sábado, 2 de novembro de 2019

O PROCESSO DE ESQUECIMENTO DOS DESENCARNADOS

O PROCESSO DE ESQUECIMENTO DOS DESENCARNADOS
09-10-2019
Uma coisa que muitos perguntam: o que acontece do outro lado?
A maioria das pessoas responde dizendo que, só quando morrer é que a gente vai saber.
E se eu disser que não?
Que morrer e ir para o outro lado não é garantia nenhuma de despertar,
porque ao morrer, a pessoa entra num sono profundo e, no Limbo (Astral inferior ou quinta dimensão inferior) ela continua sonhando com seus valores e lembranças da vida que deixou para trás, especialmente com a memória recente, e não desperta e nem sabe que morreu?
Sei que tem muitos filmes e livros que pregam o contrário disso, mas a grande verdade é somente uma:
Só desperta do outro lado quem está trabalhando ativamente para despertar aqui, porque caso contrário, seguirá sonhando do outro lado até mais fortemente com as mesmas ilusões que já sonha aqui na vida física, e se um trabalho de despertar e auto-conhecimento não for feito aqui, por que razão começaria a ser feito lá, depois que os instrumentos preciosos chamados corpo físico e cérebro consciente se perderam?
Assim, tais teorias saídas de doutrinas equivocadas não se sustentam.
Quem quer seguir desperto do outro lado, e não afundar na piscina astral dos sonhos, tem que começar a realizar um trabalho de despertar aqui mesmo, no plano físico, aproveitando todas as oportunidades maravilhosas que a Escola da Vida nos oferece.
Porque morrer não desperta ninguém de forma mágica.
A morte do despertar é a morte dos defeitos em vida, a morte das falhas,
dos erros, a busca por aprimoramento, como dizia Aristóteles:
“Feliz do homem cujos defeitos morrem antes do seu corpo!”
Até porque, do outro lado, no plano Umbral ou Limbo, começa a acontecer um fenômeno que poucos conhecem, e que não existe na literatura disponível, mas fazem parte daqueles conhecimentos que temos quando trabalhamos com o despertar prático da consciência, deste e do outro lado (na forma de viagens astrais e sonhos conscientes).
O processo do esquecimento
Sim, quando a alma do desencarnado inconsciente, este que viveu apenas nas beiradas da vida material e materialista, e não conseguiu em vida levantar o véu de coisa alguma, e levou por bagagem uma mala cheia de ilusões materiais para o outro lado (dinheiro, bens, carro, casa, viagens, títulos, diversão, comer, beber, sexo, enfim, um monte de valores que já não fazem mais nenhum sentido no mundo astral), essa bagagem terá que ser desfeita para a próxima reencarnação.
É como se você tivesse que se livrar das roupas velhas para vestir roupas novas.
Ninguém veste roupas novas por cima das velhas.
A vida passada é a roupa velha, um corpo e uma memória totalmente construída em função dos falsos valores daquela vida, falsos no sentido de passageiros, e que não podem continuar como realidade nos mundos superiores – porque, se pudessem, não seriam descartados.
Então, na quinta dimensão inferior, aquela alma passará algum tempo (não temos como falar de tempo em sentido absoluto, porque são círculos dimensionais diferentes, com tempos diferentes), e pode ser que passem alguns anos por lá enquanto aqui se passaram dias (defasagem temporal/dimensional), dentro desse processo “natural” da quinta dimensão, digamos assim, onde o esquecimento da vida passada, de todos os seus valores e elementos, começa.
Até então, a alma fica apenas “sonhando” dentro dessa realidade paralela, acreditando que ainda vive na sua casa, dirige seu carro,
trabalha, se encontra com sua família, e faz todas as coisas que fazia em vida, especialmente aquelas que fazia nos últimos meses ou dias antes do desencarne.
Mas até esses sonhos irão se esgotar, dentro do mencionado processo do esquecimento.
Porque, se a alma irá receber um novo corpo físico (reencarnação) não faz sentido imaginar que ela carregue para o novo corpo físico a velha personalidade, valores, lembranças e tudo o que construiu nesse aspecto na vida anterior.
Por isso, o esquecimento é uma espécie de esvaziamento mental que a Dimensão Astral inferior aplica sobre a mente do desencarnado.
Como aquele sonho que você teve pela manhã e que, com o passar das horas, ele começa a desaparecer da sua mente?
Exatamente por causa da defasagem dimensional, ou seja, esse movimento da mente entre as dimensões paralelas é que ocasiona esse gradual esquecimento.
Isso sem considerar os muitos sonhos que simplesmente esquecemos ao acordar, como se fossem literalmente apagados do nosso cérebro quando a alma volta para o corpo, por um efeito de deslocamento dimensional.
Só que, neste estudo, estamos analisando o processo inverso, o esquecimento da mente desencarnada, do outro lado.
Ou seja, a perda do corpo físico e a perda também do corpo da personalidade e informações da vida passada são necessárias para a nova encarnação.
