sexta-feira, 25 de setembro de 2020

IGOR MOCARZEL "ABRACE A MORTE E APRENDA A VIVER!"

IGOR MOCARZEL

"ABRACE A MORTE E APRENDA A VIVER!"

QUINTA-FEIRA, 24 DE SETEMBRO DE 2020
Nesta meditação, eu o convido a contemplar e refletir um pouco sobre a morte nestes poucos minutos de leitura. 
Não há a menor necessidade de ser filósofo ou altamente graduado nas Ciências Sociais ou qualquer outro título ilusório que sustentem almas vaidosas e desprovidas de força interior.
Basta estar vivo para pensar e, em verdade, para conseguir refletir comigo neste momento tão lindo e sagrado. 
Basta também que o seu coração esteja aberto para mergulhar nas águas profundas deste tema. 
Permita que a sua alma fale mais alto do que o chiado recorrente do seu ego.
Pois bem! 
Sejamos muitíssimo francos agora: a única certeza da vida é a morte. 
Disso, não há nenhum ser humano que possa escapar. 
(Além de pagar impostos, claro! Essa é outra certeza, mas não vem ao caso, hehehe!)
Entretanto, isso deve ser algo a se temer? 
Realmente, a morte é esse terror todo que acreditamos ser? 
Por que a maioria de nós prefere fugir da palavra “morte”? 
Quem nunca teve medo da morte? 
Quem nunca sentiu um desconforto ou calafrios na barriga só de pensar que poderá partir, a qualquer momento? 
Qual pai ou mãe de família não sentiu medo em deixar seus filhos, caso venha a desencarnar? 
Qual filho não sofreu, antecipadamente, com a partida dos seus queridos pais que tanto ama?
Enfim, estar encarnado, neste mundo físico acolhido neste aparelho biológico (corpo), nos traz a falsa sensação de que a vida material é o início, o meio e o fim de tudo. 
Temos a impressão de que a vida é um fim em si mesmo, sendo a morte o “game over”. 
Passamos a crer, fervorosamente, que no exato momento em que o corpo parar de funcionar, tudo se finalizará  encerrando a nossa caminhada, ou seja, tudo o que construímos em vida, some, desaparece como poeira cósmica. 
Alguns até pensam que tudo ficará escuro e nada mais acontecerá, afinal, o ser está morto! 
Esse é o famoso “véu de maia” que muitos de nós mal conseguimos rasgá-lo para vislumbrar um mundo totalmente diferente do que é apresentado em vida. Entretanto, isso acontece mesmo entre aqueles que estudam e conhecem doutrinas, filosofias ou religiões, que creem em vida após a morte ou reencarnação e sentem - em algum nível - o pavor de morrer. 
Apesar de todo o conhecimento obtido nos dos bastidores da vida extrafísica, o fantasma do desencarne assombra a todos, quase que indistintamente. 
Mesmo nos grupos espíritas, não é incomum, apesar da consciência sobre a continuidade da vida em outro grau de vibração, se apegar à vida e negar, veementemente, o assunto e tratar a “morte” como um tabu.
É normal esse tipo de sensação, medo e ansiedade. 
Afinal, faz parte da experiência humana todo esse apego ao que é físico e sensível aos nossos cinco (5)  sentidos. 
Estamos jogando este jogo da fisicalidade, sentimos tudo organicamente e a morte exerce o seu papel nesta jogatina.
Nenhum ser humano está isento das dores e sofrimentos que a morte é capaz de causar em nossa experiência física. 
Muitos de nós, provavelmente, já presenciamos a morte de algum amigo, familiar, companheiro ou um animal doméstico querido. 
Todas essas partidas geram algum tipo de vazio em nosso peito, com uma sensação de inconformismo com os fatos. 
Saibam que, tudo isso é naturalmente perfeito dentro da vivência terrana que nos submetemos a vivenciar. 
O sentimento de luto existe para toda perda e deve ser experimentado em cada coração humano para entender a brevidade da vida.
Algumas pessoas podem pensar que seria muito melhor se não houvesse o elemento morte neste mundo, que nada perecesse, nada morresse, nada se destruísse e que houvesse a eternidade no mundo material. 
Porém, isso não é verdade.  
