A CONSTRUÇÃO DA PAZ INTERIOR
JP em
25.09.2019
Se a Paz é
um estado de consciência que devemos construir, seria certo pensar que o medo
será inevitável para todo aquele que vive a vida ao sabor do acaso, se
entregando a ela sem qualquer compromisso com a Verdade, lições a serem
aprendidas pelo espírito na Escola da Vida, dissipando todo o seu tempo com
futilidades?
Se a formiga trabalha enquanto a
cigarra canta, quem deverá ter medo do inverno, quando ele chegar?
Se Paz implica em ausência de medo
em função de uma consciência tranquila e justa, isso significa que a ausência
de medo é uma construção interior.
Nesse aspecto,
quem pode assumir ausência plena de medo é a formiga, jamais a cigarra.
Construir
consciência dá trabalho. Assumir a paz interior dá trabalho.
Não ter
medo dá trabalho.
Esse
trabalho consiste em todas aquelas lutas diárias que devemos fazer para combater
o ego, que vai na direção contrária, que deseja sempre o que é errado, que
prega o egoísmo e o egocentrismo, que quer sempre levar vantagem, que se
acomoda rapidamente no materialismo e nas paixões que satisfazem o corpo mas
enfraquecem o espírito, enfim…
A Paz e a ausência de medo,
portanto, é um mérito dos trabalhadores ativos da consciência desperta, que
aprendem a caminhar nas estradas da Verdade e da Justiça e, por efeito, não tem motivos para terem medo, já que não
acumulam culpas que acionam aquelas duas leis implacáveis do universo chamadas Lei da Atração e Lei do Retorno.
Porque todo medo nasce de toda
culpa, e toda culpa saida de erros não resolvidos, com o tempo, atraem o
retorno dos seus atos equivocados.
E não é
possível viver sem medo aqui.
A menos
que a pessoa procure formas de anestesiar o mesmo medo,
desviando
a culpa com subterfúgios da crença, com escapismos religiosos, com drogas,
bebidas e outras estradas que em vez de encarar o ego de frente, procura fugir
dele toda vez que a consciência pesada colocar o dedo na ferida.
O que não podemos permitir é que
falsas filosofias tentem anular a culpa e o erro da humanidade desviada,
procurando maquiar a doença.
A paz no
coração advém certamente de uma espiritualidade madura e consciente, e não de
crenças de escapismos, como se costuma ver.
Falar de
guerras?
Falar do clima
alterado?
Falar do
Apocalipse Sim, certamente.
Tudo isso
são os resultados da lei do retorno sobre culpas generalizadas da humanidade
não assumidas, não trabalhadas,
sobre maldades
mantidas, sobre materialismos não transformados.
Mas
repito: quem não deve não teme.
E o som das colinas caindo será
como o quebrar da casca de um ovo do renascimento planetário.
Eu mesmo
não sou do tipo que gosta que o médico me esconda o diagnóstico.
Como lutar
contra um inimigo desconhecido?
Enquanto o
ego materialista der a tônica da civilização, o medo não será nada mais do que
aquele sintoma de doença tentando avisar que as coisas não estão bem.
E cumprirá
seu papel no universo, como tudo.
Quem não
deve ter medo do inverno é a formiga, mas nunca a cigarra.
Se a Verdade é a única coisa que
liberta, quem vive na mentira, este é que deve ter o maior medo.
Porque é o
maior prisioneiro de todos.
Concluindo: ausência de medo só
existe com a paz no coração.
A paz no
coração só existe com ausência de culpa.
Ausência
de culpa só existe na ausência de erros.
Ausência
de erros só existe na presença de acertos.
E a
presença de acertos só existe quando a consciência da verdade assume o controle
da vida.
E isso
exige trabalho em tempo integral: o trabalho da formiga recusado pela cigarra!
JP em 25.09.2019
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