Porque não se reencarna somente com novo corpo, mas também com nova personalidade, e na maioria das vezes, ela terá pouca semelhança com a anterior, para uma nova experiência de vida.
Mas então, como é normal acontecer, a alma cai novamente no sonho do materialismo, fazendo de seus sonhos materiais uma meta em si mesmos (a matéria é apenas um meio, e não uma meta: a matéria é o meio para alcançarmos a meta do despertar da consciência), e assim, tudo se repete,
a Roda do Samsara gira outra vez, e o aluno repete de ano e volta para o mesmo nível escolar.
A evolução real só começa a acontecer quando acontece o despertar, as Escrituras chamam isso de Segundo Nascimento.
Reencarnar não traz evolução no pacote, apenas repetição: porque o principal se repetirá, o sonho da matéria e suas ilusões, sombras projetadas da luz da Verdade.
Quanto ao processo do Esquecimento, ele é aplicado pela própria dimensão densa sobre a alma desencarnada, que gradualmente vai se esquecendo de tudo, mas essa informação não é perdida, apenas transferida para aqueles níveis mais profundos da mente que conhecemos por Subconsciente e Inconsciente, na forma de arquivo-morto.
Claro que, na próxima vida, não são poucas as pessoas que conseguem abrir as gavetas desse arquivo-morto de vidas passadas e ter visões e experiências com cenas antigas, seja em sonhos, em hipnose, em dejavu, e outras situações onde algum tipo de paranormalidade acontece.
Mas o normal é que a grande maioria siga totalmente esquecida de sua vida passada e tudo o que lhe dizia respeito na vida atual.
Isso acontece por efeito mecânico da própria dimensão do Astral inferior (Limbo, o primeiro círculo de Dante, consulte Obra A Divina Comédia)
onde os desencarnados comuns (não os Iniciados e Renascidos, que sobem para as dimensões superiores) são submetidos à sua influência densa, como um mergulho em águas densas e turvas que promovem o esquecimento gradual (o engavetamento das memórias no Inconsciente):
o Universo é sábio, ninguém poderia reencarnar com nova personalidade e, ao mesmo tempo, preservando a velha identidade na lembrança, o conflito psíquico seria fatal para a sanidade mental, como um transtorno de dupla personalidade.
É preciso zerar todas as antigas lembranças para começar a construção de uma nova personalidade em novo corpo físico e ambiente.
Nenhuma mente sobreviveria sã e racional se preservasse duas ou mais identidades coexistindo na mesma memória presente.
Trata-se de um processo automático que se aplica aos desencarnados para que possam reencarnar, no dia, hora e meio familiar condizente com o Karma da vida passada, ou seja, lei do merecimento, lei de causa e efeito,
lei da atração.
Quem está desperto destas coisas sabe que nunca escolhemos nada do outro lado: e como poderíamos escolher os elementos da vida futura se somos submetidos ao processo do esquecimento?
E se realmente as almas escolhessem as condições da futura vida, a grande maioria escolheria vir rica, com saúde e sucesso.
E por que não é o que acontece?
É como dar a cada um a lâmpada de Aladin, e lhe conceder três desejos.
Quem você conhece que escolheria:
1. quero ser pobre
2. quero ser doente
3. quero ser infeliz no amor
*(Tudo em nome do meu crescimento espiritual na futura vida)?
Conhece alguém assim?
Está na hora de revermos todos esses conceitos errados que estão sendo ensinados como doutrina verdadeira.
Porque isso também é parte do processo de despertar em vida.
Para não aparecermos do outro lado, depois da morte, no mínimo,
frustrados.
Isso se conseguirmos nos lembrar de tudo do outro lado.
Então, nem frustração poderemos sentir.
Só existe uma verdade em tudo isso:
Só desperta a consciência do outro lado quem já começou despertando aqui, deste lado.
Morrer nada significa.
A morte não espiritualiza ninguém.
Mas somente uma vida bem vivida que coloca Deus e a Verdade como prioridade.
Porque para o outro lado, depois da morte, nada levaremos, a não ser a bagagem de despertar (ou de ilusões) que ajuntamos em vida.
Se a pessoa passou o tempo todo preocupada em ganhar dinheiro, cultivar prazeres físicos e se divertir, por que raios acha mesmo que se tornará espiritualizada do outro lado?
Isso porque a escola é aqui e agora.
E quem não estuda e aprende aqui e agora, não o fará do outro lado,
mesmo que doutrinas preguem o contrário.
Seguirá apenas sonhando com a vida que passou até mergulhar no completo esquecimento antes da Roda aplicar outo giro na curva do seu Destino…
É preciso levantar os véus, derrubar crenças, exorcizar fanatismos, afastar as sombras do pensamento e esvaziar os salões escuros da mente… e fazer brilhar, a plena potência, o Sol da Verdade, invadindo a casa iluminada com todas as portas e janelas abertas por vontade própria.
Eis o que acontece de fato aos desencarnados do outro lado que morreram sem despertar de suas ilusões na vida…
JP em 09.10.2019

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