O universo em que estamos inseridos é feito de ciclos, ou seja, de vida, transformação e morte. 
A vida não existiria se não houvesse a sua contraparte. 
Tudo há de viver e tudo há de morrer. 
Nada escapará desta lei natural. 
Na materialidade, nada é perene e eterno.
Agora... O que é para sempre? 
Definitivamente, o nosso espírito, a nossa essência, pois esta é eterna e superior à carne. 
A nossa bagagem, história e vivências no planeta Terra ecoarão para a eternidade dos registros akáshicos do universo.
O nosso grande mestre e amigo Jesus Cristo deu uma valiosa amostra de sabedoria quando morreu e reencarnou no mesmo corpo. 
Afinal, qual era o ensinamento substancial que este grande Ser de Luz e amigo nos trouxe com este evento reencarnatório? 
Ele nos mostrou, ludicamente, que o espírito prevalece diante da matéria. 
Todos nós somos eternos, assim como ele também. 
Não existe um fim após a morte, pois o espírito sobrevive; ele é imanente a fisicalidade! 
Não há o que temer.
A morte não é o final de nossas jornadas, mas um rito solene de passagem, uma etapa a ser cumprida pelo processo de ascensão e expansão da consciência. 
Logo, se faz necessário partir quando se finaliza o cumprimento dos deveres a que viemos prestar aqui na Terra. 
Não há nada de horroroso no desencarne, como também não há nada de glamoroso. 
É apenas um processo, uma ligação, uma pequena conexão que nos leva ao outro lado do véu. 
Tal como existem pontes e túneis ligando cidades ou bairros, assim é a morte. Ela é o portal do mundo material para o mundo espiritual.
Além disso, por que temer a morte? 
Já nascemos lidando com ela o tempo inteiro! 
Vemos objetos materiais se quebrando à medida que o tempo vai deteriorando-os, frutas e alimentos em perecimento, relacionamentos se rompendo para dar início a novos, animais queridos que se vão e deixam rastros de alegria imensos pelo passado vivido. 
Isso tudo, representa a morte em suas variadas facetas. 
O fim de um ciclo também é uma forma de morrer.
"Muitos homens se apegam e agarram-se à vida, assim como aqueles que são levados por uma correnteza e se apegam e agarram-se a pedras afiadas. 
A maioria dos homens mínguam e fluem em miséria entre o medo da morte e as dificuldades da vida; eles não estão dispostos a viver, e ainda não sabem como morrer."
 - SÊNECA.
Em termos filosóficos, a pior morte que pode acontecer a qualquer ser humano não é aquela causada por um acidente catastrófico ou por uma morte súbita vinda de uma doença trágica. 
Sem dúvidas, a pior delas é estar morto em vida; é desistir, pouco a pouco, da própria vida pelo medo de partir para a outra dimensão da existência. 
Essa atitude recebe refúgio da covardia, ignorância, pequenez, ausência de espiritualidade e excesso de materialidade do indivíduo. 
Escapa-se a habilidade de se conectar com a vida transcendental, pois o véu da segurança e omissão pela vida não permite tal ação. 
A vida foi feita para ser vivida pela alma e não pelo ego, pelo apego aos gozos dos bens materiais, pelo apego ao que os nossos cinco sentidos podem receber e compreender.
A nossa sociedade é caracterizada pela abundância de bens e serviços. 
Somos, a todo o momento, abordados com ofertas de inúmeras novidades, sejam carros com uma série de utilidades, geladeiras ultrapotentes, chuveiros com água quente, internet com ilimitados conteúdos gratuitos disponíveis, bebidas de todo o tipo de sabor, gastronomia com as mais sofisticadas combinações de ingredientes, e por aí vai. 
É realmente muito difícil não gostar, e estar por dentro dessas mais variadas formas de nos proporcionar prazer e conforto enquanto encarnados.
Perceba e faça uma pequena análise comigo: hoje uma pessoa de classe média ou baixa tem mais acesso a confortos do que grandes reis de séculos atrás, em seus fabulosos castelos. 
Enquanto o todo poderoso Rei e sua Rainha faziam suas necessidades em valas com pouca higiene, hoje uma pessoa comum consegue, com relativa facilidade, uma latrina para fazer suas necessidades, com muito mais decência e conforto. 
