamentos culturais se perderam.
A
tradição iniciática, não obstante, foi preservada pelos sábios mestres do
conhecimento mantendo-se intacta nos planos espirituais e conservada em certos
grupamentos étnicos e núcleos raciais por meio de discípulos - verdadeiros
iniciados - a quem era e ainda é exigido o silêncio sobre suas principais
práticas ocultas diante dos especuladores e dos não iniciados.
Dessa
maneira, muitos elementos culturais que passaram de geração a geração em
civilizações pós-Atlântida foram herdados dos avoengos, estabelecendo-se com
essas culturas e suas idiossincrasias, necessários ciclos de aprendizado quer
pelas práticas populares ou exotéricas, quer pelas ocultas, sacerdotais e
esotéricas.
Após
a invasão das Américas pelos europeus, começaria um novo ciclo da humanidade,
pois os valores sociais e humanitários com o tempo aqui desenvolvidos,
principalmente na América do Norte, viriam influenciar as mudanças políticas
dos ultrapassados impérios e monarquias daquele velho continente.
Nada
acontece significativamente na Terra sem antecedentes mudanças cíclicas,
substanciadas pela ação instituidora, veladora e organizacional dos diversos
escalões da hierarquia da Fraternidade Branca Universal.
Os grandes
líderes fundadores das religiões mundiais, ou raciais, os mentores de
experimentos e revolucionárias proposições científicas e de novas descobertas,
os implementadores dos sistemas político-sociais, enfim todos os agentes
humanos precursores de mudanças verdadeiramente evolucionárias dos hábitos e do
pensamento na vida terrena, foram e são instruídos a agir segundo o que lhes
orientam os mestres da sabedoria.
Os
verdadeiros líderes de todos os movimentos evolucionários estão, portanto,
subordinados
a essa hierarquia que age e trabalha no anonimato, decodificando os vários
aspectos do pensamento-arquetípico de Deus - ou Logos Criador - ao conceber o
Grande Plano da Criação em nosso sistema solar, onde o planeta Terra está
evidentemente incluído.
Deus
não predetermina aos homens dividir-se, odiar-se e se matar.
Os homens cometem essas aberrações por suas
próprias desobediências aos ditames das leis evolutivas, que poderiam ter sido
seguidas já nos primórdios das raças.
As nefastas consequências de hoje nas vidas
dos povos, não se deveram por decretos divinos, mas pelo mau uso que os homens
fizeram de seus livres arbítrios.
Todos os males: as doenças, a fome, a miséria,
a pobreza, as guerras, tudo enfim que flagela os povos são decorrências de seus
próprios atos.
O Grande Plano da Criação idealizado por Deus
prevê um final feliz e realizador para todos os seres humanos.
Mas enquanto existir a ignorância e a cegueira
na vida humana, evidencia-se que o agente regulador, chamado cármico,
continuará em ação no mundo não como um instrumento punitivo, porém ajustador
para o bem de todos.
Os sofrimentos morais e físicos e as doenças
corrosivas e dolorosas são os expurgos de nossos erros que constituíram
concentrações de energias impróprias e estranhas em nossos corpos espirituais.
Os erros, em suas escaladas, vieram gerar,
vidas após vidas, intensas desarmonias nas delicadas tessituras de nossas
composições moleculares.
E precisam sair, pois não nos pertencem, mas
sim às desarmonias.
O sofrimento atua ao exercício de duas forças
vetoriais simultâneas: o expurgo e o aprendizado. Portanto, até mesmo na dor a
sabedoria de Deus é perfeita!
Assim,
com a chegada da cultura africana ao novo mundo de modo indevido e cruel – que
não deveria ter sido como foi – estabeleceu-se uma nova fórmula nos aplicativos
da magia.
Essa idéia
nos remete novamente aos idos da Atlântida, quando médiuns preservados dos
ajustes cármicos pela não adesão à magia negra, foram treinados com a
finalidade de vir desempenhar um novo papel nas práticas de Umbanda milênios
depois.
Portanto,
nas Américas, a Umbanda viria representar um papel senão renovador das
tradições populares dos cultos de magia, no mínimo muito bem elaborado.
Para
tal realizar-se, a cultura negra foi fundamental ao seu auxílio.
