KRYON
"WO E A MÚSICA"
Para ajudar o leitor, esta mensagem
foi revista [por Lee e Kryon] e complementada, para permitir um entendimento mais
claro.
Inclusive algumas informações foram
incluídas ou condensadas.
Geralmente as canalizações ao vivo
têm uma energia implícita que carrega um tipo de comunicação que o texto
escrito não traz.
Então, aproveite esta mensagem
aprimorada, transmitida em McCloud
Saudações, queridos; eu
sou Kryon do Serviço Magnético.
Esporadicamente nós lhes oferecemos uma história, uma parábola,
uma alegoria…
Isto é exatamente o que desejamos fazer agora.
Quando o fazemos, usamos sempre o mesmo personagem, e seu nome é Wo.
Wo
não
é homem nem mulher; é “Wo-man”
(1)
Embora não tenha gênero, o idioma de vocês não nos permite trata-lo
desta forma.
Por isto, neste conto, nós o trataremos por “ele”.
Quero lhes falar sobre essa pessoa e
o que lhe aconteceu.
Começaremos descrevendo quem ela é.
Wo é um homem que vivia em uma pequena cidade.
Não tão pequena quanto esta em que
estamos (McCloud, Califórnia),
mas que possuía pelo menos quatro
semáforos (risos).
Era uma cidade pequena que fazia
fronteira com uma floresta.
Wo
não sentia necessidade de pertencer a uma religião.
Na verdade, ainda muito cedo, ele decidiu que realmente não gostava de
igreja.
Ele sentia o amor e sabia da integridade de tantas pessoas que
frequentavam a igreja, mas sentia que isso não era para ele.
O que era para ele era a natureza.
Wo
tinha uma conexão espiritual com a Terra e, enquanto os outros iam para
os cultos aos domingos, Wo
ia dar um passeio na floresta.
Desde o início, Wo
percebeu a sacralidade dos vales, dos lagos e riachos, dos animais e das
árvores; e isto fazia parte do seu cenário de adoração.
Ele percebeu que podia sentir a Terra falando com ele quando saía para
caminhar.
Então, este é Wo,
e agora o palco está montado para eu lhes contar o que aconteceu nessa
história.
Muitos de vocês já tiveram sonhos vívidos ou, talvez, visões no limiar
entre sonho e realidade.
Foi isto que aconteceu com Wo.
Uma noite, quando estava dormindo profundamente, Wo teve uma coisa que só pode ser chamada
de visão.
Foi real demais!
Foi além do real na experiência de Wo.
Quero lhes contar da melhor maneira possível o que ele vivenciou,
mas tudo o que eu lhes contar não será nem sequer a metade do que realmente
aconteceu.
Vocês teriam que ser Wo
para senti-lo verdadeiramente.
Wo
ouviu a música!
Queridos, o que Wo escutou
e vivenciou é indescritível.
Ele ouviu uma música tão perfeita e
tão bela, que estava além de qualquer coisa que ele já tinha vivenciado como
Ser Humano na Terra.
Não existia nada que se comparasse a
ela.
As imagens que ele viu em sua mente,
e as sonoridades que ele ouviu eram perfeitas e belíssimas.
Agora vocês podem perguntar:
“Que tipo de música era
essa?”
Entretanto, ela não era definível; não era nem clássica nem popular;
não tinha nenhuma classificação.
Simplesmente era.
E continha todos os instrumentos que ele conhecia, tocados perfeitamente
e numa sequência que criava melodias ao mesmo tempo heroicas e românticas.
Ele não podia acreditar!
Era quase como se Wo
estivesse em branco e preto e, de repente,
passasse a ouvir a cores.
Wo se deliciou com essa visão incrível.
Ele não podia nem imaginar uma coisa
dessas na vida real, mas lá estava ela, e ele estava ouvindo-a.
Wo rapidamente percebeu que, na verdade, ele não
estava ouvindo-a, mas sentindo-a em cada célula do seu corpo.
Era a música mais bela jamais ouvida
– indefinível, mas perfeita!
E então, ele despertou e percebeu que
seu travesseiro estava úmido.
Ele havia chorado, de tão bela que
havia sido sua visão!
Nela ele tinha visitado um lugar
sagrado, e não fazia a menor ideia de por que isso acontecera.
Wo
acreditava que existiam sinais que o Espírito lhe enviava, sobre coisas que o
ajudariam em sua vida.
Ele já tinha vivenciado isso no passado, na floresta, onde ele tinha
ideias intuitivas.
Então Wo pensou:
“Talvez
isto seja um sinal de que devo estudar música ou fazer parte de alguma coisa
musical…
Talvez
esta seja realmente a instrução!
