MÃE TERRA
"TRÊS CRIANÇAS"
segunda-feira, 19 de novembro de 2018
Eu sou a Mãe Terra e estou aqui
entre vocês.
Sou o solo sob seus pés.
Sou um sol exuberante que brilha
sobre as árvores, as plantas, as flores e todos os elementos ao seu redor.
E também estou neste espaço.
Tome consciência de mim e use
uma imagem para identificar-me. Veja-me como uma mulher no centro deste espaço,
embora não importe a forma que você me dê.
Pegue a primeira imagem que vier à sua mente e que lhe faça sentir:
“Esta é a Mãe Terra.”
Peço-lhe que sinta a minha alegria, meu contentamento.
Na minha alma vive um prazer que desejo compartilhar com você.
Apesar de tudo o que acontece sobre a Terra e com ela, existe amor e
alegria em meu coração.
Sei que há um plano maior no qual tudo se expressa de uma forma
infinitamente mais grandiosa, e sei que a vida é boa e justa.
Ela é bonita do jeito que é.
Quero pôr você em conexão com essa alegria básica, de modo que também
possa sentir internamente:
“Minha vida é boa.
Apesar dos altos e baixos que enfrento; apesar desses momentos difíceis,
ainda estou vivo!”
A vida flui por você.
E como será que ela flui por você?
Nestes dias, conversamos sobre
masculino e feminino, sobre o fluxo de dar e receber, sobre a diferença entre
estar com o outro e estar consigo mesmo.
Descobrimos o quanto é difícil
acolher plenamente a si mesmo de modo a receber o que realmente se necessita,
tanto do outro quanto de si próprio.
Você se nega tantas coisas, e
está se dando conta disto.
Receber é uma energia feminina,
e existe um bloqueio na sua capacidade de receber, na sua capacidade de estar
aberto e receptivo ao que deseja vir para você do universo, do cosmos, do
mundo, de outras pessoas e, inclusive, de você mesmo – a sua própria beleza e
sabedoria
Hoje quero conversar com você sobre a região do seu corpo onde a maior
parte da dor está armazenada.
Com essa dor vem a incapacidade de realmente receber, de aceitar
totalmente a si mesmo, e ser verdadeiramente independente.
Esta parte do seu corpo é a área do seu abdome.
Leve sua consciência até essa área agora.
Imagine que sua consciência é uma flecha de atenção, que desce da sua
cabeça pela sua coluna vertebral à sua cintura, e se aprofunda ainda mais, até
alcançar sua pélvis.
Preencha todo o seu abdome com a energia da sua consciência.
Veja se consegue tocar seu baixo ventre com sua respiração, leve e
suavemente.
Deixe sua respiração descer e penetrar no seu abdome, e sinta aí a sua
própria força. Sinta como seu abdome o conecta com a Terra.
De certa forma, a parte mais
baixa do seu corpo é onde suas emoções mais profundas se revelam; então coloque
aí sua atenção.
E saiba que lhe é permitido
estar aí exatamente como você é
– todos os seus aspectos são
aceitos.
Na verdade, seu abdome é uma
cavidade, e a pélvis é como uma tigela que recebe – um recipiente – e eu o
encorajo a ir lá hoje para encontrar e receber as crianças, as partes de você
mesmo que se apresentam a você.
Estas crianças ainda estão vivas
dentro de você; elas são as partes emocionalmente espontâneas que lhe
pertencem.
A primeira criança que desejo convidar é a da alegria.
Em você, como em todas as pessoas, vive uma criança cheia de alegria de
viver, de vontade de viver.
É aquela sua parte que realmente desejava estar aqui nesta vida na
Terra.
Ela queria participar; ela é ousada e corajosa e é capaz de aproveitar
tudo o que a vida em um corpo humano tem para oferecer.
Veja se consegue encontrar essa criança na cavidade da sua pélvis,
e observe o que ela quer lhe dizer.
Do que essa criança mais gosta?
O que isto lhe diz sobre você mesmo
e o que você mais ama?
De onde vem o amor que essa criança
tem pela vida?
Então convide essa criança para
chegar mais perto.
Imagine que você estende sua mão
para ela ou coloca um braço em seu ombro, acolhendo-a e dizendo-lhe que é um
prazer tê-la consigo; que você sabe que ela pode lhe indicar o caminho para
mais alegria e diversão em sua vida.
E esta criança o ajudará a
receber isto.
Esta criança sabe que não tem
problema aproveitar a vida.
Ela sabe que está aqui para se
sentir viva, para sentir profundamente cada aspecto da vida, e para aproveitar
a abundância em cada área da sua vida como um filho de Deus
Esta criança sabe que a vida
existe para ser celebrada.
Não é sempre para aprendizado,
crescimento e desenvolvimento.