Todos os passos que os escravos deram no
sentido de estabelecer seus cultos de magia e fetichismos nas Américas foram
acompanhados pelos missionários espirituais responsáveis pelos implementos
dessa idéia.
Foi necessário não somente o conhecimento dos
fundamentos das forças e tradições dos orixás africanos, os cuidados, oferendas
e ritos como também que se estabelecesse a mescla com o catolicismo, concebida
pela inteligência dos próprios negros nas senzalas.
Desse modo, nesse sincretismo entre raízes
africanas e europeias, originou-se a inicial forma popular de Umbanda no
Brasil.
Os
pesquisadores das origens de Umbanda sabem que muitas de suas práticas
evoluíram a partir das assimilações dos fetichismos africanos. Entretanto, a organização
estrutural de Umbanda baseia-se nas leis da magia iniciática praticadas desde a
Atlântida, como vimos enunciando, levadas a efeito pelos próprios magos hoje
viventes nos planos espirituais.
Mas houve
em curto espaço de tempo a caracterização brasileira e ameríndia de cada uma de
suas sete linhas básicas, e respectivas subdivisões, bem como as anexações de
novos elementos materiais para o chamamento dos orixás e incorporações de
entidades falangeiras de tais forças ou linhas de energias. Isso foi
efetivamente concebido de modo coordenado através de oferendas, pontos
cantados, defumações, símbolos, sinais, e pontos riscados diferentemente dos
candomblés africanos.
Essa parte
veio também adicionada da memória de hábitos e práticas dos grupamentos étnicos
de silvícolas brasileiros, e em outras porções pela assimilação de elementos
humanos sociais dos negros escravos junto aos seus senhores.
Entretanto,
posso afirmar que nada é totalmente novo e nem absolutamente original nas
práticas da magia.
Os cultos milenares de todas as culturas
trouxeram sempre - e ainda trazem - traços essenciais e importantes para suas
manifestações e realizações objetivas, segundo regras universais, das quais não
se podem fugir.
A magia não foi inventada por ninguém, por
nenhum povo de qualquer continente e nem pelos reveladores da cabala.
A magia veio evoluindo em práticas e
concepções desde evos lemurianos - portanto há milhões de anos - mas também
tergiversou nos casos de magia negra e práticas fetichistas absurdas de etnias
primitivas e atrasadas.
Vou
retomar o tema agora em partes.
Começo pelo
significado de Umbanda.
Não há um
consenso sobre o que o vocábulo Umbanda verdadeiramente hoje significa ou
significou no passado.
Nem se sabe
com toda a certeza quando pela primeira vez essa palavra foi pronunciada no
Brasil; se por revelação de espíritos, já com roupagens de guias em um congá do
século XX, ou vibrara antes, em meio aos cânticos e batuques primitivos dos
rituais negreiros, numa desprezada senzala de estuque de barro e alto telhado
de um engenho, ou na fazenda de um senhor do café. Assim, irei buscar definir
naquilo que se suspeita seja a verdade.
1. Umbanda – Banda Um – Lado Uno das correntes
de forças positivas ou magia branca.
Essa definição se contrapõe com Kiumbanda,
Kimbanda, Kibanda ou Quibanda. Kim, no nagô, é o diabo, o mal, a
prática da magia negra; daí nos cultos nagô e yorubá, aparecer kiumba, espírito
elemental do mal, muitos deles habitando as profundezas da Terra, possuindo
corpos quase materiais.
A
Kiumbanda, não significa unicamente magia negra, mas o lado negativo de
Umbanda, onde há de existir a dualidade positivo-negativo para o equilíbrio das
forças e a utilização dessa mesma polaridade para o desmanche das magias negras.
Similia Similibus Curantur – daí, ou
talvez por outras e adicionais razões, também a Kiumbanda seja
chamada pelos africanos de “feiticeiros da cura”
e “grandes feiticeiros”.
Há pais e
mães-de-santo que ao início das giras (sessões de
trabalhos de Umbanda), fazem muito bem em saudar:
“Salve a Umbanda e Salve a Kimbanda!”
2. Aumbanda, Ombanda, Umbanda.
Parece ser aglutinação proposital de dois
termos para resultar numa só idéia ou significado coincidente.