Entretanto,
eu nunca tive qualquer interesse em tocar música nem nada do tipo…”
Então, Wo saiu e, sincronicamente, descobriu que na cidade
estava havendo um teste para um coro.
E pensou:
“É
isto!
Devo
participar de alguma coisa.
Devo
fazer parte de um coro.!”
E assim, Wo
foi para o teste, mas saiu de lá desapontado.
Eles lhe disseram, com todo amor e
compaixão:
“Wo, não podemos incluí-lo neste coro por três razões.
Número um, você não consegue sustentar um tom.
Número dois, você não tem ideia
do que seja altura de tom.
E número
três, sua voz soa como pregos arranhando
um quadro negro.”
Então, não era o coro…
Wo
ficou sem saber o que fazer, entretanto, de alguma forma,
compreendeu que esse não era um chamado à ação, como ele estava
pensando.
E então aconteceu de novo!
A visão se repetiu.
Ele pedira por isto.
Ele tinha dito:
“Querido
Espírito, aquela foi uma experiência incrível, mas não sei qual seu motivo nem
do que se trata.
Por
favor dê-me aquela visão mais uma vez!”
E ele a obteve, do mesmo modo que anteriormente.
Só que, desta vez, durou um pouco mais.
Desta vez ele sentiu como se estivesse dentro dela… como se estivesse
dentro de uma orquestra que estava tocando… uma experiência equivalente a estar
dentro de uma guitarra enquanto ela estava sendo tocada.
Ele podia sentir as cordas vibrando consigo em tal perfeição, que
chorava de alegria pelo que estava ouvindo e vivenciando.
Um músico diria que tudo estava “fechado”
e perfeito.
Wo
permaneceu nessa visão e caiu em êxtase.
Esta era a experiência mais incrível que ele já havia tido!
Então ele despertou e disse:
“Espírito,
isto tem que significar alguma coisa.
Isto
tem que ter algum significado!
Você
não pode me levar para um lugar onde eu posso ouvir e desfrutar de tudo isso,
sem que tenha qualquer significado!”
Wo
andou pela floresta, pelos bosques e
prados, e procurou algumas respostas lá.
Estes sempre foram lugares onde ele
tinha boa intuição.
E estava certo, porque sua intuição
de entrar no bosque, naquele momento, levou-o a uma clareira, um prado muito
lindo.
O sol estava brilhando, a grama era
extraordinariamente verde, e ali,
sentada no prado sem árvores, havia
uma linda mulher.
Sentadas à sua volta, havia jovens
estudantes, e elas também eram lindas.
Wo
podia perceber que essa mulher já tinha uma certa idade, mas,
mesmo assim, ela era linda, e estava ensinando alguma coisa.
Todas as suas alunas pareciam muito novas, e parecia que todas tinham
saído da mesma escola, todas com a mesma idade.
Wo
ficou quieto por um instante e então percebeu que podia ouvir claramente a
senhora.
Independentemente da distância razoável que havia entre eles quando ele
viu essa cena, ele conseguia ouvir claramente o que ela dizia.
Era como se o vento estivesse carregando a voz dela diretamente para os
seus ouvidos.
Wo
chegou um pouco mais perto e não
houve nenhuma reação por parte dela.
A senhora não parou de ensinar e as
alunas não olharam ao redor.
Então, Wo
sentou-se por um instante e ficou
ouvindo os ensinamentos dela.
De repente, ela falou algo que
desencadeou uma reação nele.
Ela disse: “Você
nasceu magnífico!.”
Isto era algo que Wo
jamais tinha considerado e nem ouvido antes em sua vida.
Os Seres Humanos normalmente não se consideram magníficos.
Mesmo quando se comportam da melhor maneira possível – na mais alta
integridade – eles acreditam que são decentes, distintos,
honestos, mas nunca magníficos. Essa não era uma descrição comum que ele
já tivesse ouvido sobre a humanidade.
A voz dela era maravilhosa!
Ele poderia ficar ali sentado ouvindo-a por muito, muito tempo.
E então, ela voltou-se para ele e disse:
“Wo, por que você não
chega mais perto?”
Ele ficou atônito!
Wo
ficou espantado ao descobrir que ela
sabia seu nome!
Talvez ela tivesse ido à cidade antes
e ouvido falar dele…
Wo era conhecido por seu trabalho de marcenaria, no
qual ele era muito bom.
Ele tinha um bom emprego; era feliz e
autossuficiente.
Talvez o nome dele estivesse em algum
lugar e ela o tivesse visto…
“Tenho
certeza que foi isto!”, ele pensou.
Mas ficou curioso.
E chegou mais perto.
Wo
aproximou-se e sentou-se em frente a ela, e ela falou diretamente para ele:
“Wo, você gostaria de
fazer uma pergunta?”
