segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

SARAH VARCAS “ECLIPSE TOTAL DO SOL NO 24º GRAU DE SAGITÁRIO”

SARAH VARCAS
“ECLIPSE TOTAL DO SOL NO 24º GRAU DE SAGITÁRIO”
Segunda Feira ,14 dezembro de 2020

Este eclipse solar, o segundo de dois eclipses desta temporada

(leia sobre o 1º em

https://www.facebook.com/vera.lccorrea/posts/3131976760241306), é suave como a névoa do outono e severo como as tempestades do inverno.

Ao mesmo tempo e no mesmo espaço, ele oferece as verdades mais duras, entremeadas com os mais refinados estados de consciência.

Nosso desafio é estar abertos a ambos, não favorecendo nenhum dos dois.

A realidade chama e não podemos simplesmente ignorar eventos neste mundo relativo do ego descontrolado.

Nem podemos descartar como irrelevantes as verdades absolutas que expandem nossa percepção para além da questão de quem está fazendo o que para quem.

Em seu melhor aspecto, Sagitário busca grandes verdades que entrelaçam coisas discrepantes em um todo integrado.

Ele nos inspira a ser o melhor que podemos ser, com sua eterna promessa de esperança e possibilidades ilimitadas.

Em seu pior aspecto, ele fomenta divisão através de uma força de opinião totalmente irascível, que não deixa espaço para diferenças ou debates.

Governado por Júpiter, o maior planeta de nosso sistema solar, sob sua influência podemos nos tornar excessivamente confiantes em nosso ponto de vista, assumindo uma superioridade inata sobre aqueles que têm uma visão diferente da nossa.

Todos corremos o risco de nos enganarmos agora.

E todo mundo pode descobrir algo novo neste eclipse.

ESTE NÃO É O ATO FINAL

Com certa cautela, este eclipse solar promoverá interação positiva,

uma vez que abracemos a pesada responsabilidade requerida para se viver uma vida humana nesta conjuntura.

Os corpos do pensamento, entendimento e percepção, representados pelo signo de Sagitário, tornaram-se instrumentos de discórdia,

desconfiança, ódio, desrespeito e agressão.

Ao invés de ser uma força para o bem que alimenta a alma, a religião tomou-se uma arma para combater nossos adversários e julgar os que consideramos diferentes.

Ao invés de buscar uma sociedade segura e inclusiva, que proteja os vulneráveis e promova o potencial, a política tornou-se um instrumento de divisão, conferindo poder a poucos às custas de muitos.

Ao invés de nutrir o bem-estar, a autonomia e a resiliência, o mundo da medicina tornou-se um mundo de enfraquecimento, coerção e medo.

Quando tais dinâmicas são expostas para que todos as vejam, pode parecer que tudo está perdido e que fomos longe demais no caminho da luta, para conseguirmos voltar atrás algum dia.

Deste ponto de vista, a noite escura da alma da humanidade parece cada vez mais longa e deprimente.

Mas a noite escura não é o ato final.

Há muito mais esperando nos bastidores!

Netuno e o asteroide Vesta, formando uma Grande Quadratura com Mercúrio e os nodos da lua neste eclipse, falam tanto da promessa de transcendência quanto dos riscos do evitamento.

Estes não são tempos fáceis para estar vivo, e a tensão continua a crescer, à medida que nos movemos em direção à segunda grande conjunção deste ano – entre Saturno e Júpiter, em 21 de dezembro.

Muitos chegaram nesta temporada de eclipses sentindo-se vazios de recursos para o caminho à frente.

A intensidade de 2020 nos exauriu e tem sido difícil nos reestruturarmos em meio à marcha implacável da tirania e do medo. Perdemos muito este ano – pessoas, lugares, funções, meios de subsistência, segurança financeira, esperanças futuras e sonhos acalentados.

Pouco – ou nada – permaneceu intocado.

Estamos todos à deriva, até certo ponto, e neste eclipse, os espaços vazios deixados para trás ficarão totalmente aparentes à medida que a névoa da confusão for se adensando ao nosso redor.

Mas os Céus enxergam o caminho à frente, mesmo quando nós não o vemos!

E Vesta e Netuno providenciam exatamente o combustível que necessitamos para a próxima etapa – o compromisso.

Não para com uma meta ou resultado, mas simplesmente o compromisso de estar aqui agora, vivendo este momento da maneira mais verdadeira que pudermos.

Este tipo de vida é a prática espiritual mais profunda: incorporar nosso eu autêntico, nascido de uma conexão profundamente enraizada com nossa essência, que sempre fala a verdade… mesmo quando essa verdade é a coisa mais difícil de se ouvir.

A RESPONSABILIDADE DO DESPERTAR

Por mais conectados que possamos às vezes estar, a determinação ainda pode se enfraquecer e a responsabilidade do despertar nos parecer insuportável.

Pode ser mais fácil criticar a vida do que vivê-la com nossos olhos e coração totalmente abertos às suas muitas sombras; ou nos escondermos em negação, ao invés de fitar nos olhos as verdades intragáveis.

Viver a partir do coração requer um compromisso muito mais firme do que podemos imaginar a princípio.