AUM em
sânscrito é a grafia do mantra OM, que segundo H.P. Blavatski:
é uma sílaba
mística, a mais sagrada de todas as palavras da Índia.
É uma
invocação, uma benção, uma afirmação e uma premissa tão sagrada que era
verdadeiramente a palavra em voz baixa da maçonaria oculta primitiva”.
Com
relação à Banda, diz H.P.B.:
Bandha, do
sânscrito: laço, vínculo, ligadura, escravidão, a vida na Terra.
Dita palavra,
deriva da mesma raiz que Baddha”. “Baddha: ligado, condicionado, como está todo
mortal que não se acha livre por meio do Nirvana (a liberação final)”.
3. Umbanda, segundo Aluizio
Fontenele em “A Umbanda Através dos Séculos”, Umbanda
deriva do idioma Palli, “a primeira língua falada
no Oriente Médio e que suas mais remotas indicações são comprovadas através de
qualquer tratado sobre a história da Índia, Egito e África”.
A palavra
banda já seria citada no Gênesis
de Moisés I.8, onde é dito:
“E plantou o
Senhor Deus um jardim no Éden, na banda do oriente, e pôs ali o homem que tinha
formado”.
Esse
mesmo autor nos traz o fantástico subsídio com o seguinte
trecho:
“A Umbanda
nasceu com os séculos para maior aproximação do homem com seu Criador.
A Umbanda
nasceu com o homem, e o acompanha através de sua existência material e
espiritual desde que o mundo é mundo.
Pelas próprias
palavras do Pai Onipotente: TURIM-EVEI, TUMIM-UMBANDA, DARMOS, ditas pela boca de Seus ministros, temos a certeza absoluta de que uma
nova ordem baixará na Terra, ou seja: “BAIXOU SOBRE A FACE DA TERRA, A LUZ DE UMBANDA”.
Também
como nas interpretações anteriores o autor ressalta a síntese
positivo-negativo, porém implícita no próprio significado do termo Umbanda,
como a
representar a idéia do equilíbrio:
Um = Uno = Deus = Infinito = Força do Bem = Polo Positivo = Éden.
Banda = Divisão = Lado
Oposto = Força do Mal = Polo Negativo = Reino de Exu.
Conforme
se nota, há muita coerência no que pretende significar o vocábulo Umbanda,
vindo de todas as formas identificar uma revelação divina milenar.
Se Banda já
era pronunciada pelos africanos antes de Moisés, como dito no idioma gêge: Ambequerê Ki-banda, “grandes feiticeiros”, seria,
possivelmente, resquícios de um dialeto atlante, de cujo continente da
Atlântida os cultos africanos se originaram.
Embora
a Umbanda seja vista por uma roupagem simples, caracterizada por personalidades
representando raças, grupamentos étnicos e culturas populares, não é só o que
propositalmente deixa transparecer.
Toda e qualquer atividade de magia branca
inserida em qualquer sistema reconhecidamente milenar, como por exemplo, a
cabala egípcia ou a hebraica,
ou de movimentos aparentemente atuais de
muitas organizações, incluindo a Umbanda ou o Candomblé, e outros cultos africanos do bem em seus
exemplos e atividades, estão esses subordinados ao comando de uma hierarquia
que se instalou na Terra há milhões de anos.
O grande senhor fundador dessa hierarquia
planetária, conhecido por Sanat Kumara, veio de Vênus com seus sete principais
ministros e uma plêiade de trabalhadores graduados.
Sanat Kumara, ao longo de seu trabalho em nosso planeta veio a ter algumas encarnações
junto às raças para melhor apurá-las e determinar-lhes os rumos certos da
evolução. Uma de suas encarnações de que se têm notícias foi de ter sido Melquisedek, o rei da
Salém, com quem o grande iniciado Abraão se entrevistou e dele obteve ordens e
instruções, e possivelmente recebeu de suas mãos um dos livros mais antigos do
mundo, o Sepher Yetzirah, a fim de que realizasse um grande trabalho, o que
efetivamente realizou.
Há
vários graus e ordens nos escalões da magia, administrados e preservados por
essa hierarquia regente.
Desse modo, a Umbanda estando nela inserida e
estando ancorada popularmente na Terra, é um Portal para mestres e magos nela
atuar.
