segunda-feira, 29 de outubro
de 2018
O ASTRO INTRUSO RAMATIS E O NOVO CICLO EVOLUTIVO DA TERRA
PSICOGRAFADO POR HUR-THAN DE SHIDHA
Í N D I C E S
PARTE I
1. PREFÁCIO
2. CAPÍTULO 1 – SOBRE A TERRA
3. CAPÍTULO 2 – SOBRE O ASTRO
INTRUSO
PARTE II
4. CAPÍTULO 3 – AS CONSEQUÊNCIAS DA
PASSAGEM DO ASTRO INTRUSO
5. CAPÍTULO 4 – A TERRA APÓS A
PASSAGEM DO ASTRO INTRUSO
PARTE III
6. CAPÍTULO 5 – A TERRA ATUAL
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PERGUNTA:
Quantos homens ficam na Terra após o cataclismo?
RAMATIS:
No momento do cataclismo e nas semanas seguintes serão poucas centenas de
milhares. Porém, com a falta de medicamentos e de socorro, após um mês ficam
aproximadamente 140 mil habitantes em todo o planeta¹, distribuídos por várias
regiões e nos três maiores continentes que formam a nova Terra. Esta será a
população mínima para o reinício da civilização. Na maioria índios e moradores
dos campos longe ou não do mar.
[Extraído
do Capítulo 5: “A Terra Atual”]
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PREFÁCIO
O
AVISO DOS CORVOS
O
planeta Terra foi construído pela espiritualidade, dentro dos desígnios divinos
da evolução. Sua finalidade é, e sempre será até a sua extinção, a de abrigar
um plano de provas e de expiações.
A
Terra não está programada para ser o paraíso que muitos imaginam ou desejam
para ela. Mesmo porque a evolução espiritual em seus estágios mais avançados
não comporta a vida na matéria. Assim, os homens devem desvincular a idéia de
evolução material do conceito de evolução espiritual. No atual ciclo
percebe-se claramente que, apesar dos ganhos tecnológicos, faz-se pouco uso
deles através do enfoque espiritual, e os erros do passado longínquo são
repetidos de modo crescente. Numa prova de que os homens se deixam cegar pelas
ilusões materiais, em detrimento da realidade de seus respectivos espíritos.
A
continuidade desse estágio de equívocos renovados provoca, então, a mudança do
rumo estabelecido para muitos que aqui se encontram encarnados, definindo uma
quase estagnação espiritual, agravada por estímulos grosseiros daqueles que
ignoram Deus. E isso exige a intervenção da espiritualidade para que os
objetivos primordiais do planeta sejam retomados.
O
astro intruso surge para fechar um ciclo evolutivo e iniciar outro, que na
Terra denominam de Nova Era, sem suporem, entretanto, que ela não está
delimitada por datas estabelecidas pelos homens, mas por acontecimentos
determinados por Deus para o bem da humanidade. No presente século os homens
testemunharão fatos que há alguns anos eram tidos como praticamente
impossíveis, ou passíveis de acontecerem somente no futuro de longuíssimo
prazo.
A
aproximação do astro intruso, juntamente com o superaquecimento planetário,
resultado da ação nefasta dos homens sobre a Natureza, instigam a força do
elemento água, que suporta a grande carga energética do orbe.
O
mar avançará, os ventos serão mais fortes, os ciclones e tornados mais comuns,
mesmo em áreas onde eles não existiam na história recente.
O
clima será fortemente afetado em todo o globo, com inversões climáticas
significativas de calor para frio e vice-versa. O magnetismo do planeta se
enfraquecerá, e a proteção da camada de ozônio será menor. A Terra está doente
porque os homens com suas imperfeições morais e espirituais desfiguraram a obra
divina.
Urge,
dessa forma, o compromisso de cada homem com a própria evolução espiritual.
Tenham a consciência de que precisam buscar a luz divina irreversivelmente.
Os
anos finais do atual ciclo serão cantados pelos corvos. Eles aparecerão por
todo o planeta inicialmente de forma discreta, e, depois, em reprodução
crescente, devido ao desequilíbrio ecológico, o que chamará a atenção dos
homens. Em várias partes, eles serão vistos em grande número como sinais da
destruição, o que realmente ocorrerá com o final do atual ciclo. E, em outras,
eles serão vistos como o reinício dos acontecimentos e de tempos melhores, o
que também é pertinente com o nascimento do novo ciclo de Saint-Germain.
Na
Índia, o corvo com seu grasnido é apontado como mensageiro da morte,
mas,
na China, é entendido como uma ave que traz luz ao mundo. Tudo dependerá do
enfoque que cada um quer dar à próxima mudança de ciclo,
mas
os dois sentidos se complementam.
Portanto,
conclamo a todos que reflitam sobre suas respectivas condições espirituais no
planeta. Curem-se enquanto é tempo, pois esse é um trabalho que cabe a cada
homem realizar por si mesmo. Concedam ao próprio espírito a chance de uma vida
de luz, mesmo com as dificuldades que se aproximam.
CAPÍTULO
1
SOBRE
A TERRA
PERGUNTA:
Quando se pergunta a alguém o porquê dos espíritos encarnarem, a resposta é
sempre a mesma: “para que resgatem seus carmas de vidas passadas”. Mas o
que leva o espírito a ter essa sequência de encarnações? “Pelas faltas que vêm
cometendo através dessas diversas encarnações”. Mas o que originou a primeira
encarnação?
RAMATÍS:
Quando uma criança nasce na Terra ela não é colocada ao relento na rua,
desprotegida e sem ter a mínima noção sobre seu estado, apesar de que isso
muitas vezes acontece. O normal é ela ser colocada em um berço, a partir do
qual poderá referenciar suas primeiras noções de distância, e de tempo quando
sente fome e adormece.
O
mesmo ocorre quando o espírito é criado por Deus. Ele não é deixado à deriva no
Universo infinito, da mesma maneira que um recém nascido não deve ser
abandonado na rua. O espírito é colocado em seu primeiro berço, a matéria, onde
poderá ter suas primeiras noções de limite e de distância, vindo futuramente a
entender sobre o que é o infinito. Da mesma maneira que sua compreensão a
respeito do tempo na vida física lhe concederá no futuro o conceito do que vem
a ser espaço atemporal e eternidade. Também à medida que desenvolve seu
raciocínio passa a não se contentar em ficar limitado ao campo denso, imaginando
além do que é muitas vezes considerado possível, tornando-se criativo e
transcendendo as fronteiras materiais, ingressando assim na esfera da mente
abstrata.
Dessa
forma, o espírito vai aos poucos entendendo sobre si mesmo, sobre o Universo e
sobre Deus. E, gradualmente, sobre o seu próprio potencial junto à criação
divina, na construção de seu microcosmo.
Portanto,
a primeira encarnação é a colocação de um espírito recém nascido em seu
primeiro berço. Onde, por ser ainda imaturo, cometerá inúmeras faltas, precisando
retornar a outros berços, creches e escolas pelas reencarnações até que
aprenda.
O
caminho natural daí em diante atravessa diversas escolas, da mesma forma como
uma criança na Terra ingressa no maternal, no primário, e posteriormente na
universidade. E cada plano material, através dos incontáveis planetas
existentes para esse fim, constitui-se numa escola a ser frequentada. A Terra é
uma escola, Marte é outra um pouco mais avançada com vida espiritual, assim
como a vida pulsa em bilhões de planetas em todo o Universo “conhecido” pelo
homem, onde espíritos frequentam cursos pertinentes aos seus estágios mentais.
E cada planeta, conforme o estado evolutivo que se apresenta, possui
ciclos que correspondem numa escola aos anos letivos. Tais ciclos diferem de um
planeta para outro, em função das necessidades carmáticas de seus habitantes.
PERGUNTA:
No caso da Terra, como se dividem esses ciclos?
RAMATÍS:
Cada ciclo possui 13.332 anos, sendo iniciado pela passagem periódica do astro
intruso quando este tangencia a órbita planetária, como veremos mais adiante.
Atualmente a Terra está iniciando o terceiro milênio da Era Cristã, porém no
curso do último milênio do atual ciclo que chega ao fim, o 13º.
PERGUNTA:
Gostaria de uma explicação sua mais detalhada sobre a questão entre evolução
material, evolução espiritual, e ciclos da Terra.
RAMATÍS:
É preciso um enfoque amplo dessa questão. Vamos exemplificar: imaginem uma
sociedade religiosa composta de dezenas de membros fundadores, que consagram
suas vidas ao estudo no local e à administração daquela casa. Aos poucos esses
membros irão desencarnando, sendo substituídos por outros que ali estão,
enquanto que simultaneamente a sociedade incorpora novos membros com menor
conhecimento, ainda em aprendizado inicial.
É
um processo dinâmico de crescimento natural. Os novos diretores podem ou não
manter o status deixado pelos antigos que desencarnaram, ou mesmo melhorar o
que herdaram. Isso não impede, entretanto, que as gerações futuras que
administrarem a sociedade sejam mais relapsas, cometendo equívocos sérios, ou
descuidando de várias questões como a manutenção física da casa. A dedicação
que antes era observada pode não ter continuidade, fazendo com que a sociedade
perca em termos de qualidade de ensino e de aprendizado, em aparência física, e
até seja extinta. Tudo vai depender das motivações entre seus membros, do
conhecimento, da sabedoria, e o livre-arbítrio é a chave de tudo.
Normas
podem ser alteradas e novas regras estabelecidas. Dessa forma, a sociedade pode
passar por inúmeras fases favoráveis ou desfavoráveis, dependendo daqueles que
dela participam. Seus membros, entretanto, como espíritos, nunca deixarão de
evolver e de aprender, mesmo que seja através do erro.
Fato
similar ocorre na Terra. Cada ciclo incorpora na humanidade novos espíritos
ainda em aprendizado primário, os quais substituem outros que deixaram o orbe,
seja indo para encarnações no astro intruso ou para planos mais evoluídos.
Essa
nova geração, juntamente com os que permaneceram na Terra, vindos do ciclo
anterior, terá como missão reconstruir o planeta. Em termos materiais esse novo
ciclo poderá ter mais ou menos progresso do que o anterior, apesar da tendência
global desde o início da Terra ser de evolução material, embora nem sempre
contínua, mas alternada. Vide como viviam os homens das cavernas e como vivem
os atuais seres humanos. Entretanto, essa evolução material é lenta, se
considerarmos que ela teve início há bilhões de anos, e continuará alternando
rapidez e lentidão até que a Terra chegue ao fim, situação esta que a própria
ciência já previu com o fim do Sistema Solar. Essas alternâncias na evolução
material, no entanto, não impedem que os espíritos encarnados em cada ciclo
continuem evolvendo, sempre.
Notem,
por conseguinte, que cada ciclo é diferente dos demais, e a rotatividade dos
espíritos encarnados, com sua disposição para a pesquisa e o estudo na matéria
é que determina as conquistas tecnológicas. Por essa razão, inúmeros espíritos
de luz encarnam no decorrer dos ciclos para levar ensinamentos científicos e
religiosos, de modo a alavancar a dinâmica do desenvolvimento no orbe. Se não
fosse assim, o progresso tecnológico poderia ser bem mais lento em determinados
ciclos.
E,
da mesma forma que uma instituição religiosa vai ser sempre uma instituição
religiosa, mesmo que apresente melhorias, a Terra será sempre uma escola
para espíritos em aprendizado. Por essa razão, não esperem que o planeta se
torne um paradigma da espiritualidade, sem sofrimentos e sem provações, pois esta
não é a sua função estabelecida pelos engenheiros siderais. Ela pode apresentar
inúmeras melhorias, mas não deixará de ser uma escola.
PERGUNTA:
A Terra então seria uma espécie de escola primária, enquanto outros planetas
poderiam ser classificados de cursos médios e universidades?
RAMATÍS:
Não existem termos precisos na linguagem da Terra quanto a essa classificação,
basta apenas repetir o que disse Jesus, que “a casa de meu Pai tem muitas
moradas”
Existem
planetas que são equivalentes a cursos maternais, e outros a universidades.
Isso demonstra que inúmeros deles estão em estágio inferior ao da Terra. Da
mesma forma que alguns orbes desenvolvem intensa vida voltada para estudos
científicos, onde encarnam espíritos sintonizados com essa área, e que depois
migram para planetas em evolução onde poderão contribuir para o desenvolvimento
local.
É
absolutamente intensa a dinâmica da vida espiritual no Universo.
A
vida também obedece a várias modalidades, desde aquela em planetas bastante
grosseiros em termos de constituição física, e outros até mesmo de evolução
material praticamente estagnada, como no caso do astro intruso.
Verificam-se ainda orbes semimateriais, com a leveza da consistência etérea
predominando, e oferecendo uma quase vida espiritual plena. Estes últimos
apresentam grande progresso espiritual. Se pudessem ter acesso fácil a esses
orbes mais evoluídos, entenderiam o porquê da Terra não se constituir em morada
ideal, sendo apenas um estágio transitório.
PERGUNTA:
Poderia explicar com mais detalhes a questão de certos ciclos poderem ser
melhores do que outros posteriores em termos de evolução?
A
evolução não é contínua?
Como
algo mais recente pode ter sido pior?
RAMATÍS:
Vamos comparar cada ciclo da evolução espiritual da Terra a um ano letivo,
quando bons alunos, através do livre-arbítrio, esforçam-se para aprender os
ensinamentos que lhes são ministrados através das missões e das provações.
Dessa forma, podemos ter anos letivos formados por alunos extremamente
esforçados, que atingem o mérito de passar para escolas mais adiantadas, do
mesmo modo que alguém sai do curso médio para a
universidade.
Enquanto em outros anos letivos os alunos recém chegados à escola são mais
relapsos, pouco aprendendo, a ponto de repetirem o ano ou até mesmo terem de
deixá-la pelo mau aproveitamento. Isso demonstra que a escola pode ter um ano
letivo de grande progresso, e outros subsequentes de menos progresso. Em termos
de evolução espiritual o progresso sempre existirá, os espíritos estão sempre
evolvendo, porém um ano letivo pode ter alunos melhores do que outros.
Na
história da Terra, houve alguns ciclos em que a humanidade obteve ganhos
materiais e espirituais equilibrados em fase de elevado desenvolvimento, a
ponto da maior parte dela ser promovida a cursos mais adiantados em outros
orbes. Isso não impediu, entretanto, que alguns ciclos posteriores, como o
atual, apresentassem situação aquém em termos de qualidade, porque tudo depende
do livre-arbítrio daqueles que estão ingressando na escola.
PERGUNTA:
Entretanto, desde a sua criação a Terra apresentou grande progresso material?
RAMATÍS:
Sim, porque a cada ciclo a espiritualidade realiza pequenos acréscimos na
renovação da escola, da mesma forma como os proprietários de uma escola
investem em melhoria, novas salas de aula e contratação de professores mais
capacitados, ou mesmo implementam novos cursos.
PERGUNTA:
Entendo então que não se deve confundir evolução espiritual da humanidade com
evolução espiritual de cada indivíduo?
RAMATIS:
Um grupo de espíritos que forma a humanidade de um ciclo pode apresentar grande
evolução espiritual naquele ciclo, sendo posteriormente transferido para orbes
mais elevados. Outro grupo que ingresse no ciclo seguinte pode apresentar
evolução, porém não o suficiente para abandonar a Terra, permanecendo nela
também no ciclo posterior. O que difere entre os dois grupos é a
capacidade de aprendizado. Todos evoluíram, porém em velocidades diferentes.
Por essa razão, podemos ter grande número de “alunos repetentes”, ou mesmo
transferidos para o astro intruso, fazendo com que um determinado ciclo seja
similar a um ano letivo de pouco progresso, como que, em sentido figurado,
prejudicado por constantes greves de professores, feriados em excesso, alunos
mais relapsos e outras
situações
inusitadas. Houve evolução e progresso? Sim, porém em escala menor do que em
anos letivos anteriores.
É
o mesmo que acontece com as encarnações. Alguns espíritos atingem grande
progresso em várias encarnações seguidas, e subitamente, numa nova encarnação,
deixam-se levar por questões que lhes atrasam a vida espiritual adquirindo
novos carmas. Eles deixaram de evoluir? Não, mas aquela encarnação foi pior do
que as anteriores, que lhes renderam maior progresso. É como se fosse um tempo
pouco aproveitado, ou subotimizado.
PERGUNTA:
Isso em parte explica o porquê da Terra se conservar sempre como um plano de
provas e de expiações?
RAMATÍS:
Sim, porque a cada ciclo, novas levas de espíritos são transferidos para o orbe
terrestre com a finalidade de prosseguirem em seus estágios probatórios. A
Terra reúne condições para que eles tenham as chances necessárias de
aprendizado, que incluem inúmeras provações como as que vocês estão habituados
a ver. Por conseguinte, a Terra ergue-se como uma importante escola à
disposição da espiritualidade, visando aprimorar a evolução daqueles que nela
encarnam. Ela é um orbe de passagem, um estágio transitório, da mesma forma que
vocês passam por escolas, cursos, universidades. A Terra foi construída para
esse fim.
PERGUNTA:
E em tais levas de espíritos que migram para a Terra podem existir alguns que
repitam faltas graves, é isso?
RAMATÍS:
Voltamos novamente ao exemplo das encarnações de um espírito. Quando lhe é dada
a chance, ele aproveita a oportunidade em si, mas não significa que irá
aproveitar devidamente o tempo dessa encarnação modificando-se como
deveria. Com toda certeza, irá evolver, porém, poderá deixar graves lacunas, ou
adquirir novos carmas, que lhe farão passar provações mais severas em futuros
corpos densos.
O
mesmo ocorre com essas levas de espíritos que são trazidas para a Terra. Por um
lado eles trazem também códigos genéticos que contribuem para a formação mais
aprimorada do DNA local, sendo uma forma de interação dinâmica das várias
civilizações que constituem o Universo. Mas, por outro lado, muitos fraquejam
na realização de suas missões, trazendo ainda para o planeta angústias,
guerras, e outras situações de sofrimento.
Muitos
que estagiaram no astro intruso, por exemplo, e ali passaram por grandes
sofrimentos, pedem novas chances no orbe terrestre, mas, quando encarnados,
voltam a cometer faltas antigas que os levaram no ciclo anterior para aquele
planeta higienizador.
PERGUNTA:
Um ponto interessante é que fica subtendido que a Terra não possuiu apenas uma
humanidade, mas várias?
RAMATÍS:
Cada ciclo tem uma humanidade diferente das demais, apenas com alguns
representantes da humanidade anterior, os quais são aqueles que “repetiram o
ano escolar”. Tudo se renova: hábitos, idiomas, religiões, modismos, entre
outros itens.
PERGUNTA:
Resumindo, então significa que a Terra pode ser bem melhor, e até promovida
numa espécie de “classificação de qualidade”, porém não deixa de ser um planeta
de carmas e de expiações. E o motivo é que ela serve aos princípios didáticos
da espiritualidade, no sentido de se promover a evolução dos espíritos em
aprendizado primário?