A alegria do discernimento inicial pode nos estimular por um tempo, à medida que vemos o mundo com novos olhos.

Esse estímulo varia, e cada um de nós tem sua própria experiência pessoal; uma percepção que deixa transparecer, em nossa consciência, que a vida não é o que pensávamos… e nem nós.

Seja qual for o gatilho – prazer ou dor, um conhecimento sutil ou uma compreensão devastadora – o primeiro vislumbre de liberdade é muitas vezes o mais doce, em contraste gritante com nossa vida anterior.

Nascido para novas possibilidades e uma nova linha de tempo de potencial, nosso ser verdadeiro ressoa com essa mudança.

Ele sabe que algo profundamente significativo ocorreu.

Cada uma de nossas células vibra com esta nova conexão com a magnificência de Tudo O Que É.

Então, a vida nos confronta com sua face mais sombria e o verdadeiro desafio espiritual se inicia: incorporar a sabedoria na confusão do dia-a-dia da humanidade; mantermo-nos honestos quando a verdade nos fere em nosso âmago; mantermo-nos firmes quando um implacável furacão de mudanças está fazendo voar tudo à nossa volta.

Esta é a tarefa que temos diante de nós: acolher tudo – as perdas e o medo, as esperanças e os sonhos, as discórdias e os acordos, as verdades e as mentiras – e viver despertos em meio a tudo isso; permitir que sopre, através de nós, o vento gelado da dor coletiva e das possibilidades infinitas, reajustando-se à medida que avança.

NÃO VOLTE A DORMIR!

Embora possamos ser tentados a divagar durante este eclipse solar,

não devemos voltar a dormir!

Não podemos abrir mão da sabedoria da revelação.

Ela vem como uma bênção, mas com grande responsabilidade,

insistindo em uma devoção permanente às suas verdades de forma franca e direta.

A revelação exige de nós caráter, sustentação espiritual e firmeza,

independentemente do que encontremos no caminho à frente.

Qualquer complacência que sentirmos agora será desafiada pelos eventos deste eclipse e pelos próximos seis meses nos quais ele imprimirá a sua marca.

Uma conjunção entre Marte e Eris, “aspectando” Plutão, garante que temos o que é necessário para nos mantermos firmes e estabelecer limites, os quais nos recusamos a ultrapassar ao sermos conduzidos por provocadores de medo, em direção a um futuro tirânico.

Mas ainda podemos reivindicar o nosso futuro e ninguém pode

tirá-lo de nós se nos recusarmos a entregá-lo.

Este eclipse solar em Sagitário nos lembra que a fé é uma rede de proteção no caminho do despertar.

Fé em que as coisas mudem; que o que nos aflige agora se transformará em pó com o tempo; que a promessa de paz e liberdade de autenticidade não são ilusões sonhadas por um mundo carente,

mas o próprio coração, a própria essência do significado de ser humano.

Uma vez que revelemos esse coração e nos conheçamos por dentro e por fora, não poderemos deixar de colher suas riquezas.

O caminho espiritual consiste em remover o véu do coração para acolher tudo o que descobrimos ao fazê-lo; em abrir o coração cada vez mais, para conter tudo o que somos e tudo o que se encontra neste mundo.

Mas para isto, precisamos de fé e presença enraizada no aqui e agora; de disposição para viver a vida em estado bruto, expostos à dor e também ao prazer, ao sacrifício ao lado da bênção.

E este tipo de fé exige compromisso.

O FUTURO ESTÁ CHAMANDO

É tão fácil desistir da luta, sair furioso da sala do despertar, batendo a porta atrás de nós, quando a verdade é difícil demais para suportar.

Ou usar óculos cor-de-rosa, que falam apenas de amor e luz, gerando pontos cegos onde as ameaças mais sombrias espreitam nas sombras.

Para aqueles que têm vontade de se enfurecer ou de se esquivar agora, o cosmos estende a mão e ordena que parem e esperem:

“Fique quieto, deixe ir, simplesmente respire.”

A vida precisa de tempo.

Nós também.

E tudo tem seu momento.

O futuro está chamando.

Você está ouvindo?

Ele nos seduz com seus sussurros num idioma desconhecido.

Suas promessas nos parecem tão próximas e, ao mesmo tempo, fora de alcance, obscurecidas por um lençol nebuloso que não podemos simplesmente sacudir para longe.

O tempo é tudo e tudo tem seu tempo.

Reconhecer este fato é nosso ato de fé.

Saber que as coisas mudam e que a clareza voltará; este é o combustível para a nossa jornada através da névoa.

Clareará no momento certo, revelando riquezas e obstáculos,

recompensas e responsabilidades.

Quando isto acontecer, saberemos o que fazer e quando, como e por que fazê-lo.

Mas, por enquanto, o compromisso, a fé e a perseverança, em meio ao mistério, são a contribuição mais poderosa; aquela que indica que estamos realmente prontos para o caminho à frente.

Autor: Sarah Varcas

Tradução: Vera Corrêa – veracorrea46@gmail.com

Fonte: www.astro-awakenings.co.uk

Facebook: https://www.facebook.com/AstroAwakenings

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