E assim eles fazem, motivo pelo qual a Umbanda
tem avançado em graduações na Terra quando ocultistas fundam organizações a ela
ligadas de cunhos iniciáticos.
Mas não podem se afastar do escopo principal
na Terra de que a Umbanda está imbuída e para o que foi materializada, ou seja,
a caridade.
Caso uma organização se diga de Umbanda esotérica, iniciática ou científica
e não cumpra com os preceitos do serviço desinteressado e caridade, é falsa,
não sendo Umbanda e nem tendo a assistência
das falanges do Alto.
Um
dos grandes enganos de alguns ao tratar do assunto é afirmar da ignorância e
atraso das entidades das linhas de Umbanda.
As sete
principais linhas de Umbanda já demonstram a inteligente relação de entidades
com os elementos da natureza e suas magias segundo as incorporações de forças
de seus elementos.
As
entidades de Umbanda, mais do que a caracterização com que vêm incorporar nos
médiuns pelos arquétipos de suas linhas, trazem em seus corpos astrais,
justamente, as forças dos elementos e reinos onde dominam.
É
falso afirmar-se que pretos-velhos, caboclos ou outras entidades falando em
idioma yorubá, gêje ou nagô sejam somente por isso atrasados, pois se não
fossem atrasados, argumentam os enganados, mudariam suas vestimentas e caracterizações
físicas, transformando-se na figura de cidadãos comuns.
Também é falsa a premissa de que os médiuns
que permitem a fala no idioma das entidades de Umbanda, somente assim conseguem
porque já teriam nascido em grupamentos ou etnias idênticas aos das entidades
comunicantes e, portanto, teriam formado registros em suas mentes de tais
culturas e idiomas.
Quem assim afirma para justificar
conhecimentos esquece que há médiuns de seres extraplanetários de humanidades
jamais vistas na Terra que conseguem comunicar-se com desembaraço em vários
idiomas da Terra.
Ou teriam esses comunicadores estelares e
médiuns vindo das diferentes galáxias e antes encarnado na Terra somente para aprender
idiomas e assim poder dar e receber mensagens?
E
aí está a grandiosidade de Umbanda, pois as milhares de entidades de suas
linhas de forças e falangeados, sacrificam suas evoluções deixando
temporariamente de avançar para nova raças, segundo o plano evolutivo da
criação, a fim de manter suas principais características étnicas e
idiossincráticas no astral e assim, por seus conhecimentos de magia e
capacidade de assimilar os elementos de energia e forças da natureza, poderem
vir em auxílio da humanidade contra as forças demoníacas e destrutivas.
E com o
tempo aprendem a falar o idioma do médium.
O
grande problema de críticos é se basearem unicamente em leituras de
comunicadores que nunca conviveram nos meios de Umbanda, jamais aprendendo o
que seja verdadeiramente esse fantástico movimento do astral formulado por
grandes mentes inseridas no plano evolutivo da Terra.
São enfim, esses críticos teóricos, mal
informados ou presunçosos.
Há muitos segredos na Umbanda, tanto nas suas
origens e manipulações no astral, como em tudo o que diga respeito às forças
que nela atuam.
E se por um lado falta-lhe um catecismo ou
livro doutrinário, sobram-lhe sabedoria e práticas das leis da magia,
confirmando o adágio que diz:
“mais vale a prática do que a gramática!”
Há
basicamente sete linhas na Umbanda comumente chamadas Linhas de Vibrações ou de
Forças, ou Linhas de Orixás.
O termo
orixá significa entidades, divindades, seres ou forças.
Se eu for
seguir os rastros etimológicos tanto desse termo como de outros de Umbanda,
formarei um número muito grande de palavras correlatas, pois sempre haverá
novos significados emergentes das diversas origens dos povos da África.
Para entrar
com vontade nesse tema, que é vastíssimo, onde pesquisadores escrevem muitas
laudas e vão buscar subsídios nos registros antropológicos dos africanos,
precisaria também evocar de suas memórias atávicas e cultos. Mas como isso se
tornaria extenso demais nos moldes desse texto precisarei simplificar,
baseando-me somente em alguns exemplos da cultura yorubana.