RAMATÍS:
Para atingir estágios mais elevados, os espíritos precisam emigrar para outros
orbes de dimensão diferente, não ficando mais na Terra. Entretanto, se aqui
permanecem é porque ainda não conseguiram transmutar em seus duplo-etéreos as
imperfeições mais graves trazidas de encarnações anteriores, na própria Terra
ou em outros planetas. Tampouco obtido sucesso em equilibrar as funções
básicas de seus corpos mental e emocional.
Ao
conseguirem isso, estarão aptos a evolverem em orbes mais sutis de outra
dimensão, deixando a Terra, que ficará em suas histórias como uma escola
primária que os auxiliou a ingressar em cursos mais avançados. Quando isso
acontece, seus kamarupas, ou corpos dos desejos, que se constituem em
registros akáshicos das várias encarnações vividas, já terão sido apagados no
que diz respeito aos carmas mais pesados. Não havendo, portanto, a necessidade
da presença em um planeta como a Terra, sujeito aos desastres naturais, e às
doenças do corpo denso, transmitidas por duplo-etéreo ainda pleno de
patologias espirituais.
PERGUNTA:
Muitos acreditam que, um dia, a Terra se tornará um orbe com vida espiritual
similar a de outros planetas do Sistema Solar.
Qual
o seu comentário sobre essa assertiva?
RAMATÍS:
Quando vocês na Terra acabam de frequentar uma escola primária o que fazem?
Derrubam a escola e constroem no lugar uma outra escola com propósitos mais
avançados? Fariam uma grande faxina e obras para que a escola fosse
transformada em curso mais avançado de interesse apenas daqueles que estão
terminando o primário?
A
adoção de uma dessas posturas estaria impossibilitando que outros alunos
continuassem a frequentar o curso primário, ou viessem no futuro a frequentá-lo,
visto que a escola foi demolida, ou transformada para atender somente aos
interesses dos que já terminaram aquele curso.
Por
essa razão já existem escolas mais avançadas prontas, como universidades, para
que possam ser transferidos para elas.
O
mesmo acontece com a Terra. O astro intruso não vem destruir a escola para
transformá-la numa escola do interesse exclusivo de alguns, mas para
higienizá-la e torná-la mais apropriada para os alunos repetentes, e para os
que vêm de outros lugares para frequentá-la. Aqueles que terminaram seus cursos
são levados para escolas mais avançadas, enquanto outros, que precisam de
grandes reformas, seguem com o astro intruso.
A
Terra, assim como disse antes, foi criada para ser uma escola a serviço da
espiritualidade, e atender às necessidades carmáticas de muitos espíritos que
se encontram em evolução na esfera do Universo onde ela se localiza.
Os
homens devem entender que eles não são proprietários da Terra, eles estão
de passagem por ela. Da mesma forma que alguém que termina um curso não
passa a viver na escola como residente, ou a leva nas costas para outro lugar,
mas sim os ensinamentos ali adquiridos.
Em
geral, os homens prendem-se em demasia à matéria, esquecendo que existem outros
planos superiores numa escala infinita, onde poderão realmente realizar os seus
sonhos de paz junto a Deus.
PERGUNTA:
Desculpe a insistência, mas então a Terra no próximo ciclo não será uma escola.
Mais aprimorada?
RAMATÍS:
Será claro que sim, sofrerá importantes reformas que a tornarão uma escola com
mais recursos, tal qual um educandário que inaugura laboratórios, centros de
informática, teatro de grande capacidade para conferências, e outros benefícios
que permitem aos antigos e novos alunos melhor aprenderem e desenvolverem suas
respectivas habilidades.
Entretanto,
inúmeras imperfeições humanas continuarão existindo, principalmente entre os
novos alunos originários de escolas mais distantes, e entre alguns que
desembarcarem do astro intruso.
Quando
o astro intruso passou pela última vez, há 13 mil anos, também realizou forte
procedimento higienizador no planeta, e muitos benefícios foram implantados
pela espiritualidade e por aqueles que migraram para a Terra trazendo novos
conhecimentos. Os quais formaram a nova humanidade, a atual. Então lhes
pergunto, qual o resultado?
Basta
ver o que acontece hoje no planeta para verificar que o livre-arbítrio não foi
bem utilizado.
O
que significa que não basta erguer uma escola altamente equipada se parte dos
alunos, por conta própria, por meio de um livre-arbítrio desequilibrado,
resolve destruí-la em verdadeiros atos de vandalismo.
E
foi o que fizeram e estão fazendo, principalmente com a Natureza.
Da
mesma forma que no final do último ciclo, falava-se de uma Terra promissora no
futuro após a passagem do astro intruso. Acreditava-se que o atual ciclo seria
pleno de paz e de realizações espirituais. Houve evolução?
Sim,
porque mesmo que a matéria perecível seja danificada, o espírito sempre evolve,
mesmo que aprendendo com o erro.
PERGUNTA:
E por que a espiritualidade não detecta isso antes deles reencarnarem?
RAMATÍS:
Porque todos merecem novas chances quando pedem, e a Terra se configura como
uma escola apropriada para esses casos. A espiritualidade não pode pré-julgar
os atos daqueles que vão encarnar, e abandoná-los sem que tenham novas
oportunidades. Já pensaram se todos antes de encarnar fossem pré-julgados? O
aprendizado não ocorreria, não seriam dadas chances às manifestações do
livre-arbítrio. Se fosse desse último modo onde estaria a caridade para os
espíritos novos e o perdão para os faltosos? O que mostra que Deus tem uma
infinita fé em seus filhos, mas a recíproca nem sempre é verdadeira.
Impedir
essa sequência natural dos fatos seria também o mesmo que proibir que crianças
analfabetas ingressassem na escola, alegando-se que elas nunca conseguiriam
aprender por não saberem ler. Seria não somente uma contradição, mas
ainda um ato egoísta e sem propósito, pois não se estaria concedendo as
oportunidades de crescimento que elas tanto precisam, na escola adequada. E a
Terra é a escola adequada para os espíritos primários em evolução que migram de
vários outros orbes.
PERGUNTA:
Então desejar a Terra em outra dimensão seria o mesmo que fechar a escola
primária, impedindo o ingresso de novos alunos, e transformando-a num curso
superior que apenas poucos se beneficiariam,
por
se acharem com esse direito?
RAMATÍS:
Desejar a transformação da Terra em plano de luz, para depois imaginar o
reencarne nela, é despontar certo egoísmo, tendo em vista estar esquecendo dos
irmãos de outros orbes que dela precisam para continuar seus processos
evolutivos. E egoísmo significa imperfeição, com a qual não estariam preparados
para encarnarem em planetas mais sutis de outra dimensão espiritual. Quem
deseja viver em planos de luz não pensa na matéria, mas em evolver
espiritualmente, e, pelo mérito, atingir altos páramos do éther, onde não se
vive mais a ilusão dos ambientes densos.
PERGUNTA:
Por que tantos avisos quanto à chegada do astro intruso?
RAMATÍS:
Porque ainda há tempo para que muitos reflitam sobre seus atuais momentos do
espírito e vençam suas imperfeições, não sintonizando mais com aquele orbe
higienizador.
Trata-se
de um processo muito difícil para cada um, mas que precisa ser realizado, pois
ainda há tempo. Caso contrário, não haveria a necessidade de avisos sobre a
chegada daquele corpo celeste.
CAPÍTULO
2
SOBRE
O ASTRO INTRUSO
PERGUNTA:
Pode nos descrever o astro intruso e sua função primordial?
RAMATIS:
Muito se tem comentado, no âmbito dos estudos espiritualistas, sobre o astro
intruso que se aproxima da Terra. Por apresentar uma força magnética
extremamente rudimentar e grosseira, ele, à medida que vai passando ao largo de
planetas habitados situados em sua trajetória, atrai para sua esfera espíritos
sintonizados com vibrações inferiores. Espíritos esses que não conseguiram
atingir o desenvolvimento necessário ao processo evolutivo, e cujo renascer em
planetas ainda primários se faz categórico. Esse mecanismo de atração concedeu
ao astro a denominação de “planeta chupão”, sendo que outros nomes como
“planeta inferior”, “planeta higienizador”, ou “globo etéreo”, também são
aplicados.
Mas
o importante é entender o real sentido de sua existência.
A
princípio, o conceito de astro é um corpo celeste, que pode ser uma estrela, um
planeta, um satélite ou um cometa. Independentemente de sua forma, ou dele ter
ou não luz própria. Mas, por outro lado, o nome planeta é mencionado, até
intuitivamente, por razão específica.
O
astro intruso, se visto sob o prisma limitado do Sistema Solar, assemelha-se a
um enorme cometa, que atravessa o espaço sem estar circunscrito à fronteira
hipotética da região. Entretanto, trata-se de um planeta, se referenciado a
partir de Sol Cósmico, centro na Via Láctea onde se processam os comandos
mentais dos espíritos de luz, que plasmam o desenvolvimento de novos sistemas
solares, protoplanetas e condições evolutivas diversas também para a Galáxia.
E
justamente pela órbita desse planeta corresponder a 6.666 anos terrestres,
em
elevadíssima velocidade de escape, sua trajetória inclui inúmeros sistemas
solares. Em seu caminho, ele vai absorvendo entidades espirituais não apenas da
Terra, como ainda de outros planetas similares, abrigando-as em sua estrutura
energética etérea 3.200 vezes maior que a aura terrestre. Assim como ele
existem outros astros intrusos que percorrem a Via Láctea com as mesmas
funções.
Dessa
forma, seu trabalho cósmico apresenta aspecto duplo. Não apenas o de servir de
morada evolutiva de inúmeros espíritos, como o de
transportá-los
de volta a seus planetas de origem quando alcançam a devida evolução. Além do
que, muitos desses espíritos ainda não preparados para o retorno, porém já com
certo grau de evolução que não os permita permanecer no astro, serão
distribuídos por diversos planetas, de outros sistemas solares, para que lá
continuem suas jornadas.
O
que implica ser o astro intruso um importante instrumento de estágio evolutivo,
mas também de fluxos migratórios, assumindo o aspecto de enorme ônibus cósmico,
destinado ao transporte de espíritos em evolução. Cujas entradas e saídas serão
determinadas pelas sintonias vibracionais que apresentam, por ocasião da
passagem desse imenso veículo pelos diversos planetas constituídos em sua
órbita.
PERGUNTA:
Podemos saber quando o astro intruso tangenciará a órbita terrestre?
RAMATÍS:
Revelações sobre datas apocalípticas sempre geraram na Terra grandes tumultos.
Fatos passados demonstram que simples passagens de século, ou datas estipuladas
por mentes confusas, que lideravam seitas, levaram muitos ao desespero e até ao
suicídio. O astro intruso é o dínamo do apocalipse, causando o cataclismo que
destruirá quase que a totalidade da civilização terrena.
Assim,
a chegada do astro intruso deverá ser descoberta pelos próprios homens, que ficarão
envolvidos por dúvidas e pela incredulidade.
Se
revelássemos a data, a chegada seria confirmada com anterioridade
inoportuna, provocando especulações de curtíssimo prazo, agravando a situação
já negativa do planeta. O caos se estabeleceria muito antes da passagem do
astro, e a dor se espalharia com uma antecedência desnecessária e mesmo cruel.
O que posso lhes dizer é que não tão cedo para que possam vê-lo encarnados como
estão hoje, mas também não tão longe de modo que ainda tenham tempo de
inúmeras encarnações regeneradoras. O tempo urge. Quanto mais cedo começarem
suas reformas morais melhor.
PERGUNTA:
Esse Sol Cósmico do astro intruso situa-se exatamente no centro da Via Láctea?
RAMATÍS:
Não exatamente no centro, e também não é o único. Existem vários na galáxia que
se constituem em verdadeiros polos administrativos regidos pela
espiritualidade. Apenas cada região refere-se ao seu sol como Grande Sol
Central.
PERGUNTA:
O movimento de expansão do Universo contribui para o afastamento progressivo entre
a Terra e o astro intruso?
RAMATÍS:
A dinâmica do Universo, em expansão, produz alternâncias cinéticas, gerando
encontros do astro intruso com a Terra em órbitas tangenciadas, mas também
desencontros a cada período de 6.666 anos, sendo que sua ação sobre o planeta
ocorre com maior intensidade nos momentos de aproximação como o atual. É
preciso lembrar, no entanto, que esses encontros já ocorreram inúmeras vezes
nos quase cinco bilhões de anos da Terra, promovendo as correções energéticas e
físicas necessárias ao progresso do planeta.
Assim,
o que vocês chamam de final dos tempos nada mais é do que o encerramento de um
ciclo, e o início de outro, que renova as chances da evolução espiritual. A
Terra já atravessou vários apocalipses, e muitos dos que se encontram hoje
encarnados no planeta vivenciaram tais eventos no passado.
PERGUNTA:
Então o astro intruso nem sempre tangencia a órbita da Terra a cada 6.666 anos?
RAMATÍS:
Não, pois devido à dinâmica cósmica, pelo movimento expansionista do Universo,
os encontros com a Terra em termos de aproximação máxima ocorrem a cada 13.332
anos, o que corresponde a duas órbitas de 6.666 anos.
PERGUNTA:
Por essa razão não existem registros científicos sobre a sua existência?
RAMATÍS:
Quando o astro intruso tangencia a órbita da Terra causa o cataclismo, e quando
passa afastado o faz numa época em que a humanidade ainda está em reconstrução,
carente de aparelhos que registrem a sua trajetória.
PERGUNTA:
Isso quer dizer que fica difícil provar a existência do astro intruso?
RAMATÍS:
Torna-se difícil, no caso, construir sistemas de consistências, ou mesmo um
teorema de existência aceitável, pois mesmo a prova da possibilidade que deriva
de inscrições antigas originárias de vários povos não é conclusiva para a
maioria. A procura é por provas materiais, mas elas não existem. O astro
intruso acaba se tornando verdadeiro axioma, cuja existência só é comprovada
quando ele surge no Céu e ocorrem os cataclismos.
PERGUNTA:
Por que os homens são tão céticos quanto à possibilidade de novo cataclismo por
meio da passagem de um corpo celeste, considerando que anotações de povos
antigos já falavam do dilúvio e de um enorme cometa que causa o desastre?
RAMATÍS:
A idéia do cataclismo ou do Apocalipse está muito associada às concepções religiosas
antigas e místicas ligadas à Bíblia e a outras profecias.
E
os cientistas estão mais voltados para fatos concretos que eles possam testar,
do que em aceitar incondicionalmente premissas que tiveram origem há mais de
2.000 anos. Acrescenta-se a isso o fato do astro intruso ter órbita de longa
duração, não sendo passível de estudo por parte dos cientistas da Terra.
Cria-se,
dessa forma, um impasse, em que o universo de dados sobre o astro intruso
restringe-se às informações dos povos antigos e às mensagens da espiritualidade
nos dias de hoje. E ambas são vistas com ceticismo pela maioria. São
formadas então hipóteses carentes de qualquer confirmação, ficando a
pauta sobre o astro fragmentada em diversas correntes, o que impossibilita uma
área de conhecimento com limites estabelecidos pela razão científica.
Ademais,
os cientistas sabem sim que um dia a Terra enfrentará novo cataclismo, porém
não associam o fato ao astro intruso, mas a um cometa.
E
também não sabem quando isso pode acontecer, pois se trata estatisticamente de
um processo ponto, um evento praticamente impossível de ser previsto nessas
circunstâncias.
PERGUNTA:
Não seria um tanto pretensioso, e mesmo contraditório, afirmar que o astro
intruso, com sua órbita de 6.666 anos atravessa inúmeros sistemas solares? Sua
velocidade permite isso?
RAMATÍS:
Deve-se ter em mente que, ao contrário da Terra e dos planetas vizinhos que
apresentam translação em relação ao Sol, o astro intruso é um planeta
galáctico, não pertencente ao Sistema Solar. Daí o nome de intruso. Sua órbita
é elíptica em relação ao seu sol na Via Láctea. Porém de desenho orbital com
aparência hiperbólica no que tange à sua passagem pelo Sistema Solar. O que
implica velocidade vinculada à sua trajetória galáctica, e não à trajetória restrita
ao Sistema Solar. Possui velocidade orbital muito acima da velocidade da Terra
de 30 quilômetros por segundo, assumindo ainda velocidade muitíssimo superior à
mínima de escape da Via Láctea, que está em torno de 110 quilômetros por
segundo. Quando passar pela Terra sua velocidade vai superar em muito os 150
quilômetros por segundo¹, causando forte impacto. Sua passagem mais parece a de
um cometa fora dos padrões conhecidos. Por isso também é tão difícil ele ser
localizado quando muito afastado da Terra. O astro intruso destoa daquilo que
os cientistas conhecem como ortodoxo no Universo.
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Ramatis
não deixou clara a velocidade do astro intruso, apenas fixou um parâmetro de
referência para demonstrar que é uma velocidade extremamente elevada que foge à
compreensão humana. Sua negativa em dar mais detalhes se deveu ao fato de que a
revelação da velocidade exata e detalhes do movimento poderiam causar
ceticismo. Apenas deixou entender que a passagem física do astro pela Terra
será com enorme rapidez, pois uma passagem por demais demorada causaria danos
irreparáveis ao planeta.
O
que mais atua nesse período é a força do campo magnético vinculado à aura
gigante do astro intruso, a qual faz com que ele em sua totalidade seja 3.200
vezes maior do que a Terra. Foi mencionado, mas não explicado por Ramatis, o
movimento quântico do astro nas partes de sua órbita intersistemas solares,
devido inclusive a forças gravitacionais distantes que fogem à nossa
compreensão.
-----------------------------------------------------------------------------------------PERGUNTA:
Poderia explicar melhor essa questão sobre a órbita elíptica e sua aparência
hiperbólica?
RAMATÍS:
A órbita do astro intruso é elíptica, sendo a sua trajetória a de uma curva
fechada, não aberta como uma hipérbole que caracteriza a órbita de cometas.
Entretanto, por ser muito extensa, dá a impressão de ser hiperbólica quando ele
passa pela Terra. Convém acrescentar também que o astro em momento algum
abandona sua órbita original quando atravessa sistemas solares, descartando-se
assim a existência de velocidade tangencial nessas fases. Ele não se desloca
para fora de sua órbita, o que o faria assumir nova velocidade a partir daquele
ponto. Inexistem velocidades diferenciadas dentro de um mesmo sistema solar.
Alteração de velocidade¹ ocorre somente nos segmentos intersistemas solares,
quando a ação da gravidade dos sóis regionais inexiste, e a aceleração se faz
por conta do Sol Central que referencia o astro intruso.
PERGUNTA:
O astro intruso sendo um planeta que circula em torno de seu sol tem órbita
também em torno do Sol de nosso Sistema?
RAMATÍS:
Essa é uma característica do astro intruso que, por ter uma órbita elíptica extremamente
alongada, torna-se um planeta que e circunda vários sóis, não pertencendo,
entretanto, aos respectivos campos gravitacionais deles.
PERGUNTA:
Então a passagem do astro intruso pelo Sistema Solar será relativamente rápida?
