O NOSSO CÉREBRO MANIPULA O TEMPO?
JP em 16.12.2019
O incrível poder do nosso
cérebro de esticar (ou encolher) o tempo
Você
já se perguntou por que o último ano passou tão rápido? Neurocientista
explica o poder que o cérebro tem de manipular o tempo.
Por BBC
14/12/2019
Na nossa mente, o tempo não é como um
rio que corre apenas em uma direção — Foto: Karolina Grabowska/Creative Commons
Mais um ano chega ao fim… parece que
foi ontem que estávamos comemorando a chegada de 2019.
Passou voando, não?
Mas nem sempre foi assim: na infância, os meses que antecediam a chegada das
férias escolares pareciam durar anos.
A maneira como percebemos a passagem
do tempo sempre intrigou o neurocientista David
Eagleman — é por isso que ele se dedicou a
estudar o surpreendente poder do nosso cérebro, conforme relata abaixo, em
primeira pessoa, à BBC
Ideas:
“Quando era criança, devia ter uns 8 anos, fui escalar uma casa que
estava em construção no bairro.
Cheguei muito perto da beirada do telhado e despenquei — a queda pareceu
demorar muito tempo.
Lembro de ver como o piso de tijolos vermelhos ia se aproximando.
Uma vez que toquei o chão, fiquei inconsciente… mas também intrigado.
Desde então, me interessei pela maneira como percebemos o tempo.
Quando cresci e virei neurocientista, percebi que todos nós viemos ao
mundo com a ideia de que o tempo é como um rio que corre em uma única direção e
a uma velocidade constante.
Mas sabemos que isso pode ser diferente na sua cabeça e na minha,
porque, de alguma forma, o tempo é uma construção psicológica.
Em outras palavras, o cérebro está trancado no silêncio e na escuridão
da sua caixa craniana — e seu trabalho é descobrir o que está acontecendo lá
fora.
Mas, para isso, precisa usar muitos truques de edição.
A visão e a audição emitem sinais em diferentes velocidades.
No entanto, quando você vê e escuta algo como um balão estourando ou
alguém batendo palmas, parece que a imagem e o som estão sincronizados.
Isso acontece porque o cérebro precisa compilar todas as informações
antes de montar uma história final e transmiti-la à sua percepção consciente.
É como se ele levasse um tempo para verificar se outros sinais estão
chegando, e isso significa que todos nós vivemos um pouco no passado.
O que acreditamos que está acontecendo agora ocorreu há pouco,
provavelmente cerca de meio segundo atrás.
Se você for ao meu laboratório, e eu te mostrar uma foto por meio
segundo no monitor e, na sequência, a mesma foto por meio segundo, e repetir
essa ação sucessivamente…
… quando, de repente, eu te mostrar uma imagem diferente pelo mesmo
período de tempo, vai parecer que a nova foto permaneceu por muito mais tempo
no monitor.
Isso acontece basicamente porque quando o cérebro vê uma coisa nova, ele
precisa usar mais energia para representá-la, uma vez que não era esperada.
Agora, a sensação de que as ações acontecem em câmera lenta é um truque
de memória.
Em outras palavras, quando você está em uma situação de emergência, uma
parte do cérebro chamada amígdala é ativada.
A amígdala é o seu centro de controle de emergência: armazena
recordações em um espaço de memória diferente da vida cotidiana.
Nesses casos, as lembranças são muito densas, porque você está em alerta
e toma nota de tudo o que está acontecendo ao seu redor.
E quando o cérebro lê as informações registradas durante o episódio, há
tanta informação que sua única conclusão é que o evento deve ter levado muito
tempo.
Curiosamente, isso também explica por que, à medida que envelhecemos,
parece que o tempo está passando mais rápido.
Quando você é criança, tudo é novidade.
Você está descobrindo o mundo, está acumulando muita memória e,
portanto, quando faz uma retrospectiva no fim de ano, tem muitas recordações do
que aprendeu.
Mas quando você é mais velho e faz essa retrospectiva, provavelmente
passou muito tempo fazendo mais ou menos as mesmas coisas que vinha fazendo nos
anos anteriores.
É por isso que parece que o ano voou.
Para sentir que você viveu mais, o que você precisa fazer é buscar
novidades.
Você pode começar com algo simples, como trocar o relógio de pulso ou
escovar os dentes com a outra mão.
Algo tão simples obriga a ativar seu cérebro, uma vez que ele não pode
prever exatamente o que vai acontecer, de forma que tem de participar.
Você verá que todas as noites, quando for dormir, vai ter muito mais
lembranças — e não vai mais parecer que a vida é um sopro.”
/////////////////////////////////////////
Einstein já dizia sobre a relatividade
do tempo, que passava depressa quando nosso cérebro experimenta sensações boas
e prazerosas, mas demora a passar quando sofremos ou passamos situações
desagradáveis na vida.
Ele foi, portanto, o primeiro cientista
não neurologista a abordar essa questão, que agora é confirmada pela Neurociência.
Mas o que falta acrescentar a esse
estudo apresentando, e que aquele físico pode nos ajudar, é a questão das
dimensões paralelas, e o fato de que o nosso cérebro, por vezes, consegue
captar estados existenciais que não pertencem a esta dimensão, mas a outras
dimensões, paralelas,
tangenciais a nossa.
Um exemplo sempre interessante de
abordagem são os sonhos.
Quem já não teve a sensação de um sonho
que pareceu durar dias, e depois, ao acordar, se passaram apenas algumas horas no
relógio?
A famosa distorção temporal da
percepção da mente em função da experimentação com outras dimensões.
Então, quando estamos neste plano
físico e essas sensações de distorção temporal acontecem, podemos ter certeza
de que se tratam de momentos em que, por alguma razão, nosso cérebro consegue
estabelecer algum tipo de link com estas realidades paralelas, criando todo
tipo de singularidade, sincronismos, Dejavus inclusive…
De modo algum podemos estudar o cérebro
apartado do referencial da Física das dimensões, que garante que espaço e tempo
são referenciais cujas coordenadas sofrem alterações, de acordo com a
relatividade de cada situação experimentada.
Mas esse estudo e depoimento confirmam
que, realmente, não há como separar objeto de observador, ou consciência de
estados exteriores nas quais ela se insere.
Ou seja, o Universo exterior atravessa
nossa mente todo o tempo, e nossa mente limitada ainda o percebe
tridimensionalmente na maioria das vezes.
Contudo, em situações extremas, nosso
cérebro pode manipular o tempo,
e penetrar em realidades dimensionais
onde o tempo se comporta de outras maneiras, bem como o espaço e as dimensões
relacionadas.
Dimensões, realidades paralelas, céu e
inferno, prazer e dor, tempos e tempos, todos esses cenários da vida física são
estados mentais relativos e interpretações cerebrais cuja concepção varia de
observador para observador.
A
Física Quântica cada
vez mais sintonizada com essa bio-tecnologia que supera tudo o que conhecemos:
A máquina cerebral, capaz de sintonizar
todos os departamentos do universo oculto…
É o
cérebro manipulando o tempo…. ou o tempo manipulando o cérebro?
Ou as duas coisas…
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