Em
tempos recuados, nem todas as civilizações possuíam escrita, e mesmo possuindo,
somente elites e castas podiam aprender a ler e escrever,
por isso o povo desenvolvia memória
prodigiosa, conseguindo assim armazenar e manter vivos os principais aspectos
de suas culturas por todas as gerações, transmitindo-os oralmente.
O que é contado pela tradição religiosa da
Nigéria sobre o surgimento dos orixás e a organização de seus cultos remete aos
tempos dos primeiros descendentes do Adão bíblico.
Noutro
texto já me referi ao fato de que todas as formas de magia tiveram sementes no
continente atlante.
Embora as
religiões e os movimentos esotéricos ou gnósticos de todas origens e
ramificações se tenham organizado mais tarde, segundo as épocas em que se
situaram, todos eles tiveram seus embriões, sem a menor dúvida, das práticas
sacerdotais e populares atlantes.
Os
instrutores espirituais naquele continente conseguiram fundir nas almas das
suas diversas etnias um sentimento devocional ao superior, e trabalharam seus
pensamentos com a disciplina cada vez mais profunda da obediência e respeito.
Os cultos
não tinham a conotação religiosa que hoje conhecemos, mas pela invasão das
forças negativas os sentimentos devocionais à natureza cederam lugar, na grande
maioria dos cultos, ao comando hipnótico dos praticantes da magia negra,
passando à obediência pelo temor, ao surgimento de hábitos e práticas opostas
ao que então era ensinado, e aos sacrifícios de animais e seres humanos.
Quando tudo
veio abaixo, tanto a sabedoria do bem como o mal se fragmentaram tendo esses
valores se misturado nas diversas culturas dos povos decaídos, o que obrigou
aos povos nos milênios vindouros a trabalhar com ambas as polaridades – a
positiva e a negativa - e, sempre que possível, procurar separar o bem do mal.
Infelizmente, alguns ingressaram unicamente no mal.
Voltando
à lenda yorubana.
O personagem Ninrod era caldeu filho de Cuxe,
sobrinho de Sem e neto de Noé, e conforme Genesis 10 – 8.9.10.11:
“Cuxe gerou Ninrode, o qual começou a ser
poderoso na Terra.
Foi valente caçador diante do Senhor; daí
dizer-se: como Ninrode, poderoso caçador diante do Senhor.
O princípio do seu reino foi Babel, Ereque, Acade e Cainé, na terra de Sinear.
Daquela terra saiu ele para a Assíria, e edificou Níneve, Reobote-Ir e
Calá”.
A lenda diz que Ninrod foi chamado por Deus que fez com ele um pacto e o mandou para a África
já com o nome de Oduduwa, onde lá, em região hoje conhecida por Nigéria, começaria a epopeia yorubana.
Sua missão seria inicialmente com os hotentotes, raça de pigmeus, descendentes
de ramo decadente dos povos lemurianos.
No entanto,
não foi somente a esse povo pigmeu que Ninrod trataria de impor as ordens de
Deus, pois geraria filhos grandes que iniciariam o grande panteão yorubano de
orixás.
Assim,
Oduduwa se uniria a Olokum (oceano), transformando-se em Obá-Olokun – o Rei dos Oceanos, tendo então três filhos:
1. Ogun = Vulcano, senhor do ferro, fígado e
agricultura.
2. Ishedale = Afrodite, senhora das
águas e mãe de todas as ninfas.
3. Okanbi = Senhor do fogo, das
conquistas e da justiça.
A
partir de Okanbi, começaria de fato a epopeia dos heróis yorubanos, pois Okanbi
teria sete filhos que gerariam outros heróis e personagens da magia africana.
O fato de
existir orixás na Terra nos faz entender que há duas categorias dessas forças:
os orixás menores, aqueles que foram filhos de homens e mulheres da Terra,
incorporando poderes e comandando guerras e situações,
e os orixás
maiores.
Os
orixás maiores, não são entidades na significação usual do termo, pois
representam os picos de linhas de forças de onde emanam as qualidades
personificadas para os orixás menores, segundo suas respectivas tendências nas
variações sétuplas de uma hierarquia.
Ou seja, são sete as forças superiores dos
orixás, como sete são as linhas básicas dos orixás menores, contudo haja
variações. Portanto, os orixás maiores são forças, embora haja sob elas,
em seus altos escalões, entidades elevadas emergentes ou não do mundo humano,
normalmente incorpóreas em médiuns ou em seus representantes na Terra.