RAMATÍS:
A partir do ingresso pelos cinturões de asteroides, que os homens acreditam ser
a fronteira do Sistema Solar, até a chegada a Terra, o tempo decorrido será de
pouco menos de seis meses. Quando de sua passagem pela Terra se apresentará com
a aparência de uma enorme bola de fogo, que os homens atônitos confundirão
inicialmente como uma Lua excessivamente brilhante, depois com um segundo Sol,
e finalmente pensarão ser um cometa caindo do Céu.
PERGUNTA:
Sendo o astro intruso de consistência denso-etérea, ele poderá em algum momento
ser visto previamente pelos cientistas, ou mesmo a olho nu antes de sua
aproximação máxima da Terra?
RAMATIS:
A capacidade dos homens recolherem detalhes a respeito do astro depende de
instrumentos que denunciem a existência de forte magnetismo de cunho etéreo, o
que ainda não é possível para os cientistas da Terra.
Em
termos densos, sua aproximação passará despercebida por muito tempo.
Atravessará
a Nuvem de Oort e o Cinturão de Clipe sendo confundido inicialmente como sendo
um cometa, ou planeta desconhecido do Sistema Solar. Embora de tamanho similar
ao da Terra, ele será ofuscado momentaneamente pelo Sol.
Aproximando-se
do planeta poderá ser visto posteriormente a olho nu como uma imensa estrela.
Entretanto, quando tangenciar a órbita terrestre, apresentará forte capacidade
refletora, dada a sua consistência químico-física, fazendo com que seja
observado no Céu como uma espécie de segundo Sol ou como um cometa flamejante.
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¹
Ramatis revelou que o ser humano está longe de conhecer o que se passa no
Universo, e comentou que existe matéria que se desloca no espaço à velocidade
extremamente elevada, até mesmo com velocidade chegando próxima da velocidade
da luz. Isso parece convergir para a velocidade de veículos interplanetários,
ou mesmo de corpos celestes desconhecidos.
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PERGUNTA:
Por favor, explique melhor esse caso. Se a parte densa do astro intruso é
plenamente visível, por que então a dificuldade dela ser vista pelos
cientistas, mesmo com a utilização de instrumentos de longo alcance?
Desprezando-se o que diz respeito ao magnetismo de cunho etéreo.
RAMATÍS:
É preciso imaginar para entender o porquê. Vamos simular uma situação na qual
alguém observa o Universo a partir da Terra com limitada tecnologia como a que
se verifica atualmente. Por outro lado, observador secundário estuda o Universo
de um planeta fora do Sistema Solar, porém com instrumentos altamente
aprimorados.
Naturalmente
o primeiro caso apresenta limitações, principalmente se considerarmos que os
homens na Terra não conseguem saber mesmo inúmeros fatos que ocorrem ao seu
redor. Já no segundo exemplo, o observador pode ter maior acuidade em seu
trabalho, inclusive avaliar o que se passa no Sistema Solar, em termos de
movimentação dos corpos celestes.
Com
os equipamentos que são e serão utilizados na Terra, os cientistas estão
sujeitos a diversos erros, não somente sobre os fenômenos observados, mas
também relacionados à presença de corpos celestes. Por exemplo, a existência
das concentrações de asteroides no Cinturão de Kuiper, além de Netuno, ainda
promove certa confusão quanto à discriminação entre asteróides, cometas e
planetas.
Considere-se
também que a descoberta do Cinturão, em 1992, forneceu informações sobre a
questão das migrações planetárias. E, apesar dele estar inserido no processo
cinético do Sistema Solar, somente foi descoberto em 1992, o que demonstra
estarem os homens engatinhando em termos de Universo.
Dessa
forma, interpretações equivocadas são frequentes. Se alguém da Terra conseguir
alcançar, por telescópio, a trajetória do astro intruso ainda fora do Sistema
Solar, poderá deduzir, em primeira análise, que se trata de um enorme cometa,
dado seu brilho, velocidade e por não conhecer sua órbita exata. O mais
provável é ajuizar como sendo um cometa de longa duração. Mas, para quem está
em posição privilegiada, fora do Sistema Solar e tendo a visão plena da órbita
do astro intruso, verificará que se trata de um planeta que circula em torno do
Grande Sol Central, desconhecido dos homens.
PERGUNTA:
Quer dizer então que o astro intruso somente será identificado quando estiver
adentrado no Sistema Solar?
RAMATÍS:
Os cientistas da Terra não possuem instrumentos para calcular a órbita do
astro, tendo em vista que ela apresenta forma elíptica que transcende, em
muito, o Sistema Solar. Não sendo possível determinar o sol que a referencia, e
cujo semi-eixo maior é desconhecido. As primeiras visualizações do astro
causarão especulações, gerando relatórios confusos,
classificados
de prematuros e provisórios, não havendo consenso quanto à origem do astro e
sua órbita completa. Pois é impossível aos homens o cálculo da excentricidade
que determina a forma da elipse, pois seus eixos maior e menor não são
conhecidos. Os cientistas habituaram-se a estudar e a conviver de perto com
corpos celestes que se formam e navegam no próprio Sistema Solar. Algo
galáctico dessa magnitude ainda é uma incógnita perturbadora.
PERGUNTA:
Mas, considerando-se o desenvolvimento tecnológico, até o aparecimento do astro
intruso não será possível os cientistas contarem com novos equipamentos que o
identifiquem?
RAMATÍS:
Vamos lembrar a questão relacionada com o nascimento de um espírito. Logo após
ser criado esse espírito, sem memória porque não tem história, está no Universo
que é eterno e infinito. Em representação matemática ele é um simples ponto no
infinito e a probabilidade de se identificar um ponto no infinito é zero. Ou
seja, ele existe, mas como um ser desprovido de noção sobre si mesmo. A
encarnação surge então para retirá-lo desse estado de torpor.
A
partir da vida na matéria, a primeira, ele começa a traçar suas referências
iniciais na vida material temporal. E pelas várias encarnações conhecendo os
limites da matéria ele passa a ter a noção de infinito. Tendo a noção de tempo,
ele compreende sobre a eternidade, assim como através da mente concreta ele
poderá saber o que é mente abstrata.
E
surge a velha história de que ele deixa de ser um simples ponto no Universo
como referência não percebida, para ter dois pontos referenciais, um na
espiritualidade após ser criado e outro na matéria, sua primeira encarnação. E
com dois pontos ele forma a sua primeira reta da conscientização, começando a
estruturar a geometria de seu microcosmo.
Por
outro lado, vamos lembrar a trajetória de um corpo através do Universo.
Ele
pode ter determinada velocidade num espaço definido. Porém, se visto sob
o prisma do infinito, sua velocidade será zero. Pois por mais que ele se
movimente no infinito será entendido como um ponto estático, imperceptível, com
probabilidade zero de ser identificado. É como se ele não se movimentasse e
nem existisse, desaparecendo na grandeza do incomensurável.
É
isso que os homens precisam olhar com mais cuidado. Pois tendem a projetar as
limitações da matéria, sua referência primária, entendendo-a não como simples
referência, mas como paradigma, fazendo trajeto inverso que os conduz à ilusão.
Paradigmas são o infinito e a eternidade. E por essa razão mesmo que os homens
tenham futuramente tecnologia mais avançada,
ainda
ficarão à deriva quanto a eventos como o do astro intruso, cujos objetivos
seguem diretrizes ainda não compreendidas pela humanidade.
E
a explicação é simples: falta aos homens a consciência cósmica, aquela que lhes
permite entender o valor crístico de cada ser. Quando resolverem parar de olhar
só para o exterior, e passarem a vê-lo apenas como etapa inicial para que se
preocupem com o que acontece em seus espíritos, como os tormentos que afloram
em seus íntimos, e tentarem corrigi-los numa luta incansável pelo aprimoramento
espiritual, então se elegem, voluntariamente, para jornadas evolutivas onde não
encontrem mais
astros
intrusos.
Enquanto
isso não acontece, não adianta aprimorarem tecnologias, pois o mais importante
de tudo, a compreensão íntima, ainda não existe. E o astro continuará passando
e voltando para aqueles que não sabem identificá-lo, mesmo que contem com a
ilusão de aprimoradas tecnologias.
PERGUNTA:
Em termos físicos, portanto, as consequências do astro intruso somente serão
conhecidas quando ele já estiver atuando fortemente sobre a Terra?
RAMATÍS:
Um acontecimento celeste gera informações de diversas naturezas, as quais,
entretanto, nem sempre são absorvidas em sua totalidade pelos cientistas. Não
apenas pela carência de compreensão sobre elas, mas também pelos ruídos que
envolvem uma análise desprovida de conhecimento e de equipamentos adequados. Essas
dificuldades geram erros, e quanto maiores forem as dificuldades, maiores serão
os erros.
No
caso do astro intruso, a probabilidade de ocorrência de erros encontra-se em
torno dos 97%. Os homens se verão frente a um evento até então considerado
praticamente impossível de ocorrer, rotulado de inédito, e que lhes inundará de
novas informações e de dúvidas que não poderão ser processadas devidamente e a
tempo. As hipóteses podem ser construídas perante fatos inéditos, mas os
eventos reais somente serão conhecidos a partir do momento que comecem a se
manifestar. Sem chances de reação.
Vamos
ainda descrever as informações emitidas naturalmente pelo astro intruso como
sendo informações públicas, pois se encontram à disposição de todos para serem
descobertas e analisadas. Enquanto cada cientista, cada habitante da Terra,
possuirá opiniões próprias, que geram informações privadas, de caráter
estritamente pessoal. A grande maioria da população entenderá a chegada do
astro como sendo uma farsa, enquanto outros a compreenderão como mais um dos
muitos perigos que circundam o planeta,
mas
que será desviado em tempo. Entenderão que ainda não será desta vez que a Terra
terá de enfrentar o cataclismo. O que torna a expectativa sobre o astro um rol
de equívocos. E, quando o menos provável para os terrestres ocorrer, ou seja, o
inevitável, então a humanidade despertará, porém tarde.
PERGUNTA:
Algumas correntes espiritualistas afirmam que já estamos no final dos tempos.
Pode nos esclarecer se isso tem fundamento?
RAMATIS:
Intuitivamente sentem que os tempos atuais estão no fim.
Essa
informação está no espírito dos homens que já viveram o cataclismo na Terra. E
quando digo que já viveram, não são apenas aqueles que se encontravam
encarnados, mas também desencarnados no plano etéreo, e testemunharam o horror
para muitos que representa a hora da verdade.
A
tristeza de ver tantos caindo nas próprias armadilhas que armaram no
decorrer de suas existências no planeta. Outro aspecto que cabe mencionar é que
a órbita do astro intruso forma em sua trajetória uma elipse não apenas em
termos de formato, mas também uma elipse energética marcada pelas vibrações que
dele emanam.
PERGUNTA:
Falava-se muito da chegada do astro intruso à órbita da Terra no final do
Século XX. Isso não aconteceu, o que houve em relação à profecia?
RAMATIS:
O astro intruso é um corpo celeste que existe há bilhões de anos realizando o
mesmo trabalho de higienização espiritual em diversos planetas tangenciados por
ele. Em torno da Terra, sua órbita está plasmada numa elipse energética que
poderia ser seguida facilmente por um veículo espacial munido de equipamentos
apropriados que os homens não conhecem.
É
como se fosse uma grande artéria, onde no lugar do sangue corre a energia que
ele plasmou em toda a sua existência. E à medida que se aproxima da Terra,
mesmo ainda distante em termos de tempo do planeta, essa energia se torna mais
forte naquele segmento da órbita no qual ele se encontra, influenciando
sobremaneira os acontecimentos quanto aos homens e à natureza.
Dessa
forma, desde a década de 50 que as vibrações do astro intruso já estão chegando
ao planeta, aumentando ano a ano. A previsão sobre a chegada dele no final do
Século XX dizia respeito ao início do estágio mais forte da carga magnética que
ele impõe. Por isso, ocorrem e ocorrerão tantos desastres naturais, guerras,
conflitos armados e violência generalizada durante o século XXI e na primeira
metade do século XXII com fortes desastres naturais. Nosso século atual marca o
grande início da Batalha do Armagedom. A vibração etérea do astro intruso já
está na Terra.
PERGUNTA:
Suas previsões anteriores apontavam a influência do astro intruso chegando na
segunda metade do último século.
Então
era essa a sua referência?
RAMATIS:
Quem estuda o Apocalipse, ou se interessa por ele, desenvolve, em geral, uma
idéia errada do que significa o final dos tempos.
As
pessoas pensam que, em um determinado dia, o mundo acaba, com um acontecimento
surpresa. Não é assim.
O
Apocalipse se desenvolve gradualmente através de um período que é curtíssimo
para a espiritualidade, porém de certo modo longo para os homens. Nada ocorre
de surpresa, pois Deus seria insensível se não permitisse aos homens
serem avisados sobre o que vai ocorrer na Terra.
Eles
são alertados justamente para que reflitam sobre seus atos e se modifiquem para
enfrentar o inevitável. Os homens já deveriam transmutar seus espíritos para
enfrentar a morte do corpo denso de modo tranqüilo, e não o fazem.
No
Apocalipse, Deus avisa que a humanidade precisa estar preparada.
Os
avisos chegam com muita antecedência, em geral de 150 a 200 anos antes, quando
a violência se generaliza no planeta, e os fenômenos naturais atípicos se
multiplicam, causando severos danos. A partir de então a vida se torna
mais difícil, como numa última chance para que os homens se modifiquem. O
Apocalipse, assim, se manifesta como uma doença terminal de longa duração, a
qual permite ao enfermo pensar sobre o que praticou na vida. No caso, a
humanidade está doente.
PERGUNTA:
No caso, então, o processo seria para dar tempo de curar o espírito?
RAMATIS:
Quando alguém contrai uma patologia bacteriana na Terra necessita de
antibiótico. Mas não significa que ao tomar a primeira dose estará curado.
Dependendo do problema, ele poderá precisar do medicamento por 5 a 15 dias, por
exemplo, e mesmo assim, depois de terminado o tratamento, algumas
características da doença ainda se manifestam, apesar dela já não existir mais.
O
mesmo ocorre com a doença do espírito. Durante séculos um espírito adquire
carmas negativos em suas várias encarnações, e não será de uma hora para outra
que conseguirá resgatar toda essa dívida. Dessa forma, o tempo de aviso até a
chegada do astro intruso corresponde ao tratamento que esse espírito precisa
ministrar a si mesmo para curar suas imperfeições. Entretanto, dada a situação
da maioria, poucos terão chances de reencarnar e completar o processo da cura.
PERGUNTA:
Isso significa que o Apocalipse é o retrato em andamento de uma doença?
RAMATIS:
Na realidade há muito a humanidade está doente. Porém não se cuidava nem tomava
os remédios necessários, e isso agravou o quadro.
A
fase que antecede a chegada do astro intruso é o momento em que a doença se
instala na sua forma mais cruel, advindo então o colapso total com o dia do
cataclismo.
PERGUNTA?
: Quer dizer que, até a chegada do astro intruso, o planeta enfrentará enorme
carga probatória?
RAMATIS:
Para que os homens meditem sobre o que raramente meditam. Sobre eles mesmos, e
os tipos de conduta que adotam na vida. E mais do que nunca a vigilância será
necessária. Porque de tempos em tempos ocorrerão breves períodos de
tranqüilidade, que farão muitos pensarem equivocadamente que o mal se afastou
da vida. E qualquer descuido trará problemas futuros. Entra-se numa fase na
Terra que os homens deverão cuidar da própria evolução de maneira irreversível,
não podendo mais baixar a guarda como fazem há séculos.
PERGUNTA:
No Sistema Solar, apenas a Terra será afetada?
RAMATIS:
Dizer que só a Terra será afetada seria o mesmo que afirmar que a programação
da espiritualidade no que concerne à região está vinculada aos desígnios da
Terra. Outros planetas do Sistema Solar, onde existe vida espiritual, também
receberão algum tipo de influência corretiva, a exemplo do que ocorre com
planetas cujas órbitas são tangenciadas pelo astro intruso, em outros sistemas
solares. Porém não de forma tão drástica quanto a Terra.
A
humanidade tem por hábito colocar seu planeta como centro do Universo,
esquecendo que somente na Via Láctea existem mais de cem milhões de sistemas
solares e que a cada minuto mais de 25 mil são criados apenas no restrito plano
universal que vocês estão habituados a visualizar. Apesar de inúmeros também
serem destruídos.
PERGUNTA:
Considerando que maiores informações sobre o astro intruso ainda são
necessárias, caberiam outras abordagens sobre o assunto?
São
possíveis novas revelações?
RAMATIS:
O dever dos habitantes dos planos de luz é colaborar com a evolução dos
espíritos, trazendo-os ao caminho da razão plena que conduz ao Pai Celestial.
Sendo assim, os ensinamentos e revelações precisam ser aplicados
parcimoniosamente, com o intuito primordial de elucidarem as dúvidas. Caso
contrário, afirmariam valores confusos, para mentes ainda incrédulas,
dificultando o aprendizado, e mantendo a ignorância de muitos que não se
atreveriam a prosseguir na busca do saber, por temor ou acomodação. Como diz
Kardec no “Evangelho Segundo o Espiritismo”,
capítulo
24, item 5, “a providência revela as verdades de forma gradual”
E
lembra que Jesus está com a razão quando afirmou que não há nada de oculto que
não deva ser revelado, e que um dia tudo será descoberto.
Mas
o que o homem não compreender na Terra lhe será transmitido em mundos mais
avançados e quando estiver mais purificado.
Dessa
forma, podem ser retiradas dessas assertivas duas fortes constatações.
A
primeira, que os ensinamentos devem ser ministrados conforme o grau evolutivo
de cada homem, conforme o plano em que se encontra. Pois seria inadmissível,
por exemplo, ensinar Medicina a uma criança que está ingressando no curso de
alfabetização. Segundo, o aspecto da humildade de Kardec, que assim demonstra
ser a sua própria obra incapaz de revelar tudo o que os homens precisam saber.
Qualificando-a como um instrumento aplicável ao estágio evolutivo da Terra,
deixando revelações mais complexas a ser ministradas em esferas superiores à
medida que o espírito evolui fora do planeta. Pois, seria mesmo uma contradição
dizer que tudo pode ser assimilado na Terra. Fato que classificaria o orbe
local equivocadamente como paradigma da didática divina.
PERGUNTA:
Mas, retornando ao assunto “astro intruso”, ele se apresenta como mero veículo
de transporte astral, ou como plano reencarnatório?
Pode
nos falar novamente sobre isso?
RAMATIS:
Os homens costumam adotar posturas inflexíveis sobre assuntos relacionados à
espiritualidade, esquecendo que Deus é a expressão máxima do dinamismo e da
flexibilidade virtuosa. Basta que entendam Sua capacidade infinita de perdoar,
e Sua habilidade eterna de criar.
O
astro intruso tem múltiplas funções, conforme a programação da espiritualidade,
no sentido de atender à evolução daqueles que ali se encontram, bem como acatar
as emergências verificadas em sua trajetória.
E
uma delas é a de recolher, migrar e alocar espíritos em desenvolvimento
primário. Assim, como já mencionei antes, as funções mais claras para os homens
são duas.