A vida existe simplesmente para
ser vivida, como uma criança que vive o momento, sem pensar no futuro ou no
passado
Permita a presença dessa criança em sua vida e no seu abdome. Faça
contato regular com ela.
Uma vez que você a tenha visto uma vez, poderá convidá-la com mais
frequência no seu dia-a-dia, especialmente nos momentos em que estiver
preocupado ou aflito, quando seus pensamentos estiverem no futuro ou no
passado.
Essa é a hora de perguntar o que ela tem vontade de fazer nesse momento.
Isto ajuda a criança a se aterrar e o ajuda a ficar com ela.
Agora vamos convidar outra
criança, que também faz parte do seu Eu.
Esta é uma criança medrosa; uma
criança que acumulou vários medos e não tem nenhuma solução para eles.
Esta criança é a portadora dos
seus medos.
Uma criança é inocente; ainda
não consegue construir muros, cercas ou limites para se proteger.
Ela sente o medo direta e
totalmente.
Esta criança deseja ser vista.
Ela quer vir a você porque precisa da sua ajuda.
Você é o pai e a mãe desta criança.
Permita que ela esteja aí e observe sua aparência.
Veja a contração ou tensão do corpo dela e sinta o que pode ou quer
fazer por esta criança.
Ajoelhe-se diante dela, estenda-lhe a mão e diga:
“Venha cá, você está em segurança comigo.
Não precisa pedir desculpas pelos seus medos; eu os entendo.
Deixe-os aqui comigo.”
Sinta seu próprio poder no
momento em que fizer isso.
Você é capaz de receber os medos
dessa criança.
Você é capaz de aceitar esses
medos com equanimidade e não mergulhar neles.
Talvez se pergunte:
“Como pode ser isto?
Como posso saber se consigo
transcender estes medos?”
Mas há uma parte sua que é maior
que esses medos, que tem confiança e coragem.
Peça à criança alegre para
entrar, sentar-se ao seu lado e confortar a criança medrosa.
Mantenha sua atenção concentrada
na área do seu abdome, e então veja essas duas crianças sentadas à sua frente.
Ambas são belas, inocentes e
puras.
Nenhuma é melhor ou maior do que
a outra.
Ambas fazem parte da sua vida.
Agora, vamos à terceira criança.
Esta é uma criança zangada.
Talvez você a veja com punhos cerrados e bochechas vermelhas de
indignação.
Muitas vezes, na sua vida, você reprimiu a raiva, porque não era
permitida; nem por você, nem pelo seu ambiente, nem pelas regras e a moral que
lhe foram ensinadas.
Mas agora ela é permitida.
Esta criança é livre para se apresentar e não importa por que estava
zangada, nem se estava certa ou errada.
A questão é que a raiva é permitida e que esta criança zangada é
aceitável.
Deixe que esta criança também
venha a você – convide-a para entrar.
Diga-lhe que gostaria de
conhecê-la totalmente, que ela lhe pertence.
Nesta vida, você foi ferido, foi
rejeitado; decepcionou-se, e talvez tenha se sentido insatisfeito com a vida e
as pessoas.
É aceitável que isto seja visto.
É permitido que a raiva e a
frustração façam parte de você, porque esta criança lhe dará uma mensagem
importante.
Com certeza, na área do abdome, esta criança lhe permite enxergar onde
você se privou, onde você não teve voz ativa, onde você não estabeleceu limites
claros para si mesmo.
Esta é uma criança valiosa.
Não ignore seus impulsos.
Simplesmente lhe pergunte o que ela deseja lhe dizer.
Pergunte-lhe o que ela precisa, o que a tranquilizaria.
Esta criança o ajudará a entender e lidar melhor com o campo de energia
do seu abdome.
“O que eu quero?
Quais são minhas necessidades?”
Esta criança tem coragem; ela ousa fazer perguntas.
Hoje nós vimos como a energia,
especialmente das mulheres, tende a se fixar em doar, cuidar, ser empática,
estar presente para o outro e esquecer-se de si mesma; colocando-se em segundo
plano, com a ideia de que dar é melhor do que receber, ou que se deve dar para
ser reconhecido e, assim, amado.
Isto o leva para fora do seu
abdome e faz com que a criança em você fique mais zangada.
E essa criança está certa,
porque algo está fora de equilíbrio, algo está distorcido.
Você não precisa doar tanto.
E como você vai conseguir
equilibrar o fluxo de dar e receber?
Mantendo-se em contato com as
crianças do seu abdome – as três – a criança da raiva, a criança do medo e a
criança da alegria.
Algumas vezes você poderá notar que está doando com base no medo de ser
rejeitada pelo outro e para preservar a harmonia.
