O PROCESSO DE ESQUECIMENTO DOS DESENCARNADOS
09-10-2019
Uma coisa que muitos
perguntam: o que acontece do outro lado?
A maioria das pessoas responde
dizendo que, só quando morrer é que a gente vai saber.
E se eu disser que não?
Que morrer e ir para o outro lado não
é garantia nenhuma de despertar,
porque ao morrer, a pessoa entra num
sono profundo e, no Limbo (Astral inferior ou
quinta dimensão inferior) ela continua
sonhando com seus valores e lembranças da vida que deixou para trás,
especialmente com a memória recente, e
não desperta e nem sabe que morreu?
Sei que tem muitos filmes e livros
que pregam o contrário disso, mas a grande
verdade é somente uma:
Só desperta do outro lado quem está
trabalhando ativamente para despertar aqui, porque caso contrário, seguirá
sonhando do outro lado até mais fortemente com as mesmas ilusões que já sonha
aqui na vida física, e se um trabalho de despertar e auto-conhecimento não for
feito aqui, por que razão começaria a ser feito lá, depois
que os instrumentos preciosos chamados corpo físico e cérebro consciente se
perderam?
Assim, tais teorias saídas de
doutrinas equivocadas não se sustentam.
Quem quer seguir desperto do outro
lado, e não afundar na piscina astral dos sonhos, tem que começar a realizar um
trabalho de despertar aqui mesmo, no plano físico, aproveitando todas as
oportunidades maravilhosas que a Escola da Vida nos oferece.
Porque morrer não desperta ninguém de
forma mágica.
A morte do despertar é a morte dos
defeitos em vida, a morte das falhas,
dos erros, a busca por aprimoramento,
como dizia Aristóteles:
“Feliz
do homem cujos defeitos morrem antes do seu corpo!”
Até porque, do outro lado, no plano
Umbral ou Limbo, começa a acontecer um fenômeno que poucos conhecem, e que não
existe na literatura disponível, mas fazem parte daqueles conhecimentos que
temos quando trabalhamos com o despertar prático da consciência, deste e do
outro lado (na forma de viagens astrais e sonhos
conscientes).
O
processo do esquecimento
Sim, quando a alma do desencarnado
inconsciente, este que viveu apenas nas beiradas da vida material e materialista,
e não conseguiu em vida levantar o véu de coisa alguma, e levou por bagagem uma
mala cheia de ilusões materiais para o outro lado (dinheiro, bens, carro, casa, viagens, títulos,
diversão, comer, beber, sexo, enfim, um monte de valores que já não fazem mais
nenhum sentido no mundo astral), essa bagagem terá
que ser desfeita para a próxima reencarnação.
É como se você tivesse que se livrar
das roupas velhas para vestir roupas novas.
Ninguém veste roupas novas por cima
das velhas.
A vida passada é a roupa velha, um
corpo e uma memória totalmente construída em função dos falsos valores daquela
vida, falsos no sentido de passageiros, e que não podem continuar como
realidade nos mundos superiores – porque, se pudessem, não seriam descartados.
Então, na quinta dimensão inferior,
aquela alma passará algum tempo (não
temos como falar de tempo em sentido absoluto, porque são círculos dimensionais
diferentes, com tempos diferentes),
e pode ser que passem alguns anos por lá enquanto aqui se passaram dias (defasagem temporal/dimensional), dentro desse processo “natural” da quinta
dimensão, digamos assim, onde o esquecimento da vida passada, de todos os seus
valores e elementos, começa.
Até então, a alma fica apenas “sonhando” dentro dessa realidade paralela, acreditando que
ainda vive na sua casa, dirige seu carro,
trabalha, se encontra com sua
família, e faz todas as coisas que fazia em vida, especialmente aquelas que
fazia nos últimos meses ou dias antes do desencarne.
Mas até esses sonhos irão se esgotar,
dentro do mencionado processo do esquecimento.
Porque, se a alma irá receber um novo
corpo físico (reencarnação) não faz sentido imaginar que ela carregue para o
novo corpo físico a velha personalidade, valores, lembranças e tudo o que
construiu nesse aspecto na vida anterior.
Por isso, o esquecimento é uma
espécie de esvaziamento mental que a Dimensão Astral inferior aplica sobre a
mente do desencarnado.
Como aquele sonho que você teve pela
manhã e que, com o passar das horas, ele começa a desaparecer da sua mente?
Exatamente por causa da defasagem
dimensional, ou seja, esse movimento da mente entre as dimensões paralelas é
que ocasiona esse gradual esquecimento.
Isso sem considerar os muitos sonhos
que simplesmente esquecemos ao acordar, como se fossem literalmente apagados do
nosso cérebro quando a alma volta para o corpo, por um efeito de deslocamento
dimensional.
Só que, neste estudo, estamos
analisando o processo inverso, o esquecimento da mente desencarnada, do outro
lado.
Ou seja, a perda do corpo físico e a
perda também do corpo da personalidade e informações da vida passada são
necessárias para a nova encarnação.
Porque não se reencarna somente com
novo corpo, mas também com nova personalidade, e na maioria das vezes, ela terá
pouca semelhança com a anterior, para uma nova experiência de vida.