Por
um lado, recolher entidades em planetas onde elas obstruem o desenvolvimento
local, deixando-as em outros que lhes convêm no processo evolutivo. E, ademais,
também lhes conceder o suporte reencarnatório no próprio astro, quando isso se
fizer mister. Tarefas que implicam a questão antes abordada sobre a
flexibilidade divina. O plano reencarnatório do astro é extremamente grosseiro,
onde imperam a ignorância e o sofrimento em níveis assustadoramente inferiores.
E as provações são de tamanha escala, que várias entidades espirituais
rapidamente alcançam consciência maior de seus estados, solicitando clemência e
novas chances.
E
como Deus não é inflexível, tampouco tirano, permite que sejam deixados em
diversos planetas com melhor nível evolutivo na trajetória do astro.
Da
mesma forma que, para outros irmãos, o astro servirá apenas de ônibus astral,
conduzindo-os de um planeta a outro. Tudo conforme a necessidade de cada
espírito que ali se encontra. Pois, como disse, o dever da espiritualidade de
luz é patrocinar a evolução de todos, porém caso a caso,
conforme
a necessidade de cada um.
PERGUNTA:
Basta pedir para deixar o astro e o espírito migra para o planeta mais próximo
que lhe convém?
RAMATIS:
A autorização para deixar o astro intruso decorre do aprendizado que o espírito
alcançou ali, sem subterfúgios. No plano espiritual a verdade é clara, nada
fica escondido perante a luz. Assim, cada espírito revela em sua essência
o aprendizado que obteve, sem mentiras.
E
fica por conta do livre-arbítrio o seu comportamento posterior.
PERGUNTA:
Portanto, parece ser o astro intruso um instrumento evolutivo a serviço da
flexibilidade patrocinada pelos planos de luz?
RAMATIS:
Exatamente. Os homens precisam adotar uma postura menos rígida quanto aos seus
pontos de vista, aí incluindo as comunicações que recebem do Astral. A rigidez
de muitos conceitos e interpretações conduz ao fanatismo e às intransigências,
qualificações que não coadunam com a sabedoria divina. É preciso lembrar que
evolução é dinamismo.
Inflexibilidade
é estática que despreza o bom senso. E os seres de luz são extremamente
flexíveis em suas abordagens, atendendo ao bom senso que cada momento exige.
Pois é assim que Deus age em relação a seus filhos.
PERGUNTA:
A passagem do astro intruso é um acontecimento certo de ocorrer periodicamente?
RAMATIS:
É um evento determinístico, pois o astro configura-se como o “Grande Ajustador”
que promove o carma planetário.
PERGUNTA:
A migração dessa forma, conduzida pelo astro intruso, pode promover o
transporte de espíritos do orbe terrestre para outros planetas?
RAMATIS:
Sim, pois depende da necessidade evolutiva de cada espírito, que pode ser
retirado da Terra e transportado para outro planeta, de constituição vibratória
ainda primária. Da mesma maneira que se a sua condição assim exigir, inicia um
ciclo reencarnatório no ambiente degenerante do próprio astro, até que, com os
ensinamentos recebidos com as provações, se encontre em condições de
desembarcar em planeta de aura mais leve, podendo ser inclusive a própria
Terra.
PERGUNTA:
Por que a necessidade de um astro denso para realizar todo esse transporte?
RAMATIS:
O trato com espíritos ainda passíveis de grandes passos na evolução precisa ser
realizado em ambientes que eles compreendam, o material. Assim, o astro intruso
funciona como dínamo único de eventos múltiplos nas grandes transmutações
planetárias. Ele surge como um bólido que através do cataclismo concede nova
face à natureza local, higieniza a aura planetária absorvendo plasmas negativos
e entidades afins, para que sigam em seu orbe com propósitos reencarnatórios ou
de transporte, deixando sobreviventes e desencarnados em torno do planeta
atingido para que construam a nova humanidade. Além de desembarcar outros que
já cumpriram fases cármicas em seus ambientes materiais e umbrais espirituais
hostis. Portanto, por meio dele várias situações se processam, para que seja
dada a partida do novo ciclo evolutivo daquele planeta atingido.
PERGUNTA:
É possível descrever-nos o plano reencarnatório do astro intruso?
RAMATIS:
A ambiência é por demais sombria, remontando por analogia ao pretérito remoto
da Terra. A sociabilidade inexiste, pois as relações são angustiantes, marcadas
pela violência e por sofrimentos em vertentes contínuas. A própria fauna,
embora não tão rica quanto à da Terra, apresenta-se fértil em agressivos
animais selvagens e outros repulsivos.
Nem
vale a pena narrar em detalhes outros aspectos das trevas que ali vigoram.
Deve-se
apenas acrescentar que, por ser um plano etéreo grosseiro, para onde são
atraídas entidades ignorantes de vários planetas, a evolução física
praticamente inexiste. Ela não se processa em termos coletivos, de modo que o
planeta evolva material e espiritualmente como vem ocorrendo com a Terra. O
processo evolutivo é limitado pela individualidade de cada espírito ali
presente. Pois, cansado de sofrer, o espírito começa a entender com mais
clareza o que significou o seu passado em mundos anteriores, e o que o levou a
habitar o astro intruso, vindo a solicitar novas chances em planetas mais
evoluídos.
PERGUNTA:
Poderia ser mais explícito quanto ao que denomina de processos evolutivos
coletivo e individual?
RAMATIS:
Um planeta como a Terra, destinado à evolução espiritual, apresenta importantes
progressos materiais coletivos como vem ocorrendo, mas não tem necessariamente
a contrapartida em cada homem no desenvolvimento do espírito. Esta condição,
por sua vez, é determinada pelo livre-arbítrio individual, no esforço da
construção de uma índole voltada para Deus, constituindo-se em mérito
particular.
No
astro intruso, o progresso material coletivo é anulado pela intensa absorção de
espíritos ignorantes originários de vários planetas em ondas regulares, os
quais não possuem a capacidade de contribuírem para a evolução física local.
Que assim situa-se em patamar bastante rígido, à mercê das vibrações caóticas
das hordas migratórias.
Esse
estado permanente de trevas torna a vida insuportável. Os espíritos ali
encarnados atravessam terríveis tormentos e fases marcantes de sofrimentos. De
modo que os breves momentos de conscientização ocorram nos períodos
interencarnatórios, quando recordam de vidas anteriores em outros planetas,
comparando as seqüências evolutivas em cada um dos orbes. Isso é necessário a
fim de perceberem o ambiente de trevas do astro intruso, advindo o pedido de
clemência, para que sejam transportados para outros planetas que apresentem
condições de evolução mais aprazíveis.
Sendo
assim, o astro intruso representa verdadeiro tratamento de choque, no sentido
de despertar espíritos ignorantes, mostrando seus estágios evolutivos
impróprios, incentivando-os à busca pela reforma espiritual, o que dá início ao
processo evolutivo individual mais intenso patrocinado pelo livre-arbítrio.
PERGUNTA:
Mas cientistas e sábios que ali estão não colaboram para a evolução do orbe,
tirando-o da condição de ambiente estagnado?
RAMATIS:
Não teriam condições pela falta crônica de infraestrutura.
E,
justamente ao encarnarem, sofrem por se sentirem inúteis em um local onde
presenciam tantas incoerências e absurdos.
Mesmo
momentaneamente desmemoriados pela nova encarnação,
percebem
intuitivamente que muito poderia ser melhorado. Mas são obrigados a viver nos
limites terríveis impostos pelas condições primaríssimas do astro.
Nesse
estado de sofrimento é que eles começam a entender que a verdadeira sabedoria
não está na vida material, mas na condição do espírito evoluído de fazer algo
pelo próprio progresso e pelos seus semelhantes, começando a serem despertos os
sensos de amor e de caridade.
PERGUNTA:
A contínua absorção de energias negativas também não colabora para o processo
de estagnação material do astro?
RAMATIS:
É o contrário da Terra onde o progresso material não é atrelado à evolução
espiritual. Os homens apegam-se à tecnologia de ponta como reveladora da
evolução do planeta, esquecendo da saúde do espírito.
No
astro intruso, a atração dos espíritos ignorantes é acompanhada da imantação da
enorme carga negativa que envolve a Terra, bem como as originárias de outros
planetas, cujas órbitas são tangenciadas por ele.
Isso
implica resgatar o caos dos outros para implantá-lo no próprio orbe.
E
as derivadas do progresso material resultam em valores insignificantes, de caráter
estagnante. O importante ali não é o progresso material, mas a evolução do
espírito angustiado por viver em plano tão atrasado.
Em
suma, as condições do astro estimulam o desapego à matéria e a maior
observância ao estado do espírito, que já traz em sua história conhecimento
mais evoluído quanto ao trato com as coisas densas.
PERGUNTA:
Não havendo progresso material, então mesmo que espíritos altamente
inteligentes tivessem idéias brilhantes nada poderiam fazer?
RAMATIS:
Existe uma espécie de comensalismo entre cada espírito e o astro intruso, pois
o espírito beneficia-se com sua presença no astro em termos de evolução, mas o
astro não obtém qualquer ganho ou prejuízo com a presença de um espírito em sua
crosta.
Vejam
o que acontece hoje com o homem na Terra. Embora na parte física já esteja
provado que a vida é dinâmica, a grande maioria da humanidade ainda não
entendeu que a evolução espiritual baseia-se no mesmo princípio, e não na Lei
da Estática e da passividade, tão antiquadas quanto as ideias científicas
primitivas na Terra.
No
ambiente do astro intruso tudo isso ficará mais evidente para cada espírito,
apesar de que os momentos de aprendizado sejam obviamente diferenciados.
PERGUNTA:
O astro intruso assemelha-se então ao que os homens denominam de inferno?
RAMATIS:
Insere-se na flexibilidade à disposição da espiritualidade de luz, na educação
de entidades rebeldes, que não atingem a necessária maturidade evolutiva. Ao
invés de ser o érebo que os homens imaginam, constitui-se, no seu aspecto de
morada reencarnatória, em sistema prisionário cujas grades e grilhões são as
mazelas e imperfeições desenvolvidas pelos próprios detentos. E como toda
provação, o estágio nesse plano não se distingue como castigo, mas na melhor
forma de manifestar a didática divina, com uso da linguagem que tais espíritos
sofredores entendem.
Não
conseguiriam despertar a razão se fosse de outro modo.
PERGUNTA:
Todos os espíritos terrestres que forem atraídos pelo astro intruso encarnarão
nele, mesmo por curto período?
RAMATIS:
Inúmeros espíritos que se encontram encarnados na Terra, ou mesmo desencarnados
ao redor dela, encontram-se em verdadeiro estado de alienação espiritual,
descuidando-se sobremaneira de suas evoluções. Adotam comportamentos voltados
para vícios e outras imperfeições, que não se traduzem efetivamente como
atitudes agressivas contra terceiros,
mas
contra eles mesmos. Sendo assim, em alguns casos a encarnação no
astro
intruso seria demasiadamente pesada para eles. E a solução é a permanência por
certo período no âmbito etéreo do astro, sofrendo com as vibrações negativas,
entretanto sem a necessidade de encarnar. Até que desembarquem em algum planeta
mais condizente com seus estados ainda imperfeitos. É o caso em que o astro
intruso funciona como um grande ônibus cósmico.
PERGUNTA:
Tendo cumprido o estágio encarnatório no astro, os espíritos que o deixarem
poderão retornar novamente para sua esfera?
RAMATIS:
Considerem o equivalente na Terra, quando alguém que esteve preso retorna ao
cárcere, após praticar novas faltas. Lembrem-se do que lhes disse sobre
flexibilidade. Da mesma forma que Deus é indulgente quanto àqueles que desejam
evoluir, também se mantém coerente no respeito ao livre-arbítrio de outros, que
retornam à senda da imperfeição. Espíritos reincidentes podem, assim, regressar
à esfera do astro intruso, quantas vezes for necessário, para que despertem a
razão sobre seus estados evolutivos rudimentares.
PERGUNTA:
No momento em que passar nas proximidades da Terra, o astro intruso, além de
imantar os espíritos rebeldes, atrairá algum tipo de matéria terrestre?
RAMATIS:
Vamos lembrar do que acontece no caso de órbitas binárias entre estrelas
densas, quando durante milhões de anos a massa de uma atrai a da outra formando
um corpo maior. Não é o caso entre o astro intruso e a Terra. Porém, será
verificado um processo similar de acreção, quando energias e plasmas negativos
da Terra, e ao seu redor na crosta etérea, forem atraídos para o astro. Pois
plasma negativo é matéria. Entendendo ainda que o plasma, ou massa, negativo a
ser transferido da Terra será difundido na forma de energia em umbrais
espirituais do astro, bem como em seus ambientes reencarnatórios, como energia
causadora de infortúnios e de tormentos, em emissões anisotrópicas, dependendo
do plano onde serão necessárias aos estados probatórios.
Considerando-se
que essas energias se traduzem em provações, e que provações nada mais são do
que ensinamentos divinos, então as cargas eletromagnéticas destes obedecem ao
espalhamento por meios diversos, conforme as possibilidades de aprendizado de
cada um que estiver no astro.
Pois
mesmo em um ambiente confuso, como o do astro intruso, Deus permite a didática
individual para seus filhos, apesar da homogeneidade das vibrações negativas
locais.
PERGUNTA:
Desde a Antiguidade fala-se na existência do astro intruso, conhecido por
outros nomes como “Nibiru”, “Marduk” e “Absinto”
Tratava-se
de simples profecia?
RAMATIS:
Profecias em parte fundamentam-se na lógica que desperta uma seqüência de
efeitos ordenados, assim como na habilidade de se compreender, ou perceber,
passado, presente e futuro como o eterno agora,
que
incorpora as contínuas manifestações do logos, ativadoras da memória
existencial de cada espírito.
No
caso do astro intruso, ele já passou nas proximidades da Terra em outras
ocasiões, quando o planeta ainda se encontrava em seus processos embrionários
ou primários. Momentos em que espíritos conscientes de seus estados, e
solicitando novas chances, foram transferidos do astro intruso para o orbe
terrestre, porém conservando nas respectivas memórias etéreas a passagem pelo
astro que os transportou.
Essa
informação, latente nos espíritos imigrantes, passou a ser difundida entre as
civilizações antigas por intermédio de manifestações mediúnicas, corroboradas pelas
intuições daqueles que viveram as experiências probatórias em estágio no astro.
Apesar de que, é bom frisar, naquele período da humanidade o mediunismo fosse
encarado como contundente manifestação de sábios curandeiros.
PERGUNTA:
Então, aqueles que viveram no ambiente do astro intruso conservam esse período
na memória espiritual, e depois revelam alguns fatos pertinentes, como
intuições recebidas que na prática são sutis recordações dessa passagem?
RAMATIS:
É o que ocorre, mas não somente com aqueles que encarnaram no astro, ou que
foram levados por ele no transporte cósmico. Também os que ficaram na Terra e
passaram pela experiência do apocalipse conservam o fato latente em suas
memórias. Ele se revela por ocasião do desenvolvimento mediúnico de alguns, e
por sonhos com maremotos e cataclismos, eventos assustado revestidos como
simples pesadelos.
PERGUNTA:
Os espíritos que desembarcarem no plasma da Terra, vindos do astro intruso,
são, dessa forma, extraterrestres?
RAMATIS:
A imaginação costuma orientar os homens para seres extraterrestres que se
apresentam com pele verde, longas antenas partindo das têmporas, entre outras
características físicas grotescas ou grosseiras aos seres humanos. São
caricaturas de aparência monstruosa, que amedrontam como grandes insetos.
Dificilmente um extraterrestre é desenhado como uma figura humana.
Extraterrestre
significa alguém não oriundo da Terra, da mesma forma que o não originário de
Marte é extramarciano. Existem inúmeros planetas habitados no plano físico
integralmente por espíritos que emigraram de diversos orbes, fato bastante
comum nos programas evolutivos que se processam no Universo. A própria função
do astro intruso estabelece, como já foi mencionado, a distribuição de
espíritos por planetas hospedeiros, onde serão estrangeiros em estágios
probatórios.
Sob
o ponto de vista dos encarnados na Terra, quem nasce fisicamente no planeta é
um ser terrestre, embora, sob o ângulo da espiritualidade, possa ter vindo de
outra galáxia sendo extraterrestre.
PERGUNTA:
E quanto aos seres extraterrestres encarnados em outros planetas, recebem
também alguma influência do astro intruso?
RAMATIS:
Seja qual for a forma que tiverem em suas moradas físicas, as quais são
adaptadas às exigências do meio ambiente local, ou mônada, estarão sujeitos às
influências que os habitantes da Terra também sofrerão, desde que alinhados na
órbita do astro. Isso porque os corpos densos podem registrar modificações,
dependendo do estágio material em que os espíritos se encontram, mas estes
últimos trazem na essência a eterna presença de Deus. E essa assertiva é que
apresenta todos os seres do Universo como passíveis da regra simples da
interseção energética, que lhes desperta a evolução.
O
foco comum a todos é Deus. As disjunções ficam por conta das disparidades
evolutivas de cada um, as quais podem ou não sintonizar com as imantações do
astro intruso. Por conseguinte, todos estão naturalmente à disposição dos
programas evolutivos, pois, caso contrário, estaria sendo estabelecido o
paradoxo entre Deus e evolução.
PERGUNTA:
Existindo outros astros intrusos, com as mesmas funções que conhecemos deste
que se aproxima da Terra, suas órbitas podem ser intergalácticas?
RAMATIS:
Tudo é possível no Universo conforme os desígnios divinos.
O
que parece impossível ou intransponível para o homem, dadas as suas limitações
físicas e etéreas evolutivas, muitas vezes são eventos e fenômenos programados
há milênios, nos projetos de desenvolvimento espiritual. Retorno então a falar
de flexibilidade. Não existem regras rígidas na criação divina, a não ser a do
amor supremo e eterno, no que tange às responsabilidades dos atos e das
conseqüências. Deus não é apenas um grande arquiteto na construção de moradas
para seus filhos, mas um exímio matemático que geometriza a perfeição na
interligação universal. E essa interligação também assume o aspecto de
interação, embora os espíritos que se encontram em evolução não percebam a
dinâmica que a envolve. Deus lhes fala por vários meios, mas eles não ouvem.
Deus lhes mostra caminhos ricos em alternativas construtivas, mas eles não
vêem. Deus manifesta-se em cada um, mas eles não sentem.
Então,
surge a necessidade de inúmeros instrumentos, sendo os astros intrusos um
exemplo de essência grosseira, para que muitos espíritos possam através deles
evolver e aprender como interagir com o Pai Celestial.
E
as órbitas desses astros desenham elipses intra ou intergalácticas,
dependendo
da programação estabelecida a evolução cósmica
PERGUNTA:
Muita curiosidade cerca a questão que envolve o astro intruso. Como isso pode
afetar os homens?
RAMATIS:
Um dos maiores desvios que lesam a humanidade é a curiosidade sem objeto
definido. Procura-se saber sobre os acontecimentos com a finalidade primordial
de comentá-los e de levá-los adiante, no anseio de se falar sobre um assunto
que se firma como mera notícia sensacionalista e superficial, causando
perplexidades e animando egos.