Wo respondeu: “Sim,
gostaria.”
Então ela lhe disse:
“Está
bem, mas você precisa conhecer as regras – aqui estão elas.
Você
pode fazer uma pergunta, mas eu tenho o direito de fazer outra de volta.
É
assim que funciona.”
Wo perguntou: “Quem é você?”
“Sou
uma sábia”, ela respondeu.
“Sou
guardiã da sabedoria.
Sou
aquela que lhe dirá a verdade sobre qualquer pergunta que você faça.
É
isto que eu sou.
E
agora, Wo, é a minha vez de lhe fazer
uma pergunta.”
Wo endireitou-se e estava pronto…
Ele pensou que estava pronto, mas a
pergunta que ela lhe fez, ele não esperava.
Ela olhou para ele e disse: “Wo, você ouviu a música?”
Isto quase o derrubou!
Wo imediatamente deixou escapar: “Como você soube da
música?”
“Wo,
esta é outra pergunta”, ela
disse sorrindo.
“Agora
tenho direito a fazer mais uma.”
“Não!
Por favor, responda!”
–
Wo estava gaguejando –
“Como
você sabia da música?!”
“Wo,
todo Ser Humano tem a música”, ela
respondeu.
Wo pensou por um instante.
“Uau,
isto quer dizer que todo Ser Humano pode ter aquela visão impressionante e,
talvez, vivenciar o que eu vivenciei!”
“Que
revelação”, disse ele.
“Isto
é incrível!”
“Wo, você está pronto
para a minha próxima pergunta?”
“Sim.” Wo estava pronto.
“Qual é a sua
declaração?” ela perguntou.
Isto pegou-o de surpresa.
Sob forma de pergunta, ela estava lhe
pedindo uma declaração.
“Qual é a minha
declaração?”
Sábios são conhecidos por serem
pacientes, e ela era.
Muito tempo se passou entre sua
pergunta e, finalmente, a resposta dele.
A mente de Wo percorreu
cenários de integridade, em busca do que realmente poderia ser sua declaração.
Ele perguntou a si mesmo:
“Qual é a minha declaração, neste
momento em particular, diante de uma sábia que parece ter informações a meu
respeito que eu nem conhecia?”
Ele sabia que estava diante de uma
pessoa idosa e sábia e que ela estava lhe dando uma oportunidade de declarar
sua verdade, e lhe oferecia bastante tempo para responder.
As alunas não falavam nada.
Elas nunca falavam.
Ficavam simplesmente quietas, aos pés da senhora.
Finalmente, ele captou a ideia do que ela lhe estava pedindo, e então
ele soube!
Wo levantou-se e disse:
“Minha
declaração, querida Sábia, é esta: Eu quero mais.”
Ela sorriu e respondeu, “E assim será! Por favor volte e lhe
ensinarei mais.”
Wo
foi para casa e estava exultante
porque, através da sincronicidade e da intuição, ele tinha realmente encontrado
alguém que o ensinaria.
O ensinamento era: “Wo, você é magnífico! Você nasceu
magnífico!”.
Estas palavras soavam como verdade em
seus ouvidos e, então,
naquela noite, a música aconteceu
novamente!
Desta vez, ele podia ver outras coisas além da música.
Ele via aqueles que estavam à sua volta nessa visão, como se a música
estivesse acontecendo enquanto ele estava no trabalho ou na rua.
Então, começou a ver a reação dos outros Seres Humanos; eles paravam,
indiferentes.
Eles paravam tudo e paralisavam, mas não se voltavam na direção da
música, como se não a estivessem realmente ouvindo.
Mas, de alguma forma, eles reagiam.
Eles paravam.
Lá estava, mais uma vez, o esplendor
da música que, de alguma forma, era romântica e heroica, e fazia sua mente
elevar-se com altivez e compaixão.
Novamente, ele chorou. Isto era muito
mais belo do que se poderia crer!
Esta experiência definia tudo o que
ele alguma vez poderia pedir em termos de beleza e verdade.
Pense em si mesmo, querido, numa situação em que, de repente,
você fosse presenteado com um som sobrenatural, tão perfeito e belo, que
você reagiria a ele, mas não conseguiria identifica-lo.
Entretanto, era um som tão belo, que tudo o que você desejaria seria
sustenta-lo e ter mais, e mais e mais.
E então acabou…
Wo voltou para a Sábia.
Lá estava ela, ensinando novamente.
Ele se aproximou e ela mais uma vez
convidou-a a sentar-se diante de si, e começou a lhe contar mais e mais coisas.
Eram verdades novas e maravilhosas.