Porém, excepcionalmente, e dependendo da
grandiosidade de uma missão, essas entidades podem vir a se manifestar em
condições especiais num corpo físico ou através de uma mediunidade superior.
Temos
agora uma idéia do que seja orixá.
E embora me
tenha fixado na cultura nigeriana, berço do idioma yorubá, o mais conhecido nos
meios dos candomblés e de Umbanda, outros povos africanos também cultuam orixás
segundo suas culturas e idiomas, atribuindo a eles a incorporação das forças da
natureza.
Focalizarei
agora um ponto mais alto, segundo as tradições africanas e alguns sincretismos
das religiões antigas e atuais, cujas histórias, lendas e aspectos litúrgicos,
se incorporaram nos simbolismos e práticas de Umbanda e suas magias.
O
espaço maior, o universo inexplorado, é chamado de o reino de Obatalá. Obatalá, quer dizer
o firmamento, ou Rei (Obá) do
firmamento.
Há inúmeros
sinônimos nos cultos africanos para designar esse Deus maior criador dos céus e
da Terra, mas não me estenderei para não complicar muito,
permanecendo
o quanto possível adstrito à Lei de Umbanda.
Obatalá é então o pai do mundo e das Forças de todos os
orixás de Umbanda.
Há, porém, discordâncias quanto à
classificação dos sete orixás menores de Umbanda, sob cujas forças todos os
trabalhos são realizados, cada um com características diferentes, incorporando
e estabelecendo especificamente,
segundo suas linhas, uma série de preceitos
tais como: simbologias, roupagens, ferramentas, cores, cânticos, oferendas,
histórias e outros implementos.
De maneira geral, podemos classificar os sete orixás de Umbanda da seguinte maneira: Oxalá, Yemanjá, Oxun, Ogun, Oxossi, Xangô e
Crianças.
A linha ou força de Oxalá, conforme já mencionei, é reverenciada e respeitada como a mais elevada.
Nos
candomblés, em jogos de búzios, quando os orixás não respondem ao consulente,
pede-se especial licença para Oxalá dar uma luz, enviando assim uma caridade.
Se ele
responder abre-se um caminho, caso contrário o consulente não terá qualquer
resposta naquele dia.
Mas
as linhas de Umbanda não atuam como departamentos estanques e blindados, pois
não é assim que se manifestam as forças da natureza.
Há uma intrarrelação viva, dinâmica e atuante
de uma linha para outra e permanentes trânsitos de entidades.
As entidades de Umbanda, quando de suas
manifestações de uma para outra linha, em regra geral se apresentam como
caboclos ou caboclas, e suas origens são identificadas pelas posições do corpo
quando chegam, andam ou dançam; por sinais das mãos e dedos, posições de braços
e pernas, pelos detalhes nos pontos riscados, pelos seus nomes, pontos cantados
no terreiro que mais os fazem vibrar - aos quais saúdam com característicos
brados e posturas - e por seus próprios cantos.
Assim temos, caboclos ou caboclas de Oxalá, de Oxossi, de Xangô, de Ogun e de Oxun e das crianças quando aparecem como "caboclinhos das matas". Nas linhas de Oxun e Yemanjá ocorre algumas mesclas com yaras, sereias ou
ondinas.
As demais entidades possuem outras
caracterizações especiais e podem assumir diferentes formas personificadas
quando atuam em certas linhas.
A
Umbanda detém muitos mistérios que muitas entidades não os conhecem com a
devida profundidade, ou os conhecem e não têm permissões para revelar, senão em
determinadas ocasiões e sob orientações superiores. Daí que as diversas
correntes de estudiosos e praticantes parecem possuir somente pedaços de um
mosaico que vão dando tratos e os juntando, a fim de montar o tabuleiro. Porém,
o tabuleiro está sempre incompleto e com muitos enganos.
O passado
de Umbanda, como vimos, remete a continentes desaparecidos e à épocas
anteriores aos tempos bíblicos.
Com efeito,
as diversas culturas continentais surgem na Umbanda através de entidades
trazendo algumas características étnicas e conhecimentos diversos da magia.