Muitos
que ouvem e falam sobre o astro esquecem do mais importante, que é a
preocupação de entender o seu significado no âmbito do planeta.
E
quando se aborda o planeta, deve-se incluir aí não somente a estrutura física
terrestre, como também a dinâmica que reveste os seres que nela vivem. Da mesma
forma que grandes comentários são também levantados quanto à influência da
passagem do astro sobre o eixo da Terra.
Porém,
esquecem os homens de tentarem compreender suas posições particulares,
individuais, quanto à atuação do astro no que diz respeito às suas vidas. A
passagem do astro é étero-física, mas sua aproximação é de simbolismo ímpar
para a evolução espiritual.
PERGUNTA:
A curiosidade então deve ser substituída pela meditação a respeito da ação do
astro?
RAMATIS:
A questão das conseqüências físicas não é o objeto maior.
Vamos
pensar um pouco a respeito. Os homens preocupam-se sobremaneira com cataclismos
e desastres globais, que podem anteceder o final dos tempos, gerando número
considerável de vítimas. Entretanto, esquecem que estão sempre posicionados
frente ao cataclismo individual que é a morte do corpo denso, inevitável para
todos os encarnados. A maior preocupação, o que em geral não ocorre, deveria
ser com o influxo de seus atos ainda em vida, e os frutos precitos que deles
podem advir.
Portanto,
ao se inteirar sobre o astro intruso, e suas funções no âmbito da
espiritualidade, devem, antes de mais nada, refletir sobre as próprias
imperfeições, pois estas é que os tornam passíveis de serem imantados pelo
grande globo de provas. Seja para processos reencarnatórios, seja para
conduzi-los a moradas inferiores em planetas primários.
PERGUNTA:
Essa questão de espíritos saírem de um determinado planeta para cumprirem
provas em outro menos evoluído não contraria a irreversibilidade da evolução
espiritual?
RAMATIS:
A prova de que não contraria é a própria existência do astro intruso, onde
encarnam espíritos que preferiram ficar à esquerda do Cristo,
por
força do livre-arbítrio mal utilizado. Assim, um espírito pode obter nova
chance em um planeta, adquirir carmas graves, e ser obrigado a voltar para um
orbe inferior para receber ensinamentos mais objetivos. É o mesmo que ocorre na
Terra quando um presidiário, após cumprir sua pena, comete novos crimes e volta
para a prisão. Ele deixou de evoluir como espírito?
Não,
mas tornou sua evolução lenta e sofrida.
PERGUNTA:
A passagem do astro causará sérios danos à Terra?
RAMATIS:
Por ser essencialmente um orbe acumulado de vibrações embrutecidas, contendo
plasmas que sintonizam a desordem e o caos, a influência sobre a Terra
abrangerá também a formação de desastres naturais em larga escala, os quais
serão antecedidos por acontecimentos marcados pela violência entre os homens.
Desencarnes em massa, principalmente de espíritos rebeldes, é o caminho para
que estes sejam imantados para o astro, onde iniciarão suas jornadas cármicas.
PERGUNTA:
O caminho dos que vão migrar para o astro intruso passa então pelo desencarne?
RAMATIS:
A estrutura étero-densa do astro imantará seres ignorantes desencarnados que já
estavam ao redor da aura terrestre, bem como aqueles espíritos atrasados que
deixarão seus corpos densos durante o período caótico que se espalhará no
planeta. Não ocorrerão atrações físicas produzindo desaparecimentos misteriosos
de indivíduos encarnados, ou mesmo a atração de corpos densos para o céu. Isso
é pura fantasia.
PERGUNTA:
Algumas profecias sobre o final dos tempos apresentam homens sendo arremetidos
fisicamente ao espaço. O que seria isso então?
RAMATIS:
Tais cenas nada mais são do que as conseqüências dos fortes maremotos e
turbilhões que afetarão a maior parte do planeta. Os homens não serão
arremetidos fisicamente ao espaço, na direção do céu, mas arrastados pela força
das águas e dos ventos devastadores na própria Terra.
PERGUNTA:
Muitos homens, em tom sarcástico, costumam afirmar que “não estarei mais aqui,
por isso não me incomodo”, quando este ou aquele desastre natural ocorrer,
conforme previsões da ciência para grandes mudanças climáticas ou explosões no
sistema solar. Podem falar o mesmo sobre o astro intruso?
RAMATIS:
Quando a ciência prevê o fim do Sistema Solar, ou grandes mudanças na estrutura
da Terra, com o avanço significativo do mar, por exemplo, faz projeções para
tantos milhares de anos à frente, que desperta entre os encarnados esse tipo de
observação mordaz.
No
caso da passagem do astro intruso, os homens terão de aceitar a realidade de
que eles poderão estar aqui sim, sejam encarnados ou desencarnados, pois, tais
afirmações jocosas envolvem mentes materialistas que não vêem além da crosta
densa terrena, descuidando-se da transcendência espiritual.
Portanto,
todos os encarnados e desencarnados que tiverem decretado o próprio juízo
final, pelas imprudências e imperfeições que desenvolveram no planeta, estarão
sintonizados com o astro, independentemente do fato de estarem encarnados ou
não. A única diferença é que os encarnados que migrarem serão conduzidos de
volta ao mundo etéreo pelos processos de elevada violência, que sacudirão o
planeta pela aproximação do astro.
A
rigor, o presente cotidiano da Terra, com o aumento da violência urbana,
guerras, epidemias e desequilíbrios naturais, já é pequena amostra do porvir
dos próximos anos, quando o astro estará cada vez mais perto e suas vibrações
negativas mais intensas.
Considere-se,
ainda, o fato de que inúmeros irmãos embrutecidos que desencarnaram
recentemente na Terra, não terão nova chance no planeta tão cedo, estando já
prontos a ingressar na esfera magnética do astro que os conduzirá embora.
Portanto, afirmações sarcásticas quanto ao fenômeno devem ser substituídas pela
percepção que revela a realidade evolutiva de cada um, encarnado ou não. Nunca
a autocrítica foi tão necessária na história recente da Terra.
PERGUNTA:
Pode nos falar mais sobre a influência do astro sobre espíritos encarnados e
desencarnados na Terra?
RAMATIS:
No contexto global, todos os que se encontram encarnados na Terra, ou mesmo os
desencarnados em planos espirituais sintonizados com o plasma denso, serão
atingidos de alguma forma, isso é inevitável. Mas o nível de influência sobre
cada espírito decorre de seu estado evolutivo. A força da atração será maior
sobre aqueles que apresentam, em seus registros vibratórios, sintonia adequada
com as energias que emanam do astro, configurando alta correlação positiva em
termos de hipótese matemática, que fornecerá os indícios sobre aqueles que de
fato serão afastados do planeta. Entendam que apresento a medida de correlação
como raciocínio, sobre as grandes matrizes associativas dos princípios mentais
de cada espírito, em relação às energias contidas no astro e por ele emanadas.
Baixas
correlações positivas, entretanto, não se estabelecem como suficientes para
forte atração, tendo em vista que não existem seres perfeitos além de Deus. E
justamente aí está o princípio que rege a regra de emigração. Que, antes de ser
uma fronteira numérica, indicando a transferência daqueles que estão acima de
determinada correlação energética com o astro, preocupa-se, também, com outra
medida psíquica, a inclinação moral de cada espírito.
Dessa
forma, o processo de atração, além de estar vinculado à sintonia em termos de
forte associação, ou correlação, é pertinente à tendência de comportamento de
cada espírito. Ou seja, a tangente, ou inclinação, que orienta a conduta
individual numa análise psicométrica. Por esse motivo, o astro intruso não
apenas age sobre a inclinação do corpo físico da Terra, determinando o novo
eixo, mas também identifica a inclinação moral de cada espírito, formando o
conjunto natural daqueles que deverão emigrar do planeta.
PERGUNTA:
Ficou explicada a forte correlação positiva entre vibrações individuais e as emanadas
do astro, como um fator primordial de atração. Isso significa dizer que aqueles
que apresentam correlação negativa estariam imunes à atração?
RAMATIS:
Em termos de raciocínio matemático sim, pois significa que suas respostas
comportamentais são, fundamentalmente, contrárias aos estímulos grosseiros e
imperfeitos. Para a grande maioria dos influxos contraproducentes percebidos, a
reação desses espíritos é adversa, no senso de repelir, pela evolução moral já
conquistada, valores que não se coadunam mais com suas mentes voltadas para
Deus. Nessa categoria estão espíritos evoluídos que não se encontram mais
presos à crosta terrestre.
É
importante compreender que numa relação de determinação associativa, como a
correlação vibracional com o astro, valores altamente positivos indicam
interação e sintonia, enquanto inexistência de correlação assumindo valor zero,
ou mesmo abaixo de zero, demonstra predisposição de rejeição à negatividade
emitida pelo astro. Cada um pode, assim, estar positivo para aceitar as
vibrações do astro intruso, dando resposta afirmativa, ou, por outro lado,
estar negativo para elas, rejeitando-as. Lembre-se de que se alguém se torna
negativo para o negativo, tem como produto carga magnética de sinal positivo
que anula a imperfeição. Mas, quem se apresenta positivo para a emanação
negativa do astro demonstra aceitá-la, pois também está produzindo energia de
sinal negativo. E então será atraído.
Esse
é o raciocínio matemático.
PERGUNTA:
Suas afirmações anteriores seriam de que os homens desvinculam-se
voluntariamente dos efeitos da passagem do astro?
RAMATIS:
O escopo da passagem do astro não é apenas o planeta Terra em si, mas
principalmente os homens e os espíritos que nele se encontram, e que não
souberam construir em seus próprios íntimos a edificação espiritual de que
tanto necessitavam. Perderam mais uma oportunidade em suas vidas cósmicas.
Problema que só pode ser corrigido pela habitual paciência divina,
que
conjuga perdão e renovação em sua essência.
PERGUNTA:
Muitos espíritos desencarnados possivelmente serão testemunhas da partida de
entes queridos no astro intruso?
Isso
os perturbará?
RAMATIS:
Da mesma forma que a morte do corpo físico separa entes queridos, o fenômeno de
atração do astro intruso também provocará eventos similares. E, assim como a
separação pela morte do corpo físico é momentânea, pois o mundo espiritual
promove reencontros nos caminhos da evolução, o mesmo ocorrerá entre aqueles
que partirem e os que permanecerem na Terra.
Os
homens que ainda se encontram encarnados sofrem com a sensação de imobilismo e
de impotência frente à grandeza do Universo. Por estarem limitados pela matéria
não possuem o senso de expansão do ser, que na prática é a capacidade de
exercitar as múltiplas funções da mente.
E
imaginam que separações dessa natureza representam o adeus definitivo entre
entes queridos. Se assim fosse, estaríamos admitindo que Deus separa irmãos de
forma cruel e fria, deixando-os ao sabor da eterna saudade e sofrimento.
Mas
o Pai promove essas separações momentâneas justamente para que ocorram uniões
definitivas, quando, após aprendizados obtidos em várias moradas, os espíritos
passem a vibrar nas mesmas sintonias mentais descobrindo a luz que os envolve.
Ocorrem, então, os reencontros que estabelecem a plena felicidade de famílias
espirituais e de chamas gêmeas de sintonia espiritual similar.
PERGUNTA:
É possível a presença de obreiros de luz trabalhando no astro intruso?
RAMATIS:
Deus é onipresente. Mesmo nas trevas Ele se manifesta à espera de ser
descoberto, o que depende daqueles que ali vivem. E não poderia ser diferente
quanto ao astro intruso. Em primeiro lugar, Sua luz brilha em todos os que se
encontram naquele orbe. Depois, nos que se prontificam a instruir os que ali
habitam. Caso contrário, teríamos um cárcere sem guardas, ou um hospital sem
médicos e enfermeiros, ou uma escola sem professores.
Os
espíritos ignorantes estariam condenados à eternidade das provações, por não
encontrarem quem lhes mostrasse o caminho da redenção, vivendo no círculo sem
fim do sofrimento.
Deus
não é um Pai que abandona Seus filhos à própria sorte. Dessa forma, a presença
de espíritos de luz, em dedicado esforço energético, é primordial para que
sejam executados os programas evolutivos dos que migram ou reencarnam no astro.
PERGUNTA:
Aqueles que trabalham como instrutores no astro intruso são obreiros
permanentes do local?
RAMATIS:
Alguns poucos sim, mas essa permanência não é eterna, e a grande maioria é
regularmente substituída. São trabalhadores abnegados que chamo de “Peregrinos
do Sacrifício”, dispostos a auxiliar no processo educacional daqueles que ali
passam suas terríveis provações.
A
cada passagem por planetas onde o astro atua alguns novos colaboradores se
juntam aos demais, voluntariamente, para tarefa tão difícil. Quando o astro
intruso, que na realidade é um planeta, passa pela posição mais próxima de seu
Sol Central, o periélio, recebe carga eletromagnética para que os espíritos de
luz que ali trabalham se fortaleçam energeticamente.
PERGUNTA:
A expressão evangélica “ranger de dentes” seria referência sibilina do estado
dos seres encarnados no astro intruso?
RAMATIS:
Espíritos que são atraídos para o astro intruso já passaram por fases de
exercício do poder, bem como por ciclos de avançado desenvolvimento intelectual
em planetas diversos, onde construíram significativo nível de conhecimento, que
não foi utilizado apropriadamente,
conforme
os propósitos do amor e da caridade.
Ao
reencarnar, na esfera grosseira do astro, conservam em suas mentes espirituais
todo o conhecimento adquirido, transmitido intuitivamente para a mente do corpo
denso, a nova consciência encarnada. Sem que, entretanto, possa ocorrer sua
utilização prática, dadas as condições altamente impróprias do orbe local. Em
outras palavras, o espírito encarnado sente-se naturalmente capaz de conviver
com a modernidade material, como a atual da Terra, mas só encontra no astro o
anacronismo generalizado. Como se um engenheiro fosse obrigado a voltar para o
banco de alfabetização.
E
esse contraste absurdo atinge o espírito frontalmente no ego, fazendo com que o
orgulho se torne um pólo de irritação e de padecimento.
É
o calvário da razão, razão essa que ele não soube utilizar no pretérito.
E
a expressão “ranger de dentes” decorre de sentimentos inferiores, notadamente
aqueles provenientes da dor e da ira. Apresenta-se como resposta do espírito
contaminado pelas imperfeições da mente, no irromper do descontentamento com o
próprio ser. O aparente rancor voltado para terceiros, na realidade é uma forma
embrutecida de expressar a impotência frente às vibrações negativas,
manifestando a fraqueza consequente da prática de gestos equivocados. Assim,
“ranger de dentes” é muito mais uma forma simbólica, que se adapta plenamente
ao plano reencarnatório do astro intruso.
PERGUNTA:
Perguntando de novo, o fato do espírito descer tanto em termos materiais então
não significa involução espiritual?
RAMATIS:
Conquistas espirituais são perenes, apenas os espíritos muitas vezes têm
memória curta em relação ao que aprendem, deixando de aplicar seus
conhecimentos na seara da evolução. A migração para o astro intruso representa
uma involução material, como um curso de reciclagem para aqueles que esquecem
do aprendizado adquirido. Tal estágio reacende o combustível divino apagado, o
qual foi conquistado com a existência e esquecido, mas nunca deixou de estar
presente naquele espírito.
PERGUNTA:
Isso é uma afirmação de que a reciclagem é fundamental para espíritos em
evolução?
RAMATIS:
A reciclagem é o reforço do aprendizado e pode ser prescrita de forma dolorosa
em casos da rebeldia de certas entidades espirituais.
No
entanto, todos os espíritos, sem exceção, encontram-se em processo evolutivo
contínuo. A curva da evolução é representada por cálculo matemático integral,
caso contrário Deus estaria impedindo seus próprios filhos de crescer na
eternidade infinita do conhecimento. Apenas uns são
verdadeiros
autodidatas, aprendendo e reaprendendo pela razão e pela autocrítica, sendo
humildes no ouvir, e sábios em admitir não saber.
São
aqueles que não cansam de estudar e repetem as máximas divinas para que estas
não caiam no esquecimento. E assim reciclam-se pelo próprio mérito, descartando
o sofrimento.
PERGUNTA:
Há possibilidade de estabelecer um tempo médio de permanência de espíritos no
astro intruso, entre o embarque e o desembarque?
RAMATIS:
A permanência de espíritos no astro intruso decorre das necessidades evolutivas
de cada um que ali vive, não havendo um prazo exato, como condenações que
ocorrem na Terra, impondo-se ao réu certo número de anos de aprisionamento.
Mais uma vez recordo a flexibilidade que rege o bom senso dos desígnios
divinos. O importante das provações não é a nota que o discípulo obteve com
elas, tampouco o número de anos que as marcaram, mas o aprendizado obtido e
reforçado no espírito.
Aqueles
que embarcarem no astro poderão, nas passagens seguintes por outros planetas,
serem alocados nesses orbes, por já terem adquirido o conhecimento necessário
sobre suas imperfeições, pedindo por socorro e novas chances em planetas mais
evoluídos.
Da
mesma forma que outros espíritos são meramente transportados por esse ônibus do
infortúnio, mas que se transforma com o tempo em cárcere da salvação,
despertando mentes obscuras para seus estados reais de desespero e desamor.
Quanto
àqueles que embarcarem a partir da Terra, só retornarão ao planeta após nova
passagem do astro intruso dentro da órbita programada, ou seja,
6.666
anos. Antes disso não será possível, dadas as condições terríveis que cercam
seus espíritos. Poderão desembarcar antes em outros planetas,
conformea
flexibilidade que mencionei, mas não na Terra.
PERGUNTA:
Mesmo passando longe da órbita da Terra será possível o transporte desses
espíritos para o nosso planeta?
RAMATIS:
Quando o astro intruso passa longe da órbita terrestre ele tem a função de
simples ônibus cósmico, trazendo de volta aqueles espíritos que já podem
retornar, ou conduzindo aqueles que se apresentam como voluntários para o
trabalho de assistência naquele orbe.
PERGUNTA:
O renascer no astro intruso representa simbolicamente o renascer de espíritos
trevosos?
RAMATIS:
Percebam o que ocorre nas encarnações e reencarnações vivenciadas na Terra. O
renascer é a didática para que o espírito aprenda com as provações, e
eleve-se pelo esquecimento que anima o perdão e incentiva a evolução. Apenas as
provações não atingem seus propósitos quando aqueles que deveriam ser
beneficiados entregam-se, pelo livre-arbítrio, à revolta contra a pertinência
divina. E abraçar a antítese de Deus é colocar-se ao serviço das trevas, simbolicamente
ao lado esquerdo de Jesus.
O
ingresso reencarnatório no astro intruso, assim, tem seu significado próprio.
Por analogia não corresponde ao renascer que capacita o processo evolutivo
baseado no desenvolvimento da matéria, como ocorre na Terra,
mas
numa espécie de renascer cósmico, que conduz o espírito revoltado ao estado
primaríssimo da matéria, dando ênfase ao etéreo.