Assim, aos poucos ela foi lhe ensinando muitas e muitas coisas, até que
finalmente Wo
lhe fez a pergunta, mais uma vez:
“Sábia,
por favor, conte-me mais a respeito da música.”
E ela lhe disse estas palavras:
“Wo,
a maioria dos Seres Humanos não entende…
O
Ser Humano é como uma cebola que precisa ser descascada.
As
cascas que são retiradas são as coisas que lhe foram ensinadas e que não são
exatamente corretas.
Ao
se despir dessas coisas, o Ser Humano revela verdades essenciais em sua própria
consciência; ele descasca coisas que são imprecisas,
que
lhe foram ditas por outras pessoas; ele descasca mau hábitos;
descasca
medos inúteis, até que, finalmente, chega ao Ser Humano essencial, sem medo
nenhum.
E então ele descobre uma coisa:
O
Ser Humano é a música.”
“Wo, qual é a sua
declaração?”
E Wo disse: “Eu
quero mais, eu quero mais!”
E foi assim que aconteceu com Wo.
Ele voltou para a cidade e continuou
a viver e trabalhar no seu povoado.
E compreendeu que ele era a música.
Como poderia ser isso?
Wo começou a ouvir aquelas sonoridades musicais e
aquelas melodias heroicas tocando em lugares que estavam fora dos seus sonhos e
visões.
De fato, ele podia ouvi-la tão
sutilmente, que o fazia sorrir, porque toda vez que a ouvia, ele se sentia
magnífico!
Logo Wo
entendeu que ele realmente esteve dentro da guitarra; ele realmente esteve
dentro da orquestra que tocava, e que ele era a música.
Ele era uma música da verdade heroica, que ele transmitia em todo lugar
onde ia.
Alguns a ouviam, outros não, mas todos paravam e sentiam algo.
Muitos percebiam que Wo
tinha, de fato, mudado muito.
Havia uma magnificência nele e, onde quer que fosse, as pessoas sabiam
que havia algo de sagrado, belo e compassivo nesse homem.
Ele era diferente.
Em breve, alguns estavam sentando-se aos seus pés para ouvi-lo,
pois Wo
começou a ensinar.
“O que significa
conhecer e amar o planeta?
O que significa
compreender o que é ser magnífico?
O que significa
tornar-se um com tudo?
O que significa
descobrir que o Criador é maior do que lhe foi dito?
O que significa saber
que você está aqui de propósito?
Wo voltou para o campo para se encontrar mais uma vez
com a Sábia.
Ele queria ter mais um, só mais um
encontro com ela.
Então fez a caminhada pelo prado,
subiu a colina e chegou ao campo, que costumava ser apenas um gramado no local
onde ela ensinava.…
Mas ela não estava mais lá.
No lugar do gramado, havia agora uma imensa árvore antiga e, ao redor
dela, belas flores.
Wo
sorriu e sentou-se.
Ele compreendeu o que havia acontecido.
Até a Sábia tinha sido uma visão, e as alunas eram as flores.
Gaia esteve ensinando-o!
O que ele fez em seguida, eu quero que vocês se lembrem, pois mostra sua
maturidade.
Wo caminhou diretamente para o local onde ele sempre
se sentava e sentou-se diante da árvore.
E declarou para a árvore: “Eu quero mais.”
Ele podia ouvir o farfalhar das
folhas e o vento, como se este lhe respondesse.
E Wo ficou ali sentado por horas, recebendo mais
ensinamentos de Gaia…
Deixaremos Wo aqui.
Queridos, será que eu realmente
preciso lhes dizer o que isto significa?
Cada um de vocês é magnífico e tem aquela cebola para descascar.
Ao descascar as coisas impróprias, os medos da vida começam a diminuir e
a se libertar.
Antigas percepções incorretas se apresentam; e a integridade e a
compaixão começam a vir à tona.
Então você passa a entender, cada vez mais, quem você é.
Começa a enxergar a luz da sua própria vida heroica, e o quanto você é
magnífico aos olhos do Criador.
Você entende que a magnificência é a imagem do amor do Criador que você
carrega consigo.
Você começa a compreender que os
melhores sonhos e visões não vêm dos Anjos, mas das profundezas do seu próprio
ser.
Alguns de vocês já tiveram estas experiências.
Esta história diz respeito à autoconsciência e vitória sobre uma falsa
realidade que os faria acreditar que vocês não são nada, e que são vítimas
desta Terra.
As cascas da cebola são as partes velhas, escuras, que não estão à
altura da sua magnificência!
Esta é a história para hoje.
Ela é mais do que uma história,
queridos; é a música interna que pode mudar a vida de vocês!
E assim é
KRYON
Canal: Lee Carroll
Tradução: Vera Corrêa-veracorrea46@gmail.com
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