Mas então, como é normal acontecer, a
alma cai novamente no sonho do materialismo, fazendo de seus sonhos materiais
uma meta em si mesmos (a matéria é apenas um meio, e não uma
meta: a matéria é o meio para alcançarmos a
meta do despertar da consciência),
e assim, tudo se repete,
a Roda
do Samsara gira outra vez, e o aluno repete de
ano e volta para o mesmo nível escolar.
A evolução real só começa a acontecer
quando acontece o despertar, as Escrituras chamam isso de Segundo Nascimento.
Reencarnar não traz evolução no
pacote, apenas repetição: porque o principal se repetirá, o sonho
da matéria e suas ilusões, sombras projetadas da luz da Verdade.
Quanto ao processo do Esquecimento, ele é aplicado pela própria dimensão densa sobre a
alma desencarnada, que gradualmente vai se esquecendo de tudo, mas essa
informação não é perdida, apenas transferida para aqueles níveis mais profundos
da mente que conhecemos por Subconsciente
e Inconsciente, na forma de arquivo-morto.
Claro que, na próxima vida, não são
poucas as pessoas que conseguem abrir as gavetas desse arquivo-morto de vidas
passadas e ter visões e experiências com cenas antigas, seja em sonhos, em
hipnose, em dejavu, e outras situações onde algum tipo de paranormalidade
acontece.
Mas o normal é que a grande maioria
siga totalmente esquecida de sua vida passada e tudo o que lhe dizia respeito
na vida atual.
Isso acontece por efeito mecânico da
própria dimensão do Astral inferior (Limbo,
o primeiro círculo de Dante, consulte Obra A Divina Comédia)
onde os desencarnados comuns (não os Iniciados e Renascidos, que sobem para as
dimensões superiores) são submetidos à sua influência
densa, como um mergulho em águas densas e turvas que promovem o esquecimento
gradual (o engavetamento das memórias no
Inconsciente):
o Universo é sábio, ninguém poderia
reencarnar com nova personalidade e, ao mesmo tempo, preservando a velha
identidade na lembrança, o conflito psíquico seria fatal para a sanidade
mental, como um transtorno de dupla personalidade.
É preciso zerar todas as antigas
lembranças para começar a construção de uma nova personalidade em novo corpo
físico e ambiente.
Nenhuma mente sobreviveria sã e
racional se preservasse duas ou mais identidades coexistindo na mesma memória
presente.
Trata-se de um processo automático
que se aplica aos desencarnados para que possam reencarnar, no dia, hora e meio
familiar condizente com o Karma da vida passada, ou seja, lei do merecimento,
lei de causa e efeito,
lei da atração.
Quem está desperto destas coisas sabe
que nunca escolhemos nada do outro lado:
e como poderíamos escolher os elementos da vida futura se somos
submetidos ao processo do esquecimento?
E se realmente as almas escolhessem
as condições da futura vida, a grande maioria escolheria vir rica, com saúde e
sucesso.
E por que não é o que
acontece?
É como dar a cada um a lâmpada de
Aladin, e lhe conceder três desejos.
Quem você conhece que escolheria:
1.
quero ser pobre
2.
quero ser doente
3. quero
ser infeliz no amor
*(Tudo em nome do meu
crescimento espiritual na futura vida)?
Conhece alguém assim?
Está na hora de revermos todos esses
conceitos errados que estão sendo ensinados como doutrina verdadeira.
Porque isso também é parte do
processo de despertar em vida.
Para não aparecermos do outro lado,
depois da morte, no mínimo,
frustrados.
Isso se conseguirmos nos lembrar de
tudo do outro lado.
Então, nem frustração poderemos
sentir.
Só existe uma verdade em tudo isso:
Só desperta a consciência do outro
lado quem já começou despertando aqui, deste lado.
Morrer nada significa.
A morte não espiritualiza ninguém.
Mas somente uma vida bem vivida que
coloca Deus e a Verdade como prioridade.
Porque para o outro lado, depois da
morte, nada levaremos, a não ser a bagagem de despertar (ou de ilusões) que
ajuntamos em vida.
Se a pessoa passou o tempo todo
preocupada em ganhar dinheiro, cultivar prazeres físicos e se divertir, por que raios acha mesmo que se tornará espiritualizada do outro lado?
Isso porque a escola é aqui e agora.
E quem não estuda e aprende aqui e
agora, não o fará do outro lado,
mesmo que doutrinas preguem o
contrário.
Seguirá apenas sonhando com a vida
que passou até mergulhar no completo esquecimento antes da Roda aplicar outo
giro na curva do seu Destino…
É preciso levantar os véus, derrubar
crenças, exorcizar fanatismos, afastar as sombras do pensamento e esvaziar os
salões escuros da mente… e fazer brilhar, a plena potência, o Sol da Verdade,
invadindo a casa iluminada com todas as portas e janelas abertas por vontade
própria.
Eis o que acontece de fato aos
desencarnados do outro lado que morreram sem despertar de suas ilusões na vida…
JP
em 09.10.2019
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