Ele
passará a entender que sua principal referência não é mais aquele mundo físico
arcaico, vibrante da obsolescência que o perturba, mas as imperfeições que traz
no ser, e que precisam ser transmutadas. É como se um espírito velho morresse
para o passado sem perder os ensinamentos recebidos, tornando-se novo pela
percepção das faltas à medida que vive na matéria estacionada. Tal qual uma
reencarnação cósmica. O que também significa dizer ser o astro intruso uma
fonte renovatória para o despertar de princípios morais por meio do sofrimento
PERGUNTA:
É possível o astro intruso destruir completamente a Terra?
RAMATIS:
Para os homens que estão na Terra, a vida é um enorme risco calculado, sujeita
a diversas intempéries, que se constituem, na verdade,
como
frutos das imperfeições dos próprios homens. E esse senso de heteronomia faz
com que as leis que regulam o Universo tornem-se desconhecidas, sendo vistas
como sutis ameaças destrutivas ao planeta.
Os
homens vivem na Terra como contando com a sorte, frente às chuvas de meteoros e
outros eventos espaciais. Por isso, nem pensam muito quanto à possibilidade do
planeta ser atingido no curto prazo por choques de galáxias,
explosões
de estrelas, ou passagens de astros.
A
humanidade está mesmo longe de conhecer os fundamentos básicos do Universo, bem
como as leis que o regem, inseridas na programação da espiritualidade
construtora, conforme a orientação divina. Quanto ao astro intruso, deverá
causar danos profundos no planeta, mas não destruí-lo, pois assim foi
programado para a Terra. Sua ação, como já foi visto, provocará desastres
naturais de conseqüências irreversíveis, quando maremotos farão os oceanos se
apoderarem de áreas que hoje se constituem em solo seguro,
erupções
vulcânicas, além da eclosão de inúmeros ciclones e terremotos, acompanhados de
fortes chuvas e inundações.
Porém,
não exatamente em todo o planeta, mas na maior parte dele.
PERGUNTA:
A absorção pelo astro intruso das entidades negativas se dará exatamente quando
de sua passagem ao largo do planeta?
RAMATIS:
A ação destrutiva do astro ocorre à medida que ele se aproxima da Terra,
lançando sobre ela seu magnetismo avassalador. Isso causa nesse período o
crescente fortalecimento das negatividades no planeta, com os desastres
naturais e da maior violência entre os homens, em larga escala, como as guerras
e os atentados terroristas, ou em aspecto localizado como as agressões e os assassinatos,
até mesmo intrafamiliares. Bem como o recrudescimento de atos vinculados aos
excessos, como o uso de drogas, o paroxismo sexual atrelado a práticas
desvinculadas de amor verdadeiro, a extrema corrupção, os processos obsessivos
de toda ordem e as fortes desconfianças recíprocas, reforçando ciúmes e inveja,
acrescentando-se o aparecimento de epidemias de origens desconhecidas e a
transmissão para os homens de vírus e de bactérias que antes atacavam apenas os
animais.
O
auge dessas negatividades ocorre quando o astro estiver mais próximo do
planeta. Porém, a atração dos seres que para ele migrarão se verifica em três
etapas básicas. A primeira, na aproximação do astro, quando eles são alocados
nas profundezas dos umbrais em torno da Terra, como imobilizados em solitárias
e em estado de torpor, aguardando a chegada do astro para serem levados. A
segunda, no exato momento da passagem do astro, que conduzirá as entidades
espirituais que estão desencarnando naquele momento, bem como as que se encontram
meio à confusão que se estabelecerá nos planos espirituais inferiores.
Finalmente, a terceira etapa vem logo após a passagem do astro, e se refere aos
espíritos que desencarnarão em momentos posteriores aos cataclismos, por ainda
terem por pouquíssimos dias ou horas certa função no planeta.
Suas
idas serão através de canal impulsor, que estimula a atração pela onda mental.
É como se eles mesmos percebessem estar atrasados no embarque do astro e o
perseguissem no desejo de se vincular à negatividade que ele proporciona e que
os atrai. Sem que saibam o que estão realmente escolhendo, em processo que se
assemelha a uma grande ratoeira denso-etérea.
PERGUNTA:
Apenas os espíritos serão levados, ou também as cargas as energéticas que os
cercam?
RAMATIS:
Espíritos que não cuidaram de transmutar suas imperfeições estão em tal
situação negativa, que levam em suas constituições todo o aparato que
construíram em suas passagens pela Terra. Em verdadeiras bagagens que mais se
aproximam de lixo etéreo, vibrando forte magnetismo caótico e sentimentos de
dor e de angústia, bem como energias formadas de larvas, de miasmas, e de
espectros diversos de animais peçonhentos, trabalhos de magia negra e outras
raízes malignas que cultivaram. Incluem-se aí as vibrações de seus kamarupas.
Todo
esse lixo cármico então é conduzido para o astro, ampliando lá o grande
depósito de detritos cósmicos, que reforçará os estágios probatórios de todos
que ali se encontram. Isso demonstra que os espíritos atraídos para o astro
edificam suas próprias provações, vindo ao encontro da afirmativa de que não é
Deus que os castiga, mas apenas os deixa conviver com as próprias obras,
permitindo-lhes que as sintam no íntimo. Por essa razão, o astro intruso também
é denominado de planeta higienizador, pois não só conduz os espíritos, mas
também a sujeira etérea que fabricaram. Como disse Jesus, “a cada um segundo as
suas obras”
PERGUNTA:
Os espíritos desencarnados que continuarem em torno da Terra após a passagem do
astro intruso serão conduzidos às colônias espaciais como, por exemplo, o Nosso
Lar ou Mahadom?
RAMATIS:
Inúmeros espíritos que continuarem em torno do planeta serão convidados a ser
auxiliados nos centros hospitalares das colônias fraternas do espaço. Tudo vai
depender do livre-arbítrio deles.
Pela
experiência que temos de outros cataclismos, tanto na Terra quanto em outros
planetas, muitos recusarão ajuda, aturdidos pelos graves acontecimentos que os
fizeram desencarnar. E, desse modo, permanecerão na erraticidade em torno da
Terra. Será um bardo confuso e sofrido.
Mas
isso não impedirá que os grupos de socorro continuem oferecendo-lhes o auxílio
do qual tanto necessitarão.
PERGUNTA:
Em relação à inclinação atual da Terra, como isso ocorreu? Deve-se à carga
negativa que a envolve?
RAMATIS:
A forma e a substância da Terra em termos de estrutura física e de vida,
tiveram início com as fortes cargas magnéticas de fohat que deram partida aos
contornos atuais, impregnados com a consistência mantenedora do prana e a
dinâmica renovadora do kundalini. O que consiste, na prática, na trilogia hindu
de Brahma, Vishnu e Shiva, respectivamente estereótipos do criador, do
mantenedor e do renovador por meio da destruição transmutadora. E, no pretérito
da Terra, as civilizações primitivas, inclusive as iniciáticas como a atlante,
à medida que evoluíam material e culturalmente, não proporcionavam a
contrapartida do progresso espiritual, tornando-se passíveis de consistentes
mudanças de rumo para que retomassem o caminho no sentido da evolução, exigindo
simbolicamente a força do “sopro de Shiva”, o transmutador.
Por
outro lado, a cada passagem do astro intruso, em sua órbita de 6.666 anos,
dependendo do grau evolutivo do planeta, a presença dele pode ser mais ou menos
influente. Se a Terra se encontrasse em processo natural de acomodação
energética, com os homens momentaneamente pouco ou não sintonizados com a
vibração negativa do astro, apenas pequenos problemas geológicos poderiam
ocorrer durante sua passagem, tendo em vista que o elo magnético, o plasma
negativo, se torna mais tênue e enfraquecido, apesar do astro ser ainda
destruidor devido à sua velocidade. Mas ao passo que as imperfeições afloram,
gerando pesadas cargas negativas como as que se verificaram na Atlântida, por
exemplo, a sintonia com a passagem do astro intruso assume aspectos
demasiadamente fortes, produzindo um cordão magnético de elevada vibração na
sua passagem, que movimenta o planeta,
expurgando
naturalmente culturas e espíritos atrasados por intermédio de substanciais
inversões geomagnéticas, que alteram a inclinação da Terra.
Situação
que historicamente estabeleceu não apenas o desaparecimento da Atlântida,
contaminada pelo mau uso do saber, mas também criando inúmeros mistérios aos
olhos dos homens, como amostras de minas de sal nas montanhas, indícios de
culturas semelhantes em continentes distantes,
oásis
em meio a desertos áridos, fósseis marinhos em áreas distantes do oceano, o
lago Titicaca com suas águas levemente salgadas a quase 4.000 metros de
altitude na América Latina, entre outros. Fatos que provam ter ocorrido
importante modificação geográfica no planeta como um todo, a partir da
desagregação de solos e de alterações em oceanos.
Vamos
denominar, então, a inclinação da Terra como fruto de uma “ação de Shiva”, a
qual depende do grau de vibração que parte dos homens encarnados. Boas
vibrações são mantidas, pela intensidade do prana imantador e conservador de
Vishnu, sofrendo apenas pequenas alterações na correção de rumo, em
procedimentos criativos individuais ou coletivos, a partir de um estereótipo de
“Shiva pacífico” que transmuta para o progresso
tranqüilo.
Porém,
a existência de intensas vibrações negativas exige ação drástica pelo enfoque
de “Shiva furioso” na simbologia indiana, pela transmutação cármica pelo fogo
serpentino intenso do kundalini. Incendiar a matéria para renovar o espírito,
fazendo dos ensinamentos adquiridos até então a fênix dos que permanecem no
planeta e não acompanham o astro. E essa nova mudança do eixo da Terra deve
trazer à tona regiões submersas nos oceanos, mudando drasticamente o desenho do
mapa geográfico do planeta, para a formação de civilizações mais evoluídas e
voltadas para Deus.
Sendo
assim, todas as vezes que o planeta estiver carregado de vibrações negativas em
larga escala, e isso sempre se verifica em ciclos em que houve pouco
aprendizado, estará pesando e inclinando por ocasião da passagem do astro
intruso. E a ação do astro intruso ocorrerá tantas vezes quanto for necessário
para a construção de civilizações mais evoluídas e de maior aprendizado¹.
PERGUNTA:
Seria um procedimento niilista?
RAMATIS:
Não, porque não ocorre a destruição de tudo o que existe, que seria entendido
como pleno de carência de significação, para a construção do novo absoluto. É
preciso deixar bem claro que o que é destruído, em parte, é a matéria,
mantendo-se o espírito e todo seu complexo de aprendizado adquirido. Apenas
esse aprendizado deverá ser mais bem trabalhado em novas condições físicas, na
Terra que terá novo eixo e novas moradas, ou no astro intruso com seus planos
embrutecidos de fortes provações.
PERGUNTA:
Sua explicação deixa implícito que o astro já passou pela Terra antes, e ainda
passará outras vezes, mas em algum momento poderia não causar os danos tão
severos como os agora previstos?
RAMATIS:
Exato. Mas é utopia acreditar que isso será uma constante.
Os
danos causados pelo astro estão na mesma proporção das vibrações negativas
acumuladas e que circulam pela Terra. Pois não é somente a simples presença do
astro que promove a destruição em massa, mas também as vibrações geradas pelos
próprios homens, atraindo as forças do Apocalipse distribuídas pelo
eletromagnetismo do astro.
Portanto,
se os homens construíssem uma civilização de sólidos preceitos morais e
espirituais, poderiam quebrar a sintonia quando o astro passasse pela Terra em
outras ocasiões, sendo mantido o eixo do planeta sem alterações e sem desastres
geográficos de monta. E aí o astro teria uma função de transporte, de ônibus
cósmico, trazendo para o plano terrestre espíritos que desembarcarão no planeta.
Incluindo aí muitos dos que partirão agora, e que já terão aprendido o
suficiente com as provações em reencarnações no astro. Mas repito, isso é mera
utopia, pois a Terra continuará também recebendo inúmeros espíritos em evolução
vindos de orbes inferiores.
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¹
Shiva é um dos deuses da tríade hinduísta, mais comumente retratado no seu
aspecto “dancing Shiva”. Nessa roupagem, ele se apresenta dentro de uma roda de
fogo encimada por Yama, deidada ligada à Roda de Samsara (morte e
reencarnação), trazendo em suas mãos um tambor, uma flor de lótus e dançando
com a naja que representa a energia do kundalini.
É
a única deidade que possui dois consortes: Parvati e Kali. Ele dança com
Parvati em processos que envolvam a prosperidade, curas ligadas à regeneração
de órgãos e de tecidos e todos os processos de transmutação menos pesados.
Quando
se apresenta um processo de transmutação mais pesado, como por exemplo, em
casos de doenças sérias, Shiva terá Kali como parceira em sua dança. Parvati
vibra na cor verde e Kali no preto.
(Nota
de Rosa de Galles).
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PERGUNTA:
Mas se a passagem do astro é física, não seria contraditório dizer que sua
presença, nas condições de alta velocidade galáctica, não criaria problemas
para o eixo do planeta?
Mesmo
em estado de pureza espiritual a Terra não é um alvo fácil?
RAMATIS:
O aspecto cíclico do astro intruso estabelece que existem fases que ele não
tangencia a órbita da Terra, não provocando danos. Mas quando o faz, encontra
uma Terra carregada de plasmas negativos em final dos tempos. Isso ocorre
dentro da programação estabelecida, que vai de um cataclismo a outro. O tempo
de 13.332 anos é o suficiente para a humanidade promover o ápice da desordem e
do caos, e a espiritualidade já conhece essa história muito bem. O quadro se
repete, levantando o pano para a grande escola da evolução, que promove
renovadas chances para espíritos de inúmeras origens.
Entretanto,
se os homens, em um esforço fora do comum resolvessem em conjunto trabalhar
para suas respectivas melhorias, transmutando a Terra de modo a torná-la um
exemplo de plano virtuoso, formariam uma aura planetária extremamente leve,
tornando-a praticamente etérea e desvinculada de forças materiais negativas
quando na passagem do astro intruso. A influência seria primordialmente
vibratória em termos espirituais,
com
menos danos materiais do que normalmente ocorre. Também se isso sempre
acontecesse, a Terra deixaria de ser um planeta de expiação, perdendo suas
funções de escola de evolução. Ou seja, a Terra deixaria de ser Terra. Alguns
ciclos apresentam grande progresso, outros não, mas as vibrações negativas estão
presentes no planeta devido às grandes ondas migratórias que chegam de orbes
considerados inferiores.
PERGUNTA:
Então se todos os homens, “milagrosamente”, chegassem ao mesmo tempo ao
consenso sobre a necessidade de transmutar suas imperfeições, e se tornassem
amorosos, pacíficos e evoluídos não necessitariam mais da Terra?
RAMATIS:
Teriam de deixá-la. O astro intruso em sua passagem espalharia tal carga
eletromagnética negativa em termos espirituais no planeta, que causaria nos
habitantes um desconforto absurdo e absoluto, fazendo com que simplesmente
desencarnassem por não conseguirem conjugar seus levíssimos estados energéticos
com a intensa vibração do astro envolvendo o planeta. Apenas poucos abnegados
permaneceriam na Terra, dando prosseguimento à reconstrução da humanidade. Os
demais seriam transferidos para planos espirituais mais elevados, e a nova
humanidade da Terra, formada por levas migratórias de outros planos inferiores.
Mas é importante reafirmar, isso é pura utopia, pois por melhor que seja um
ciclo, a regeneração daquela humanidade não é completa.
PERGUNTA:
Esse ciclo de 13.332 anos é programado?
RAMATIS:
Tudo é planejado pela espiritualidade, conforme a experiência sobre planetas de
expiação como a Terra. Pois os avanços tecnológicos não são usados pelos homens
para o seu bem estar ou a frutificação da paz e da evolução do espírito. Pelo
seu mau uso, a tecnologia torna-se egesta, pois não atende aos princípios
evolutivos que lhe cabem. O devenir então é a retirada das conquistas materiais
humanas, da mesma forma que se retira de uma criança um brinquedo perigoso.
O
caso dos artefatos atômicos com fins bélicos é um exemplo.
O
avanço tecnológico vai sendo utilizado pelo homem como ponta da indústria
militar, e cada vez armas mais destruidoras são fabricadas.
As
experiências realizadas colocam não somente o plano denso do planeta em perigo,
como trazem graves problemas para o campo etéreo.
Com
a continuação, os homens fariam o papel do astro intruso de um modo muito mais
catastrófico, pois destruiriam por completo a Terra, não restando sobreviventes
após a onda de radiação e de destruição química. Os desastres naturais
provocados pelo astro intruso ainda permitem que sobreviventes reconstruam a
nova humanidade.
PERGUNTA:
A carga negativa assim se transforma em matéria no campo etéreo do planeta?
RAMATIS:
Os plasmas negativos gerados pelos homens comportam matéria mais sutil do que
aquela que vocês conhecem no plano denso, a qual permanece em torno do planeta
agindo de modo a renovar o caos e a edificar os umbrais inferiores. Cada vez
que uma explosão nuclear acontece, o campo etéreo da Terra sofre a
contrapartida dessa mesma explosão, do mesmo modo que assassinatos, guerras e
outros acontecimentos deploráveis geram plasmas que contaminam o campo etéreo.
Tudo isso será recolhido pelo astro intruso quando de sua passagem.
PERGUNTA:
Vamos sonhar. Se o astro intruso passasse pela Terra nos momentos de paz no
planeta, sem alterar o eixo e sem causar distúrbios graves, no modelo utópico
antes mencionado, estaria enquadrado teoricamente no aspecto mantenedor de
Vishnu?
RAMATIS:
Brahma cria pela sua suprema força eletromagnética do pensamento, e Visnhu
mantém o que foi criado.
Essa
é a simbologia para facilitar nossa explicação.
Evidentemente
que se o que foi criado é bem empregado, pacificamente e com amor pelos que o
utilizam, então permanece através dos tempos. As transmutações são também
pacíficas, correspondendo assim à ação de “Shiva pacífico”, que medita e cria
para melhorar. É o caso de alguém que constrói uma casa em pleno “ato de
Brahma”, mantêm a casa limpa e tranqüila pelo ato de Vishnu, e regularmente faz
obras de melhoria pelo “ato de Shiva pacífico”
Entretanto,
se alguém constrói uma casa pelo “ato de Brahma”, porém aqueles que vão nela
residir brigam pela posse exclusiva da casa e a destroem aos poucos pela falta
de manutenção, ignoram o “ato de Vishnu”
Então,
despertam o “ato de Shiva furioso”, que através do fogo kundalínico destrói a
casa para que as brigas cessem. E, em seu lugar seja construída nova morada com
outros habitantes, ou mesmo com os antigos mais sábios,
após
terem perdido momentaneamente o local onde viviam.
Com
a Terra não é diferente. Deus a criou com as belezas naturais que todos
conhecem. No entanto, os homens, com suas imperfeições, não a souberam
mantê-la, gerando a destruição transmutadora em consonância com o astro
intruso. O que não aconteceria se tivessem mantido no planeta o ambiente de paz
e de entendimento, transmutado apenas pelas iniciativas renovadoras e criativas,
de mentes espiritualmente evoluídas e científicas.