O uso da materialidade para tornar nossa experiência terrana mais fácil, interessante e prazerosa criou uma legião de escravos dela. Infelizmente, a humanidade se apegou aos confortos físicos e aos prazeres vis.
"A vida é curta demais para ser pequena.” 
- Beijamin Disraeli.
Voltando ao ponto de vista filosófico, chegamos ao ápice desta pequena meditação. 
Entretanto, eu tenho alguns questionamentos simples para levantar, com muita sinceridade.
Você se arrepende da vida que levou até agora? 
Gostaria de ter feito mais pelo mundo? 
Deixou de sonhar pelo medo da morte? 
Buscou mais a segurança do que o risco pela vida que sempre desejou? 
Perseguiu ou persegue algum sonho que não é seu, mas, de algum familiar? 
Se tivesse apenas uma semana de vida, estaria fazendo o que faz hoje? 
Estaria com o (a) companheiro (a) que escolheu? 
Estaria no trabalho atual? 
Se pudesse deixar algum conselho para o seu EU do passado, qual seria?
O que essas simples perguntas nos levam a refletir? 
O momento agora é de defrontar-se com a morte despedindo-se de qualquer capricho egocêntrico. 
O olhar constante para o abismo do escuro da morte é relembrar que a vida é breve e deve ser vivida em seu mais belo ritmo do coração. 
É deixar de ter o medo e a busca pela segurança, pois estes são ingredientes perfeitos para uma vida pequena e acovardada. 
Nossa verdadeira potencialidade somente pode ser descortinada quando encaramos, diariamente, a ideia da forma e da brevidade da vida.
A vida é curta demais para ser vivida de forma pequena e amedrontada. 
Quantas pessoas colocaram seus sonhos e expectativas nas mãos de outros em nome da segurança, em nome do relacionamento e até mesmo em nome do dinheiro? 
Quantos indivíduos têm que se arrepender para perceber que não há segurança enquanto vivemos, e correr atrás disso é uma grandiosa infantilidade e covardia do nosso ego? 
Quantas pessoas venderam suas almas em nome da certeza da vida e acabaram sendo surpreendidas por alguma doença, grave acidente ou perda algum ente querido?
Estar vivo já é um risco em si. 
Relacionar-se com o mundo físico pode ser bastante difícil para muitos, mas é no relativo desafio que deixamos grandes obras, vitórias e legados para as novas gerações. 
Além disso, carregamos em nossa consciência todo o eco de nossas ações reverberadas em vida.
Por fim, meu amigo e minha amiga! 
Que nestes pequenos minutos que ficamos juntos meditando sobre nossas escolhas em vida e refletindo sobre a nossa partida, você coloque em sua consciência o que é VIVER, verdadeiramente. Jamais submeta o seu amor pela vida atrás das grades da pequenez da segurança material ilusória. 
Desperte novamente o seu desejo ardente de experimentar toda a humanidade que você está tendo oportunidade de sentir. 
O seu corpo biológico ficará para trás, o seu dinheiro, a sua família, amigos e conquistas materiais, porém a sua história ecoará nos registros do universo. 
Suas escolhas nobres e destemidas ficarão registradas nos anais quânticos da sua consciência. 
O que levaremos em vida são vivências que o nosso espírito, verdadeiramente, deseja.
Permita, neste instante, libertar-se de todo o medo que o aprisiona para viver em verdade. 
Sinta todo o poder em estar respirando o ar puro que o nosso planeta nos oferece. 
Agradeça por cada batida do seu coração, pois a qualquer momento podemos partir, e o nosso legado será deixado para trás.
Agora eu te pergunto: o que você construiu para o legado que deixará aqui na Terra e quais as histórias que carregará em sua alma?
Seja sábio (a) e faça boas escolhas, pois o tempo é inegociável, inexorável e imperdoável. 
VIVA enquanto é tempo! 
VIVA e semeie o amor! 
Isso é saber viver e morrer!
Com muito amor, gratidão e verdade sincera,
Igor Mocarzel
Autor: Igor Mocarzel (Equipe Sementes das Estrelas)
Facebook: https://www.facebook.com/mocarzel.igor
Revisão de texto: Solange Yabushita e Marilene P. Costa
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