As sete linhas ou forças que sigo: Oxalá, Yemanjá, Oxun, Ogun, Xangô, Oxossi, e Crianças, podem ser refutadas por
quem prefira anotar umas em substituições a outras.
Prefiro adotar estas representações como
símbolos pelo fato de as linhas de Umbanda se constituir a partir de forças da
natureza, com mesclas de categorias de espíritos que se manifestam com poderes
psíquicos superiores.
A Umbanda não considera exu um orixá, conforme o consideram os candomblés - e não
pelo fato de entrar nessa categoria almas inferiores de humanos desencarnados
tanto de nosso mundo dito civilizado quanto de povos primitivos.
Isso talvez
possa parecer contraditório, conquanto exu de Umbanda representar uma categoria
especial de entidade.
Exu, na sua citação
mitológica, não provém do mundo das almas, embora o situem com todos os
defeitos humanos, o que é puramente falso.
Exu, por
definição geral e estereotípica, é um agente cósmico universal; está
diretamente relacionado ao éter e se traslada pelos espaços com inteira
facilidade e conhecimento, lembrando o mensageiro Mercúrio.
Embora haja exu nos quatro elementos, ele não
é produto dos quatro elementos da terra, mas domina sobre aqueles elementos.
Na Umbanda deve obediência aos orixás maiores
ou menores - seus mestres - sendo um trabalhador imprescindível nas demandas.
Há outros mistérios sobre exu, e ao contrário
das lendas, seus poderes também são limitados aos trabalhos que lhe são
mandados realizar, havendo uma escala evolutiva onde se situa de acordo com o
que saiba realizar e sua competência.
No entanto, a Lei de Umbanda materializa-se
segundo todos os preceitos e regras que se voltam unicamente para o bem e a
caridade.
Contudo existir práticas de magia e mediunismo
se utilizando dos recursos mágicos de exu para realizar tanto o bem quanto o
mal, estão associadas a outros interesses, portanto nada tendo a ver com
Umbanda embora se identifiquem como tal.
E nem vou aqui traçar uma linha divisória
entre a chamada Umbanda branca e a não branca, porque Umbanda é somente magia
branca - mais uma vez enfatizo -não havendo qualquer possibilidade de um
amálgama com outros tipos de magias e continuar sendo Umbanda.
Sobre pretos-velhos, não os relaciono numa linha de orixás, porque não são de fato.
Pretos-velhos simbolizam a aplicação das leis da magia
através do conhecimento e iniciações em qualquer cultura.
As entidades caracterizadas em pretos-velhos
trazem com elas as manhas e artifícios que podem mudar situações, no entanto
não podem avançar sobre determinadas forças da natureza sem invocar o auxílio
dos orixás que incorporam os quatro elementos e principalmente exu.
Mas o saber
das leis da magia milenar confere-lhes autoridade na Umbanda, e,
de acordo
com suas conquistas na hierarquia, comandam falanges de trabalhadores das mais
diversas categorias.
Pretos
velhos nos candomblés são considerados eguns, pelo fato de nascerem e
renascerem nos processos evolutivos naturais como todas as almas humanas.
A
linha de crianças atua sobre o psiquismo dos médiuns e consulentes, mas de
forma diferente de Xangô.
Crianças nas posições mais elevadas da linha,
jamais foram humanas, jamais encarnaram na Terra, e pertencem a uma categoria
de espíritos puros chamados comumente devas, assumindo posturas infantis.
Nas camadas mais inferiores da linha desses
orixás especiais, podem existir almas humanas infantis, e existem de fato, mas
incorporam em seus corpos astrais os princípios da pureza e qualidade psíquica
superior com que caracteristicamente a linha trabalha.
Crianças, sendo orixás de Umbanda, é outro dos mistérios mais instigantes. Com
tudo isso, possuem, ademais, poderes extraordinários também nas demandas.
Podem
os estudiosos estranhar que Oxun e
Yemanjá não sejam aqui consideradas uma só linha,
pois representam a água.
De fato,
são forças do elemento água, mas há grandes diferenças entre a água doce das
nascentes, dos rios, lagos, poços e da chuva e a água salgada do mar.