O
que demonstra ser Shiva o espelho das próprias condições humanas. Pacífico se
os homens assim o forem, e furiosamente destruidor se for esse o comportamento
humano. Em outras palavras, os homens colhem o que plantam.
PERGUNTA:
Causam certa apreensão suas afirmações sobre o destino dos habitantes da Terra,
bem como daqueles que vivem nas esferas espirituais em torno dela. Afinal, o
astro intruso deixará no planeta uma herança de dor e de destruição.
Não
existirão bem-aventurados que escaparão desse desastre?
RAMATIS:
Aproximadamente dois terços da população encarnada e desencarnada da Terra
seguirão com o astro intruso. Entre o um terço restante a grande maioria
permanecerá nos planos terrestre denso e espiritual, inicialmente pouco mais de
140 mil pessoas [no plano denso terreno], para que replantem as raízes da
civilização no planeta.
Apenas
poucos migrarão para outros planetas mais adiantados, onde receberão os frutos
de seus esforços transmutadores na Terra, sendo conduzidos por veículos etéreos
tipo vimanas, não pelo astro intruso.
Entre
o um terço restante a grande maioria permanecerá nos
PERGUNTA:
Esse tipo de classificação não pode criar nos homens a falsa impressão de
estarem salvos da ação do astro desde que sejam religiosos fervorosos?
RAMATIS:
Os homens sempre caíram nesse tipo de erro. Como que ao aderirem a determinada
religião, praticarem certos rituais, atravessarem as portas de um templo, ou
sintonizarem portais etéreos estão salvos de suas imperfeições. Aliás, tendem
ainda a se declararem salvos pelo próprio juízo,
condenando
às profundezas do inferno aqueles que não pensam como eles, ou mesmo seus
inimigos. Isso acontece porque acreditam que os remédios do espírito funcionam
de forma similar aos remédios da matéria, bastando tomar um simples comprimido
para a dor desaparecer.
Ainda
não entenderam que os remédios do espírito partem do interior de cada um, e que
as provações se constituem em coadjuvantes externos para que se descubra, no
íntimo, a força da transmutação. De nada adianta alguém praticar uma religião,
e continuar simultaneamente praticando as imperfeições de sempre.
O
astro intruso não pergunta sobre credos, tampouco pede documentos que comprovem
que alguém pertença a essa ou aquela religião.
Ele
simplesmente imanta a realidade de cada espírito. Se essa realidade sintoniza
com o astro, então não adiantam cores, roupas, bandeiras, credos e orações de
última hora.
PERGUNTA:
Não serão admitidos arrependimentos de última hora?
RAMATIS:
Qualquer que seja o momento, Deus recebe de braços abertos todos aqueles que,
reconhecendo os erros, esforçam-se para buscar a verdade e adequar o espírito à
evolução para o bem. Arrependimentos de última hora, entretanto, estão mais
vinculados ao medo e ao pânico do que à transmutação. É o mesmo caso do homem
que só lembra de Deus e reza quando está em perigo. Pouco adianta alguém se
dizer arrependido e logo após o cataclismo, com o advento da bonança, na Terra
ou no espaço etéreo,
voltar
a cometer todas as imperfeições anteriores.
O
esquecimento do arrependimento é fatal.
Dessa
forma, não será o arrependimento na hora do cataclismo que assume o caráter
salvífico, mas o nível vibratório do espírito de cada um, em desassociação com
as vibrações do astro intruso. Mesmo porque ao desencarnarem, os espíritos
serão atraídos para o astro por sentirem-se melhor naquele ambiente, condizente
com seus desejos viciosos.
PERGUNTA:
É natural que muitos questionem quem são os candidatos ao astro intruso. E até
apontem nomes. O que dizer no caso?
RAMATIS:
O homem estabelece um conceito equivocado sobre si mesmo porque analisa mais o
comportamento alheio, de modo severamente crítico.
A
negação dos atos do próximo, entretanto, não lhe abstrai a
responsabilidade de suas próprias ações, que podem ser tão imperfeitas quanto
aquelas que ele censura nos outros. Quantas vezes a possível alteridade que
condena uns, na realidade é um espelho do próprio reprovador que julga o
próximo como a si mesmo, sem perceber.
Vide
o exemplo da Inquisição, quando déspotas e promotores das trevas matavam em
nome da defesa do Cristo.
Portanto,
ao invés de se preocupar com a relação dos infratores, possíveis ocupantes da
nau dos infortúnios, procurem ver se suas ações não os levam também à condição
de eleitos para o astro intruso.
Esse
é o primeiro passo para apagarem seus nomes da lista de participantes de uma
viagem dolorosa.
PERGUNTA:
Existe assim a possibilidade de espíritos de outros planetas migrarem para a
Terra após a passagem do astro intruso?
RAMATIS:
A exemplo do que ocorreu em outras épocas, serão verificadas ondas migratórias
para a Terra, inclusive de alguns que partiram do planeta há milênios e agora
voltam conduzidos pelo próprio astro. Outros fluxos migratórios partirão de
determinados planetas em direção à Terra, tal qual aconteceu com os retirantes
de Siryus e de Capela.
PERGUNTA:
Esses retirantes são seres expulsos de seus orbes por mau comportamento, em
outras palavras é isso?
RAMATIS:
Não apresentam condições de permanecer em planetas mais evoluídos por ainda
conservarem imperfeições que transtornam as sociedades locais. Serão
transferidos para a Terra com o intuito de contribuir para o desenvolvimento
material do planeta, tendo em vista trazerem informações sobre tecnologias avançadas
que proporcionarão ao plano terrestre maior qualidade de vida, assim como
poderão cumprir seus carmas em ambiente apropriado.
Outros
migram de ambientes menos desenvolvidos que a Terra, encarnando
nela
como uma etapa evolutiva.
PERGUNTA:
Isso não se reflete no DNA dos novos homens sobre a Terra?
RAMATIS:
Os mecanismos da hereditariedade comportarão novas informações trazidas pelos
exilados ou novos alunos, que ao se unir àqueles que aqui ficaram produzirão
seres mais capacitados intelectualmente.
Os
códigos genéticos contarão com dados que antes não eram conhecidos na Terra,
favorecendo o progresso do planeta na construção de uma sociedade mais evoluída
do que a anterior, uma nova raça.
PERGUNTA:
A aproximação do astro intruso gera muitas discussões, principalmente no que
tange à veracidade de sua existência.
RAMATIS:
Durante séculos inúmeros homens, que se intitulavam apóstolos da verdade,
anunciaram o final dos tempos marcando datas.
A
eles somaram-se outros que previam o desabamento do Céu nas passagens dos
séculos e nos eclipses, tornando o tema um conjunto de verdadeiros espetáculos
circenses, marcados por linhas até cômicas, que produzem incredulidade.
Apocalipse revela-se uma palavra praticamente mitológica nos dias atuais,
caindo no lugar comum da vulgaridade como tema fugaz.
Certos
homens sustentam que a Terra ainda tem verdadeira eternidade pela frente, ou
não se importam com o fim do Sistema Solar, previsto para daqui a milhões de
anos. Acreditam apenas no Apocalipse do longo prazo, desconhecendo a existência
de inúmeros apocalipses na história do planeta. Sendo assim, devido ao
livre-arbítrio os homens têm o direito de acreditar no que desejam. Podem
acreditar ou não em Deus, podem aceitar ou não a vida após a morte, e podem
credenciar ou não a existência do astro intruso.
Tudo
é questão de lógica associada à fé. Pois se temos proposições que podem ser
vistas, por uns, como verdadeiras, e, por outros como falsas, então estamos em
face de contingências, cujas soluções reais dependem do raciocínio que vai
buscar valores no passado, associando suas ramificações com acontecimentos
presentes. Profecias já falavam,na Antiguidade, sobre a passagem do astro, suas
conseqüências e retorno. E essas conseqüências encontram-se espalhadas no
planeta, como as minas de sal marinho em montanhas, como mencionei antes.
Kardec
no livro “A Gênese”, capítulo IX, item 13, já havia registrado que se deve
lançar no rol das hipóteses quiméricas a possibilidade de encontro da Terra com
outro planeta. Mas a realidade é que isso é possível, tanto sob o prisma físico
quanto etéreo. Mas nem tudo podia ser revelado a Kardec naquela época, pois se
fizesse certas afirmações seria tido como louco, e o espiritismo visto como
mais uma farsa.
Tudo
é possível no Universo, desde que seja a vontade de Deus.
Vejam
o exemplo do choque direto entre galáxias, o que é facilmente provado por
telescópios terrestres. E não se trata apenas de encontro de planetas, mas
encontro de galáxias, algo ainda mais monumental.
O
choque se manifesta pela integração das galáxias, sendo denominado de
canibalismo galáctico.
PERGUNTA:
Acreditar no astro intruso é questão de fé?
Mas
isso não pode ser perigoso?
RAMATIS:
A humanidade registra acontecimentos dolorosos, verdadeiras catástrofes morais
de tempos em tempos, em uma regularidade assustadora.
Não
há uma única geração na Terra que tenha vivido sua existência em plena paz. As
lutas entre os primeiros homens na busca de alimentos ou pelas fêmeas, depois
guerras e revoluções, que se sucedem como agendadas, enquanto os conflitos
individuais como assassinatos crescem de forma implacável.
O
grande problema é que, além da violência recrudescer, ela também utiliza
instrumentos cada vez mais destruidores, em um aprimoramento tecnológico
macabro. E a divisão do rebanho, entre homens de bem e homens a serviço do mal
se solidifica. O mal gera ganhos tangíveis de curto prazo, aparentemente
atrativos. E o bem produz valores tangíveis e intangíveis a médio e longo
prazos, mas cujas expressões divinas nem sempre são compreendidas pelos olhos
materiais dos homens. Tal situação faz com que a humanidade prenda-se
gradualmente à matéria, em crescente resposta aos estímulos que recebe,
descartando os valores referenciais que deveriam levá-la à compreensão sobre a
espiritualidade.
E
isso não pode prosseguir, para o bem dos próprios homens.
A
Terra foi criada como uma grande escola para a evolução espiritual.
Se
os homens a deturpam, tornando provações motivos de vingança e o ceticismo,
causa de novos erros, então há a necessidade de intervenção nessa escola, para
que aqueles que realmente desejam estudar e aprender prossigam. E essa
intervenção é o astro intruso, pois ele não atinge o livre-arbítrio dos homens,
apenas gera as energias para que uma nova divisão de rebanho se processe, entre
aqueles que permanecerão na escola e aqueles que serão jubilados pela própria
vontade. A fé, nesse caso, não é quanto à existência do astro, mas está
relacionada à justiça divina.
PERGUNTA:
A necessidade da intervenção com o astro intruso está ligada,
assim,
à evolução do mal?
RESPOSTA:
Da mesma maneira que espíritos evolvem diretamente para o bem, também evolvem
para o bem por meio do mal. A pergunta tem fundamento. A diferença entre um
caminho e outro é que o primeiro baseia-se em conceitos perenes que trazem a
autorealização crescente, enquanto o segundo se manifesta por vias e fluxos de
sofrimento, desembocando em esferas do caos. Ao optar pelo mal, o espírito
automaticamente associa-se a entidades inferiores ignorantes e a elementais
demoníacos, que sintonizam com aquele estado negativo, e quando esse espírito
descobre seu erro, e deseja sair do umbral que construiu para seu próprio ser,
em alguns casos necessita até do auxílio de entidades angelicais. Mas quando o
envolvimento é severo, cercado por grandes falanges do mal, o desprendimento
deve contar com o concurso de arcanjos de maior força.
Mas
é preciso que o espírito deseje transmutar pelo seu livre-arbítrio.
E
o que acontece atualmente na Terra é a crescente aplicação do mal no
cotidiano dos homens, resultado da ambição e do egoísmo temperados pela falta
de amor ao próximo.
E
os próprios homens insistem no erro, não desejando abandonar tal condição
depreciadora, que os conduz a grandes sofrimentos, levando-os a acusações
sistemáticas a Deus e queixando-se contra a falta de sorte.
O
amor passou a ser visto como fraqueza de sonhadores. Predomina, dessa forma, a
liberdade irracional, enquanto nas amizades e nas relações afetivas subjazem os
interesses hipócritas, dissimulados em falsos acordos saldunes,
sem
controle e sem desejos individuais de transmutação. Isso continua de forma
ilimitada, interferindo no crescimento de muitos, que suportam o altruísmo e
a elevação moral debaixo de grande sofrimento. O astro intruso é um
divisor de águas, que termina com a ascensão de uma sociedade contaminada pela
violência e pela falta de amor, geradoras de doenças físicas e psíquicas. E
aqueles que evoluíram para o mal vão entender o resultado de suas escolhas,
pelos frutos amargos que colherem no astro intruso. Vão experimentar o próprio
remédio que aplicaram a terceiros na Terra.
Essa
evolução, por meio do negativo pelo qual optaram, servirá então para lhes
mostrar o que o mal representa, concedendo-lhes o saber para que aprendam a
sublimar o bem.
PERGUNTA:
Em escala maior, os apocalipses seriam novas chances concedidas à humanidade,
da mesma forma que as encarnações são chances concedidas a cada homem?
RAMATIS:
Esse raciocínio é correto. Em “A Gênese”, capítulo XVIII, item 13,
Kardec
aborda que a humanidade passa por dois tipos de progresso.
O
primeiro, que se estende como épocas consecutivas, de modo lento, tal
qual uma corrente de água. O segundo, por movimentos relativamente bruscos,
semelhantes a uma torrente que rompe diques, “tragando em breves instantes as
instituições do passado, sobrevindo uma nova ordem.
Surge,
então, um mundo novo das ruínas do antigo, onde tudo estará mudado”.
No
primeiro caso, está a trajetória individual, onde cada homem tem sucessivas
reencarnações no planeta, com o nascer, o morrer e o renascer.
Já
o segundo, é o carma coletivo da humanidade, atingida por “movimentos
relativamente bruscos”, tendo em vista que ela é abalada, mas não destruída.
Daí o “relativamente brusco”, e não o “absolutamente brusco”
Isso
significa que do mesmo modo que o homem nasce, morre e renasce para evoluir, a
humanidade nasce, morre e renasce em sua senda do progresso. É a
renovação dos julgamentos, conforme fica claro no capítulo XVII, item 64, do
mesmo livro. Pois Deus não promove apenas um julgamento da humanidade, mas
vários. Se ele promovesse apenas um julgamento, seria o mesmo por analogia, que
dar apenas uma chance encarnatória a cada homem. E Deus, em sua perfeição, não
apresenta soluções diferentes para um mesmo caso. Dentro de sua flexibilidade extremamente
dinâmica, Ele sabe as respostas precisas para cada evento.
PERGUNTA:
Em sentido figurado o astro intruso se apresenta como efeito de um grande
julgamento?
RAMATIS:
As leis de Deus fundamentam-se no princípio básico das causas e das
conseqüências. Quem pratica o mal recebe o mal, e quem exercita o bem acolhe o
bem. É simples. Tão pragmático que Jesus sintetizou tudo numa única frase,
“amar Deus acima de tudo e o próximo como a ti mesmo”
Uma
frase que se coloca acima de todos os livros existentes na Terra, acima de
códigos e de legislações. Palavras simples e curtas que jamais poderão ser
derrubadas, pois trazem a solidez do amor perene e infinito, simbolizando a
razão plena que os homens buscarão pela eternidade, a qual nunca será
alcançada, mas que servirá como estímulo da vida. Portanto, o astro intruso
deve ser visto não como um julgamento, mas como um tribunal, onde os réus
aplicam as próprias sentenças conforme suas respectivas sintonias energéticas.
PERGUNTA:
E como se processam essas sintonias?
RAMATIS:
Cada um que for atraído pelo astro será imantado pelo que plasmou na vida
terrena. Assim, assassinos estarão sintonizados com outros que já estão no
astro intruso e manifestam por pensamento idéias e acontecimentos semelhantes,
de vingança e de crueldade, da mesma forma que seres ligados ao vício das
drogas serão atraídos por suas partes similares.
E
corruptos visualizam grandes pilhas de dinheiro já plasmadas pelos que lá se
encontram, obsediados pela ambição mórbida que cultivaram.
Outros
que conservam em seus pensamentos a erotomania, verão cenas sexuais acontecendo
no campo etéreo do astro. E, orgulhosos desejosos de poder, terão visões
megalomaníacas, condizentes com seus impulsos asquerosos. Enquanto homens de
espírito bélico focalizarão falanges militares, cercando o orbe do astro
intruso emformações rígidas e movimentos agressivos.
Para
cada imperfeição grotesca o astro emana cenas de igual teor, que formam os
campos de sintonia plasmados pelos que já se encontram lá,
conseqüentemente
ativando o magnetismo de atração.
PERGUNTA:
Mas não foi dito antes que o astro tem um plano material extremamente primário?
Onde
cabem então coisas como dinheiro, organizações militares e outros?
RAMATIS:
Tais imagens não ficam no plano denso do astro onde se processam as
encarnações, mas no plano etéreo. É o que acontece hoje na Terra, onde tais
imagens circulam no meio do inconsciente coletivo, atraindo desejos, instintos
e vocações para tais imperfeições. Com a passagem do astro intruso, essas
imperfeições vibradas na Terra serão deslocadas para ele, em seu campo etéreo,
sendo fortalecidas pelos outros plasmas que já existiam anteriormente
absorvidos de outros planetas.
São
formas- pensamento.
PERGUNTA:
Existirão espíritos ansiosos pela chegada do astro intruso,
desejando
habitá-lo, mesmo sabendo de suas condições?
RAMATIS:
Sim, pois alguns que já conhecem o que o astro intruso representa, em termos de
sofrimentos, estão vendo sua aproximação como um local ideal para as práticas
com as quais já se acostumaram, envolvendo maldades e torturas mentais
obsessivas. Por analogia, é o mesmo que o viciado em drogas faz, mesmo sabendo
do mal que isso representa para ele mesmo. É uma espécie de autoflagelação, que
gera um prazer mórbido.
PERGUNTA:
As encarnações sucessivas não seriam um meio dos espíritos recalcitrantes
resgatarem seus carmas, sem a necessidade de irem para o astro intruso?
RAMATIS:
Inúmeros espíritos que se encontram na Terra já tiveram chances em outros
orbes, já passaram por fases no astro intruso, e continuam reincidindo no erro,
apesar das provações que viveram na matéria, e em umbrais inferiores do plano
etéreo.
São
espíritos que se revoltam com as provações e desprezam os aprendizados. A
medida que o planeta evolve, em termos de tecnologia, eles se utilizam desses
meios para também aprimorarem suas ações danosas sobre a sociedade,
envolvendo-se com o crime e a corrupção, plantando maledicências, cultivando a
inveja e o egoísmo, descartando a caridade, e ignorando o amor. As sucessivas
reencarnações já não se constituem no remédio de que precisam, pois as utilizam
para plantar novos carmas.