No momento em que perceber que está doando a partir do medo,
volte-se para a criança medrosa e diga-lhe:
“Não precisa fazer isto.
Você tem permissão para parar de doar.
Eu cuido de você; você não está só!
Você está em segurança comigo”
Esteja atento a esta dinâmica do medo: medo da solidão, medo de
rejeição.
E também perceba que você pode se sentir esgotado, vazio e desvitalizado
quando doa demais.
A criança da alegria de viver,
do contentamento, também pode ser um indicador para você aqui.
Crie o hábito de lhe perguntar:
“Do que você gostaria?
O que seria bom para fazermos
agora?”
Porque não é errado nem egoísmo
conceder-se esta alegria.
Felicidade e alegria de viver
são certamente sinais de desenvolvimento interior.
Naturalmente, este conceito vai
contra as tradições com as quais a espiritualidade vem sendo associada, tais
como estar sempre sério, ser cuidadoso, consciencioso e responsável – todas
aquelas características masculinas pesadas.
Mas a verdadeira espiritualidade
é cheia de alegria e do abraço da vida. Lembre-se desta forma de ver a vida
quando doar demais, e quando se sentir exausto.
Retorne àquela criança no seu
abdome, que está conectada com a verdadeira espiritualidade, com a
espiritualidade aterrada.
E observe a criança raivosa, aquela da qual você tem medo.
Certamente as mulheres têm problemas com esta criança, porque ela vai
contra a imagem milenar da feminilidade, segundo a qual a mulher é
subserviente, complacente, generosa, carinhosa, doce e amável.
Existe um tabu contra esta criança zangada.
Mas é justamente ela que pode oferecer-lhe tanto!
Ela o faz perceber quando está sendo desleal consigo mesmo.
Ela o conscientiza do seu próprio valor e de quando você está prejudicando-o.
Então, se sentir raiva no seu dia-a-dia, ou até mesmo um sentimento
menos intenso, como irritação ou descontentamento,
acolha-o.
Tente não o desmerecer nem o esconder para manter a paz, ou porque lhe é
desconfortável; mas realmente sinta-o.
Pergunte à criança dentro de você por que ela está com raiva: “Coloque isto em palavras; permita-me enxergá-lo.”
E aceite o que ela lhe disser seriamente.
Geralmente você espera mensagens
da sua alma para encontrar seu caminho de vida.
Mas sua alma fala com você
através destas crianças, através do seu abdome, que está sempre aterrado, é
poderoso e espontâneo.
Você está constantemente
recebendo informações através do fluxo de sensações no seu abdome, através das
suas emoções e das suas crianças interiores.
E eu lhes digo em alto e bom tom: “Leve isto a sério!!!”
Não procure tão “alto” pelas suas respostas.
Quando você está envolvido demais com o fluxo do coração, é fácil cair
nas armadilhas de doação em excesso, das quais acabamos de falar, e que são
representadas por aqueles velhos estereótipos,
aquelas velhas imagens da energia feminina.
Faça a conexão com essas emoções primitivas no seu abdome: medo, raiva,
alegria, entusiasmo, inspiração.
Estes são os verdadeiros orientadores que você está buscando. Você se esqueceu
de ouvir estas crianças no seu abdome por causa das suas tradições, como as
formas opressivas de religião, entre outras coisas.
Este é um tempo de mudanças;
vocês estão criando uma nova história; estão quebrando velhos tabus e por isto
eu os respeito.
É por isto que estão aqui na
Terra – para mudar a energia coletiva da humanidade e sua própria energia
individual; para voltar a fazer justiça na área do abdome e ser fiel à condição
humana que todos vocês compartilham, tanto as mulheres quanto os homens.
Pois nos homens também existem
crianças interiores reprimidas.
A energia feminina ferida afeta
tanto os homens quanto as mulheres.
Veja mais uma vez estas três crianças no seu abdome e prometa-lhes sua
devoção e dedicação.
Imagine que você e suas três crianças se dão as mãos.
Sinta a energia fluir.
Sinta o que elas lhe oferecem: sua inocência, sua força vital, a verdade
que elas falam, e sua clareza.
Este é o conhecimento que realmente o ajuda.
Veja, inclusive, o que você lhes
dá.
Se realmente estiver aberto para
essas crianças, elas o verão como seu guia, amparo e defensor, aquele que as
ouve, aquele que está sempre disponível para elas.
É isto que você lhes oferece, e
elas ficam felizes por recebê-lo;
sentem-se reconhecidas e
apreciadas.
Obrigada pela sua presença
Canal:
Pamela Kribbe
Tradução:
Vera Corrêa - veracorrea46@gmail.com
Veja mais mensagens da Mãe Terra Aqui
https://www.sementesdasestrelas.com.br/2018/11/mae-terra-tres-criancas.html
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