As
caracterizações das entidades naturais da água diferem em ações nos trabalhos
de magia, quando ao transitar de uma linha para outra elas vêm atuar nas areias
das praias, à beira mar, no raso ou fundo dos oceanos e nos rios. As matérias
inorgânicas, os seres vivos e os elementos transformados quando interagem com
as águas astrais nas aplicações da magia se diferenciam enormemente nos seus
resultados, tal como acontece com as influências dos astros sobre diferentes
elementos.
Portanto,
há diferenças que justifiquem duas linhas de orixás nas águas.
E
como sabem os umbandistas, Oxalá
representa o Pai, o
comando hierárquico maior e o elemento ar. Yemanjá e Oxun
representam o elemento água; representam tanto a mãe, quanto as forças femininas
que se contrapõem principalmente ao fogo.
Ogun é do fogo, dos
metais e da guerra.
Xangô também
atua com autoridade sobre o fogo, metais e na constituição das ações de
justiça, tanto quanto na assistência psíquica aos homens.
A pedreira é, da mesma maneira, seu princípio
material de ação e autoridade na Umbanda.
Oxossi é das matas, da terra e de tudo o que se relacione à natureza
animal e vegetal sob cuja ação em sua área possa intervir.
As
denominações das linhas e orixás na Umbanda, ainda detêm quase completamente os
significados dos cultos primitivos nas morfologias e aglutinações de vocábulos.
No entanto,
essas representações em quase todos os casos já são associadas aos santos e
heróis da igreja, o que não deve motivar ódio e nem indignação dos religiosos
mais extremados.
As
qualidades dos santos e suas encarnações, como símbolos vivos dessas mesmas
qualidades, não são originais da igreja, pois todas as suas representações
foram assimiladas das culturas gnósticas da antiguidade, bem como seus rituais
e liturgia.
A missa
católica em si mesma, e todos os sacramentos, foram tomados dos antigos, como a
palavra “Amém”, que lhes serve de mantra, lembrando “Amon” dos rituais egípcios que também era
vocalizado em mantra.
Quando
afirmo que a magia comum, e a alta magia, não foram inventadas por nenhum povo
isoladamente, mas vieram se desenvolvendo ou se apurando segundo diferentes
culturas, da mesma maneira isso se aplica ao sincretismo religioso que os
escravos nas senzalas cunharam a fim de não serem punidos pelos seus senhores.
As mitologias greco-romanas, as nórdicas,
eslavas, sumérias, egípcias, babilônicas, maias, astecas, chinesas e outras do
mundo antigo, também não distanciavam umas das outras no tocante às qualidades
de seus deuses, semideuses e heróis.
Assim,
na Umbanda, podemos relacionar alguns sinônimos com os orixás principais e com
aqueles que entram em suas linhas, reconhecidamente autoridades, como segue: Oxalá (Jesus), Yemanjá (N.S. da
Glória), Oxun (N.S. da Conceição), Ogun (São Jorge), Xangô (S. Jerônimo), Oxossi
(S.
Sebastião), Crianças (S. Cosme e
S. Damião), havendo ainda, como disse, Yansã (Santa
Bárbara), Nanã (Santa
Ana), Obaluaiê (S. Lázaro) e Omulú (São Roque).
Falar
sobre Umbanda é infinitamente mais do que apresentei, pois a verdade de sua força e
ciência é muito mais abrangente.
Pobres
daqueles céticos debochados e irreverentes e religiosos ortodoxos que desdenham
a Umbanda, porque realmente nada sabem.
Pobres
também dos “sabe-tudo” que ao cultuar seitas e mediunismos acham que todo o universo da magia
vive neles e com eles.
Umbanda é Umbanda e não adianta
inventar.
Se formos buscar todos os princípios
materializados na Umbanda estancaremos na sabedoria do Criador e Sua infinita
obra, logo nos limitaremos sempre ao humano.
E seria trabalho árduo para centenas de
páginas buscar transcrever visão um pouco mais aprofundada das práticas desse
fantástico movimento coordenado pelos sábios e magos do espaço - que para
tantos é religião - eivado de magia e riquezas culturais correlatas aos
grupamentos humanos da Terra, o que sequer passa pela minha cabeça assim ousar.
Por Rayom Ra
Rayom Ra
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https://arcadeouro.blogspot.com/2018/07/sabedoria-de-umbanda-revisto-e-ampliado.html
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