Assim,
devem ser conduzidos ao astro intruso para novas jornadas de provas intensas e
regeneradoras.
PERGUNTA:
O que significa para a Terra em termos espirituais?
RAMATIS:
Imagine a situação em que um aluno é aprovado em determinada série escolar,
passando para a série seguinte. Ele evolve em seu conhecimento, porém na nova
série continuará necessitando de novos ensinamentos. É o que acontecerá com a
Terra. A nova fase pode superar a anterior em termos energéticos positivos,
porém continuará necessitando do progresso espiritual, que deverá ser, a
exemplo do que sempre houve, patrocinada pela individualidade dos homens.
Deixem
de se preocupar primordialmente com a evolução da Terra e preocupem-se com a
evolução de cada homem. Pois isso é o que determina a evolução do planeta, o
somatório das individualidades transmutadas.
PERGUNTA:
Então o processo evolutivo do planeta continua?
RAMATIS:
Quando um ser humano é colocado na escola atravessa diversas fases até chegar à
universidade, freqüentando posteriormente o mestrado, o doutorado e o
pós-doutorado. Mas, nem por isso na fase adulta deixará de freqüentar cursos e
seminários para ampliar o saber, pois o conhecimento é infinito. O mesmo
acontece com espíritos que encarnam na Terra, onde existe limite para a
evolução deles, dadas as condições da mônada local.
A
Terra não é paradigma, volto a dizer. Marte e Júpiter podem ser mais evoluídos
espiritualmente do que a Terra, mas também não são paradigmas.
Todos
esses planetas fazem parte da cadeia evolutiva, da mesma forma que a seqüência
curso maternal até o pós-doutorado representa para o aprendizado dos homens.
São escolas de diferentes graus à disposição dos ensinamentos da espiritualidade.
O
problema da Terra é que suas limitações a condicionam a uma espécie de curso
básico dos espíritos, pois essa é a programação estabelecida para ela há
bilhões de anos. O curso pode melhorar a cada era, porém nunca deixará de ser
básico. E isso ocorre porque inúmeros espíritos, de outros orbes,
precisam
freqüentar seus estágios na Terra para evoluir.
A
continuidade do curso em cada era, entretanto, com o desentendimento crescente
entre os homens, exige a intervenção da espiritualidade de luz por meio do
astro intruso, para renovar as condições didáticas, porque, caso contrário, os
homens ao invés de desenvolver virtudes acabam por aprender novos vícios,
amortecendo sobremaneira seu progresso. Tal qual o furtador de carteiras, que
após ficar preso junto a criminosos terríveis, acaba saindo da cadeia versado
em assalto a bancos. Por isso o astro intruso surge para higienizar o planeta,
renovando o curso primário que a Terra representa.
PERGUNTA:
As pessoas de bem poderiam adquirir carmas à medida que o mal prosseguisse?
RAMATIS:
A tendência das pessoas de bem é não se envolver com as nuances do mal em
qualquer hipótese, no que tange à ação direta. Mas com os acontecimentos que se
verificam no planeta, marcados pela maldade e pelas injustiças, elas ficam
revoltadas, desejando mal aos agressores e adquirindo carmas mentais. Assim, de
alguma forma a humanidade fica contaminada pelos sentimentos negativos,
retardando a evolução dela e do orbe como um todo.
PERGUNTA:
A Terra, desse modo, será sempre o que ela foi, apenas tendo suas eras
melhoradas por força da evolução natural, mas nunca deixando de ser o “curso
básico”?
RAMATIS:
Cada escola ou universidade na Terra tem programação didática anual, que se não
for aprovada pode ser modificada no ano letivo seguinte.
Isso
é evolução? É, porém o ensino continua a cada ano restrito às matérias
pertinentes ao estágio mental dos alunos, em consonância com o currículo de
cada curso. Assim é o caso da Terra, cujos instrumentos evolutivos podem ser
alterados pela espiritualidade, mas os alunos que freqüentarão o curso
encontram-se numa faixa mental e vibratória própria desse plano. Uns estudarão
e aprenderão mais do que outros, pelo próprio esforço e livre-arbítrio. Os que
atravessarem bem o curso são aprovados para outra escola,
mais
evoluídos, onde estarão aptos a matérias mais técnicas. Os que pouco estudaram
repetem o curso na era seguinte. Os revoltados e displicentes são transferidos
para o astro intruso. Apenas no próximo ciclo com o aprimoramento do DNA alguns
alunos poderão ser mais aplicados, tudo depende do livre-arbítrio.
PERGUNTA:
Como a renovação da Terra em termos físicos, pode contribuir para a melhoria do
aprendizado?
RAMATIS:
Uma escola primária construída no meio de uma selva, sem energia elétrica, e
sem professores preparados e reciclados não deixa de ser uma escola primária.
Por outro lado, uma escola primária localizada num grande centro urbano, com
recursos elétricos, computadores instalados,
biblioteca
e professores com curso de mestrado também é uma escola primária. A diferença
entre ambas são os recursos físicos disponíveis ao ensino e ao aprendizado.
Claro que as condições da segunda escola são melhores, e assim também
acontecerá a cada ciclo evolutivo da Terra, que poderá ser melhor do que o anterior,
pois a ambiência estará renovada e aprimorada, sem que a Terra, entretanto,
deixe a sua condição de educandário de espíritos em evolução.
A
nova humanidade será composta de homens mais sábios e mais sensatos do que os
anteriores, aptos a desenvolver em menor tempo as conquistas tecnológicas que a
atual civilização alcançou. Isso permitirá que o planeta se torne também um
educandário mais aparelhado, com melhores equipamentos, professores mais
capacitados e alunos demonstrando maior interesse. Isso, no entanto, não exime
o planeta dos alunos relapsos, dos egoístas, dos invejosos, dos criminosos, dos
tiranos e outros. O que significa que a Terra passará de educandário com poucos
recursos, professores e alunos carentes de saber, para a condição de educandário
com instalações melhores e professores e alunos mais treinados.
E,
ao final do novo ciclo, dentro de alguns milênios, o astro intruso ressurge
para promover nova fase evolutiva.
PERGUNTA:
Isso implica que o mal contamina a sociedade de tal modo que ela precisa ser
destruída?
RAMATIS:
Vamos lembrar daquele antigo exemplo utilizado pelos budistas sobre a sopa e a
mosca. Uma tigela de sopa pode alimentar inúmeras pessoas famintas, mas se uma
mosca cair nessa sopa, espalhando bactérias perniciosas, a sopa deixa de ter a
sua função. Ao invés de alimentar ela provocará doenças e, possivelmente, a
desnutrição.
O
mesmo ocorre com a humanidade. A cada ciclo os espíritos trevosos e
recalcitrantes espalham-se pela sociedade, trazendo péssimos exemplos que tendem
a destruir o caráter e provocar vícios. E os homens, quando contaminados, pois
aceitaram essa condição pelo livre-arbítrio, devem passar pela higienização do
astro intruso, que estimula pelo fogo a força do elemento água, através dos
oceanos, para retirar do orbe terrestre o material impuro. Para que surja nova
sociedade, mais evoluída e capaz de dar continuidade ao progresso planetário,
pois assim renovam-se as chances. Mas, lembrando ainda, que o fogo é o único
elemento renovador que se encontra nos demais, mantendo seu núcleo transmutador
presente também no elemento água.
PERGUNTA:
A visão escatológica para a Terra, desse modo, apresenta um teor de renovados
apocalipses?
RAMATIS:
O Apocalipse para a Terra não tem apenas o aspecto de fim dos tempos, mas
principalmente a finalidade de renovação.
É
a idéia precisa da ação transmutadora de Shiva.
Após
higienizado pelo astro intruso, o planeta se apresenta como um solo fértil para
a colheita espiritual, considerando que plasmas negativos originários das imperfeições
humanas são imantados pelo astro.
E
este reaparece a cada final de ciclo para promover a consumação de uma era e a
alvorada de outra.
PERGUNTA:
A Terra, desse modo, nunca será mesmo paradigma?
RAMATIS:
Repito tantas vezes quantas for necessário que os homens habituaram a ver a
matéria não como uma referência evolutiva inicial, mas como paradigma. Dizer
que a Terra um dia entrará na era da paz e do amor eterno, é o mesmo que dizer
que a matéria é o lar definitivo dos espíritos.
Isso
contraria toda a didática divina. Aqueles que assim pensam ainda não se
conscientizaram de que planetas não são moradas definitivas, e nunca serão,
pois
são matérias embrutecidas. Mesmo aqueles orbes mais sutis, de vida espiritual
mais elevada como Marte, não são moradas definitivas.
Alimentar
a idéia de que a vida em planetas forma o futuro espiritual é vislumbrar
miragens etéreas. Os homens ainda estão muito apegados à matéria e precisam de
base densa para viver, necessitando de solo para pisar, ou de construções para
morar. Ainda não compreenderam o que significa a espiritualidade e seus planos
abstratos longe das ilusões materiais. Os espíritos evoluídos vivem da
contemplação do amor divino e se alimentam energeticamente de luz, em moradas
etéreas que são construídas pela mente fortalecida. Mente cada vez mais
independente do plano material, pois o espírito iluminado não tem lar
específico.
Ele
é livre, e seu lar é o próprio Universo.
PERGUNTA:
Pode explicar o porquê de um planeta mais adiantado espiritualmente como Marte
estar tão próximo de outro bem mais atrasado,
a
Terra?
RAMATIS:
A Terra foi edificada para ser um planeta de provações. Isso não impede que em
suas proximidades estejam planetas onde vivam civilizações iluminadas pela
evolução espiritual. Tal conceito de proximidade é necessário para que haja
equilíbrio no Sistema Solar. Caso contrário, o estado de espaço local seria
conturbado por seqüências de astros com vibrações negativas. Da mesma forma que
uma cidade deve ter uma escola primária, um curso técnico, assim por diante. Já
pensaram se as cidades tivessem apenas cursos primários?
PERGUNTA:
Em relação à Marte, foi mencionado anteriormente em um de seus livros que o
homem de Marte, embora mais evoluído do que o cidadão terrícola, também ainda é
um aluno em aprendizado.
RAMATIS:
Pois quanto mais o espírito necessita da matéria, menos evoluído ele é. Por
essa razão, conclamo-lhes a serem desapegados das coisas materiais, para que
possam sair desse círculo vicioso que os prende a planetas de expiação. E a
resposta vem da grandeza da alma, de onde poderão espelhar em seus espíritos a
força da transmutação, entendendo que a matéria não é futuro, mas ilusão que um
dia se extinguirá.
PERGUNTA:
isso faz sentido, considerando também que todo o Sistema Solar,
e
conseqüentemente a Terra e Marte, caminham para a destruição, não sendo
eternos.
RAMATIS:
O próprio movimento dos astros demonstra que nunca o homem poderá contar com a
Terra como morada perene. Chegará o momento de sua extinção. E, quando isso
ocorrer, outros planetas similares com as mesmas funções estarão sendo
utilizados para os programas evolutivos,
como
já ocorre, pois a didática divina não cessa de operar.
Os
homens têm grande dificuldade de desenvolver a percepção temporal. Falam de
forma esperançosa em uma Terra de luz no futuro eterno e esquecem do que
aprenderam nos bancos escolares, com a ciência demonstrando que um dia ela
chegará ao fim. Do mesmo modo que em algum momento o astro intruso que
tangencia a Terra acabará, sendo então utilizados outros astros similares em
outras órbitas. Tudo é dinâmico.
PERGUNTA:
Pode esclarecer mais o porquê de falar da matéria como ilusão?
RAMATIS:
A matéria é perecível em qualquer circunstância. Sob o enfoque de onde ela se
encontra instalada um dia chegará ao fenecimento, não sendo mais vista. Por
outro lado, sob o prisma de quem a vê, ela se tornará passado, devido à
dinâmica que envolve a evolução dos espíritos.
Dessa
forma, a matéria é uma imagem efêmera no contexto da eternidade, tornando-se um
ponto finito que sempre será deixado para trás.
Portanto,
é uma ilusão. O que não ocorre com o espírito, que além de ser eterno, está
sempre presente.
PERGUNTA:
Aproveitando esse mesmo assunto, na verdade então nada é eterno além de Deus e
dos espíritos?
RAMATIS:
Heráclito de Éfeso soube abrir discussão sobre o conceito do eterno movimento,
mostrando que a permanência é uma mera ilusão.
A
dinâmica rege a vida em todos os seus segmentos, pois nada é estático.
E
mesmo a dinâmica da evolução pode ser permanente, mas no sentido da existência
contínua, não discreta. Deus e os espíritos são eternos, porém na permanência
da dinâmica continuidade. Os eventos que circundam os espíritos são ilusões
momentâneas, que instantaneamente se tornam pretérito nos espaços materiais
temporais, e se fazem conhecimento adquirido nos espaços atemporais. E, estando
ou não encarnado o espírito estará sempre incorporando conhecimento, pois, se
encarnado, vive simultaneamente nas duas esferas, a temporal da Terra,
perecível, e a atemporal de sua natureza etérea, o eterno. O difícil é
organizar o conhecimento adquirido em bases autodidatas abalizado pelo
livre-arbítrio, e assimilá-lo como ensinamento que sustente a evolução.
Caso
consiga, entretanto, o espírito transforma suas ilusões vividas em realidades
presentes da criação, permitindo-lhe construir em seu íntimo o Universo
subjetivo ou microcosmo.
PERGUNTA:
É possível nos dar uma visão desse microcosmo?
RAMATIS:
Como descrever algo subjetivo? Podemos tentar partindo de certas premissas já
conhecidas dos homens. Se alguém ousasse retratar a Terra exatamente como ela
é, precisaria fazer um carbono preciso dela, fato que levaria bilhões de anos,
num objetivo que nunca seria atingido, dada a dinâmica que tudo envolve. Assim,
para representar a Terra com todas as suas nuances, fato impraticável devido à
complexidade, é melhor retratá-la por meio de uma pintura ou fotografia com
menos parâmetros, que são as cores e formas envolvidas sob o ponto de vista do
autor.
Em
outras palavras, a melhor representação de um sistema é aquela que o retrata de
modo mais aproximado possível da realidade, entretanto com o número mínimo de
parâmetros que não se percam na complexidade.
Vejam
o exemplo de Deus. Sendo único, representado pela unidade,
consegue
modelar o infinito e a eternidade simplesmente com a sua própria presença. O
que revela seu poder supremo e irretocável.
O
um que está apto a explicar o todo.
Os
homens nunca atingirão esse estágio, por maior que sejam suas respectivas
evoluções espirituais. No entanto, quanto mais evoluído for o espírito, e maior
o seu conhecimento, mais ele conseguirá construir com pouco, pois saberá as
doses exatas para erguer as grandes obras.
E
para chegar a esse conhecimento, o espírito precisa não apenas estudar e ser
disciplinado em seus objetivos, mas também meditar, raciocinar,
entender
sobre o amor-próprio, a autoestima e desenvolver a simplicidade por meio da
humildade.
É
pela simplicidade que o conhecimento é mais bem utilizado, sendo apresentado de
forma elegante, isento dos labirintos da complexidade
E
entendendo sobre o amor-próprio, o espírito compreenderá também sobre
conseqüências, pois estará se capacitando a amar o próximo.
Querem
maior simplicidade do que a divina? Modelar o todo com a unidade,
e
ainda manter-se humilde para não se impor ao livre-arbítrio de seus filhos?
Assim,
quanto mais conhecimento o espírito obtém de Deus, mais simples ele deverá ser
na aplicação desse conhecimento. Tanto no exercício da humildade, quanto no
erguer de seu universo. Pois saberá canalizar o muito através do pouco,
conduzindo a leveza da existência que ele despertou pela inteligência, de modo
a arquitetar sabiamente no infinito.
PERGUNTA:
Isso mostra que o homem leva o Universo no ser, sustentado pelo infinito e pela
eternidade.
RAMATIS:
Os homens, em sua grande maioria, ainda não compreenderam que eles são uma
forma representativa da imagem de Deus. Cada homem é um retrato simbólico de
Deus. Se entendessem isso se respeitariam mais, aprendendo sobre o amor
recíproco, desenvolveriam suas próprias capacidades ilimitadas de criar pela
sabedoria da simplicidade, trocando o saber de forma amorosa e gratificante.
PERGUNTA:
E então formariam a grandeza de seus respectivos universos?
RAMATIS:
Não somente a grandeza como a estabilidade deles. Percebam que Deus é antes de
tudo estável. Mas um universo construído por meio de mudanças constantes,
alternando valores positivos que se tornam subitamente negativos, pela
incapacidade da prática do amor e da caridade,
torna-se
um campo sem estabilidade. Tal fato expande a complexidade ao invés de
reduzi-la, gerando os mecanismos do caos e da ignorância. E o astro intruso é
essencialmente o instrumento normalizador desse aspecto confuso da humanidade.
PERGUNTA:
Avisos já preparam os homens para a passagem do astro intruso. Mas sempre
avisos trazem inquietação e receios. Existe algum plano da espiritualidade para
uma assistência mais concreta aos homens, como uma grande preparação
espiritual?
RAMATIS:
Sim, dentro de algumas décadas, várias entidades de elevada espiritualidade
devem encarnar no planeta num mesmo ano para iniciar a preparação. Não são
muitos, pois nem chegam a dois mil, mas será o suficiente para orientar
diversos homens para um desencarne mais tranqüilo,
por
ocasião do cataclismo. Aproximadamente 20 anos antes da passagem do astro a
Terra experimentará inúmeros desastres naturais de forma quase que contínua¹,
devido à aproximação mais iminente daquele orbe.
-----------------------------------------------------------------------------------------
¹
Ramatis revelou que os desastres naturais vão ocorrer freqüentemente no planeta
durante o presente século até a chegada do astro intruso, porém em um forte
crescendo a partir da segunda década, tornando-se muito mais intensos cerca de
20 anos antes do cataclismo.
-----------------------------------------------------------------------------------------
O
gráfico acima [imagens protegidas não passíveis de reprodução] mostra o ciclo
de renovação da humanidade, com os cataclismos sendo apresentados pelas esferas
negras com quatro pontas, que representam a ação dos elementos da natureza.
Eles ocorrem precisamente a cada13.332 anos quando da passagem do astro intruso
tangenciando a órbita da Terra e mudando a inclinação do planeta. A Terra está
sempre em progresso, conforme a sua curva matemática da evolução, porém nunca
deixará de ser um planeta de expiação, pois sua existência tem esse objetivo,
de promover ensinamentos a espíritos na faixa vibratória desse campo magnético
para o qual ela foi criada.
Assim,
por exemplo, cada período de 13.332 anos terá menos guerras que o anterior, mas
elas não deixarão de existir em função da mentalidade espiritual dos homens, a
qual é ainda pouco evoluída.
O
gráfico demonstra como se processa a ação do astro intruso sobre a Terra,
mesmo
quando afastado do planeta. À medida que ele se aproxima, seu magnetismo
aumenta, provocando inúmeros problemas naturais, bem como interferindo na vida
dos homens, que se tornam mais agressivos dando vazão às imperfeições
espirituais.
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